Príncipes escrita por MaruMarinhoMar


Capítulo 1
Prólogo: A Ilha De Theous


Notas iniciais do capítulo

Oi, esse é o Prólogo. Espero que gostem e obrigado por ler.



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  Uma história de Profecias, de Guerras, de Magia e uma singela história de amores.

  " Em uma terra vazia, existiam deuses entediados que não mais aguentavam a monotonia de suas existências e procuravam por algo que lhes acendesse a vontade de viver. Um deles então, teve a ideia de criar um mundo vivo, consciente e autônomo, de aparência caprichosa, e aquilo deixou os deuses bastante animados e otimistas, nunca haviam feito nada "autônomo" antes! No entanto, para completar seu projeto perfeito, ele criou uma espécie que aos olhos do panteão era predisposição para um iminente desastre: "os humanos". Muitos tentaram avisar para o deus desistir da ideia, mas o tal criador amava o que havia feito e acreditava que seria capaz de manter tudo em ordem.

 

Aquela foi sua falha final

 

   Tentou com todas as forças tomar conta de sua criação, mas falhou e morreu de cansaço ao tentar controlar seu "mundinho". Seus amados humanos agora viviam pela própria conta naquela terra perigosa. Depois dessa traumática perda, os deuses pararam de criar e desapareceram por muitos anos.

   Indo contra a corrente, os filhos do falecido deus eram loucos pelo desejo de realizar algo tal qual seu pai, principalmente as suas quatro filhas mais velhas. Nunca houve na terra tamanha determinação em quatro pares de olhos repletos de magia divina. Desejavam algo similar, mas que tivesse a identidade delas. Iriam usar o planeta de seu pai, mas queriam apenas uma parte dele para nomear como seus domínios. Algo pequeno e que pudessem dividir entre si, para cuidar com maior zelo. E após pensar por milênios e mais milênios–que para os deuses não são nada– decidiram que queriam uma ilha só para elas naquele grande planeta. E foi essa ilha que elas batizaram como o nome de 'Theous', que significa 'deusas'.

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   A filha primogênita do deus do universo era a deusa da terra que criou a parte continental da ilha. Não ficou pequena como as irmãs haviam planejado, de certa forma ficou até bem enorme se comparado ao plano original, mas elas não se importaram tanto, é sempre melhor sobrar do que faltar. Como já estava maior, ela encheu aquela terra com ainda mais tipos de plantas e criaturas mágicas terrestres.

   A segunda filha era uma deusa das águas. Quando sua vez chegou, ela modificou o litoral, os rios, os lagos e tudo mais que fosse abraçado pelas águas doces ou salgadas. Era um primor para os olhos e um alento aos corações, os mares que rodeavam a ilha brilhavam tanto quanto diamantes! A magia dominou tudo, fazendo surgir corais, algas e outras criaturas marinhas a gosto da deusa como que num piscar de olhos.

   A terceira filha foi abençoada com o dom dos céus e dos ventos e fez com que cada parte da ilha tivesse um céu mais esplêndido que a outra, até os dias mais fechados tinham sua beleza e nunca aos habitantes de seu domínio faltariam nuvens ou brisas refrescantes, menos ainda belas aves para se ver. A deusa dos céus gostava principalmente de sussurrar palavras em seus ventos, era apenas uma brincadeirinha, mas tinha lá seu charme. Por isso era possível ouvir os ventos, às vezes se pegava um vento com um desabafo da Senhora dos Céus, já em outros ela deixava mensagens de amor. Os ceús de Theous tinham muita sabedoria, isso com certeza.

   Parecia estar quase tudo pronto quando a quarta filha fez suas honras como uma deusa do fogo, do clima e das estações. Ela dividiu a ilha em pedaços e fez questão de haver sempre um clima e estações únicas para cada, que iam de um litoral tropical, até terras geladas e as montanhas ventuosas, Theous não era como nenhum outro lugar no universo. Theous era perfeito, era magia!

Mas... por quê sentiam falta de algo?

   Talvez elas não gostassem de admitir, mas faltavam criaturas que pudessem modificar aquele lugar, torná-lo mais que apenas um monte de terra tão perfeitamente tedioso quanto o grande panteão de deuses. Faltavam criaturas como os humanos que fizessem aquele paraíso se tornar algo a mais, se tornar vivo de verdade! E assim nasceram os Seres Mágicos da Ilha de Theous.

   Pela deusa da terra, os seres híbridos de mamíferos para viver no coração da grande floresta central de Theous. Habitando as águas, a deusa optou por belas sereias e tritões que guardariam os mares. Já pelos céus, iriam voar belos seres com asas chamados de 'anjos', habitando as nuvens, os topos das mais altas montanhas.

