Harumi Hiden - A Ressurreição das Sombras escrita por Akira Senju


Capítulo 4
Poder e Ciência


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos! Desculpem a demora para a postagem do capítulo, pois precisei fazer uma viagem a trabalho.

Sem mais delongas, tenham todos uma ótima leitura! ♥



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ANTES…

 

Tsunade estava em um lugar que parecia um laboratório ou uma sala de cuidados intensivos, mas diferente do hospital de Konoha, aquele lugar possuía uma grande incubadora e era possível enxergar que havia alguém lá dentro, imerso em um líquido enquanto o mesmo borbulhava. Ela observava aquele alguém atentamente, até que olhou para um relógio em seu pulso…

 

— Quatro dias, 23 horas e 59 minutos. – Ela suspirou com determinação. - Está na hora. 

 

Alguns minutos depois, ela encarava um corpo deitado em uma maca e depois de observá-lo por alguns segundos, se aproximou, ficando ao seu lado. Após respirar fundo, ela fez um selo de mãos e logo o Selo Byakugou em sua testa brilhou, em seguida, sua reserva de Chakra começou a se espalhar pelo seu corpo em forma de fitas pretas.

 

AGORA…



Em um lugar semelhante a um laboratório de testes, um homem com trajes de médico observava alguém que estava preso em um local com grades. Depois de alguns segundos encarando a cela, alguém gritou estando atrás e ele se assustou.

 

— NÃO PODE SER! – Um outro homem com trajes de médico que estava próximo de alguém deitado em uma maca, tremia assustado enquanto dava passos para trás.

— O que foi, Ichiro? 

— E-Ele… ele morreu! – Ichiro estava com os olhos arregalados, como se nunca tivesse visto um morto de perto.

 

O outro médico se assustou e ficou boquiaberto, em seguida, direcionou seu olhar para o homem que estava na maca e depois de alguns segundos, suspirou. Ele se aproximou do corpo e o cobriu com um lençol.

 

— Você deveria estar acostumado com essas coisas já que também é um médico-cientista. – O médico disse.

 

Ichiro estava cabisbaixo, tremendo e com a respiração acelerada, mas ao ouvir essas palavras, se irritou.

 

— EM QUE MUNDO UM MÉDICO-CIENTISTA TEM QUE ESTAR PREPARADO PARA VER UM GATO MATAR ALGUÉM DESSA FORMA?! E ALÉM DO MAIS, ELE ERA MEU IRMÃO! – Lágrimas começaram a descer de seus olhos, escorrendo pelo rosto. 

— Hum. – O médico passou ao lado dele e voltou para onde estava antes, observando alguém.

 

Depois de alguns segundos, Ichiro enxugou suas lágrimas.

 

— Está na hora de me dizer a verdade, Hikaru. – Ele disse encarando o corpo do irmão coberto pelo lençol.

 

Hikaru apenas o olhou por cima do ombro e logo desviou o olhar com um sorriso sutil.

 

— Tudo bem, eu vou lhe dizer. Como você já deve ter notado, esse não é um gato comum. Mesmo tendo um tamanho normal para a espécie, ele possui conhecimento apurado dos pontos vitais do corpo humano. – Ele se virou de frente para Ichiro. - Por isso Jiro morreu. Ele teve seus pontos vitais perfurados pelas afiadas garras desse gatinho. – Ele apontou em direção a cela e nela era possível ver um gato preto com as patas presas com correntes especiais.

— E se você sabia disso, porque pediu para que Jiro tentasse enfrentá-lo? -- Ichiro perguntou com a voz trêmula.

— Acontece que eu não sabia disso antes de Jiro enfrentá-lo. As informações que recebi sobre ele não passavam de lendas, bom, até agora. Nosso objetivo é descobrir o que de fato leva esse adorável gatinho a se tornar um grande monstro chamado Bakeneko. Ele foi capturado na tão falada Floresta dos Gatos e o que dizem sobre ele, é que seu poder pode fazer diversas coisas, desde matar, até trazer alguém de volta à vida.

 

Ichiro o olhou surpreso.

 

—  Mas não pense que isso é algo fácil de alcançar, Ichiro. O Chakra que ele possui não é acessível a qualquer um. Para conseguir ter acesso ao poder dele, é preciso passar meses treinando na Floresta dos Gatos e enfrentar alguns desafios considerados quase impossíveis. Pelo que se sabe, apenas uma pessoa conseguiu esse feito no passado.

