Dinastia 3: A Rainha de Copas escrita por Isabelle Soares


Capítulo 7
Capítulo 7




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— Quem é a garotinha mais linda do vovô?

A pequena Isabella dava uma risada fofa toda vez que Edward fazia cócegas em sua barriga. Esme observava encantada. Tinha o acompanhado como pai e agora como avô e comprovado que ele tinha se saído bem em ambos os casos. Na verdade, toda a trajetória dele a orgulhava muito. Não era incomum de acontecer em homens na posição de seu filho se tornarem arrogantes e exibidos. Viverem em um mundo completamente paralelo a realidade dos muros fora do palácio. Edward era o oposto de tudo isso. Tinha um caráter sólido, era responsável e queria sempre fazer o melhor para todos.

Desde a infância dele já percebera o quão diferente ele seria. Em Emmett tínhamos a rebeldia e a espontaneidade dela e de Carlisle e em Edward estava a sensibilidade. Esme às vezes se preocupava com isso e pensava em como ele encararia os desafios do mundo. Pedia a Deus para que o protegesse todos os dias, sabendo que o seu pior inimigo era a sua própria mente. E realmente, vez ou outra, ele voltava-se contra ele mesmo com seus próprios monstros criados no seu psicológico. Até que veio um anjo que conseguiu emergi-lo das sombras por um bom período.

Isabella tinha sido a salvação da família inteira. A luz que precisava iluminar aquele palácio e a vida de todos, especialmente a do seu filho. Ela que segurou a mão dele, sempre sendo a transfusão de confiança, de carinho, de amor que ele precisava para ser uma pessoa ainda melhor. Isso o tornou um marido amável, um pai devotado e agora um avô coruja.

 - Você gosta que o vovô te dê o seu papa? – Edward falou enquanto dava uma colherada de sopa na boca de Bebela.

— Quem não gostaria com esse mimo todo? Deixa Renesme ver isso. Ela odeia que mimem essa garotinha aqui. Ela não abre essa exceção nem pra William.

Edward fez uma leve careta, quase inexpressiva, mas clara para os olhos atentos de sua mãe. Só não sabia se era pelo fato dela alertá-lo sobre a proteção de Renesme ou por ter mencionado o nome de William. Esme apenas sorriu pensando no que teria que fazer para que Edward deixasse o ciúme de lado e aceitasse que o seu genro veio mesmo pra ficar na vida da filha.

— Bobagem de Renesme. Enquanto essa princesinha tiver nas minhas vistas vai ser muito mimada pelo vovô. Pra ser sincero, quero que William fique muito tempo longe.

— Qual o seu problema com ele? Sabe que está agindo exatamente como Charles agia com você, lembra? Era o motivo que passava um bom tempo reclamando.

Edward balançou a cabeça sem saber bem o que dizer e deu outra colherada de sopa na boca da neta que comia sem dar nenhum trabalho.

— Acho que é mal de pais. Entendo Charles perfeitamente. Só queremos o bem de nossos filhos é isso.

— Mas não vejo como William não possa fazer o bem de Renesme. Pelo contrário, o acho um marido maravilhoso e um pai melhor ainda.

— Eu sei disso. Percebi que ele gostava dela no minuto que os vi juntos durante a investigação do caso de Bella. Mas sei lá... Ele é...

— Fora dos padrões.

— Acho que isso. Mesmo sendo horrível ter que admitir.

— Só não deixe essa má impressão boba transparecer aos olhos de sua filha. Ela vai ficar mais estranha com você. Ela já tem muita gente lá fora que quer atrapalhar a felicidade deles.

— Eu sei. É como eu disse, se ele a faz feliz faz a mim também.

— Pense se eu e seu pai tivéssemos feito o mesmo com Bella lá trás.

— Eu teria ficado muito chateado. Sou muito grato por vocês terem a acolhido com tanto amor. Não pensaram como rei e rainha, sabe? Às vezes acabo me deixando levar por essa coisa toda daqui.

Esme sabia bem o que ele estava falando. Quando se tinha uma coroa na cabeça você não podia pensar apenas como indivíduo, mas como monarca e isso envolvia um mundo de coisas, principalmente quando se tratava de novos membros. O novo sempre assustava. Aquela pessoa que estava entrando tinha que se encaixar exatamente dentro das regras e no modo de vida bastante imutável da realeza. Tinha que ser confiável e sinceramente, bem “testa de ferro” para enfrentar os desafios que não eram poucos.