   Restava a filha mais nova e ela queria que seu povo habitasse as terras geladas, onde sempre nevava e o sol era raro. Sendo conhecida pela imaturidade, a deusa fez um povo de açúcar, doces e guloseimas, com a desculpinha de que, 'Não importa o tempo ou temperatura, eles sempre serão adaptáveis e me trarão felicidade'. As irmãs questionaram a escolha, mas ela bateu o pé que queria pessoas de doces, então elas tiveram que aceitar. As quatro irmãs divinas mergulharam magia em seus respectivos povos e os puseram na ilha, onde viveram muito bem e em paz por muitos e muitos anos.

Até a chegada da escuridão...

A chegada daqueles dois eventos.

   Milhares de anos se passaram até algo de anormal preocupar a paz de Theous, o primeiro dos eventos sendo uma frota de humanos que estava perdida nos mares do planeta e atracou no litoral daquilo que eles chamaram de "ilha mágica". Assim que chegaram, eles automaticamente se encantaram pelo local, e apesar do inicial susto que as criaturas nativas sentiram, se escondendo e observando de longe, não demorou muito até estabelecerem relações entre si. As deusas acharam aquilo muito bom, então permitiriam que os que os humanos que tivessem vontade poderiam permanecer na ilha, mas quem fosse embora jamais poderia voltar atrás. De frente a escolha de viver em um paraíso ou voltar ao mar sem rumo, certamente os povos humanos decidiram ficar, habitando diferentes locais.

  Aos poucos, a calmaria e a paz voltavam a Theous.

  Infelizmente isso durou muito pouco, exatamente dois mil e quinhentos anos. Em uma noite escura e sem estrelas, uma força de caos surgiu em Theous. Era a chegada de criaturas das trevas que só queriam destruição, morte e sangue, os Monstros! Com sua chegada, populações nativas da ilhas estavam sendo dizimadas aos montes. Sendo os monstros os únicos usuários naturais do que hoje se chama de Magia Sombria, eles não tinham pena ao derramar sangue, causar sofrimento e até reduziriam alguns territórios a rastros de demolição após passarem por eles.

   As deusas impediram os monstros, mas na hora de decidir o seu castigo, elas viram que dentro deles havia pureza e bondade, e em seu maior ato de misericórdia e compaixão, lhes conceberam o divino perdão e uma terra em Theous para chamar de sua. No entanto, após tanto esforço, as deusas nunca mais foram vistas ou ouvidas, sequer sabe-se para onde foram de verdade. Alguns dizem que elas hibernam, outros  que descansam e ainda há três ou quatro que digam que elas foram mortas pelo cansaço, tal qual o seu pai Universo.

Mas isso é o que dizem as lendas dos povos.

Hoje, sete grandes e poderosos reinos estão convivendo na ilha de Theous, cada um com um povo e domínios mágicos diferentes:

Mágissa, Térata, Záchari, Koiní, Angeloi, Yvrídia e Tritons.

Esses reinos nunca superaram as cicatrizes e dores de seu passado violento. A anteriormente pura e perfeita ilha de Theous, era agora preenchida de preconceito, ódio, rancor e medo.

   Os sete grandes reinados entraram em uma grande guerra que durou centenas de anos. Agora, no entanto, estão em um cessar fogo já fazem três anos devido a morte do rei de Mágissa e do seu primogênito herdeiro ao trono. Os sete reinos respeitaram o luto da rainha e deram um tempo, agora a situação está morna e é incerta. Não se sabe ao certo o futuro deste conflito, mas de certeza existem pessoas que desejam seu fim o mais rápido possível. "

[...]

   Fechei o caderno e larguei a caneta, deveria estar bom, afinal era só "mitologia histórica". Me deitei quando já deveriam ser por volta de meia noite, eu não deveria dormir a essa hora, mas meus estudos acabaram demorando mais que o esperado. Tudo bem que eu não deveria ter deixado aquilo para a última hora, mas era mitologia histórica e eu esqueci daquele trabalho em troca daquele que era minha maior prioridade. O dia seguinte seria cheio de atividades e deveres, como todos os outros dias de príncipes herdeiros.

   Eu me sentia tão exausto de tudo, mas isso foi até eu conhecer... ele.


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Notas finais do capítulo

Oi. Essa história é realmente bem velhinha, começou a nascer em 2016 e desde então eu venho pensando sobre ela, mudando e refazendo tudo mil vezes e tentando completar. tive milhões de tentativas de escrevê-la, quase que acho que iria pra frente em 2020, mas só agora acho que realmente estou pronta pra tentar concluir isso, esse resultado terá que me agradar! Eu fiz essa história com muito carinho e amor, espero que quem a acompanhe crie esse carinho por ela também, pois pra mim tudo aqui é magia. Bjs e obrigada por ter dado uma chance a Príncipes.



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