Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão) escrita por Akira Senju


Capítulo 24
A Coexistência do Passado


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Trago mais um capítulo para vocês e espero que gostem. ♥

Tenham todos uma ótima leitura! ♥



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Os dias foram passando em Duskwood e todos estavam aprendendo a lidar com suas novas realidades.

 

 Apesar de estar tendo que lidar com grandes desafios internos a cada dia, Jessy estava trabalhando como secretária na Tool Tastic e se acostumando com seus novos colegas. Cleo e Hannah continuavam trabalhando na mesma empresa, Cleo na área de contabilidade e Hannah na área de administração. Lilly seguia com seu trabalho de recepcionista, dessa vez, em uma clínica veterinária. Thomas seguia com seu trabalho de analista de sistemas de uma empresa de seguros. Jake continuava com seu trabalho do qual dependia apenas de seu computador e de um lugar isolado. Enquanto isso, Dan e Adie seguiam com as sessões de fisioterapia e a evolução de ambos era notada dia após dia. 

 

Depois de todo o drama, Dan agora permitia que Adie até mesmo assistisse seus exercícios, e ela também permitia que ele assistisse os dela. Adie já não dependia mais das muletas e depois de muito esforço, ela agora conseguia apoiar melhor seu pé no chão, mesmo que ainda mancasse um pouco.

Dan também estava evoluindo muito e finalmente chegou o momento de ficar de pé e tentar dar seus primeiros passos. 

A ft. Sarah, se inclinou para que ele se apoiasse nela e se levantasse da cadeira. Com muito esforço, Dan conseguiu ficar de pé. Adie estava presente, olhando-o com carinho e, ao vê-lo se levantar, comemorou. Em seguida, era o momento de tentar andar. Dan deu um passo vagaroso, depois mais um, mas no terceiro, ele se desequilibrou e quase caiu, sendo amparado pela Ft. Sarah. Ao olhar para Adie, Dan viu que ela até tentou, mas não conseguiu segurar a risada. Ele se irritou e mostrou o dedo do meio para ela, como sempre, mas Adie, mesmo que ainda estivesse rindo, se aproximou dele pelo lado direito e se inclinou, oferecendo-se como amparo para que ele tentasse ficar de pé novamente. Dan continuou olhando-a com raiva, mas depois de alguns segundos, deixou a marra de lado e envolveu seu braço em volta do pescoço de Adie e da ft. Sarah. Estando apoiado nelas, ele se esforçou e conseguiu ficar de pé novamente. Em seguida, ele deu o primeiro passo, o segundo, o terceiro, o quarto… e, mesmo que devagar, ele conseguiu chegar até o outro lado da sala. Depois de ter conseguido esse progresso, ele sorriu com satisfação e olhou para Adie, que sorria orgulhosa de seu amigo.

 

Em uma manhã não muito fria em Duskwood, Adie, depois de sua grande evolução na fisioterapia, foi até a delegacia para conversar com o Delegado Blommgate.

 

(Alan) - Bem, como eu havia dito, uma busca naquela floresta é nossa única alternativa de conseguir mais pistas sobre seu perseguidor. – Ele disse para Adie que estava sentada à sua frente.

 

Ela segurava uma xícara de café e estava virando um gole do mesmo.

 

(Adie) - Hum, eu estive pensando… – Ela colocou a xícara sobre a mesa. - A demora para executar essa busca pode nos favorecer.

 

Alan a olhou intrigado.

 

(Alan) - Como?

(Adie) - Embora uma busca na floresta seja a medida mais óbvia e faça com que o Homem Sem Rosto até apague os próprios rastros, a demora para executá-la, nos dá uma vantagem.

(Alan) - Hum… entendo. A senhorita está considerando que se ele se esconde pelas redondezas, o fato de termos demorado a fazer a busca, pode ter levado ele a cometer deslizes e deixar rastros. 

(Adie) - Isso mesmo. A busca está acontecendo em um momento imprevisível. – Ela disse com um sorriso ladino.

(Alan) - Interessante, senhorita.

 

Alan a encarou por alguns segundos, estando levemente surpreso.

 

(Alan) - Então… o que acha de amanhã de manhã para começarmos as buscas?

(Adie) - Perfeito. – Ela sorriu sutilmente

 

Alan também sorriu sutilmente e olhou em direção a porta, onde Brandon estava.

 

(Alan) - Brandon, você e mais dois policiais, isolem a entrada daquela floresta para que possamos começar as buscas amanhã bem cedo.

