Dear Hacker - Duskwood Continuation (Em Revisão) escrita por Akira Senju


Capítulo 11
O Mistério Tem Um Nome


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Trago mais um capítulo e confesso que tem sido fantástico escrever essa história. Estou amando entrar nesse universo incrível que começou no jogo e me inspirou a desenvolver esses acontecimentos pós, espero que vocês também estejam gostando. ♥

Tenham todos uma ótima leitura!



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                    Maydol Departamento Penitenciário

 

Era uma manhã ensolarada e vários presos estavam no pátio, uns conversando, outros fumando e outros apenas caminhando. Dentre os diversos presos, havia um que era alto, tinha olhos verdes, era careca e possuía uma tatuagem de caveira na cabeça.

 

— Aí, Ted! – Um dos detentos que era loiro e usava um coque, se aproximou do homem de cabeça tatuada. - O homem ali está te chamando. – Ele acenou com a cabeça em direção a um policial que fazia a vigília do lugar.

 

Ted olhou em direção ao policial e se intrigou.

 

— O que foi que você fez agora, hein? Não se cansa de levar bronca dos caras? – O loiro perguntou com deboche.

 

Ted o olhou sério...

 

— Eu não fiz nada e vê se para de me encher. 

 

Ted se levantou e foi até o policial que o chamava, enquanto o loiro o encarava com um sorriso debochado. 

 

— Me disseram que você estava me chamando. – Ted disse ao se aproximar do policial.

 

O policial o olhou e continuou em silêncio, depois de alguns segundos, tirou um envelope do bolso e o entregou. Em seguida, caminhou para outra direção, se afastando de Ted.

 

Ted o olhou se afastar e depois abriu o envelope. Ao ler o que estava escrito, sorriu com malícia.

—________ / /___________

            

 

Enquanto isso na casa dos amigos, quase todos estavam envolvidos com os preparativos da festa que aconteceria no dia seguinte. Hannah, Lilly e Jessy estavam na cozinha preparando o almoço enquanto decidiam quais seriam os aperitivos da festa e Adie, Dan, Thomas e Jake estavam na varanda.

 

Adie e Dan estavam na área próxima onde os carros ficavam estacionados e tentavam encontrar melhores posições para algumas luzes e uma máquina de fumaça que Phil foi até o bar Aurora buscar, enquanto Jake e Thomas estavam sentados à mesa, apenas jogando uma partida de Xadrez.

 

(Adie) - Então esse espaço poderia ser nossa pista de dança. O que acha? – Ela disse com um sorriso entusiasmado enquanto apontava para o local mencionado.

(Dan) - Está ótimo. Eu só não imaginava que você gostasse de dançar.

(Adie) - Eu não sou muito boa nisso, mas mesmo assim, me arrisco a balançar o esqueleto às vezes. – Ela dançou desajeitada enquanto falava e logo riu.

 

Ele deu uma leve risada.

 

(Dan) - Sei.

 

Os dois ficaram em silêncio por um tempo enquanto observavam o espaço que seria a pista de dança, mas depois de alguns segundos, Adie olhou para Dan e começou a observá-lo, até que ele notou e a olhou.

 

(Dan) - Perdeu alguma coisa?

 

Ela deu uma leve risada.

 

(Adie) - Não. Só acabei de me lembrar de algo importante.

(Dan) - Lá vem piada de mal gosto. – Ele revirou os olhos e desviou o olhar.

(Adie) - Não, dessa vez não.

(Dan) - O que é então? – Ele a olhou novamente.

(Adie) - Bom… quando é que você vai poder andar de novo?

 

Dan ficou em silêncio e logo desviou o olhar, ficando pensativo por alguns segundos.

 

(Adie) - Desculpe, eu não queria ser inconveniente.

 

Ela a olhou com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

 

(Dan) - É sério que estou ouvindo isso da pessoa que faz piada de mal gosto comigo todos os dias?

 

Ela riu.

 

(Adie) - Mas são só piadas para descontrair. Dessa vez eu falo sério, Dan. Eu realmente gostaria de saber.

 

Ele suspirou e desviou o olhar novamente.