— Eu entendo. Mas agora Renesme apenas precisa que você pense como um pai e não como um rei.

— Eu sei disso.

Vendo o filho continuando a dar a comida para a neta dele e na conversa que estavam tendo, ela voltou para muitos anos atrás. Para quando ainda namorava Carlisle e a família dele não aceitava o relacionamento deles. Tinha passado muito anos de sua vida pensando que o problema era ela. Por isso tentou tanto agradá-los e especialmente, se encaixar no sistema. Mas agora ouvindo o filho falar e através de suas próprias experiências, acho que a resposta era exatamente essa, quando estava no poder o pensamento sempre era como monarca e nunca como indivíduo.

Era horrível chegar essa conclusão de que tudo que tinham que viver era baseado numa porção de protocolos que existiam há anos e os fazer serem escravos do que os outros irão pensar, num futuro que manteria a monarquia salva de problemas e estável. Era difícil dizer que os laços familiares estariam sempre quebrados enquanto isso ocorresse. Ela e Carlisle lutaram tanto para não ser como os pais dele. Queriam ser uma família de verdade e apenas isso, mas olha o que aconteceu em seguida? Parecia que esse mal estar e ser a realeza sempre estaria voltando a bater na porta de alguma forma.

Esme: Sua Verdadeira História – Capítulo 7: O Carlisle que eu conheci

Poucos sabem a verdadeira história de Carlisle. Na época em que nos conhecemos principalmente. O termo “família real” nem sempre esteve associado ao que conhecemos por “família”, é mais relacionado à instituição monárquica e o meu marido entendeu bem isso desde sua tenra infância. Entendo que isso era parte de uma geração que acreditava na teoria que pais e filhos deviam ser separados emocionalmente para que adultos responsáveis pudessem ser formados. Mas eu sempre achei isso bizarro por que tive muito carinho desde o momento em que nasci.

Enfim, Carlisle e Carmen basicamente foram criados por uma babá, que inclusive, ele odiava por ser rígida demais. Isso foi formando um distanciamento com os pais dele que queriam receber o mesmo tratamento de rei e rainha de seus próprios filhos como recebiam das pessoas de fora. Carl várias vezes contou que para chamar a atenção deles, invadia jantares, se agarrava as saias da mãe e seguia o pai por onde quer que fosse quando criança, mas aquilo não era o suficiente.

Ele passou sete anos de sua infância em um internato na Inglaterra. Aprendeu a ser Lord desde cedo e principalmente a se virar sozinho. Quando voltou para Belgonia foi para Hollowarts e descobriu que tinha ideais muito diferentes de seus pais. Queria ser um rei próximo de seu povo, sabia que a monarquia estava desgastada. Imagino o quanto ele ouvia falar de seu pai e achava que a maneira de mudar isso era se aproximando dos seus súditos. Hollowarts e em seguida a universidade o permitiu isso, de certa forma.

Carlisle sempre foi “fora da caixinha” como um bom aquariano e com ideais muito além de seu tempo. Porém, seu pai, especificamente não queria um filho visionário e justo. Isso gerou inúmeros conflitos entre eles por que ambos tinham idéias diferentes sobre monarquia. Até que o rei conheceu o lado rebelde de seu filho. Depois de sua investidura como príncipe herdeiro ao completar dezoito anos, sua primeira decisão foi ir em busca de um curso superior e não seguir a carreira militar, como era o costume, não faltaram vezes que ouviu um dos seguranças do palácio ligarem no meio da noite dizendo que tiveram que trazer Carlisle bêbado para o palácio, viam que ele se descuidava da aparência e se distanciava do que tinham planejado à princípio para o futuro rei do país. Tiveram que negociar com ele para que fizesse um curso na marinha de um pouco mais de um ano e depois, ele poderia ingressar na universidade. Enxergo isso como mais uma tentativa do meu marido em chamar a atenção dos pais e ninguém acreditaria que aquele homem tranqüilo e complacente já teve seu lado reverso.