(Brandon) - Sim, senhor. Com licença. – Ele saiu da sala.

(Adie) - Senhor Blommgate, eu gostaria de fazer um pedido.

(Alan) - Pode falar, senhorita.

(Adie) - Acredito que o senhor tenha subordinados o suficiente para executar essa busca, porém, eu tenho pessoas da qual gostaria que estivessem conosco durante esse evento.

(Alan) - Hum, e quem são essas pessoas?

(Adie) - Meus amigos.

 

Alan arqueou uma de suas sobrancelhas.

 

(Alan) - O quê?! 

(Adie) - É isso mesmo que o senhor ouviu.

(Alan) - A que amigos se refere?

(Adie) - Ora, os únicos que tenho aqui em Duskwood.

(Alan) - Hum, vamos ver… – Ele desviou o olhar e pensou por alguns segundos. - As senhoritas Donfort, o senhor Miller, o senhor Anderson e a senhorita Hawkins, certo?

(Adie) - Faltou a Cleo.

(Alan) - Ah, certo. Faltou mais algum?

(Adie) - Bom, podemos colocar o senhor Hawkins também, afinal, tive a oportunidade de conhecê-lo melhor esses dias.

(Alan) - Hum…

 

Ele ficou pensativo por alguns segundos enquanto encarava Adie. Apesar de tudo parecer absurdo, ele conseguiu compreender que, aceitar o pedido de Adie, poderia ajudá-lo com o seu objetivo particular.

 

(Adie) - E então?

 

Ele desviou o olhar e suspirou, enquanto se ajeitava em sua cadeira.

 

(Alan) - Tudo bem, senhorita. Pode chamá-los para a busca.

 

Adie sorriu sutilmente.

 

(Adie) - Obrigada.

 

Alan sorriu sutilmente, com uma certa malícia.

 

Mais tarde, todos estavam em casa e as meninas decidiram fazer um bolo para a sobremesa do jantar, enquanto os rapazes estavam na sala, bebendo e jogando video game. 

 

Na cozinha, Cleo estava conferindo se Adie, Hannah e Lilly, que foram no mercado juntas, compraram todos os ingredientes necessários.

 

(Cleo) - Ovos, farinha, manteiga, cacau em pó e morangos frescos… É, parece que está tudo aqui. – Ela olhava as sacolas em cima da bancada da cozinha.

(Jessy) - Ainda temos açúcar refinado?

(Cleo) - Sim, eu mesma comprei porque elas não iam acertar a marca que acho melhor.

(Adie) - Isso, subestime suas amigas. – Ela disse enquanto começava a tirar as compras das sacolas.

 

Cleo riu.

 

(Cleo) - Bom, então, podemos começar.

(Hannah) - Ótimo, mãos na massa!

(Lilly) - Isso! 

 

Todas estavam animadas e logo começaram os preparos do bolo. Enquanto isso, os rapazes jogavam Street Fighter 6 no PS5 e os jogadores da vez eram Phil e Dan, enquanto Thomas e Jake estavam apenas assistindo.

 

Phil estava indo bem com o personagem Ryu, enquanto Dan jogava com o personagem Zangief e estava prestes a perder. Após um último golpe certeiro, Phil venceu a partida.

 

(Dan) - Merda! Você está trapaceando! – Ele olhou para Phil com raiva.

 

Phil arqueou uma de suas sobrancelhas.

 

(Phil) - Como se trapaceia em um jogo de luta?

(Dan) - Ah, eu não sei. -- Ele deu de ombro. - Quem é agora?

 

Phil riu.

 

(Thomas) - Jake.

 

Phil logo ficou sério e olhou em direção a Thomas.

 

(Jake) - Sério? – Ele também olhou para Thomas.

(Phil) - Hum, acho melhor alguém jogar no meu lugar.

 

Dan arqueou uma de suas sobrancelhas e os observou por alguns segundos.

 

(Dan) - Olha só, eu já entendi que vocês nunca vão se dar bem, mas isso aqui é apenas um jogo. Será que vocês podem ser maduros para jogarem a droga de uma partida? 

 

Phil revirou os olhos e voltou seu olhar para a tela da TV, enquanto Jake o encarava com raiva, mas depois de alguns segundos, ele suspirou e se levantou do sofá, pegando a manete que estava sobre a cadeira ao lado de Phil e se sentou. Os dois logo deram seguimento ao jogo, mesmo que em silêncio um com o outro.

 

(Dan) - Melhor assim. – Ele debochou.

