Toda história tem um começo, mas algumas começam mais tarde que outras, devido aos acontecimentos na Ilha Nublar, O Parque dos Dinossauros estava oficialmente interditado para sempre, porém não existia apenas uma ilha repleta de dinossauros, existiam duas ilhas, as vidas dos animais da ilha Sorna deviam ser protegidas, John observou o radar, mapas da ilha, os carnívoros estavam concentrados no centro da ilha, ele ficou aliviado ao ouvir a voz de Sara Harding:
— Então basicamente devo catalogar e estudar o tipo de vida deles, mostrar ao mundo que eles são um ecossistema próprio e complexo e que estão longe. – disse ela calmamente fascinada com os arquivos.
— Sim. – John sorriu de sua cama. – claro que irá com uma equipe...
— Não, eu quero ir antes da equipe. – respondeu Sara olhando o homem na cama. – equipes fazem barulho e atrapalham. – explicou ela. – quero ir sem uma equipe para observar a distancia, sem interferências, sou boa nisso.
— É a melhor nisso. – John estava feliz que já tinha conquistado Sara e estava ligando para preparar a partida dela para dois dias.
Sara estava ansiosa lendo os arquivos, quando a porta do quarto se abriu, uma jovem de incríveis olhos azuis e cabelos castanhos escuros entrou, tinha sua altura, aparentemente praticava algum esporte, parecia que vinha de alguma corrida com a roupa que usava:
— Ela não vai sozinha. – disse a jovem pegando o telefone de John. – alô, sim... Duas pessoas. – ela desligou e entregou ao avô – sei que não quer, mas tenho que ir.
— E quem seria você? – perguntou Sara vendo a jovem se virar para olha-la.
— Alison Hammond. – disse ela estendendo a mão. – prima de Alex e Tim.
— Já discutimos sobre isso Alison. – disse John ficando agitado.
— E nós já estamos acertados que eu serei uma paleontóloga, mas antes quero ver aqueles animais, eu lembro do que contou, mas os fez por mim. – ela observou o avô parecer triste. – os fez pelo seu sonho e por mim e não pode me impedir de ver os animais que trouxe a vida por minha causa também. – ela se virou para Sara. – vou pegar minhas coisas, saímos hoje da cidade e vamos no sentido da Costa Rica.
Sara olhou John na cama, parecia triste e agitado:
— Ela não esteve no parque? – perguntou ela curiosa. – nenhuma vez?
— Não. – ele sentiu os olhos encherem de lagrimas. – mas ela ficara bem, com você.
Sara agora observava um grupo de herbívoros, fazia quatro dias dentro da Ilha Sorna, os encontros com carnívoros eram bem evitados e enquanto ela tirava fotos animada, ela percebia movimentos mais quietos de Alison e seu caderno de desenhos, ela estava curiosa tinha que admitir, Alison era muito madura para idade:
— Por que não viu o parque? – perguntou Sara se aproximando.
Alison olhou a mulher e deu um fraco sorriso:
— Câncer. – respondeu ela vendo a parada súbita. – estou curada, mas passei anos em tratamento, quando Alex e Tim foram, eu estava pronta para ir, mas passei mal e os fiz ir sem mim, lógico que os fiz prometer sempre ficarem alegres na frente do vovô.
— Entendo. – Sara sentou-se ao lado de Alison. – percebi que gosta dessa ilha.
— Foi a única que tive acesso, então eu a conheço. – explicou Alison olhando ao redor. – aqui funcionavam algumas outras instalações da InGen, pesquisas sobre novas espécies, evolução dos dinossauros... Charlotte liderava pesquisas genéticas.
— Charlotte? – Sara tirou o filme da maquina.
— Charlotte Lockwood, filha do ex-sócio do meu avô. – continuou Alison. – ela morreu alguns anos atrás, doença degenerativa.
— Eram amigas? – perguntou Sara vendo Alison parecer desconfortável. – Alison?
— Eu era a pesquisa. – Alison viu a surpresa de Sara. – ela me curou modificando parte do meu DNA, segundo ela foi um milagre, pois eu estava velha demais para isso... Quando ela modificou o câncer se foi.
— Descobriram a cura do câncer? – Sara estava maravilhada.
— Sim e não. – Alison viu a confusão de Sara. – Charlotte morreu e as pesquisas foram destruídas aqui na ilha na tempestade, até onde sei não havia backup, além disso seria perigoso alertar ao mundo a alteração de DNA sem mais pesquisas, mas eu também fico longe de qualquer cientista.
— Entendo. – Sara suspirou, Alison tinha razão, uma pesquisa cientifica desse nível colocada em mãos erradas poderia virar o mundo do avesso.
Alison não devia ter contado, mas fazia anos que escondia, ela fechou o caderno de desenho e suspirou, ela podia tentar achar nas instalações alguma informação da pesquisa, mas ela tinha certeza que estava completamente perdida e sem utilidade, ela sentiu um leve abraço e olhou para Sara que sorriu sem graça em retorno:
— Vamos ver os dinossauros? – perguntou ela.
— Sim.