新宿の街並み (Ruas de Shinjuku)

時間: 06:40 PM

Caminhando pela calçada movimentada do centro da cidade, lá estava Ruki, que estava voltando da agência de modelo que havia a solicitado para uma seção de fotos. Como tarefa extracurricular, a jovem queria boas notas e, como promessa pessoal, agradar sua mãe.

Mas os pensamentos dela era um só.

— *Finalmente estou com tempo livre... para conversar com a Renamon*

Sendo assim...

牧野家住宅 (Residência da Família Makino)

時間: 07:00 PM

Já em casa, Ruki, vestindo sua habitual roupa casual, rapidamente foi até seu jardim, onde avistou a raposa sentada a beira do telhado. Como cenário característico que adorava, a luz da lua era aproveitada aquela noite por Renamon que, ao avistar a jovem, não demorou para descer.

— Olá, Ruki...

— Renamon...

Elas então se abraçaram. Não era para menos: as duas cumpriram com suas promessas e os sentimentos das duas era recíproco. Depois de tanto tempo, a exemplo do que Takato e Lee com Guilmon e Terriermon sentiam, estarem juntas tinha um significado tão agradável que o poder da amizade estava ainda mais forte.

— Como foi nos estudos?

— Foi legal... Tirei fotos também hoje, mas...

— O que foi?

— Eu realmente quero conversar com você.

— Hm... E o que quer tratar comigo?

— Muitas coisas...

— Estou a sua disposição, Ruki.

— Bem... Quero saber porque olhou para o Lee daquela forma. Ele estava te irritando, não é?

— Ruki... Eu não fiquei irritada com ele. Só que...

— O que foi?

— Não foi fácil viver no digimundo durante esse tempo. Nós éramos bebês no meio de...

A digimon raposa parecia muito incomodada com algo, coisa que Ruki percebeu.

— O que foi? Porque parou?

— É complicado dizer... Mas... Ruki...

— Renamon, você está me assustando... O que aconteceu?

— Vimos a morte.

— O que?! Como assim?

— O ceifador... Pelo menos essa era a imagem que ficou fixada em minha mente... e também em Guilmon e Terriermon.

— Mas como assim “a morte”? Por acaso era um digimon?

— Não... Era literalmente a morte, Ruki.

— Mas... O que...

— Pela primeira vez em nossas vidas, vimos mesmo o fim a nossa frente. Grani... Ele nos protegeu todo esse tempo.

— Mas como o Grani poderia? Ele havia se fundido ao Dukemon!

— Por algum motivo, ao retornarmos ao digimundo como bebês, ele, depois de muito tempo, reapareceu e nos acolheu. Ficamos na oca de uma árvore, nos escondendo da “morte”... e Grani nos avisou dos perigos do digimundo.

— Nossa... Mas porque você não disse isso ontem? Porque ficou calada?

— Diminuir dos danos é uma meta minha. Takato, Lee... e você... Não deveriam saber do que passamos no digimundo. E eu só estou te dizendo isso agora porque...

— Renamon...

— Porque você me pediu de coração. Vi que você se preocupa com seus amigos e... eu também. Não me entenda mal. É só o meu lado protetora que me fez omitir essas informações. Lhe peço que não diga isso a eles. A felicidade de terem nos visto de volta já basta. O que passou, passou.

Ruki novamente a abraçou, entendendo os motivos reais. A bondade fez com que a raposa protegesse até o ímpeto dos domadores e alí junto a sua se dispôs a falar a verdade.

Mas durante o seu ato carinhoso, Ruki ficou pensativa.

— *Ela disse que viram a “morte”... Mas o que será que ela quer dizer com isso? Renamon disse que foi de forma literal, mas... Como isso se aplicaria ao digimundo? Ah... Renamon, minha amiga...*

Mas o que significava “a morte” que Renamon disse a Ruki? E Grani, como se materializou após se fundir a Dukemon?

Haviam muitos mistérios no ar.

Mas o dia seria mais longo que imaginávamos...

そのことについて (Enquanto isso)...

がじまる家 (Residência da Família Gajimaru)

時間: 07:20 PM

— Eu não gostei do você falou lá na escola!

— Ih... Você que veio com a ideia de eu ser mochila!

— Claro! Você queria que eu fizesse o que?

— Me deixar ser a Meicoomon!

— Mas é por isso mesmo que você tinha que ser mochila!

— Eu odiei ser mochila!

— Mas não tinha outra jeito!

— Tinha sim! Você não me esconder!

