A festa na casa de David Rossi estava acontecendo pelo aniversário de Luke. O homem com descendência latina estava se deliciando enquanto girava sua garota na pista de dança, agitando quando os quadris da garota o faziam gemer de prazer.

— Uma pausa, sim, querido? – Penelope pediu com carinho. – Eu posso ser uma adoradora da dança sensual, mas até eu preciso de algum tempo no banheiro das moças.

— Nada te impedira, querida.  – Luke sorriu para Spencer que o olhava com curiosidade. – Eu a amo demais. Nem sei o que eu faria se algum dia eu a perdesse.

— Bom, como alguém que quase perdeu Penelope algumas vezes no passado, eu entendo. – Reid disse, em um comentário que não passou despercebido por Luke.

— Como assim “quase a perdeu”? – Luke sentiu uma vontade estranha de sentar. – Reid, ela quase....

— Não sei se ela vai me enterrar em um cemitério depois, mas enfim... – Reid olhou para Luke e viu Emily, JJ, Rossi e Tara se aproximarem. – Eu acho que essa coisa dela de tentar não deixar você assustado me deixa sem palavras. Só garanta que vai me enterrar.

— Qualquer garantia. – Luke foi direto, ansioso e preocupado. – Agora fale.

— Bom, Penelope é uma agente federal, então ela já teve sua própria cota de quase mortes. – Reid viu a cor do rosto de Luke sumir. – Vamos começar quando ela foi baleada.

— Ele está morto, Luke. – A voz de Rossi o acalmou. – E você pode agradecer a JJ por isso. Ele cometeu o erro de achar que a gente iria ficar sentado e observar ele fazer reféns na sede da BAU. Burro. Até eu sei que em um prédio com armas, a gente não saberia mirar.

— Seu nome é Jason Clarke Battle e ele era um policial da mais alta patente dos corruptos. – Emily resmungou quando falou o nome dele. – Ele também era um herói homicida.

— Atira e tenta salvar. – Tara estava bastante atenta a história. – Porque Pen?

— Porque o coração dela é grande demais e mesmo sendo errado, ela foi e marcou casos que ele era responsável. – Reid sorriu. – Ela estava sangrando nas escadas quando uma vizinha a encontrou.

Luke se levantou da cadeira ao ouvir aquilo. Ele sentiu que poderia muito bem desmaiar e ainda havia algumas coisas para descobrir. Sua garota era uma deusa, ela deveria ser adorada ao invés de ser baleada.

— De qualquer forma. – David começou novamente. – Penelope foi atacada novamente pelo mesmo cara em sua casa. Derek a protegeu, mas ela ficou muito abalada. Foi quando eu finalmente revelei que eu era o pai dela. No final daquele caso. Eu quase a perdi duas vezes em um curto tempo.

— Isso nos leva para a bomba em New York e é claro, a fazenda de porcos. – JJ viu Luke se sentar novamente. – Ela não estava na ambulância, mas até que a gente simplesmente não soubesse de quem era o carro que explodiu, a gente só conseguia pensar em quem teria sido.

— A fazenda dos porcos ela ficou perto demais do assassino. E nem me pergunte sobre ela ter corrido para uma cena de crime para tentar salvar alguém com o assassino por perto. – Reid viu que Tara e Matt olhavam para ele pasmos. – Aquela garota é especial demais.

— A vez que ela simplesmente entrou no meio de uma negociação de reféns entre um doido de pedra e a amiga dela, a vez que ela se vestiu de Black queen e foi em um encontro onde o assassino observava a troca entre ela e o ex babaca dela. – JJ estava tentando evitar todos os nuances do perigo. – E a vez que ela e Reid quase forma mortos.

— Bem, talvez eu devesse contar sobre isso. – Pen se sentou ao lado de Luke. – Está tudo bem?

Luke apenas deu um pequeno gemido. Compreensível depois de todas as informações que ele recebeu.

— Bem, Reid levou um tiro no pescoço e o homem responsável por isso mandou um assassino para o hospital tentar acabar o serviço. – Penelope sentiu Luke a apertar um pouco mais. – Ele estava indo tentar matar Spencer com uma seringa e eu pensei que não poderia deixar Spencer ser machucado daquele jeito. Ele pegou a arma do cós da calça e eu puxei a arma do Spencer e atirei.

Olhando para a garota ao seu lado, Luke sabia que ela podia muito bem amassar sua cara se ela quisesse. Ela era fofa, bondosa e seu chute era dolorido. Eles praticavam artes marciais juntos de uma forma um pouco sozinhos.

— Mas eu tive que superar coisas piores. – Penelope deu um sorriso para ele. – Tipo a ameaça de Cat Adams e sua corja louca.

Luke deixou o copo de água cair com aquela informação nova. Cat Adams, a mulher que perseguiu Reid no ano passado?

— Cat Adams? – Ele sentiu um frio passar por ele. – Ela perseguiu você também?

— Acho que a obsessão dela com a BAU começou comigo. – Penelope foi sincera. – Eu era o alvo inicial da Cat e de mais três assassinos.

— Luke, acho que eu deveria dizer que quando fui ao presidio, Cat me disse para proteger Penelope. – Reid olhou para o agente, que agora havia saído de perto do vidro quebrado e puxado a loira para seus braços. – Eu não pensei que deveria te contar, mas acho que depois de tudo, você merece.

— Eu ainda tenho meus inimigos, Luke. – Pen o beijou e o puxou para longe. – Eu não queria te deixar preocupado demais. Eu mesma fiz minhas melhorias e agora estou morando com meu pai. Se você quiser, pode vender aquele seu apartamento, trazer Roxy e seu traseiro fofo para morar comigo.

— Será bem-vindo, Luke. – Rossi garantiu. – E as paredes dos quartos tem isolamento acústico de qualquer forma.

— Então, o que me diz, bebê? – Pen piscou para ele. – Aceita vender seu apê, colocar esse dinheiro na sua conta e vir morar com sua garota e o pai dela?

— Você me falar desse jeito me faz querer voltar para casa e arrumar as coisas agora mesmo. – Luke sorriu. – Só me prometa que vai manter isso sempre contigo.

Ele estendeu uma pulseira para Penelope e a fez colocar em seu pulso. Era uma pulseira com um coração em vermelho.

— Ela vem com o chip para engolir? – Penelope sorriu. – Assim, mesmo que eu me perca de você, tenho certeza que você pode me resgatar.

— Mais como resgatar o sequestrador. – Luke sorriu. – Eu tenho um para todo mundo do time.

Penelope não queria ais ter problemas de localizar seus amigos e o chip era 100% seguro de ser engolido. Eles fizeram as configurações e foram fazer um brinde com o pequeno chip.

Ele ficaria por dois anos dentro do estomago, se prendendo de forma segura.

Luke se mudou com a namorada e usou o dinheiro para comprar um anel. Ele a pediria em casamento antes que algo os separassem. Embora não antes da garota ficar grávida.