 

Thomas o olhou e deu uma leve risada.



Na cozinha, a massa do bolo estava quase pronta, só faltava um ingrediente.

 

(Hannah) - Alguém viu o fermento? – Ela disse enquanto misturava a massa.

(Cleo) - Não está aí na bancada?

 

Hannah deu uma conferida rápida.

 

(Hannah) - Hum, não.

(Cleo) - Acho que deve estar no armário, junto com a farinha. – Ela estava de costas, misturando o brigadeiro na panela.

 

Adie estava cortando os morangos, enquanto Lilly e Jessy estavam fazendo raspas de chocolate.

 

(Adie) - Espere, vou procurar para você. 

 

Ela abriu as portas do armário e começou a procurar, mas pareceu não encontrar o fermento e Cleo a olhou.

 

(Cleo) - E então?

(Adie) - É, também não está aqui.

(Cleo) - Hum, eu sabia que vocês iam esquecer de algo.

 

Adie a olhou com uma de suas sobrancelhas arqueada.

 

(Adie) - Eu tenho certeza que comprei tudo da lista, Cleozinha. 

(Lilly) - Talvez nós esquecemos alguma sacola no carro.

(Adie) - Verdade. Esperem, eu vou até lá verificar. – Ela limpou as mãos em um pano e saiu da cozinha.

 

Ao passar pela sala, ela olhou em direção aos rapazes e notou Jake se divertindo, enquanto jogava com Thomas, e isso a fez sorrir. Vê-lo bem era sua motivação diária e isso sempre lhe causava uma incrível sensação de plenitude. Depois de observá-lo por alguns segundos, ela saiu pela porta da sala. 

 

Ao chegar até seu carro, ela abriu o porta-malas para procurar a sacola, talvez esquecida, mas se frustrou ao não encontrá-la. Com a certeza de que havia comprado o fermento, ela decidiu procurar dentro do carro. Ela abaixou a porta do porta-malas, fechando-a, mas atrás dela, havia alguém parado. Por estar muito distraída, ela não notou aquela pessoa e seguiu para a porta de trás do carro para destrancá-la. Ela abriu a porta e continuou distraída procurando a sacola, até que sorriu por encontrá-la caída no chão do carro e se curvou para pegá-la. Aquela pessoa se aproximou de suas costas, e após ter pegado a sacola, ela fechou a porta do carro estando sorridente por ter encontrado o que queria, mas quando olhou para o vidro da janela, seu sorriso foi apagado por uma expressão de susto. Quem estava atrás dela, era ele, O Homem Sem Rosto. Ela arregalou os olhos e se apavorou, deixando a sacola cair no chão, mas antes que ela pudesse gritar, ele a segurou e tapou sua boca. Adie se desesperou ainda mais e começou a se debater para se livrar das mãos dele, mas além de ser um homem alto, ele era forte e logo começou a puxá-la consigo, em direção a floresta. 



Enquanto isso, na cozinha, já estavam estranhando a demora dela.

 

(Jessy) - Nossa, será que Adie realmente esqueceu o fermento e foi ao mercado novamente?

(Hannah) - Pela demora, talvez.

(Lilly) - Esperem, eu vou até lá olhar.

 

Lilly limpou as mãos em um pano que estava sobre o balcão e logo saiu para ir até a varanda. Ao passar pela sala, ela foi interrompida por Dan.

 

(Dan) - Olha só, Lilly, estou lutando com a personagem que tem o seu nome. 

 

Lilly parou para olhá-lo e sorriu.

 

(Lilly) - E o que achou? Disseram que ela não é das melhores.

(Dan) - Quer jogar uma partida para ver?

 

Lilly pensou por alguns segundos.

 

(Lilly) - Tudo bem, uma partida rápida. – Ela se aproximou dele e dos demais rapazes.

 

Enquanto isso, Adie estava em completo desespero por estar nas mãos do seu pior pesadelo. Sendo puxada pelo Homem Sem Rosto, ela se debatia e tentava colocar as mãos na máscara dele para tirá-la, mas ele se esquivava. Com uma de suas mãos, ele tirou do bolso de sua calça uma mordaça, mas por estar segurando-a apenas com uma mão nesse breve momento, ela usou toda sua força e conseguiu se soltar da mão dele e correu. Ele correu atrás dela e voltou a agarrá-la pelo braço, mas ela relutou e para ter tempo de se afastar dele, o atingiu com um soco no rosto. Ao ser atingido bem no nariz pelo soco, ele colocou as mãos no rosto sentindo dor e ela aproveitou para correr até a porta de seu carro, do lado do motorista. Ele a seguiu, mas ela conseguiu entrar a tempo. 