— E se não há nenhuma outra maneira, porque continuamos a tentar?!

— Hum, porque é isso que a ciência faz. Ela descobre os segredos e torna possível aquilo que chamam de inalcançável. Se conseguirmos descobrir como alcançar o poder máximo desse adorável felino, o Modo Sennin do Gato deixará de ser algo impossível. – Ele sorriu com malícia enquanto Ichiro desviou o olhar com tristeza.

 

Hikaru se aproximou dele.

 

— Se anime. Pense que se tivermos sucesso nessa nossa descoberta, você também poderá obter esse Modo Sennin e consequentemente, se tornará capaz de trazer seu irmão de volta. 

 

Ichiro ficou surpreso e Hikaru caminhou, se afastando dele e saindo da sala. Após Hikaru fechar a porta, Ichiro fechou os olhos e ficou pensativo.



ANTES…

 

Depois de executar aquela técnica de extremo uso de Chakra, Tsunade observava aquele corpo enquanto estava ofegante…

 

— Vamos… tem que ter funcionado… – Ela se escorava com as duas mãos na maca, perto daquele corpo, lutando contra o próprio esgotamento.

 

Depois de alguns segundos, ela se surpreendeu com um movimento, semelhante a um espasmo no rosto daquela pessoa, até que os olhos logo começaram a se abrir lentamente e Tsunade sorriu…

 

— D-Deu… cer… – Ela não conseguiu mais se manter de pé e desmaiou.

 

AGORA…



                  HOSPITAL DE KONOHA

 

Sakura estava fazendo uma cirurgia e tendo o auxílio de Yuna. Estava tudo correndo bem, até que em determinado momento Sakura a olhou e acenou com a cabeça, indicando que era o momento para que ela executasse a técnica médica. Yuna a olhou levemente surpresa e uma gota de suor escorreu em sua testa, até que ela pareceu se encorajar e estendeu as mãos para começar a executar a técnica avançada de cura. O Chakra da cor verde se tornou visível em suas mãos e, ao aproximá-las do paciente, bem perto de tocá-lo, ela logo afastou as mãos estando assustada. Em seguida, ela se virou e saiu da sala de cirurgias rapidamente enquanto Sakura a olhava surpresa.




ANTES…

 

Depois de algumas horas, no laboratório onde Tsunade estava, ela começou a retomar a consciência. Ela abriu os olhos devagar e enxergou tudo embaçado de início, mas aos poucos sua visão foi se tornando mais clara e, ao  notar que estava deitada na maca, ela se intrigou pois tinha certeza de que havia desmaiado no chão. Ela se levantou, ficando sentada na maca e observou a sua volta, como se procurasse por alguém, mas pareceu não encontrar e logo suspirou desapontada pensando que tudo não passou de um sonho. Depois de alguns segundos, ela colocou os pés para fora da maca e decidiu se levantar, mas logo foi surpreendida com a porta daquele laboratório sendo aberta, o que a fez olhar em direção. Havia pouca iluminação naquele lugar, mas foi possível enxergar a sombra de alguém entrar e fechar a porta. A pessoa foi se aproximando da maca, até que as luzes que iluminavam em volta fizeram Tsunade notar quem era. Ela se assustou, ficando boquiaberta e de olhos arregalados enquanto encarava aquela pessoa e a mesma a olhava de volta. Depois de alguns segundos, os olhos de Tsunade marejaram e as lágrimas logo desceram pelo seu rosto.

 

AGORA…




                  HOSPITAL DE KONOHA

 

Yuna estava em um dos corredores do hospital cabisbaixa, com um olhar entristecido, até que uma porta ao lado se abre e Sakura sai, indo em sua direção. Ao se aproximar, Sakura a observa em silêncio.

 

— Me perdoe… Sakura. – Yuna disse ainda cabisbaixa.

 

Sakura não disse nada e a surpreendeu ao tocar seu queixo de leve, levantando seu rosto. Ela esperava tudo, menos que Sakura estivesse com um sorriso doce, que demonstrava compreensão.

 

— Você tem se esforçado e isso é o que importa, Yuna. 

 

Yuna suspirou entristecida e logo voltou a ficar cabisbaixa.

 

— Mas apesar de tudo, preciso lhe dizer que está na hora de se perdoar. Todos nós médicos já falhamos alguma vez e perdemos alguém, não há porque se martirizar para sempre. – Sakura complementou. 

