Elisa Pride-Callen e Penelope Grace Alvez não eram nem um pouco mulheres frágeis. Entre os saltos poderosos de Elisa, as habilidades de computação de Penelope e a habilidade de mandar bandidos para o chão sem arma e com o poder dos sapatos de ambas as garotas, elas podiam se cuidar muito bem, obrigada.

É claro que qualquer momento em que elas conseguiam mostrar isso era bem-vindo, especialmente se Luke e Callen tivessem uma opinião.

— Agradeço por conseguirem a tempo. – Callen olhou para as imagens na tela. – Eu não consigo acreditar que alguém atacaria a secretária da marinha. Felizmente, tudo o que ela teve foram arranhões.

— Mas parece que era algo bastante direcionado a ela. – Emily olhou para o caso. – São garotas que estavam apenas tendo um momento dentro de uma boate. Todas com cargos altos.

— Elas estavam na hora mais livre possível. – Callen observou de volta. – O que me diz que talvez a intenção fosse raptar e...

Ele parou, olhando para Elisa e Pen. Elas estavam mais perto da importância.

— Bem, eu acho que eles agem em boates assim. – Kensi observou. – Há duas em Los Angeles que não foram usadas em sequestros.

— Vocês estão sugerindo infiltração? – Luke perguntou. – Eu não sei se seria algo prático.

— Deixe-me falar com você. – Pen o puxou para longe, querendo colocar o motivo na cabeça de seu marido teimoso.

Havia um homem sequestrando garotas em boates. Elas não eram apenas garotas, mas sim pessoas importantes dentro do governo e órgãos públicos como promotoria, tribunal e agencias do governo com alto poder de decisão.

A primeira vítima era da NSA. Ela recebeu quatro tiros depois de usar sua senha alarme e isso já ligou o alerta, mas não foi até a quarta vítima ser morta logo depois de uma grande quantidade de documentos secretos serem roubados que a NCIS de Los Angeles se envolveu.

Eles ligaram para a BAU assim que a vítima 8 foi identificada. Ela trabalhava no prédio do FBI em LA. Jane era uma das agentes mais promissórias e nem se Luke a trancasse dentro de um armário ela ficaria longe.

— E se você me impedir de ir atrás desse cara com Elisa, eu juro que você vai ficar dois anos sem sexo da minha parte. – Pen viu o olhar de medo de Luke e percebeu que tinha tocado o botão certo. – Quando eu pegar esse cara, acredite em mim, você será recompensado.

Callen pareceu ter recebido o mesmo ultimato de Elisa e ele se juntou a Luke, ambos se sentando em duas cadeiras em uma loja de roupas.

Pen e Elisa haviam levado os dois para comprar algumas roupas para a boate. As outras garotas estariam por lá, mas as duas seriam as iscas.

Uma foto de Pen e Elisa foi publicada online dando conta de um encontro de negócios e que elas estavam indo para uma das boates.

O bandido ficou com os lábios em êxtase vendo uma oportunidade de sequestrar uma promotora e uma agente com acesso total ao sistema do FBI e quem sabe mais.

Carlo era um bandido médio até ser preso por um crime que ele não cometeu. Quando finalmente conseguiu sair, ele ficou revoltado e começou a visar mulheres com cargos que lhe forneceriam uma gama total de informações.

Sim, era uma motivação estupida, mas depois de conseguir colocar as mãos em uma grande quantidade de infos sobre um projeto denominado Pandora, ele sentiu que poderia ganhar mais dinheiro.

Vendo Pen e Elisa juntas, ele sabia que era uma questão de sequestrar uma e ameaçar a outra e ele seria um homem rico.

Ledo engano. Ele não sabia que isso seria sua derrocada final. Afinal, alguém uma vez disse que a burrice as vezes era um presente.

Elisa estava poderosa vestindo um vestido vermelho cheio de brilhos, uma bolsa preta e sapatos de saltos cor de rosa da Channel.

Pen estava belíssima usando um vestido preto com decote profundo, uma bolsa Prada com uma corrente dourada e saltos cor dourada coberto de diamantes também da Channel.

 Luke e Callen ficaram na van. Eles foram designados pelas garotas, uma vez que eles eram ciumentos e o criminoso veria isso como um empecilho para chegar até elas.

Mas nem isso os impediu de sentir seu sangue ferver de diferentes jeitos quando viram as duas garotas através das câmeras de vigilância dançando e um monte de gente especialmente homens olhando para as duas.

— Eu vou bater naquela bunda depois que isso acabar. – Callen disse, olhando para Elisa. – Ela me deixa em combustão.

— Penelope também vai ganhar uns bons tapas. – Luke lambeu os lábios, mas então viu o suspeito se aproximando. – Merda, elas não vão poder usar as armas.

— Meninas, ele está atrás de vocês. – Callen gritou antes de virem as meninas se olhando e então, tudo foi de zero a 100 muito rápido.

Penelope sorriu para Elisa e deu um olhar discreto para ver Kensi e o restante das garotas afastando uma parte do pessoal com os alarmes de incêndio.

Penelope girou, seu salto jogando o homem para o chão enquanto ele acertava o homem na barriga.

Elisa atingiu o capanga do captor e o jogou do outro lado da sala. Pen acertou o sapato de salto na virilha do sequestrador o deixando fora da luta.

Girando para trás, Elisa pegou uma das cadeiras e deu no próximo que tentou mexer com ela.

O homem deu uma cambalhota para trás e caiu desacordado.

Enquanto isso, Luke e Callen estavam congelados. Por alguma razão eles ficaram excitados vendo as garotas dando um pau nos malucos que tentavam sequestrar elas.

As outras garotas deixaram Elisa e Pen lidarem com os caras, oferecendo um suporte para se a coisa ficasse fora de controle, porém em dez minutos, elas estavam com tudo terminado, seus cabelos ainda perfeitos, a maquiagem sem borrar e seus sapatos de salto em seus pés.

— Bom trabalho, garotas. – Emily deu os parabéns. – Acho que podemos considerar uma boa prisão. Na verdade, isso é uma prisão maravilhosa.

— Droga, eu esperava conseguir raptar duas garotas fracas. – O bandido tossiu. – Me fodi bonito.

— Sim, bem. – Pen sorriu pegando o distintivo do meio dos seios. – Você está preso por assassinato, sequestro, espionagem e por mais um monte de crimes. Tem o direito de ficar calado e tem direito a um advogado.

— Mas ele não vai poder defender sua moral depois dessa surra. – Elisa sorriu e viu Callen e Luke. – Meninos, estão atrasados.

— Eu acho que a gente precisa voltar para a OPS agora. – Callen pegou Elisa e a levou para fora.

— Você também, mocinha. – Luke sorriu e todos voltaram para a OPS, satisfeitos.

— Devo dizer que eu esperava uma prisão e eu ganhei um show. – Callen engoliu em seco ao olhar para Elisa. – Vocês duas estavam bem demais.

— Talvez a Elisa pudesse nos ensinar como dar cadeiradas. – Kensi sorriu. – Certeza que o cara vai ver estrelas até o ano que vem.

— Ele mereceu. – Ela sorriu e pegou a mão de Callen. – Agora, se me derem um momento, tenho que fazer o relatório com o agente Callen.

Luke sentiu sua própria mão ser puxada por Penelope e os dois foram para a sala da caldeira, que tinha uma passagem secreta e uma sala completa montada para situações de perigo.

Elisa empurrou Callen para sua sala e trancou a porta por dentro.