As Oneshots De Séries 1.0 escrita por Any Sciuto
Elisa estava aprontando novamente. Não de um jeito ruim, mas de uma forma que faria Callen pirar ambas as cabeças. Ela sabia que seu marido adorava novidades para o quarto e quando sugeriu que ambos tivessem algumas ideias e as fizessem parecer surpresas, Callen topou na hora.
Claro que ela escondeu o fato que essas surpresas seriam picantes para ambos.
Então quando o dia de folga de Elisa chegou, a moça gentilmente pediu que ninguém contasse a Callen onde ela realmente estava.
— É uma pena que você tenha essas reuniões. – Callen a abraçou por trás e puxou o cabelo dela longe de seu rosto. – A gente poderia passar o dia todo na cama.
— Acredite em mim, querido. – Ela se virou e o beijou, saindo de cima dele logo em seguida. – Você não vai conseguir sair de cima de mim no meu próximo dia de folga, que vai ser amanhã.
— Acho então que eu vou pedir dispensa da agencia para ficar com a mãe dos meus filhos. – Ele a viu colocar um vestido preto e colado. – Eu tenho um ciúme dos homens que você vai estar perto.
— Bem, serão apenas garotas nessas reuniões, então pode guardar o ciúme. – Ela brincou e pegou sua bolsa. – Tenha um bom dia, querido.
— E você também. – Callen a beijou e um folheto deslizou de dentro da bolsa. – Hã? “Estudio de tatuagem Femme Fatale. Um lugar onde apenas mulheres são as profissionais. Exclusivo para mulheres.”
Callen se sentou na cama, tentando entender o que um folheto de um estúdio de tatuagens significava, mas só teve imagens indecentes com sua esposa.
— Acho que preciso de um banho gelado. – Callen foi para o banheiro e fechou a porta depois que entrou.
Elisa ligou o carro e sorriu. Sim, a isca havia sido jogada e Callen estaria precisando de uma banheira cheia de gelo.
Indo em direção ao estúdio de tatuagem, Elisa estacionou e sorriu. Ela recebeu o endereço da prima de Callen e achou o lugar perfeito. Nem ela iria ser julgada por um cara mais velho que ela nem Callen entraria em estado de ciúmes.
A última vez, ele quase entrou em combustão depois de ver Elisa sendo paquerada por um cliente.
— Bom dia, em que posso ajudar? – A recepcionista perguntou.
— Bom dia, eu tenho uma hora marcada com a tatuadora. – Elisa entregou o cartão e a moça olhou no computador. – Tatuagem e piercing.
— Certo, por aqui, sim? – A recepcionista sorriu e levou a jovem para a sala da tatuadora. – Fique à vontade.
Elisa sorriu, pegando um dos roupões disponíveis para as mulheres. Era novo e estava embalado em um saco protetor. Tirando a calcinha e a colocando em um protetor dentro de sua bolsa, Elisa se sentou e pegou seu telefone.
Callen estava olhando para o nada durante uma boa parte da manhã. Elisa estava fazendo uma tatuagem para ele? Talvez mais alguma coisa? Isso o impediu de ouvir Sam.
O amigo jogou uma borracha de apagar na testa dele, esperando chamar a atenção do homem.
— Ei, porque? – Callen pegou a borracha e bufou. – Isso não é legal.
— Você estava tão quieto, eu achei que estava travado. – Sam disse, inocentemente. – No que está pensando?
— Eu acho que estou pensando em Elisa. – Callen foi direto com ele. – Ela deixou um papel escapar da bolsa dela e era de um estúdio de tatuagem para as mulheres.
— Ela está em uma reunião com Any agora. – Sam deu de ombros para o amigo. – Há um grupo de advogadas que está fazendo um tipo de julgamento simulado para o trabalho de faculdade.
— Eu nem sei o que pensar, Sam. – Callen suspirou quando viu uma mensagem surgir na tela de seu computador. – “Não é legal saber sobre segredos?”
Elisa sorriu depois de mandar a mensagem para Callen e quando a tatuadora chegou, ela guardou o aparelho e aguardou.
— Senhorita Callen? – A tatuadora sorriu para ela. – Sou Steph. Vou fazer sua tatuagem. Essas são Brenda e Eileen. Elas estarão fazendo os piercings.
— É um prazer conhecer. – Elisa deu um sorriso. – Devo tirar o roupão agora?
— Com certeza. – A garota pegou a ficha que Elisa preencheu e foi direto pegar a pistola de tatuagem enquanto as cânulas para piercings ficam prontas para uso. – Enquanto isso, eu gostaria de saber os motivos.
— Bem, meu marido e eu gostamos de fazer o outro perder a cabeça. – Elisa gemeu quando o piercing foi colocado em seu clitóris. – Perdão. Eu não queria fazer isso.
— Acredite em mim quando digo que é muito comum. – A garota que estava colocando o piercing falou, tranquilizando Elisa. – É uma área bem sensível então com certeza iria fazer um pequeno gemido.
A pistola de tatuagem começou a funcionar, escrevendo a palavra escolhida por Elisa.
Callen mandou uma mensagem para Any, querendo e muito saber como estava a reunião. Uma mensagem foi recebida e ele percebeu que Any estava ocupada no momento, mas ainda assim...
— Callen, o que você acha sobre isso? – A voz de Kensi foi ouvida. – Parece ruim, certo?
— Pois é, parece. – Ele olhou para a jovem morta a sua frente. – Desculpe, ela merece mais respeito.
— Eu entendo. – Kensi balançou a cabeça para ele. – Vamos, talvez a gente consiga achar uma câmera que tenha pego a imagem do assassino.
Elisa finalmente foi autorizada a se levantar. Uma pomada foi colocada em seu clitóris e mamilos para que as novas perfurações não machucassem quando usadas.
Pagando a garota, Elisa foi em direção a sua casa, dando um pequeno balanço de cabeça enquanto ouvia música no rádio do carro. Ela comprou uma nova lingerie antes de chegar em casa e sorriu para a imagem de si mesma.
Callen abriu a porta de casa, cansado. Ele sentiu que o dia não foi um dos melhores, mesmo com a prisão do assassino. Afinal, eles não chegaram a tempo de prender antes de o homem matar mais uma mulher.
Abrindo a porta, ele notou que a casa estava toda a luz de velas.
— Lise? – Andado pela trilha de velas, ele chegou até a porta de seu quarto e quando abriu a porta percebeu que sua esposa estava deitada sobre a cama, completamente sem roupas e com brilhos em seus seios. – Meu Deus, estou no céu?
— Talvez sim. – Elisa sorriu para ele e bebeu o ultimo gole de seu vinho. – Talvez eu só esteja levando você para um passeio cheio de paixão.
— Meu Deus, Lise. – Callen olhou para ela e desceu os olhos para todo o corpo de sua amada. – Você fez uma tatuagem?
— Sim, apenas para seus olhos, queridos. – Ela o puxou para si e sorriu. – Quer ler o que está escrito nela?
O olhar de Callen nublou e ele teve a certeza que ela queria animar ele tanto quanto ele queria animar ela.
E a partir daquele momento, eles só falaram coisas para ouvidos maduros. E felizmente os filhos estavam com os avós e as paredes eram a prova de som.
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