10 Things I Hate About You escrita por Lady Anna


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oie! Depois de tanto tempo sem postar nada por aqui, temos uma Scorose! E essa é mais do que especial, porque é para uma pessoa incrível e que eu super admiro: Sam♥ amiga, espero de coração que você e se divirta lendo! Amei escrever Scorose com energia de Kat e Patrick!
Quero agradecer a todas as lindas do Ocean's 11 por serem amigas maravilhosas e me divertirem diariamente com mensagens♥ vocês são incríveis! Em especial, Little Alice e Paty por lerem antes, me ajudarem a guardar esse segredo e ouvir minhas ideias♥
Enfim, vamos a história!



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“And, though she be but little, she is fierce!” 

Shakespeare

— Não!

— Mas, pai…

— Eu já me decidi, Hugo. – declarou Ron, sem desviar os olhos do jornal que lia. – Não deixarei você ir sozinho para Londres.

— Eu não irei sozinho –  argumentou Hugo –, todos os garotos da banda vão.

Ron olhou-o por cima dos óculos de leitura, finalmente deixando o jornal de lado e analisando o caçula. Seus filhos poderiam ser definidos como uma mistura interessante dele com Hermione. Rose era inteligente como a mãe, mas tempestuosa como o pai e, além disso, possuía um humor ácido que nenhum deles sabia ao certo de onde viera. Já Hugo era quase uma cópia idêntica do pai, tanto na aparência quanto na personalidade. A única evidência dos genes Granger’s era a obstinação. Ron não conhecia ninguém tão obstinado quanto Hermione – isso até Hugo nascer.

— Corrigindo: não deixarei você ir para Londres sem nenhum responsável.

— Tio Harry deixou Albus ir.

— Albus não colocou fogo no salgueiro lutador no último dia de aula.

— Já disse que isso foi um acidente! E nós quase colocamos fogo no salgueiro lutador – resmungou, recebendo como resposta apenas um levantar de sobrancelhas do pai. – Além disso, tia Luna deixou Lorcan e Lys irem!

— Mais um motivo para eu não te deixar ir: se vocês juntos quase colocaram fogo em algo na escola, apenas Merlin sabe o que fariam em Londres. 

— Merlin salve a rainha! – brincou Rose, rindo.

— Cala a boca, Rose. Isso não é da sua conta.

Rose fechou o livro que estava lendo e sorriu para Hugo. O irmão conhecia aquele sorriso: era o que a ruiva utilizava toda vez que iria proferir um de seus discursos eruditos para qualquer ser que ela considerasse intelectualmente fracassado. Ele detestava tal sorriso.

— Papai está certo em não te deixar ir. Primeiro, porque você é incapaz de cuidar de si próprio. – Rose levantou-se do sofá e andou até o irmão, enumerando nos dedos os motivos. – Segundo, porque o local onde farão o show é, provavelmente, de procedência duvidosa, afinal nenhum lugar de respeito convida uma banda quase desconhecida para ser a atração principal. 

— É uma festa de aniversário, Rose. Uma garota que segue o Instagram da banda e gostaria que tocássemos no baile.

— Oh, não é perigoso, então. Somente brega. Muito pior do que pensei. – Hugo revirou os olhos, o que aumentou o sorriso de Rose. – Terceiro e não menos importante: Scorpius Malfoy vai. Aquele ser atrai confusão por onde passa. Já te disse para não ficar mancomunado com ele.

— Rose, até mesmo papai já superou essa birra idiota com Scorpius. Ele é gente boa.

Rose gargalhou, apoiando uma mão no ombro do irmão.

— Irmãozinho, eu estudei a minha vida toda com Scorpius. Fomos colegas de casa e de time na Sonserina. Fizemos todas as aulas juntos. Eu seria capaz de escrever um livro sobre como Scorpius Malfoy não é gente boa.  Mil e uma coisas que eu odeio em você, um bom título, mas seria um desperdício de papel. Não sei ao certo se ele sabe mesmo ler. 

— Chega, crianças – interferiu Hermione, sentando-se ao lado de Ron no sofá e beijando-o. – Conseguia ouvi-los discutindo do escritório. Qual o problema?

— Hugo quer ir para Londres fazer aquele show, querida – respondeu Ron. – Rose resolveu nos abençoar com sua humilde opinião sobre o caso.

Rose, indiferente ao sarcasmo do pai, apenas deu de ombros.

— Nós já conversamos sobre isso, Hugo – suspirou Hermione. – Você é muito jovem para ir fazer um show no centro da Londres trouxa, nem concluiu os estudos em Hogwarts ainda.

— Mãe, todo mundo vai!

— Você não é todo mundo, Hugo.

Rose riu diante da frase da mãe, já ouvira aquilo milhões de vezes e sabia que depois desse argumento não havia como convencer Hermione Granger Weasley.

— Parece que se você não levar um responsável, não poderá ir, docinho – ironizou Rose. – Que pena que o Malfoy não consegue ser responsável nem por ele mesmo.

Hermione concentrou seu olhar na filha e seus olhos brilharam de um jeito brincalhão, denunciando que uma ideia se formava em sua cabeça.

— Acho… seria plausível que Hugo fosse se você fosse junto, Rose. Você já é maior de idade para os trouxas e, além disso, creio que seria bom para a relação de vocês.

— Grande ideia, querida – concordou Ron. – Hugo pode ir se Rose for junto.

Hugo, já esquecendo da discussão de minutos atrás com a irmã, a fitou com olhos esperançosos.

