Stay with me escrita por Kayomii


Capítulo 7
Cap. 7: Uncontrollable Desire.


Notas iniciais do capítulo

Oi, bem sempre aqui? *risos*
Acho engraçado como essa Fanfic mudou o foco rapidamente conforme o decorrer dos capítulos. A ideia inicial era seguir a letra de Stay With Me, que funcionou até por volta do 4° Capítulo, mas que migrou para uma ideia totalmente diferente.
Eu gosto muito de Gintama, e escrever essa Fanfic me deixa motivada a manter minha mente ativa imaginando como será o futuro da história. Cheguei ao ponto de bater meu recorde de maior história que consegui manter (ultrapassando uma Fic incompleta que eu escrevia em meados de 2015 sobre Fairy Tail).
Minha escrita não é das melhores, mas tento melhorar cada dia mais e utilizar palavras que eu não estou a habituada a usar no meu dia-a-dia, fora as cenas de ações/lutas que é algo novo para eu conseguir escrever ou imaginar... Quem sabe um dia eu não escrevo uma história autoral (Meu sonho haha).
Enfim, chega de notas e bora para o novo capitulo!



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Novamente abriu os olhos e viu aquele teto amadeirado, as mesmas paredes vermelhas e aquele balde com o pano manchado de sangue ao seu lado. Era tudo idêntico ao sonho anterior, porém a sua cama não estava confortável igual antes e sua cabeça martelava de dor. Utilizava o seu yukata branco com ondas azuis levemente enrolado em volta do seu corpo.

‘...Outro sonho?’

Sentou-se com muita dificuldade usando o seu braço como apoio, que estremecia conforme colocava seu peso, logo deu de cara com um cachorro branco e felpudo que o encarava com a língua para fora antes de lamber o rosto do samurai.

“Acho que esse sonho está realista demais...” — Resmungou.

 “É porque isso não é um sonho...” — Dizia Shinpachi entrando no ambiente junto de Kagura segurando uma bandeja com mingau, enquanto o albino afastava o cachorro de perto do seu rosto.

“Bem-vindo de volta, Gin-chan.” — Dizia a garota chinesa com um olhar de ternura para o samurai, sendo correspondida com um olhar confuso.

“O-O que aconteceu?” — Dizia vagarosamente.

“Nós que te perguntamos... Você chegou em casa ferido.”— O garoto respondia-o.

“E nem conseguiu chegar na própria cama.” — A chinesa completava.

“Ah... Verdade.” — Respondia pensativo. Tentava-se lembrar o que havia ocorrido, porém sua memória parecia estar fragmentada, recordando-se apenas de alguns poucos momentos em que não estava sob o efeito da droga. Suspirou aliviado de certa forma, pois ter conseguido chegar em casa com vida não tinha sido uma tarefa fácil e por mais que odiasse admitir, aquele policial ajudou-o a conseguir. Isso era frustrante para ele. 

“Você está bem, Gin-san?”

“Estou.” — Coçou a nuca. – “Talvez meio perdido no tempo.”

“Isso é normal para quem acabou de acordar de um sono profundo.” — Deu uma risada sem graça.

“Ei... O que você está querendo dizer com isso...? Por quantos dias eu dormi?”

“1 semana inteirinha!” — A ruiva zombava.

“1 SEMANA?!”

“Kagura-chan, não assuste ele desse jeito.” — O moreno corrigia o seu comportamento. - “Foi apenas algumas horas.”

“Menos mal.”

“A propósito...” — Colocava o mingau no pote. “Coma-o.”

“Estou meio sem apetite.”

“Mas você precisa comer para melhorar logo.”

“Tsc... Vocês são insistentes demais.” — Segurava o pote com as suas mãos. – “Definitivamente viraram uma mãe!”

“Até parece.” — O moreno respondia-o rindo.

—X-

Tsukuyo havia sido convocada para uma reunião com algumas representantes da Hyakka, incluindo a nova líder Fumiko, que estavam compartilhando alguns relatórios não formais sobre a investigação da droga e uma visita a cortesã em um dos quartos de Hinowa, que apresentou alguns sintomas estranhos dias após o uso da droga.

“É bom revê-la, chefe.” — Dizia Fumiko representando o seu batalhão.

“Você não precisa mais me chamar assim, Fumiko.”