Algumas pessoas me culpam por torná-lo diferente, mas não sabem que muito antes de eu entrar na vida dele, Carlisle já tinha altas discussões com os pais e eu não soube disso por muito tempo por que ele nunca comentava esse assunto comigo. Inclusive, no dia em que nos conhecemos eles tinham brigado e a ida dele à boate tinha sido para espairecer. Chega até ser engraçado pensar que fui para no início o impulso que ele precisava para ser quem queria ser. A coragem que faltava.

Depois do impasse sobre a maneira como deveria ou não seguir a monarquia Belgã, o outro motivo para embates entre eles foi por minha causa. O rei e a rainha não gostaram do fato do filho querer me assumir para todos para evitar os abusos da mídia. Na cabeça deles, eu era apenas um aperitivo que Carlisle iria degustar até se casar. Nada de muito especial. Mas Carl sentia algo verdadeiro por mim e lutou para que eles vissem isso.

Só descobri tudo isso depois de uns meses de namoro. Carlisle era freqüentador assíduo da minha casa, ele amava os meus pais e eles o amavam na mesma medida. Acho que se sentia acolhido e amado, era como estar convivendo com uma família pela primeira vez. Me lembro bem dos almoços que tínhamos juntos todos os domingos, era o nosso encontro semanal que virou uma tradição.

Quando me lembro desses almoços me dá uma nostalgia gostosa. Consigo ver a minha mãe na cozinha preparando os pratos que Carlisle gostava. O cheiro já tinha cara de fim de semana. As piadas que meu pai contava à mesa que fazia todos rirem. Carl se esforçava a semana inteira para criar algumas que pudesse fazer o meu pai rir também. Os dois assistiam partidas de futebol juntos e torciam para o mesmo time. Lily amava os “papos cabeças” que tinha com o meu então namorado e a visita encerrava com uma boa partida de gamão. Em pouco tempo, Carlisle fez com que todos se apaixonassem por ele como eu me apaixonei e se sentia mais em casa.

 Porém, eu nunca tinha a oportunidade de conhecer os pais dele. Não reclamava disso. Estava disposta a esperar o tempo dele. À medida que as nossas conversas evoluíam com o tempo, eu entendia o cenário quase completo do que acontecia no palácio. Mas não comentava nada com ele, eu sabia que era um assunto delicado.

Eu me recordo que teve um momento em que os paparazzis estavam no ápice da perseguição. Sempre nos escondíamos para evitar mais falatório. Carlisle sempre me dizia que tentava negociar com os jornais, mas nada adiantava e se irritava ao falar que o palácio nada fazia a respeito. Comecei a entender a família dele não gostava de mim.

A primeira pessoa que conheci do lado dele foi Carmen. Eu estava bem nervosa para aquele encontro, não sabia bem o que esperar. O que ela acharia de mim? Mas o que vi foi uma surpresa total. A princesa era linda e, além disso, super simpática. Me cumprimentou com um abraço e me surpreendi com isso. Imaginei que Carlisle tinha dito à irmã que eu gostava de abraços e o dela tinha sido muito carinhoso.

 Não foi difícil conversar com ela. Carmen tem uma enorme habilidade de fazer todos gostarem dela. A maneira como se move e fala com você faz todos imaginarem que é alguém muito especial para ela. Tudo fluiu maravilhosamente.

Percebi que os irmãos se davam super bem. Ambos eram inteiramente diferentes de qualquer coisa que se podiam imaginar para alguém na posição deles. Carmen era sofisticada, mas não exibida. Era o tipo de pessoa que atraia todo o tipo de atenção, não só por sua beleza, mas pelo brilho natural que viciava todos que colocassem os olhos nela. Carlisle era mais contido, intelectual. Porém, apesar de serem opostos, a personalidade de ambos se complementavam.

Quando Carlisle foi ao banheiro, ela se inclinou em minha direção dizendo baixinho:

— Eu nunca vi meu irmão tão encantado com alguém antes.

Não respondi nada, apenas corei.

— Eu fico muito feliz em vê-lo tão bem. Por isso eu quis tanto te conhecer por que eu imaginava que você poderia ser muito especial.

— Eu é que fico feliz por ter aceitado o convite dele para estar aqui agora. Seu irmão também é muito especial pra mim. Eu o amo de verdade. Sei que alguns não acreditam nisso.

— Eu acredito. Percebi isso no momento em que vi vocês juntos. O olhar que vocês trocam parece que se complementam. Tem uma energia que ronda vocês que é diferente... Parecem imãs. Tem os mesmos gestos, completam as frases um do outro, é simplesmente impressionante!