Bem, a volta para casa não foi das melhores. As duas já chegaram discutindo sobre esse assunto. A digimon felina estava mesmo chateada com Meikume, que tentava explicar o seu ponto de vista:

— Escuta, Meicoomon... As pessoas não podem saber que você existe!

— E aquele papo de ser minha amiga?

— Mas nós somos amigas. Vou te explicar de novo: se descobrirem que você existe, vai trazer problemas! Minha mãe não deixaria eu ficar com você e com certeza iriam te levar...

— Quem ia me levar? Quem? Quem?

— Ah... Não sei... A polícia, exército...

— Eu luto contra eles então!

— Você tá louca?! Lutar está fora de cogitação! Nada de luta! Nunca! Promete!

— Pera... Mas se eu precisar lutar, eu vou ter que lutar!

— Não! Não tem que lutar! A gente já conversou sobre isso!

— Tá, você já me disse. Só que agora você veio com essa história aí de que podem me levar... Você disse que não tinha perigo nenhum aqui e que não tinha que me preocupar... Meikume, tá escondendo que aqui no mundo real tem inimigo?

— Ah... Bem... Olha, Meicoomon... Não estou escondendo nada! Nadinha!

— Eu não sou boba, tá? Tô de olho em você...

— Meicoomon, não tem do que se preocupar a não ser que te vêem! Pode e vai dar problema se isso acontecer! Confia em mim!

— Tá bom... Dicupa.

— Ufa... Ainda bem que... – Ela então se lembrou de um detalhe – Peraí... Porque você disse que eu tava gamada em um menino da escola?!

— E num tá? UwU

— Eu não! Tá louca? Porque você disse aquilo?!

— Porque eu não tava gostando de ser mochila... mas gostei de ser secretaria eletrônica! UwU

— Você... Você falou aquilo pra me zuar?

— Xim! UwU

— Jogo sujo, Meicoomon!

— Hihi... Mas já passou.

— Passou... Ainda bem que ninguém ficou pegando nesse assunto depois... Só a Makoto...

As duas se entenderam afinal. Tudo não passava de mais uns das presepadas da Meicoomon pra brincar com sua domadora. Após isso, Meikume foi até sua amiga, a abraçando.

— Bolotinha fofa, eu vou fazer a comida, tá?

— Que vai ter de janta?

— Bem, minha mãe deixou comida pronta na geladeira... Deve ser lamen.

— Lamen?! Eu adoro tantão!

E foi o que Meikume seguiu para preparar. A jovem foi até a cozinha por causa disso, preocupada em agradar sua amiga. Mas até mesmo para uma garota de 12 anos, seus instintos eram aguçados o suficiente para desconfiar do silêncio que tomou o lugar e, indo até seu quarto, notou que a janela havia sido aberta. Olhando ao redor, ela percebeu que seu digivice estava emanando luminosidade em seu visor e...

Bem, não havia como esconder o que estava sendo mostrado no visor do dispositivo:

C://DIGI-SCAN_SEARCHING_

LOADING...

ENEMY FOUND_

A reação da domadora não podia ser outra:

— CARAMBA! NÃO! NÃO! Ela viu... Ela viu!

Meikume foi até a sacada, gritando em seguida:

— MEICOOMOOON!

Ia jovem não perdeu tempo e, em posse de seu digivice, não tardou em sair em disparada pela ruas de Shinjuku. Ela só tinha a certeza de que precisava desesperadamente de impedir que Meicoomon fizesse alguma besteira ou, pior, lutar.

Todavia, sabemos que os digivices se comportam do mesmo jeito. E por isso..

牧野家住宅 (Residência da Família Makino)

時間: 08:00

— RENAMON!

Ruki gritou alto, com sua parceira digimon já sabendo do que se tratava.

— Uma ameaça... Eu sinto!

— Temos que ir! – Disse, vestindo seu sobretudo.

— Acho que você deveria ficar...

— Não! Vamos lutar juntas!

— Isso pode ser perigoso, Ruki.

— Eu sei que sim, sempre foi! Mas eu por perto poderei te ajudar! Os cartões funcionam, está bom?

— Hm... Entendido. Vamos então!

Na correria, sua avó viu sua neta sair. E é claro que a reação não podia ser outra:

— Ruki, aonde você vai?!

— Vó... Eu já volto!

— Porque está com pressa?

— Depois te falo! – Ela já tinha ultrapassado até o portão.

— RUKI!

数分後 (Minutos depois)...