 

Yuna continuou cabisbaixa, sua frustração e vergonha não lhe permitiam encará-la.

 

— Bem, eu tenho que ir. Nos fala…

— Por muito tempo eu mirei em algo que jamais poderia conseguir. – Yuna a interrompeu.

 

Sakura ficou levemente surpresa e Yuna levantou a cabeça, olhando para frente...

 

— Houve alguém no passado que me inspirou a superar os limites de tudo aquilo que era considerado impossível, para devolver o sorriso de alguém. 

 

A lembrança da médica mascarada veio em sua memória.

 

— Mas… ao contrário dessa pessoa, eu falhei e tirei o sorriso de alguém… para sempre. 



Flashback on

 

HÁ ALGUNS MESES ATRÁS…

 

Um homem estava gravemente ferido e Sakura não estava no hospital. A única que conhecia algumas técnicas de cura eficazes e estava no local era Yuna, e a mesma foi chamada por um dos médicos enquanto estava na sala de reuniões.

 

— Yuna, temos um homem que foi gravemente ferido em batalha e precisamos de você.

 

Ela se surpreendeu.

 

— Mas… O-Onde está Sakura?!

— Ela precisou sair e não sabemos para onde foi.

 

Ela ficou pensativa por ainda não ter tanta experiência.

 

— Por favor, Yuna! Você é a única que pode fazer algo por ele! – O médico disse aflito.

 

Yuna pensou por mais alguns segundos e uma gota de suor desceu de sua testa, até que ela suspirou.

 

— Certo, vamos lá.

 

Ao chegarem na sala de cuidados intensivos, o homem respirava pesadamente estando com graves ferimentos no tórax e no abdômen, mas o que chamou a atenção de Yuna, foi uma garotinha que estava desesperada pedindo para ver o pai de perto enquanto um dos médicos segurava seu braço. Aquela imagem a paralisou por alguns segundos e a fez se lembrar daquele dia e daquela médica mascarada.

 

— Ei, solte-a. – Ela disse com firmeza para aquele médico.

 

Ele a olhou surpreso e logo obedeceu. A pequena garotinha que aparentava ter 6 anos, correu até o pai e sem se importar com o sangue, o abraçou, deitando sua cabeça em seu ombro e desabando em lágrimas.

 

— Papai, não me deixe! E-Eu… eu só tenho você! – Ela disse entre o choro.

 

Yuna se surpreendeu novamente e seus olhos marejaram. Ela sabia muito bem o que aquela garotinha sentia e assim como alguém no passado lhe devolveu a pessoa mais importante de sua vida, ela se encorajou a fazer o mesmo. 

 

— Ei… – Ela tocou o ombro da garotinha. - Me deixe sozinha com ele, por favor. 

 

A garotinha a olhou em silêncio e, com pesar, se afastou do pai, saindo da sala juntamente com os outros médicos.

 

Yuna encarou aquele homem por alguns segundos e, após um suspiro determinado, ela começou a agir. 




DEPOIS DE ALGUNS MINUTOS…

 

Yuna estava sentada no chão estando cabisbaixa, havia sangue em suas mãos e, de seus olhos, lágrimas escorriam copiosamente enquanto ela tremia. Depois de alguns segundos, ela se levantou e caminhou lentamente para fora da Sala de Cuidados Intensivos. Após sair pela porta, ela ouviu pequenos passos apressados em sua direção.

 

— Doutora! Meu pai vai ficar bem? 

 

Ela levantou o olhar em direção a garotinha que estava aflita e com os olhos marejados. Mais uma vez ela se viu no passado, a diferença, era que a resposta que ela daria para aquela garotinha, não lhe devolveria o sorriso.

 

Flashback off



Yuna colocou as mãos no rosto e chorou enquanto Sakura a olhava entristecida, até que desviou o olhar por alguns segundos.

 

— Bem, a única coisa que essa experiência pode lhe trazer, é a determinação, Yuna. – Sakura voltou a olhá-la.

 

Yune se intrigou e parou de chorar, mas continuou cabisbaixa.