 

Estando dentro do carro, ela respirava pesadamente, enquanto aquele homem a encarava pelo vidro. Ela olhava-o nos olhos e seu corpo tremia. Ao perceber que ela não sairia dali, o Homem Sem Rosto se afastou da janela e Adie teve uma ideia. Ela conseguiu segurar suas chaves e decidiu ligar o carro. Após ligá-lo, ela arrancou e se afastou dos outros carros. O Homem Sem Rosto se virou para olhá-la se distanciando, mas mal ele sabia o que ela estava planejando. Após andar por poucos centímetros, Adie parou e passou a marcha para dar ré. Em seguida, ela apertou fundo no acelerador e voltou com o carro de ré, sua intenção era atropelá-lo. Ele estava encurralado, pois havia os outros carros estacionados dos dois lados e ele não teria como fugir, mas ele conseguiu pensar rápido e quando Adie estava prestes a passar por cima dele, ele pulou sobre o carro, rolando sobre ele e caindo a sua frente. Mas Adie estava disposta a acabar com seu pior pesadelo naquele momento. Ao vê-lo caído na frente de seu carro, ela passou a marcha mais uma vez e acelerou, mas ele conseguiu ser mais rápido e rolou para o lado direito. Em seguida, ele se levantou rapidamente e correu, se afastando da casa. Ao vê-lo se afastar, Adie pôde respirar aliviada e recostou sua cabeça no banco.



Enquanto estava distraída com o jogo, Lilly havia se esquecido completamente da demora de Adie, mas Hannah logo foi conferir o que estava acontecendo.

 

(Hannah) - Lilly? Você a encontrou? 

 

Lilly a olhou e se assustou por ter esquecido do que realmente havia ido fazer.

 

(Lilly) - Oh, meu Deus, não! – Ela se levantou apressada. - Eu ainda não fui procurá-la. Espere aqui, eu já volto.

 

Ela foi até a porta apressada, mas quando a abriu, se assustou ao dar de cara com Adie, que parecia ter visto um monstro.

 

(Lilly) - Ah, você demorou! Eu estava indo te procurar.

 

Adie estava pálida e tremia, era evidente que estava assustada, e Lilly se intrigou.

 

(Lilly) - Está tudo bem?

 

Adie não disse nada, apenas deu dois passos para frente e surpreendeu Lilly com um abraço, e ela ficou extremamente intrigada ao notar o quanto Adie tremia e estava apavorada.

 

Depois de alguns minutos, Adie estava sentada no sofá e tomava um copo de água, enquanto todos estavam sentados à sua volta, menos Thomas, Jake e Phil, que foram até a varanda verificar aos arredores se não havia mais nenhum sinal do Homem sem Rosto.

 

(Hannah) - Eu não posso acreditar que isso esteja acontecendo com você, amiga. – Ela estava ao lado direito de Adie e a abraçava de lado.

 

Adie estava com o semblante abatido e encarava o copo de água em suas mãos.

 

(Cleo) - Precisamos começar a pensar em como vamos protegê-la. Não podemos confiar só na polícia, assim como da primeira vez.

(Jessy) - Eu concordo.

(Dan) - Ainda bem que eu não ouvi vocês e trouxe minha arma.

 

Todas olharam para Dan, mas antes que qualquer bronca viesse à cabeça, elas compreenderam que ele estava certo, a arma seria extremamente útil agora.

 

(Adie) - Pelo menos podemos ficar tranquilos em relação a uma coisa.

(Jessy) - Ao quê?

(Adie) - Está mais do que certo de que não é ninguém do nosso grupo dessa vez.

 

Todos pensaram por alguns segundos.

 

(Lilly) - É verdade, todos nós estávamos aqui dentro da casa.

(Cleo) - Bem, mas ao mesmo tempo que isso é um alívio, também se torna uma preocupação. Ninguém além de nós e a polícia conhece Adie aqui em Duskwood, então não há como ter no mínimo uma ideia de quem possa ser.

(Dan) - A não ser que Adie tenha inimigos que perseguem seus passos.

 

Adie o olhou surpresa.

 

(Jessy) - Dan! – Ela o olhou com raiva.

(Dan) - O que foi? É uma possibilidade.

 

Cleo revirou os olhos. 