Rastreando o posicionamento da ameaça, Ruki corria pelas ruas de Shinjuku enquanto Renamon seguia usando seus próprios instintos. A digimon investia na procura saltando pelos prédios, sempre olhando para todas as direções. Por estar de noite, era um subterfúgio ao mesmo tempo que era algo que dificultava a procura.

Durante o momento nada favorável, Ruki recebeu a ligação dos demais domadores:

— Ruki! – Era Takato – Eu e Guilmon vimos que tem uma ameaça!

— Sim... Eu e Renamon já estamos a caminho!

— Vocês já estão na rua?

— Sim! Se apressem pois era difícil achar...

— Ruki... – Desta vez era Lee – Eu e Terriermon já estamos indo!

— Usem o cartão de dispositivo de rastreamento de Digimon!

— Pode deixar! E toma cuidado!

— Tudo bem... mas se apressem!

Talvez por Ruki morar no centro da cidade lhe deu alguns minutos a frente, o que podia lhe dar certa vantagem para enfim encontrar a ameaça. Entretanto, o lugar que estava entrando de acordo com o posicionamento que visualizava em seu digivice era:

新宿電車整備上屋 (Galpão de M. de trens)

時間: 08:30 PM

O local, escuro e já com seu expediente encerrado era o destino de Ruki. Escuro e com algumas lâmpadas iluminando o imenso pavilhão de manutenção e reforma da frota ferroviária da cidade de Shinjuku, o lugar era bem conservado.

Adentrando ao lugar, lá estavam Ruki e Renamon, que demostrava em seu rosto uma prontidão fora do comum. A digimon não queria mesmo ser pega de surpresa.

— Ruki...

— Sim... Eu sei. Ele está aqui...

— Sim... Mas...

— O que foi?

Renamon estava um pouco mais fechada que de costume, foi o que Ruki entendeu.

— Renamon, o que houve?

— Não é nada... Devemos ter cuidado.

— Sim, temos! Droga... Pelo visto virá digimons um atrás do outro agora...

— Hm... Essa sensação...

— Que sensação?

— Sinto que este inimigo é muito forte e... – Novamente Renamon se calou.

— Do que você está falando?! Renamon, o que está acontecendo?

Não foi a toa que ela se comportou assim, pois logo a frente se ouviu ruído de passos e, acompanhando a isso, sua voz foi ouvida:

— Pokomon... Ou melhor: Renamon. Enfim te encontrei.

Ruki logo reagiu:

— Hã?! Como sabe quem ela é?! Aparece, palhaço!

Definitivamente não era um digimon que buscava se esconder. Logo ele apareceu a frente das duas: era um digimon com pelugem azulada, aparentando ser um lobo humanoide. Tinha garras afiadíssimas, assim como a de seus pés. Vestia uma calça branca, com braceletes e cintos ao longo de suas pernas. Rapidamente Ruki o escaneou.

C://DIGI-SCAN_

ストラビモン – STORABIMON

Type: Variable

Lvl: Child

Digimon besta. É muito forte e feroz em combate. Suas garras afiadas são letais. Seu golpe mais poderoso é Garra Leviatã.

— Renamon, quem é ele?

— Eu nunca o vi, Ruki... Mas...

— Mas o que? Porque está fazendo tanto mistério?

Essa resposta veio diretamente de:

— Sou Storabimon... Raposa, eu sabia que estaria no mundo humano, assim como os outros.

— O que?! – Ruki estava totalmente confusa – Você sabe dos outros?!

— Humana... Você é uma domadora, não é?

— Isso não é da sua conta, idiota!

— Você também é um dos motivos de eu estar aqui...

— O que?!

— As histórias de Zhuqiaomon estavam certas. Você é a domadora que faz parceria com Renamon... Digievolução da matriz em pleno digimundo... Heresia. Por isso nossa tormenta! Porém eu irei cortar o mal pela raiz de uma vez por todas!

— DO QUE VOCÊ ESTÁ FAL...

— GARRA LEVIATÃ! AHHH!

Uma gigante soma de energia cinética voou pelo ar por Storabimon tê-lo cortado, indo em direção as duas. Usando de sua velocidade, Renamon pegou Ruki e as duas se esquivaram. Por pouco quase a jovem foi cortada ao meio, já que um trem inteiro alí próximo sofreu com o golpe, sendo cortado totalmente com facilidade.

— Nossa... Ele tentou acabar comigo e com você!

— Ruki... Se proteja! – Disse, executando um salto.

— Renamon?!

A raposa foi em direção a Storabimon, dizendo:

— MORTE GÉLIDA!

