Nem nos sonhos mais malucos de Dean e Sam Winchester eles teriam adivinhado a surpresa que tiveram.

É claro que eles haviam tomado conhecido de Adam, mas no momento, ele meio que estava na jaula sendo a casca de Michael original. Mas nem isso era páreo para a descoberta que eles fariam na manhã daquele domingo.

Apesar de eles morarem no meio de uma floresta, Cas e Gabriel decidiram levar os irmãos para tomar sol em uma praia no sul do Brasil.

A escolha se devia ao fato de que depois de tudo o que aconteceu, eles mereciam uma pausa. Eileen, a namorada de Sam também já estava lá e correu até ele, o abraçando com carinho.

— Eu nem acredito que você trouxe a gente para cá. – Dean sorriu para o namorado. – Quero que saiba que podemos ter um momento a sós quando quiser.

— Vou cobrar. – Cas estava atento a todos os lados de Dean e de Sam. – Você quer algo, querido?

— Só estou com uma sensação estranha. – Dean observou quando uma garota de vestido vermelho apareceu caminhando na areia. – Sabe, as vezes eu queria ter uma irmã. Talvez então ela ajudasse Jack a entender o que ele está passando.

Cass sabia que isso era verdade. Jack não quis vir com eles e escolheu ficar no bunker.

A garota olhou para o mar, mas não se atreveu a entrar. Talvez ela não soubesse nadar e apenas deu de ombros, indo em direção a um rapaz e abraçando.

— Eu agradeço por trazer a gente aqui, Gabriel e Cas. – Eileen abraçou ambos e Sam meio que ficou com ciúmes. – Eu realmente queria um tempo com meu garoto especial.

— Sou eu. – Sam a segurou e sorriu. – Pena que a gente precisa voltar.

Se segurando em Cas, Dean sorriu para o namorado e Gabriel colocou uma mão em Sam e Eileen, os deixando no bunker e indo direto para o céu, uma vez que parecia que uma pequena confusão havia se formado por lá.

— Eu não acho que ele esteja pronto para descobrir isso ainda. – Um dos mensageiros de Crowley tentou alertar o rei do inferno. – Temos tempo até daqui a dois meses para isso.

— Se Dean e Sam Winchester descobrirem que tem uma irmã e ela está na lista de “compras” do demônio, eu vou ser estripado vivo. – Crowley apenas mandou o homem virar cinzas e suspirou, tentando ganhar tempo. – Eu vou dar uma saída.

Descendo em um quarto, ele viu a irmã dos winchesters fazendo a mala de viagens. Ela pegou a transportadora de gatinhos e colocou sua felina nela e foi em direção ao carro.

Parecia um carro alugado e ele se perguntou o que houve para ela ir embora do nada. Então ele viu a carta de admissão de Stanford e um frio subiu sua espinha.

Ele decidiu que precisava avançar o momento em que ela estava no avião e agora faltam apenas duas semanas para que Lúcifer colocasse seu plano em pratica.

Dean e Cas estavam juntos há um ano e tinha sido perfeito. Eles tinham brigas, é claro. Mas a maioria era sobre uma caçada ou sobre quem lavaria a louça e que filme eles escolheriam.

Sam apenas revirava os olhos rindo.

— Olá, garotos. – Crowley aterrizou no meio da cozinha do bunker. – Hum, que cheiro gostos é esse, esquilo?

— Comida de gente. – Dean pegou três tigelas, servindo Cas e Sam primeira e depois uma para si mesmo. – Eu fiz um prato típico do Brasil.

— Quando aprendeu a cozinhar comida brasileira? – Crowley olhou para a comida e ela parecia apetitosa. – Isso é feijão?

— Feijoada. – Dean mordeu e revirou os olhos do sabor bom. – Eu senti uma vontade de fazer, mesmo que eu nunca tenha tido.

Isso era ruim, Crowley pensou consigo mesmo. Eles pareciam estar conectados com a irmã de alguma forma.

Enquanto isso, a irmã Winchester sorriu enquanto recebia as boas-vindas no curso de jornalismo.

— Ficamos feliz em receber você, Srta Any. – O presidente de Stanford sorriu. – Suas notas são boas e espero que consiga. E parabéns pela bolsa.

— Eu fiquei muito grata com isso. – Any sorriu. – Agora se me permitir, eu gostaria de ir para minha primeira aula.

— Com certeza. – O presidente olhou para a menina enquanto ela saia da sala.

Faltavam apenas uma semana para que Lúcifer colocasse seu novo plano em pratica. Ele ainda queria Sam como sua casca e usaria qualquer método para fazer o Winchester do meio concordar.

Jack finalmente saiu do quarto. Ele havia tido outra de suas visões na noite anterior e isso o assustava. Dessa vez, uma garota de vestido vermelho corria por uma plantação sozinha e descalça, fugindo de alguém que ele não conseguia ver.

Ela foi pega, é claro, mas não sem antes tentar se defender. Ela foi arrastada pelo caminho que tinha corrido. Seu corpo estava completamente cheio de rasgos onde suas pernas eram arrastadas no chão.

— Eu acho que é o suficiente. – Castiel olhou para Jack. – Isso foi um pesadelo, Jack. Depois de tudo o que aconteceu é normal.

— Mas a garota de vermelho. – Ele viu Castiel olhar para ele surpreso. – Você me contou que quando esteve no Brasil viu uma garota de vermelho.

— Jack, eu acho impossível ser a mesma. – Cass não estava totalmente convencido. – Volte para o quarto e eu vou levar um bom café para meu filho.

— Obrigado, pai. – Jack se sentiu melhor, mas ele iria apenas guardar esse pesadelo consigo.

Enquanto isso, Any estava realmente empenhada nas aulas. Ela estava sorrindo quando mais uma aula terminou e seu melhor amigo se aproximou, dando um sorriso maior.

— Então, a aula de oratória foi boa? – O rapaz sabia que a professora era chata.

— Senti vontade de dormir na aula. – Any sorriu. – Sinceramente, acho que ela precisa de uma aposentadoria. Ela disse que para apresentar um jornal é preciso que a gente tenha metade da nossa timidez?

— O que é tão ruim? – O homem não entendeu.

— Se a gente tiver metade da timidez, corre o risco de ficar lá travada como se a gente estivesse fazendo exame de vista. – Any brincou. – E sinceramente, eu já fiz exames desse tipo e eu fiquei tão cansada no final.

— De qualquer forma, eu amo seus óculos. – O rapaz deu um beijo na bochecha de Any. – Eu te vejo por aí.

— Dê lembranças minhas ao seu namorado. – Ela viu o amigo sorriu. – Espero que eu possa ir ao casamento deles.

Depois de uma conversa com Sam, Dean e Gabriel, Jack soube que se tivesse os pesadelos novamente ele deveria anota-Los e depois contar a eles.

Afinal, por ser filho de Lúcifer e neto de Deus, ele teria um poder assim.

Eles não sabiam o quão perigoso ficaria antes de melhorar. E nem sequer as descobertas que eles fariam.