 

(Lilly) - Espera, o Dan está certo. Essa é uma possibilidade que temos que cogitar. – Ela olhou para Adie. - Adie, você tem ou teve algum inimigo antes de vir para cá?

 

Adie pensou por alguns segundos.

 

(Adie) - Não… – Ela voltou a olhar para o copo em suas mãos. - Pelo menos não que eu saiba.

 

Após a resposta de Adie, todos ficaram pensativos por alguns minutos, tentando encontrar uma explicação para o que estava acontecendo.

 

(Adie) - Bem, eu vou para o quarto, preciso me deitar um pouco. – Ela se levantou e deixou o copo no sofá.

(Hannah) - Você quer que eu vá com você?

(Adie) - Não, amiga. Eu preciso ficar um pouco sozinha.

 

Hannah a olhou com um certo pesar, mas assentiu com a cabeça. Adie saiu e subiu as escadas, chegando no quarto depois de alguns minutos. Após fechar a porta atrás de si, ela seguiu até sua cama e se jogou de bruços. Ela precisou se distanciar de seus amigos, pois a pergunta de Lilly lhe deixou extremamente em conflito e foi inevitável não se lembrar do motivo de suas mudanças mais drásticas.



Flashback on

 

Tempos atrás…

 

Adie estava dentro de seu carro e dirigia para algum lugar. Depois de alguns minutos, seu celular começou a tocar e ao ler o nome de quem ligava, ela se intrigou e logo atendeu.

 

(Adie) - Porque está me ligando por esse número?

(Private) - Não tenho tempo para explicar. A única coisa que eu preciso é que você mude de direção agora! – Ele usava um modificador de voz.

 

Adie ficou ainda mais intrigada.

 

(Adie) - O quê?! Mas eu estou prestes a viajar de férias, não estou entendendo.

(Private) - Eu não tenho tempo para explicar! Apenas mude de direção e vá para o mais longe de Washington que você puder. 

(Adie) - Mas… O Dylan está me esperando! Não me diga que aconteceu alguma coisa com ele?!

(Private) - Não Adie… Na verdade, ele fez alguma coisa… 

(Adie) - D-Do que está falando?!

(Private) - Eu vou desligar a ligação e te mandar um vídeo que está circulando por todo país nesse exato momento. Mas eu peço que por favor, vá para longe e eu prometo voltar a entrar em contato com você daqui a algumas horas.

 

Private desligou a ligação e, depois de aproximadamente 1 minuto, um vídeo chegou para Adie no chat e ela logo clicou para assisti-lo.

 

Enquanto assistia o vídeo em seu celular, sua expressão era de extrema surpresa e sua respiração estava pesada. Adie estava tremendo e depois de alguns segundos, ela travou a tela do celular e o jogou no banco do carona, onde havia uma pequena mala. Ela passou as mãos no rosto e depois, socou o volante. Ela estava desolada e ao mesmo tempo desesperada, mas ao surgir uma lembrança em sua memória, ela ficou paralisada por alguns segundos. 

 

A lembrança de um momento marcado por uma música... 



(Cena do Capítulo 9 - A Segunda Chance)

 

…O homem pegou seu celular e logo colocou uma música para tocar, uma música que Adie adorava e ele também, My Way - Frank Sinatra. Quando a música começou a tocar, ele estendeu a mão para ela, convidando-a a dançar. Ela se surpreendeu com aquela atitude, resistindo por alguns segundos, até que deixou o notebook sobre uma mesa ao seu lado e lhe deu a mão, se levantando em seguida. Eles começaram a dançar juntos enquanto trocavam olhares apaixonados, até que ele falou ao seu ouvido uma frase que ela jamais pôde esquecer...

— Querida, me desculpe por fazer do meu jeito. (Dear, I'm sorry for doing it my way).

Ela sorriu sutilmente e o abraçou, aceitando seu pedido de desculpas, acreditando ter sido pela última discussão que tiveram.

                                   …...

O som daquela música começou a ecoar em sua mente, mas era como se estivesse com a velocidade diminuída, como se fosse a trilha sonora de uma cena de terror. Adie tapou seus ouvidos, sendo perturbada por aquela lembrança...

— Agora eu entendo. – Ela disse com a voz trêmula e em seguida, lágrimas desceram de seus olhos.

No dia seguinte…

Era manhã e, depois de ter dirigido por muitas horas seguidas, Adie havia decidido parar em uma pequena pousada, nada luxuosa e que ficava em uma área rural, para passar a noite. Depois de uma noite mal dormida, ela molhou seu rosto com a água fria da pia do banheiro e se olhou no espelho. Seu olhar parecia vazio e sua dor era totalmente evidente. Depois de se olhar por alguns segundos, ela suspirou e enxugou o rosto com uma toalha.