 

(Dan) - Eu não sei e isso não importa agora. 

 

Ela observou o incômodo de Dan para falar sobre isso e se agachou perto dele, escorando o braço na cadeira de rodas e fazendo com que ele a olhasse.

 

(Adie) - Pra mim importa sim. – Ela disse com um sorriso acolhedor.

 

Ele a olhou como um rabugento e desviou o olhar novamente.

 

(Adie) - Me promete uma coisa?

(Dan) - Que coisa? – Ele perguntou sem olhá-la.

(Adie) - Que quando você voltar a andar, vai dançar uma música comigo. 

 

Ele a olhou com a testa franzida e ela segurou o riso.

 

(Dan) - Mas que porcaria de pedido é esse, cara?!

 

Ela deu risada.

 

(Adie) - Ah, qual é?! A gente pode dançar um Pop. Que tal Beyoncé? – Ela se balançou em uma dança desajeitada e se desequilibrou por estar agachada, mas logo se segurou na cadeira de Dan para não cair.

 

Ele não conseguiu controlar a risada e ela continuou rindo de si mesma.

 

(Dan) - Você é louca.

(Adie) - E então, prometido? – Ela estendeu o punho fechado para ele.

(Dan) - Óbvio que não!

(Adie) - Ah, que isso, Dan?!

(Dan) - Esquece.

 

Ela suspirou desapontada mas ainda manteve o punho fechado estendido numa tentativa de fazê-lo mudar de ideia.

 

(Dan) - Eu tenho uma outra proposta. – Ele a olhou.

(Adie) - E qual é? 

(Dan) - Quando eu me livrar dessa porcaria de cadeira, quero que você vá dar uma volta de carro comigo.

 

O sorriso de Adie se apagou e como ela havia mantido o punho fechado estendido para Dan, ele logo tocou o seu punho no dela.

 

(Dan) - Ótimo, prometido.

 

Ela se surpreendeu.

 

(Adie) - O quê?! Não! Eu não disse que sim. Isso não vale!

 

Ele riu. 

 

(Dan) - Já era, promessa é dívida. – Ele disse entre o riso.

 

Ela se levantou.

 

(Adie) - Seu idiota trapaceiro! 

 

Enquanto ela reclamava com Dan, Jake olhou em direção aos dois e sorriu sutilmente.

 

(Thomas) - Esses dois são uma piada constante, você não acha?

(Jake) - Sim. – Ele ainda os olhava.

(Thomas) - Eu acho bem legal o quanto eles se dão bem. – Ele deu uma leve risada. - E entendo que seja realmente muito interessante prestar atenção no quanto eles se divertem juntos, mas, você não deveria fazer isso enquanto joga comigo… xeque-mate.

 

Jake se assustou e olhou para o tabuleiro.

 

(Jake) - O quê?! Ah, cara. – Ele colocou a mão na testa desapontado.

 

Thomas sorriu com deboche.

 

(Thomas) - Mais uma? 

 

Jake o olhou com uma de suas sobrancelhas arqueadas e ajeitou seus óculos no nariz.

 

(Jake) - Mas é claro!

 

Thomas manteve o sorriso debochado e logo começou a posicionar as peças no tabuleiro.

 

Enquanto isso na casa, Cleo estava no quarto arrumando algumas roupas na cômoda. Enquanto estava distraída, um barulho lhe chamou atenção. Era um barulho familiar, como se fosse de um notebook descarregando e, ao olhar para o lado, notou que Adie deixou seu notebook aberto sobre a cama. Após deixar a peça de roupa que estava dobrando na gaveta, ela foi até a cama de Adie. A tela do notebook ainda estava acesa mas com o brilho diminuído por conta da pouca carga. Cleo o pegou e logo ia fechando a tela, mas ao passar o olho rapidamente notou uma pequena frase que a intrigou: Histórico de Transtornos Mentais… Ela tentou lutar contra sua curiosidade e logo fechou a tela, mas naquele momento ela se deu conta de que Adie era um completo mistério para todos do grupo, exceto para Jake. Ao pensar nisso, ela olhou em direção a porta que estava aberta, se certificando de que ninguém estava perto e, mesmo receosa, abriu a tela do notebook para começar a ler do que se tratava aquilo…

 

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ANAMNESE:

 

Nome: Sophia Martinez

Idade: 29

Estado Civil: Solteira

Profissão: Agente Comercial

 

HISTÓRICO DE TRANSTORNOS MENTAIS PESSOAL E FAMILIAR:

 

Pessoal: Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT).

