Penelope sorriu enquanto olhava uma quarta loja naquele dia. Ela estava feliz demais para se importar com gritos ou outras coisas.

Suas sacolas estavam cheias de coisas que ela provavelmente precisaria durante o dia mais feliz de toda sua vida.

Seu casamento com Luke estava próximo. O homem provavelmente estaria com ela e com suas amigas se ela não estivesse indo comprar o vestido de noiva. Apesar de não se importar com tradição e superstição, ela queria que Luke a visse vestida apenas no momento em que ela aparecesse.

Girando no terceiro vestido do dia, Pen olhou para a esposa de seu primo sorrir para ela, com aprovação. A opinião final seria dela, mas aquele vestido em particular era o perfeito.

Ela comprou na mesma hora, dando a vendedora uma boa comissão por ele e saiu com suas amigas e madrinhas pela rua.

— Eu vejo que você comprou o seu vestido de noiva. – Luke a abraçou por trás na frente do espelho e a girou para si mesmo. – Eu poderia ver ou só na hora?

— Você pode ver apenas na hora. – Ela sorriu. – Mas eu vou dizer que ele tem acessos que você vai adorar.

— Você vai precisar levar uns tapas por essa desobediência. – Luke a segurou e tocou o traseiro dela. – Vamos. Eu preciso punir você.

— Não é uma punição se eu gostar. – Ela o beijou e os dois foram para um dos cômodos da casa deles. – Finalmente estreando.

— Viva. – Ele a empurrou para dentro com ela nos seus braços.

Na manhã seguinte, Penelope arrastou Luke com ela. Eles se encontraram com seu pai na doceria onde o bolo de casamento deles seria feito. O modelo escolhido estava aguardando apenas o sabor.

— Eu acho que a gente tem algumas amostras que são perfeitas. – A mulher colocou pratinhos com bolo na frente dos três. – Provem. O primeiro é um bolo de cerejas red velvet com cobertura de chocolate branco e morangos.

— Não sei, acho que falta algo mais nele. – Pen viu Luke espetando o garfo e girar os olhos. – Tudo bem?

— Não acho que seja o bolo do casamento. – Ele franziu o nariz e Penelope sorriu. – E nem é porque ele é vermelho. Mas o sabor é muito intenso.

— Parece que temos um sommelier de bolos aqui. – Dave brincou com o futuro genro. – Eu também achei meio ousado para o casamento.

— Eu acho que isso significa que queremos o próximo, por favor. – Pen deu um sorriso para a garota que cuidava das sobremesas e a garota apenas assentiu.

Um pratinho com bolo de cenoura foi colocado na frente deles e apesar de ser gostoso, era algo mais feito para um chá de bebês e ou para uma despedida de solteira.

O terceiro foi um bolo de chocolate, castanhas, doce de leite com uma cobertura de chocolate e morangos. Era doce e perfeito na medida certa. O recheio com nozes poderia ser alterado caso alguém sofresse de alergias.

A primeira garfada fez os três gemerem de prazer com o doce em questão. Era perfeito e talvez fosse o melhor deles.

Pen e Luke decidiram por eliminar as nozes do bolo. Eles queriam todos comemorando com eles não tendo que correr para uma emergência de hospital.

Feito isso, Rossi deixou os dois no shopping. Pen arrastou Luke para uma das lojas de lingerie e o levou para o provador, mostrando algumas peças para que ele escolhesse.

É claro que a lingerie da noite de núpcias não estava entre elas. Essa ela manteria em total sigilo dele. Afinal, ela estava pescando-o com ela.

— Eu acho que você é perfeita e nem precisa de roupas. – Luke sorriu para ele. – Eu odeio estragar isso, mas temos um caso.

— Tudo bem, eu posso vir amanhã. – Pen gemeu ao sentir o beijo dele se aprofundar. – Vamos antes que chamem a segurança.

Dave sorriu e suspirou.

Quando mais o dia do casamento chegava para Luke e Pen, cada vez mais ela ficava ocupada. Afinal de contas, ela agora precisava arrumar tudo sozinha. A equipe presa em um caso estupido.

— Isso não é justo, Pen. – Luke gemeu quando viu pela tela do computador que ela usava apenas uma blusa formal. – Você aí, eu aqui. Sinto falta de você.

— Bem, a gente vai ter quase duas semanas de lua de mel depois. – Ela deu um sorriso sexy para ele. – E eu pretendo fazer valer.

Luke balançou a cabeça, precisando se lembrar que eles estavam chegando perto do assassino em questão.

— Bem, você quer saber sobre o assassino agora? – Ela o lembrou.

Se Penelope tinha um tempo maior agora era por causa de a equipe ter pego o maldito na noite anterior.

Porém, com quatro dias faltando para o casamento dela, ela não tinha o luxo de parar.

— Eu quero que essas cadeiras fiquem lá. – Pen pegou uma delas e os fez acompanhar ela. – Aqui, veem agora?

— Sim, a gente ve. – O rapaz deu um riso afetado. – Como quiser.

Pen olhou para suas roupas em busca de algo mais aceitável para sair do casamento e decidiu que precisava ir comprar algo que deixasse Luke babando.

Ela e as esposas de seus primos foram mais uma vez ao shopping. Era perfeito como as três pensavam em tudo, mas ainda assim, era uma grande quantidade que Penelope tinha em suas mãos.

E não admirava ninguém que depois de um dia todo ela tenha desmaiado.

— Pen! – Kristall correu até a garota e a ajudou a voltar a si. – Meu Deus. Você está bem?

— Eu acho que exagerei. – Pen sorriu e viu Luke correr até ela e derrapar de joelhos para ela. – Estou bem.

— Tem certeza? – Ele a pegou nos braços e a deitou no sofá. – Você precisa se cuidar. O casamento é depois de amanhã e assim como a gente não quer os convidados no hospital, eu não quero você nele.

— Bem, eu vou providenciar um copo de suco de laranja. – A mulher disse, dando uma risadinha, sabendo o motivo de Penelope ter desmaiado, mas mantendo segredo.

O buque de rosas champanhe de Penelope finalmente chegou à casa e Rossi apenas suspirou. Sua filha estava enfim se casando. Ele sabia que Luke era um homem bom, mas ter que entregar sua filha ainda era triste.

— Está tudo bem, pai? – Penelope apareceu na porta do escritório dele. – Você está chateado por sua filha se casar então?

— Eu só estava lembrando quando você nasceu. – Ele a puxou para um abraço. – O quanto eu fiquei apaixonado por você.

— Ah, pai. – Penelope sorriu e deu um beijo na bochecha dele. – Promete guardar segredo até o altar? Eu estou esperando um bebê.

Dave sorriu e a ajudou a se levantar. Ele estaria entregando a filha grávida e seria algo que ele faria agora.

Luke olhou para o começo da passarela e sentiu seu coração inchar de paixão ao ver a mulher de sua vida vindo até ele.