Alguns minutos depois, ela desceu do quarto da pousada e passou na recepção para pagar.

(Recepcionista) - Qual sua forma de pagamento?

(Adie) - Dinheiro.

(Recepcionista) - Certo. São 50 US$.

Adie olhou sua carteira, encontrando apenas uma nota de 100US$ e entregou para a recepcionista, mas ela a olhou constrangida.

(Recepcionista) - Me desculpe, senhorita. Não temos troco.

Adie suspirou.

(Adie) - Não importa. Fique com tudo. – Ela se virou e saiu.

A recepcionista a acompanhou com os olhos, estando totalmente intrigada.

Adie seguiu até seu carro, que estava estacionado a poucos metros da entrada. Ao chegar até ele, ela respirou fundo para controlar as várias incertezas que lhe perturbavam, mas precisou de alguns minutos para tentar assimilar tudo e se recostou em seu carro. 

(Cena do capítulo 5 - Verdades) 

…Adie estava recostada em um carro preto observando uma área rural. O céu estava azul, o sol brilhava e havia pássaros voando naquela área. Apesar da beleza da natureza, tudo parecia vazio e silencioso demais. O vento leve agitava seus cabelos enquanto ela permanecia estática, com um olhar distante. Alguns segundos depois, ela entrou no carro e no banco do carona, havia uma mala. Ela colocou o cinto, colocou seus óculos escuros e saiu com o carro.

                  .......

Depois de alguns minutos dirigindo, seu celular tocou e ela logo atendeu.

(Adie) - Oi.          

(Private) - Oi… Me desculpe pela demora para entrar em contato. As coisas se complicaram e… bom… eu sinto muito, Adie. 

(Adie) - Só me explique uma coisa… Porque me ajudou? Afinal, você era amigo dele, melhor dizendo, o melhor amigo. Então... Porque? 

Private, que usava um modificador de voz, ficou em silêncio por alguns segundos, até que suspirou.

(Private) - Toda minha lealdade e tudo que fiz até hoje, nunca foi por ele, Adie… mas sim, por você.

Adie ficou intrigada.

(Private) - Eu e você somos muito mais do que você pôde compreender até hoje… mas antes de te explicar isso, eu vou lhe contar uma história…

Flashback off

Depois dessas lembranças, Adie respirou fundo e se virou na cama, ficando de barriga para cima. Não suportando mais a agitação de seus pensamentos, ela decidiu conversar com quem talvez pudesse responder suas dúvidas. Ela se sentou em sua cama e abriu a gaveta de sua mesa de cabeceira, em seguida, ela pegou seu segundo celular, aquele que era secreto. 

CHAT:

             Private

(Adie) - Aconteceu de novo…

(Adie) - O homem sem rosto tentou me sequestrar.

(Adie) - Bom… como eu imaginava, você não vai ficar online agora.

(Adie) - Mas eu preciso te perguntar uma coisa…

(Adie) - Você acha que o homem sem rosto pode ser… ele?

(Adie) - Me refiro ao… Dylan.

 

Adie encarou o celular por alguns segundos, na esperança de que Private ficasse online, mas ao perceber que isso realmente não aconteceria, ela travou a tela de seu celular e voltou a se deitar. Porém, depois de alguns minutos, uma mensagem chegou e ela logo pegou seu celular para olhar, mas sua expressão logo mudou ao perceber que não era de quem ela esperava.

CHAT:

                  Desconhecido

    Desconhecido enviou um vídeo.

Adie ficou apreensiva em abrir aquele vídeo, mas, mesmo receosa, clicou nele.

No vídeo, mostrava ela abrindo o porta malas de seu carro e procurando algo, até que o homem sem rosto surge de trás do carro que estava ao lado e espera o momento certo de atacá-la. Em seguida, ela é atacada pelo homem sem rosto, mas o vídeo acaba antes dela conseguir entrar em seu carro e a pessoa que o filmou, direcionou a câmera para baixo, onde foi possível enxergar parte de sua blusa, suas pernas e pés, finalizando assim a gravação. Era assustador assistir aquelas imagens, mas não só isso, ao observar os trajes que aquele homem usava e percebendo a semelhança dos trajes do Homem Sem Rosto, uma dúvida surgiu…

(Adie) - São… dois? – Ela perguntou extremamente intrigada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui! ♥



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