 

— Há maneiras diferentes de encarar os erros que cometemos. Você pode continuar evitando a superação e a evolução por medo de errar de novo. Mas você também pode se determinar a superar seus obstáculos internos e lutar para alcançar seu objetivo inicial, com mais força, foco e coragem. Isso se chama ressignificação. – Sakura novamente tocou o queixo dela e levantou seu rosto com carinho. - Sabe… eu vi de perto alguém que sempre soube fazer isso de uma forma admirável, e hoje, ele está prestes a alcançar seu objetivo que, para muitos, era impossível. – Ela sorriu sutilmente ao se lembrar de Naruto. - Por isso, está na hora de fazer uma escolha. – Sakura tocou no ombro de Yuna que se surpreendeu, se lembrando do toque que a médica mascarada lhe deu naquele dia. - Se te ajudar, tenha em mente por quem você quer estar preparada um dia, caso essa pessoa precise.

 

Em seguida, Sakura seguiu seu caminho. 

 

Yuna ficou pensativa por alguns segundos e colocou a mão no ombro, no mesmo lugar que recebeu o toque de Sakura, até que fechou os olhos e suspirou.



ANTES…



(Cena do Capítulo 1)

 

Era uma pousada, mas havia um quarto que escondia muito bem uma parte subterrânea. Lá embaixo, era pouco iluminado. Havia uma mesa com alguns livros espalhados e logo à frente, estava ela, Tsunade sentada à mesa lendo um livro com bastante atenção. 

Depois de alguns segundos, ela fecha o livro e suspira desapontada…

— Mas que droga.

Ela colocou os cotovelos sobre a mesa e escorou o queixo com as mãos. Depois de alguns segundos, ela arregalou os olhos e se levantou apressada, parecia ter tido uma brilhante ideia.

Aquele lugar tinha algumas semelhanças com um quarto de hospital.

Ela caminhou por um pequeno corredor, o barulho de seus passos ecoavam naquele silêncio pleno, até que ela chegou em frente a uma porta do que parecia um segundo quarto e entrou. Naquele lugar, parecia ter uma cama e também havia uma mesa de cabeceira e Tsunade seguiu até ela. Chegando lá, deixou um livro sobre a mesa e sorriu sutilmente, em seguida, se virou e saiu daquele quarto. Tudo seria fácil de ignorar, se não fosse intrigante que o título do livro fosse “As Crônicas de Uma Médica Invisível.”

… 

Mais tarde, Tsunade voltou ao quarto. Ela abriu a porta e após entrar, ficou olhando em direção a cama da qual tinha uma pessoa sentada. A pessoa que estava cabisbaixa encarando a capa do livro “As Crônicas de Uma Médica Invisível” levantou o olhar ao notá-la ali. Em seguida, aquela pessoa colocou o livro sobre a mesa de cabeceira e colocou os pés para fora da cama. Ela ficou cabisbaixa novamente e Tsunade se aproximou.

— Você gostou do livro que leu? – Ela perguntou.

Aquela mulher de cabelos castanhos não disse nada e por estar cabisbaixa, Tsunade não havia percebido algo, até que ela levantou o rosto, revelando suas lágrimas e logo as enxugou. Ela se levantou e se virou de frente para Tsunade, em seguida, deu alguns passos e chegou mais perto. Ela a encarou por alguns segundos, até que suspirou com um leve sorriso nos lábios.

— Eu gostei muito, Mestra.

Tsunade arregalou os olhos e foi surpreendida por um abraço caloroso, mas após passar a surpresa, suspirou e correspondeu a aquele abraço que a tanto tempo não sentia.

AGORA…

 

No fim da tarde, Yuna chegou em sua casa…

— Sosuke, a mamãe chegou!

Ela esperou por algo que se repetia sempre quando ela chegava, seu filho vinha correndo para abraçá-la, mas isso não aconteceu naquele dia e ela se intrigou.

— Sosuke? – Ela chamou abrindo a porta do quarto do garoto e notando que estava vazio.

Ao observar o lugar, notou um bilhete em cima do travesseiro e logo se aproximou para pegá-lo.

“Fui à floresta treinar com o papai. 

Ass: Sosuke”

Yuna sorriu sutilmente ao ler o bilhete do filho, mas em seguida, se lembrou da pessoa que se passou por ela no hospital. Será que Sosuke estava mesmo com Shigeki ou se tratava do tal invasor disfarçado? Ao pensar nisso, ela saiu apressada de casa.