Baixei a cabeça refletindo sobre o que ela tinha dito. Realmente existia algo muito surreal entre eu e Carlisle. Por estar dentro da relação, não percebia isso direito, mas era real. A gente sentia coisas parecidas, concordávamos em muitas coisas, nos complementávamos mesmo inconscientemente. Era uma conexão dos céus.

— Sei que as coisas não andam fáceis pra ele em casa e isso me deixa extremamente triste. Não queria ser o pivô dessa confusão dele com a sua família.

  Carmen levantou a sobrancelha e bebeu um gole da sua bebida. Assunto delicado, eu sabia.

— Não se culpe. Carlisle e os nossos pais sempre tiveram em campos magnéticos diferentes. Eu estava até preocupada. Meu irmão andava se rebelando muito por causa disso e fazendo coisas que não é do feitio dele. Você está o colocando nos eixos de novo.

Eu não sabia que coisas eram aquelas que ela andava fazendo e isso meu deu um desconforto chato. Carlisle estávamos juntos há um tempo e muita coisa eu não sabia sobre ele.

— Meus pais só estão tentando seguir os padrões da monarquia, sabe? Eles não conhecem você e acham que sabem o que é melhor para o Carl... Mas eu tenho certeza que uma hora ou outra tudo vai se acertar.

Assenti e Carlisle voltou à mesa, o assunto voltou a ser confortável de novo. Mas eu não estava assim tão satisfeita. Havia muita coisa que eu não sabia, muita coisa que eu tinha que enfrentar e algumas que gostaria que fosse diferente. Mas muito disso não estava no meu controle.

  Quando terminou o almoço, Carlisle pegou a minha mão e saímos pela porta da frente. Estranhei aquela naturalidade. Geralmente fazíamos de tudo para não sermos vistos, disfarces, lugares discretos para encontros, e tudo para não sermos notados para não criar mais história sensacionalista para os tablóides, mas naquela tarde estava sendo tudo diferente.

É claro que havia alguns paparazzis na porta do restaurante. Carlisle fez questão passar por eles e deixar que nos fotografassem. Carmen apenas andava tranqüila um pouco a nossa frente em direção ao seu carro, onde o seu segurança a aguardava.

— Vocês estão mesmo namorando? – um paparazzi perguntou.

Carlisle apenas deu o seu melhor sorriso e beijou a minha mão junta a dele.

— Ela não é linda? – disse.

Entendi que aquilo tudo havia sido armado por ele como uma forma de me assumir publicamente já que não havia conseguido uma nota do palácio oficializando o nosso namoro para conter os abusos dos tablóides. E nos flagrarem assim, num restaurante com a presença da princesa Carmen de maneira tão natural, como um encontro em família que tinha sido perfeito.

No dia seguinte as fotos estavam em todos os lugares possíveis e impossíveis. Se antes eu era apenas uma dúvida, agora tudo era real, eu era a namorada do príncipe. Aquilo me deu um misto de emoções. Por que vinha uma série de questionamentos com isso, não? Até quando eu seria apenas a namorada? Estava pronta se caso Carlisle quisesse algo mais comigo? Eu estava pronta para enfrentar a família dele? Eu queria aquela vida de realeza? Isso pairava em meus pensamentos de vez ou outra. Por que embora eu quisesse vivenciar o meu relacionamento apenas com o homem que eu tinha conhecido numa boate com quem eu vinha namorando há nove meses não tinha como dissociar a vida dele dentro da realeza. Aquilo estava claro. Não tinha como fugir.

Na mesma semana saiu outra notícia bombástica, que fez cair por terra as minhas fotos como namorada oficial. A manchete dizia: “O príncipe Carlisle está noivo da princesa de Mônaco, informa fonte próximas ao palácio.”. Gargalhei ao ver aquilo. Era cada coisa que inventavam para ganharem dinheiro à custa da curiosidade alheia. Até que resolvi mostrar a revista a Carslile agindo em tom de brincadeira

— Você está noivo e eu não sei?

Mas a reação dele me surpreendeu. Ele não riu como eu esperava que iria sorrir. Recebi um silêncio sério. Espera? Então aquela baboseira era verdade?