Familiar: Transtorno Depressivo Maior (TDM).



QUEIXAS ATUAIS:

 

Após ser mantida sob cárcere privado pelo próprio namorado durante duas semanas, a paciente apresenta alterações de humor e crises de ansiedade recorrentes.

 

HISTÓRICO TERAPÊUTICO:

 

Psiquiatra: Dr. Ulric Barret - 5 sessões.




PSICOTRÓPICOS:

 

ISRSs.



TRATAMENTO:

 

A paciente foi submetida a um tratamento baseado na TCC, mas por conta da intensidade dos sintomas que indicam um quadro inicial de TEPT, se iniciou a fase 2 do tratamento: Hipnoterapia guiada pela Dra. Adelynn Folsham.

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Cleo terminou a leitura estando com os olhos arregalados e boquiaberta. Ela fechou o notebook lentamente enquanto tentava processar as informações que acabou de ter.

 

(Cleo) - Dra. Adelynn… A-Adie… – Ela sussurrou estando chocada. 

 

Ela deixou o notebook sobre a cama e logo se sentou ainda estando abismada com o que acabara de descobrir, até que alguém apareceu na porta.

 

(Hannah) - Cleo, onde você colocou…

 

Cleo se assustou e a olhou com os olhos arregalados. 

 

(Hannah) - Desculpe, eu não quis te assustar. 

 

Cleo continuou com uma expressão abismada e Hannah a olhou intrigada.

 

(Hannah) - O que foi? Você parece ter visto um fantasma. – Ela se aproximou da amiga.

(Cleo) - N-Nada, Hannah. – Ela passou as mãos no rosto e logo se recompôs. - O que você perguntou?

 

Hannah a observou por alguns segundos ainda estando intrigada.

 

(Hannah) - Bem, eu queria saber onde você guardou o tomilho.

(Cleo) - Ah, sim. Eu mudei algumas coisas de lugar hoje cedo. Venha, eu vou te mostrar. – Ela se levantou e logo saiu do quarto.

(Hannah) - Hum, tá. – Ela ainda estava intrigada, mas acompanhou a amiga para fora do quarto.



Na varanda, Phil havia chegado do Aurora e estava tirando as coisas do porta-malas do carro com a ajuda de Dan enquanto Jake e Thomas continuavam jogando Xadrez e Adie havia ido para a cozinha ajudar no almoço.

Enquanto Jake pensava em qual peça mexer, Thomas observou Phil e Dan por alguns segundos.

 

(Jake) - Sua vez. – Ele disse após movimentar um cavalo.

 

Thomas se atentou ao jogo novamente.

 

(Thomas) - E então, como você tem lidado com a presença do Phil aqui na casa? – Ele perguntou enquanto observava o jogo e pensava em uma boa estratégia.

(Jake) - Hum, normal. – Ele também observava o jogo.

 

Thomas movimentou um peão.

 

(Thomas) - Eu sei que não tem sido fácil. Não se esqueça que tem quase o mesmo peso para nós dois. 

 

Jake observava o jogo atentamente e suspirou, movimentando um peão em seguida. Thomas o observou por alguns segundos antes de voltar sua atenção para o jogo.

 

(Thomas) - Você não é bom em falar sobre o que sente… Entendo.

 

Jake o olhou e Thomas voltou seu olhar para o jogo.

 

(Jake) - Tudo o que eu disser sobre isso pode me fazer parecer imaturo ou até mesmo inseguro. Por não conseguir definir exatamente o que eu sinto ou o que sou por sentir isso, prefiro simplesmente me calar.

 

Thomas movimentou mais uma peça no tabuleiro e passou a vez para Jake.