Depois de correr por alguns minutos e já estando na floresta, ela ouviu a risada de uma criança que parecia muito com a de seu filho. Ao seguir o som daquela risada, logo chegou onde ele estava e o avistou junto de seu pai, que o fazia cócegas e também ria. Ao observá-los por alguns segundos, Yuna sentiu que não se tratava de nenhum invasor, pois aquele sorriso tão encantador de Shigeki, era inconfundível e sempre aquecia seu coração.  Enquanto os observava, ela logo se lembrou das palavras de Sakura mais cedo…

“...tenha em mente por quem você quer estar preparada um dia, caso essa pessoa precise.”

Ao se lembrar, ela suspirou e sorriu ao se dar conta de que tinha não só uma, mas sim, duas pessoas por quem ela queria estar preparada um dia, caso precisassem. 

— Ei, querida! Junte-se a nós. – Shigeki acenou com um lindo sorriso.

Ela o olhou levemente surpresa. Shigeki era um excelente ninja sensorial e já havia notado a presença de sua esposa os observando a alguns minutos. Sosuke logo se surpreendeu e sorriu ao ver a mãe ali…

— Mamãe! – Ele correu até ela e a abraçou.

Ela correspondeu ao abraço do filho e Shigeki se aproximou.

— Você chegou mais cedo de novo? – Ela perguntou ao marido após se soltar do abraço do filho.

— Não. O Hokage me deu três semanas de folga. – Ele sorriu. 

Ela ficou surpresa.

— Eu pretendia lhe contar ontem, mas quando cheguei você já estava dormindo. – Shigeki disse.

Ela continuou surpresa por mais alguns segundos, até que sorriu.

— Venha, mamãe! Quero mostrar os novos golpes de Taijutsu que o papai me ensinou. – Sosuke a puxou pela mão, levando-a até onde estava antes com o pai.

Shigeki também os acompanhou.

 

ANTES…

Tsunade estava sentada à mesa, de frente para a garota de cabelos castanhos, e as duas estavam concentradas em algumas cartas que seguravam. Tsunade abaixou as cartas, revelando um sorriso ladino…

— Bem, vamos ver se aprendeu como se joga. Me mostre o que tem. – Ela disse.

A garota de cabelos castanhos, que ainda segurava as cartas frente ao seu rosto deixando à mostra apenas seus olhos, colocou suas cartas sobre a mesa, revelando o que tinha. Ao olhar as cartas, o sorriso de Tsunade se desfez e ela arregalou os olhos.

 

— COMO ISSO É POSSÍVEL?! – Ela socou a mesa irritada. - NINGUÉM JAMAIS PEGARIA UMA MÃO TÃO BOA ASSIM! – Ela jogou as cartas na mesa. -  EU NÃO GOSTO DE TRAPACEIROS! E SENDO ASSIM, EU NÃO JOGO MAIS COM VOCÊ! – Ela se levantou e ao sair pela porta, a fechou com força.

A garota de cabelos castanhos a acompanhou com os olhos e depois, voltou seu olhar para as cartas que estavam espalhadas sobre a mesa, as que Tsunade tinha nas mãos.

— Hum. – Ela sorriu sutilmente.

 

AGORA…

 

                   ESCRITÓRIO DO HOKAGE

Quando já era tarde da noite, Kakashi estava com um de seus braços escorado na mesa enquanto apoiava seu rosto em sua mão e cochilava, até que alguém entrou no escritório.

 

— Com licença, senhor Hokage. – Shikamaru disse.

— Hum?! – Kakashi se assustou e logo se ajeitou na cadeira. - Diga, Shikamaru.

— Acabamos de receber uma alerta de invasão. Há um intruso nos arredores de Konoha e pelas informações que recebemos de alguns Jounins, parece se tratar de alguém com a habilidade de suprimir o próprio Chakra. 

 

Kakashi arregalou os olhos.

 

— Ninguém conseguiu chegar perto o suficiente para identificar o invasor, mas a alerta continua indicando a presença do mesmo pelos arredores. – Shikamaru continuou.

 

Kakashi ficou pensativo por alguns segundos.

 

— Devo contatar Shigeki? – Shikamaru perguntou.

 

Ele pensou por mais alguns segundos…

 

— Não. – Ele se levantou. - Eu mesmo vou até lá.

 

Shikamaru se surpreendeu e observou o sexto Hokage sair do escritório calmamente para ir de encontro a um desconhecido e sem nem procurar saber mais informações ou pedir reforços. Após Kakashi fechar a porta, Shikamaru suspirou intrigado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por chegarem até aqui. ♥



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