— Isso é um plano dos meus pais e eu não estou envolvido nisso e nunca estarei.

— Não estou entendendo.

— Meus pais chegaram a se reunir com as suas altezas sereníssimas de Mônaco e cogitaram a possibilidade de um casamento entre eu e a princesa Stéfanie quando ela estivesse mais velha.

— O que? – eu apenas disse. A princesa Stéfanie? Ela tinha, sei lá, 14 anos?

— O plano era que a união acontecesse quando ela tivesse 20 ou 21 anos e eu estaria com a idade madura o suficiente para refletir sobre a importância de se estar casado, produzir herdeiros e me preparar para o meu futuro como rei.

— E você sabia disso o tempo todo? O que estamos fazendo nesses nove meses, então?

Fiquei pasma por que isso explicava muita coisa. A família dele tinha raiva de mim por que eu estava me relacionando com um homem comprometido, o afastando de suas responsabilidades.

— Eu te disse que não estou de acordo com tudo isso.

— Mas a sua família está e claramente me quer fora a qualquer custo.

— Olha esse plano nunca chegou a ser acordado oficialmente. A princesa Grace não quer fazer um casamento arranjado para a filha dela. Essa notícia foi soprada pela imprensa por alguém lá de dentro do palácio para desviar a atenção de nós dois.

Fui sentando no puf aos poucos. Aquela era a confirmação que eu precisava. A família dele realmente me odiava. “Meus pais só estão tentando seguir os padrões da monarquia, sabe?”. Eu é que aproveitasse o meu tempo com Carlisle e tratasse de esquecê-lo por que no momento certo os pais dele iriam dar um jeito de acabar com o nosso relacionamento para fazer o que eles achavam que era certo. Isso era muito “end game”.

— Por que eles me odeiam tanto? O que eu fiz? Eu não andei me exibindo pra ninguém. Não falei nada para a imprensa para não dar a impressão errada e é que eu estou sendo perseguida vinte e quatro horas por dia.

— O problema deles não é com você. Eles é que são arrogantes! Conservadores ao extremo! Querem apenas seguir a cartilha que foi criada no século XIX para a monarquia, sendo que eles estão acabando com ela.

— E o que nós estamos fazendo, então Carlisle?

Ele veio até mim, sua expressão era de medo. Eu não queria perdê-lo tanto quando ele não queria me perder. Porém, estávamos lutando contra a maré.

— Eu não vou deixar que eles façam da minha vida o que querem. Eles não têm esse direito. Olha, eu venho lutando muito para que isso não aconteça. Minha mãe é ardilosa. Tem mandado paparazzis seguirem você, tem plantado notícias na mídia que façam as pessoas desacreditarem no nosso relacionamento. Eu venho fazendo uma verdadeira guerra lá dentro por causa disso. Eles vão parar de nos perseguir.

Fiquei ainda pior ao ouvir isso da boca dele. Nunca vi alguém falar assim dos próprios pais. Eu tinha os meus como algo sagrado. Compreendi pela primeira vez que o que havia ali era tudo menos uma relação familiar. Era um acordo entre patrões e empregado. Ele continuava me contando tudo que acontecia e eu me sentia mais enojada. Ainda mais por saber que havia alguém capaz de mandar paparazzis me perseguirem, criar notícias falsas para me incriminarem, para que? Não percebia que estava indo contra a felicidade do próprio filho? Aquilo era demais pra mim!

Permaneci chocada e em silêncio ouvindo tudo que ele me contava. Agora ele desabafa e contava tudo que não me contou a respeito da família dele. Eu não queria continuar ouvindo aquilo. Queria vomitar, mas estava paralisada.

— Eu só quero que saiba que eu te amo e o que estamos vivendo é real.

Eu sabia disso por que eu sentia os sentimentos dele por mim. Só não sabia se queria a realidade dele para a minha vida. Mas naquele minuto não disse nada. Apenas deixei que ele pegasse na minha nuca. Senti um arrepio no mesmo instante. Os lábios dele roçaram os meus e senti o sabor do beijo quente dele. A língua dele invadia a minha boca e eu o correspondi. Por que eu não estava preparada para deixá-lo ir. COMENTEM POR FAVOR!

PARA MELHOR COMPREENSÃO, VEJA A ÁRVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA REAL DE BELGONIA AQUI: 

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