Farpas de gelo foram violentamente arremessadas contra seu oponente, mas nenhuma delas foi sequer evitadas ou aparadas. Mesmo que tenham se prendido a pelugem de Storabimon, ele só passou a fitar Renamon nos olhos, dizendo:

— Diga-me... Isso é o melhor que pode fazer?

Ruki não acreditou:

— Mas como... O golpe mais poderoso da Renamon e ele nem se abalou?!

Não só isso: com um só movimento de concentração, ele fez com que as farpas se soltassem de seu corpo, sem lhe causar dano algum. Renamon aterrissou e partiu para o ataque corpo a corpo. Executando vários socos e chutes violentos, como tinha habilidade de lutadora, todos os eles estavam sendo repelidos com muita facilidade.

— Fraca... Muito fraca...

— O que?

— Socos... Chutes... Eu nem estou precisando me esforçar... Vocês duas, como a lenda que os sábios disseram no digimundo, seriam as mais fortes... Mas o que vejo é uma prova de fraqueza.

— INSOLENTE!

Renamon estava sendo subjugada em uma luta direta, além de ter um comportamento nada usual. Ela nunca havia demonstrado raiva durante um combate, sempre se mantendo calma e segura, embora seus inimigos do passado ficam fortes. Entendido isso, Ruki não ficaria parada: ela se posicionou e, selecionando um cartão, se colocou a aciona-lo!

— DIGI-MUDANÇA... – Ela lentamente passou o cartão ao digivice – AUMENTO DE FORCA B10X!

Renamon sentiu seu corpo pulsar, recebendo um aditivo fortificante. Isso significou um aumento de força considerável, já que Storabimon precisou desta vez evitar aos golpes.

Porém a força que Renamon recebeu não era o suficiente. Talvez até mesmo o fato de ter ficado temporariamente mais forte não lhe ajudou tanto assim. Porque? Foi um aditivo temporário, então...

— Huh... O que... – Exclamou Renamon, dizendo em seguida – A força... Ela cessou?!

— O que?! – Desta vez era Ruki, assustada – Mas como assim?! Era pra ter durado muito mais tempo!

Storabimon se aproveitou disso e, percebendo a brecha, executou um poderoso soco na barriga de Renamon, que foi arremessada para longe, se chocando contra um dos trens do lugar. Foi tão forte que chegou a danificar o veículo metálico.

Caindo em seguida, ela se levantou, mas se colocou de joelhos, mostrando fraqueza. Ruki mesmo não acreditava no que estava vendo:

— Re-renamon... Porque... Porque você...

O digimon lupino, mesmo longe, indagou:

— Me diga, Renamon... Como se sente em ter digivolvido da forma natural? Quero mesmo ouvir isso de você...

— O que? Digivolver naturalmente? – Perguntou Ruki, ainda mais surpresa – *Isso que ele está dizendo... era como os Deva!*

— Vocês duas nunca souberam o que é lutar pela própria vida, batalhar para ficar mais forte sem depender um do outro... Eu ouvi as histórias de vocês, domadores e digimons. E é por isso que estou aqui: acabar com essa lenda e trazer ordem ao digimundo!

— Trazer ordem ao digimundo?!

Mas o que ele quis dizer com tudo isso?!

そして、そこから遠くない(e não muito longe dali)...

E saltando sobre carros próximos ao galpão da linha ferroviária de Shinjuku, podíamos ver Meicoomon olhando em direção ao local, que estava bem ali a frente. Aterrissando ao asfalto em um lugar com iluminação baixa, a felina disse:

— Eu tô sentindo... O inimigo tá logo alí! Tenho que ir logo e lutar com ele!

そして小屋に戻る (E voltando ao galpão)...

Renamon estava em dificuldades. A raposa precisou lutar para se colocar de pé, o que trouxe um temor absurdo em Ruki.

— Renamon... Não... Não pode ser... Mas... Você é forte... RENAMON!

Storabimon começou a caminhar em direção a Renamon. Decidido e mostrando ser poderoso, ele fez isso dizendo:

— Acabar com vocês é um dever... Mas para mim é um imenso acerto de contas por tudo que eu perdi... POR CAUSA DE VOCÊS! TOME ISSO! – Ele concentrou suas garras – GARRA LEVIATÃ!

As garras novamente cortaram o ar e ainda mais poderosas. O intenso poder do digimon lupino desta vez estava em seu ápice e disposto a aplicar o golpe fatal a raposa. Ruki, desesperada, correu em direção a sua amiga, ignorando o perigo que isso trazia consigo. E enquanto lágrimas brotavam de seus lindos olhos, ela gritou:

— RENAMOOON!

つづく