— Nem pensar!

******

A banda WM2L Weasley’s, Malfoy, Lovegood’s & Longbottom – se reunia semanalmente no porão da família Potter. Há quatro anos, Albus, Scorpius, Alice, Lorcan, Lysander e Hugo começaram aqueles ensaios como uma brincadeira, uma distração durante as férias escolares. Entretanto, poucos meses depois, fizeram seu primeiro show em Hogsmeade, no Três Vassouras,  que foi um sucesso entre os estudantes de Hogwarts. Desde então, com a divulgação no perfil da banda no Instagram, conseguiram alguns pequenos shows no mundo bruxo, nada tão impressionante quanto ir tocar na Londres trouxa. Era a chance que eles buscavam para aumentar o alcance da banda. 

Entretanto, tudo dependia da boa vontade de Rose de ir com eles para Londres, o que significava que a carreira da banda continuaria tão estagnada quanto o velho carro azul do vovô Weasley.

— Você não consegue convencê-la a ir, Hugo? – perguntou Scorpius, franzindo o cenho enquanto verificava a afinação da guitarra. – Ela é sua irmã, não pode ser tão difícil para você.

Hugo bufou, jogado em um pufe do lado de Albus.

— Até parece que você não a conhece, Malfoy. As únicas pessoas que Rose ouviria daqui são Alice e Albus.

— Conheço Rose desde o dia que nasci e ela conseguiu me convencer quando éramos pequenos que quem tinha quebrado a coleção de xícaras francesas de tia Fleur foi eu, com o poder da mente. Sabe quem tinha quebrado? Ela. — Albus deu de ombros. – Eu nunca consegui argumentar com Rose tempo o suficiente para parecer que estávamos discutindo. Ela sempre estava certa. Talvez Alice consiga. 

A garota levantou as mãos como se rendesse quando todos olharam para ela.  

— Vocês definitivamente não esperam que eu consiga convencê-la a ir, certo? – Quando todos ficaram calados, Alice soltou uma risada nervosa. – Rose e eu somos amigas há anos e, pelo que eu conheço da personalidade dela, não existiria nada que ela detestaria mais do que ir em uma festa adolescente, ainda mais se não conhecesse ninguém no lugar.

— Mas ela conhece a gente! – argumentou Scorpius.

—  Nós estaremos tocando grande parte da noite – disse Lorcan. – Faz sentido Rose não querer ir para não ficar sozinha.

— Ela pode ficar no camarim ou, sei lá, do lado do palco, como se fosse nos auxiliar. Talvez nos levar uma água entre as músicas.

— Se Rose te entregar uma garrafinha d’água, eu aconselharia não beber – ironizou Lysander para Scorpius. – Aposto que ela colocaria veneno.

— Eu não aposto para perder. – riu Scorpius, ficando sério em seguida. – Não pode ser tão difícil convencê-la! Ela é sua irmã, Hugo. Sua prima, Albus. Sua melhor amiga, Alice. Vocês são próximos dela! Não acredito que não conseguem fazer nada! – Ele se levantou, ajeitando o microfone para iniciar o ensaio. – Não há possibilidade de encontrarmos outro baterista tão talentoso quanto Hugo em tão pouco tempo, o show já é no próximo final de semana, por Merlin!

— Todos nós queremos fazer esse show, Scorpius. – disse Albus. –  Mas você não conhece Rose como nós. É simplesmente impossível mudar a opinião dela quando ela decide sobre algo.

— Acredite em mim – suspirou Hugo. – Eu pedi, ou melhor, implorei para ela ir. Ofereci todas as minhas camisas autografadas do Chudley Cannons, prometi limpar sozinho a bagunça de Bichento durante seis meses sem usar magia e, se eu soubesse alguma forma de chantageá-la, com certeza teria feito. Rose está decidida a não ir.

— Ela não aceitaria alguns galeões para ir? – indagou Scorpius.

As risadas dos outros integrantes da banda foram tão expressivas que o Malfoy logo percebeu que dissera algo muito absurdo. Patético seria uma definição melhor diante do sorriso debochado de Albus. Talvez, ridículo.

— Por que você não tenta, dragãozinho? – perguntou Albus, utilizando o apelido que Rose deu a Scorpius no início do primeiro ano quando soube que ele era filho de Draco.

Scorpius inspirou, irritado. Sempre detestou aquele apelido e, se parasse para pensar, na verdade, o que sempre detestou foi a presença presunçosa e orgulhosa de Rose que vinham junto com ela. A garota obviamente se achava melhor do que todos e esse sentimento era potencializado quando direcionado a Scorpius. Mesmo depois de saírem de Hogwarts, sempre que se encontravam, a garota fazia questão de deixar claro o que pensava dele. Dragãozinho

Pois bem, ele iria convencer Rose Weasley a acompanhá-los no show. Abriu um sorriso convencido.

— Eu não vou tentar, eu vou conseguir. Até o fim da semana teremos uma resposta positiva dessa ruivinha. – Todos possuíam expressões céticas, o que apenas aumentou a confiança de Scorpius. Ele amava um desafio. – Se preocupem em estar tocando bem, que com Rose eu me entendo.

— Vamos lá, WM2L! – gritou Hugo. 

*****


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
É uma adaptação do filme, então muitas coisas no plot são diferentes da obra original. Mesmo assim, tentei manter a essência dos personagens.
Comentem e me contem o que acharam!
Beijooos



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