Sam Winchester era um jovem que tinha vasto conhecimento em coisas sobrenaturais. Se perguntassem a ele como matar um lobisomem ele lhes diria. Se lhe perguntassem um jeito de trazer a pessoa mordida e transformada em vampiro ele lhes apresentaria o “preparado” da família.

Mas ele não sabia exatamente como trazer um bebê humano ao mundo, embora tenha feito um com Eileen durante uma caçada, que acabou no quarto de um hotel.

Ele passou todos os nove meses olhando sites, vendo vídeos e tendo a ajuda de Dean e Cas para conseguir o preparo necessário.

Sua filha estava prestes a nascer. Eles descobriram através de um exame e Sam sorriu ao saber que seu primeiro bebê era uma pequena menina.

— Ei, querido. – Eileen sorriu para ele, sua barriga de grávida sendo visível. – Você parece cansado.

— Eu passei a noite preparando o berço de Joanna. – Ele sorriu. – Dean me proibiu de pedir a Jack que o montasse para mim. Então ele se ofereceu e o montou em cinco minutos.

— Seu irmão deve ter montado alguns antes. – Eileen sorriu, passando a mão pela barriga. – Argh.

— Está tudo bem? – Sam se levantou e cruzou a pequena distância até ela. – Você está assim há algum tempo.

— Você sempre preocupado, hein? – Ela o beijou. – Acredite em mim. É apenas gases e indigestão.

Dean acordou e percebeu que Castiel não estava na cama, mas na poltrona ao lado da cama, olhando para o nada.

— Baby? – Ele chamou Cas que voltou. – O que foi?

— Eu recebi ordens para voltar ao céu, então eu fui e voltei. – Ele começou a se arrumar. – Eu tinha que buscar alguém, mas tive que ir com meu corpo cósmico.

— É minha sobrinha? – Dean estava ansioso para conhecer a pequena. – Você pode me dizer?

— Acredite em mim, baby. – O anjo o beijou nos lábios e terminou de se vestir. – Você vai conhecer sua sobrinha.

Eileen estava colocando os pratos no lugar quando uma pontada atingiu seu corpo e ela os deixou cair, alertando tanto Sam quando Dean, que vieram correndo.

— Querida? – Sam a viu caída no chão, chorando de dor. – Eileen?

— O bebê, Sam. – Ela se segurou no pescoço dele. – Eu acho que está na hora.

— CAAASSSSS! – Dean gritou e o anjo apareceu, pegando a cunhada nos braços. – Vamos, Cass vai levar a gente.

— Precisando de ajuda? – Uma voz conhecida fez todos sorrirem. – Venha comigo Dean. Eu dou uma carona para você.

— JO! – Tanto Dean quanto Sam sorriram quando viram a amiga com um par de asas.

— Vamos, essa menina precisa nascer e precisa ser feliz. – Jo pegou Dean e os levou para o pronto socorro, os deixando na porta. – Espere, Dean.

Sam e Eileen foram com Castiel para a emergência e Dean ficou.

— Eu sei que é o momento de Sam, mas eu preciso que você saiba que eu vou ser o anjo protetor da pequena Joanna. – Ela deu um sorriso. – Fiquei encantada em saber que Sam e Eileen me escolheram.

Em um passe de mágica, Dean estava dentro do hospital, um pequeno amuleto em suas mãos. Ele continha um símbolo anti possessão e asas de anjo.

Eileen se sentiu mal ao gritar quando uma nova contração a atingiu.

— AHHHHHHHHHHHHHHH! – Ela olhou para Cas e suspirou. – Por que eu preciso dar à luz assim? Não seria suficiente fazer um movimento e então eu estou pronta?

— Há certas coisas que nem eu posso interferir. – Cass tocou a testa dela e sorriu. – Apenas fique tranquila.

— Sim, Baby. – Sam sorriu para Cas e segurou a mão da sua esposa. – Eu acho que é hora do show.

— Vamos trazer essa pequena ao mundo? – A médica entrou e sorriu, vendo Cas se afastar. – Querida, quando sentir a próxima contração apenas faça o que for natural.

Eileen sentiu a dor se aproximar e uma melodia entrou em seus ouvidos.

— AHHHHHHHHHHHHH! – Ela gritou e sentiu seu corpo sendo espremido por dentro. – AHHHHHHHHHH!

— Mais uma vez, querida. – A médica pegou uma toalha para colocar o bebê que estava na saída. – Eu posso ver a cabeça dela.

— AHHHHHHHHHHH! – Eileen sentiu seu corpo dolorido e então uma sensação de estar dando à luz a uma melancia foi sentida. – AHHHHHHHHHHH!

Dean estava do lado de fora com Cas, o anjo estava rezando e usando sua graça através da médica. Jo sorriu do canto da sala, não se revelando.

A loira colocou suas mãos sobre o ventre de Eileen e fechou os olhos.

— AHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – A caçadora gritou quando os ombros de sua filha foram tirados para fora de seu corpo. – Está muito dolorido.

— Vai ficar tudo bem, querida. – Sam a fez segurar sua mão novamente.

— Senhorita, mais um empurrão. – A médica sorriu e então viu Eileen gritando de dor.

— AHHHHHHHHHHHHHHH! – A caçadora gritou e as sensações de dor foram completamente esquecidas e a mais calma das coisas foi sentida.

Um choro alto foi ouvido e então, Eileen poderia jurar que sua filha estava olhando para alguém acima dela e se acalmou, voltando a chorar logo em seguida.

— Eu acho que ela é uma garotinha especial. – A médica entregou a pequena Joanna enrolada em uma cobertinha cor de rosa, ainda coberta em líquidos normais de uma gravidez. – Meus parabéns, sua filha é uma garotinha totalmente saudável.

Pegando a filha em seus braços pela primeira vez, Eileen notou como ela parou de chorar logo e sentiu uma paz que nunca havia sentido antes.

Sam olhou para a pequena, que parecia querer estar em seus braços e Eileen a entregou, vendo o vínculo dele com a pequena.

— Eu acho que todas as garotas tem um gosto por homens altos. – A caçadora sorriu. – Assim como eu.

— Bem, vamos esperar que ela demore muito antes de querer ter um. – Sam brincou e viu Dean e Cas entrando. – Ei, ela chegou.

Dean olhou para a sobrinha e sentiu uma vontade grande de ter um bebê para si. Castiel leu isso e começou a pensar em um jeito de fazer isso acontecer.

Pegando a pequena em seus braços, Dean deu a Eileen o amuleto de proteção que havia recebido de Jo.

— Esse amuleto vai proteger ela até que ela tenha idade suficiente para tatuar. – Dean explicou e sorriu. – E eu tenho que avisar que Jo vai ser a protetora dela.

Eileen sorriu com isso. Saber que sua filha teria um anjo protetor era o suficiente para ela pelo menos cair no sono.

Depois que Eileen e Joanne foram verificadas e arrumadas, elas foram colocadas em um quarto da maternidade. Castiel usou sua magia para transformar o lugar em um quarto cheio de flores e brinquedos.

— Eu acho que ela gostaria de ir com o padrinho dela. – Eileen disse a Dean, que sorriu para ela. – Ninguém além de mim e Sam vai proteger essa mocinha mais que você. E eu tenho toda certeza disso.

Segurando a menina em seus braços, Dean viu como Cas envolveu todos na sala com um pouco de mojo, fazendo com que o lugar e a menina fossem protegidos ainda mais de demônios que tentariam mexer com a pequena Winchester.

E talvez, em alguns meses, ele e Dean estariam nessa mesma situação.