 

(Thomas) - Sabe… somos iguais nessa parte. Eu nunca fui muito bom em dizer ou demonstrar o que sinto. – Ele suspirou e desviou o olhar, em direção aos rapazes que ainda carregavam coisas. - Mas tudo mudou quando a Hannah desapareceu. 

 

Jake que estava atento ao jogo, logo o olhou.

 

 (Thomas) - Quando eu soube que ela estava em perigo, todas as emoções que eu nunca fui bom em deixar aparecer, saíram automaticamente. Foi quando eu percebi o quanto eu a amo, mas também foi quando eu descobri o quão longe eu sou capaz de ir só para salvá-la, para recuperá-la, para não perdê-la. 

 

Jake voltou a olhar para o jogo e ficou pensativo.

 

(Thomas) - Foi quando eu descobri que eu estaria disposto a matar e a morrer por ela. E também foi quando eu descobri que se algum idiota, como ele… – Ele apontou o dedo sutilmente para Phil. - …voltar a se aproximar dela com segundas intenções, eu não responderei por mim.

 

Jake o olhou novamente por um breve momento, até que voltou sua atenção para o jogo e movimentou mais uma peça no tabuleiro. Após passar a vez para Thomas, ele ficou pensativo, com um olhar distante. Ele sabia do que o Thomas estava falando, pois havia sentido um pouco de tudo isso quando quase foi pego e existiu a possibilidade de nunca mais falar com Adie. E quando ele soube que as pessoas que estavam atrás dele também tentaram chegar até Adie, ele descobriu que ela era seu ponto fraco e que por ela, ele também seria capaz de tudo. Mas ao se lembrar disso, compreendeu que tudo agora era diferente. Seus sentimentos por ela eram mais fortes, ele agora sabia o que é tê-la por perto e, sem dúvidas, era a melhor coisa do mundo e algo que ele jamais queria perder. Até então eles haviam falado somente sobre a possibilidade dele ser encontrado e ser forçado a se separar dela, mas e se fosse o contrário? E se ele a perdesse? Se alguém a tirasse de perto dele? Se alguém a levasse para longe como fizeram com a Hannah? O que seria dele? 

 

(Thomas) - Jake?

 

Ele tomou um leve susto e olhou para Thomas.

 

(Jake) - O quê?

(Thomas) - Eu disse que é sua vez.

(Jake) - Ah, certo. – Ele voltou sua atenção para o jogo.




Enquanto isso na sala de estar, Adie e Jessy estavam arrumando a mesa. As duas conversavam e riam de assuntos aleatórios, até que Cleo, que estava na cozinha com Hannah e Lilly, passou por elas indo em direção às escadas.

 

(Jessy) - Não vai almoçar com a gente, Cleo?

 

Ela se virou para olhá-las, mas seu olhar foi diretamente em Adie, que continuava arrumando a mesa e intercalava seu olhar entre ela e os pratos que colocava nos lugares. No olhar de Cleo era possível enxergar raiva, frustração, desapontamento, um sentimento confuso e, por não saber defini-lo, ela apenas se virou e saiu sem dizer nada. Jessy e Adie se olharam intrigadas.

 

(Jessy) - O que deu nela? 

(Adie) - Sei lá, ela está meio estranha desde aquela hora que estávamos na cozinha.

 

As duas continuaram intrigadas e pensativas, mas depois de alguns segundos, elas voltaram suas atenções para a arrumação da mesa.

 

Algum tempo depois, todos estavam sentados à mesa almoçando. A maioria conversava e dava boas risadas, até mesmo Jake parecia não estar tão deslocado, já que ele não conseguia se conter e ria discretamente de algumas palhaçadas de Dan e Adie. Mas Cleo, mesmo tentando disfarçar, ora ou outra estava olhando para Adie com uma expressão que denotava seus sentimentos conflituosos. Mesmo que tentasse se envolver nos assuntos, em sua mente várias perguntas vinham ao mesmo tempo enquanto olhava para aquela mulher aparentemente inofensiva, sorriso fácil, jeito único e com a capacidade de prender a atenção de qualquer um com suas falas firmes mas que sempre traziam um sentido irrefutável. A pergunta mais clara que se repetia em sua mente enquanto a olhava, era: Quem de fato Adie é?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui ♥



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