“É claro que precisa! Foi você quem me guiou até aqui.”

“Sendo assim, me sinto lisonjeada.” — Sorriu. – “Então... Como ela está?”

“Ela apresentou alguns sintomas estranhos...”

“Sintomas estranhos?”

“Isso. Uma das garotas reportou dizendo que ela parecia estar um pouco agitada demais e com dificuldades para dormir.”

“Isso soa como um pesadelo.”

“Exatamente, fora que ainda está sofrendo com algumas pequenas alucinações e febre alta, além de que a região onde foi aplicada a droga acabou ficando arroxeado.” — Suspirou. – “Ela está sentindo a necessidade de sustentar o vício da droga.”

“Que agoniante...” — Tsukuyo encarava a cortesã notando cada linha de seu rosto aflito. – “E quanto ao amanto?”

“Não descobrimos quase nada...” — Fumiko pegou alguns papéis. – “Nesses últimos dias, nós não encontramos nenhum amanto que coincidia com as características citadas anteriormente, porém...”

“...” — Tsukuyo a encarava.

“Em uma pesquisa que eu realizei a parte, acabei descobrindo algumas coisas interessantes: embora tivesse pele pálida, não era um Yato, pois suas mãos possuíam garras nas pontas dos dedos e outro detalhe, cogitei a possibilidade de possuir heterocromia, mas sua franja sempre esconde um de seus olhos... Se essa informação for conveniente, irá facilitar para descobrir a sua raça e de qual planeta que ele pertence.”

“Estou surpresa com a sua pesquisa, continue assim.”

“Obrigada, Tsukuyo-dono!” — Curvou-se diante a ela. “Irei dar o meu melhor.” — Disse entusiasmada enquanto a loira retirava-se do local dando uma acenada.

—X-

O pôr-do-sol iniciava-se anunciando o término da tarde, com um belo céu alaranjado e algumas nuvens cobrindo o sol, na qual só era possível ver a silhueta dos elementos que compunha o ambiente e pequenas brisas vindo da direção do mar.

A Shinsengumi trabalhava em uma investigação em um navio clandestino que havia sido apreendido. Continha diversos contêiners com peças automotivas, que chamava atenção pela grande quantia que havia em cada caixa.

“Algum problema, Toshi?”— Dizia o gorila enquanto observava-o remexendo em algumas caixas.

“Essas peças são de carros mesmo?”

“Hijikata-san, não se precipite só para prender os amantos.” — Okita falava enquanto apertava a corda que prendia um grupo composto por 4 amantos.

“Por que diabos você prendeu eles?!”

“Só estou adiantando o seu trabalho.”

“Você está é querendo arranjar problemas pro meu lado, desgraçado!”

“Eu jamais faria isso.”

“’Jamais faria’ minha bunda!” — Dizia em tom agressivo.

“Vice-chefe, veja isso!” — Yamazaki gritava.

“Tsc... O que aconteceu?” — Acendia um cigarro enquanto observava outro lote de peças. – “Ei... Isso não são partes de uma arma?”

“Exatamente.”

“Hey desgraçados!” — Cutucava um dos amantos com a ponta de sua bainha. – “Que porra é essa que vocês estão transportando?”

“Nós não sabemos senhor!”  — Respondia um amanto cara-de-peixe de pele lilás.

“Quem está por trás disso? EM?!”— O policial de cabelos negros cutucava-o novamente e gritava com uma voz mais rude, colocando mais medo no grupo.

“Hijikata-san, você está assustando-os.”— Novamente o sádico provocava-o.

“Que se dane.”

“Rey.” — Respondeu o amanto novamente.

“Quem diabos é Rey?”

“O chefe responsável pelo tráfico de Yohalo.”

“Yohalo?”

“É um planeta popular pelos amantos, vice-chefe.” — Yamazaki retomava a fala. – “Dizem que lá é o paraíso das drogas.”

“Faz sentido...” — Dava uma pitada em seu cigarro. – “E como é a aparência desse ‘Rey’?”

“Não podemos dizer senhor.” — Disse outro amanto com aparência de tubarão de cor verde-menta. – “Se não ele vai nos matar!”

“É bom saber que já estavam cientes...” — Dizia uma silhueta vindo de cima de um outro container contra o sol. Só era possível vê-lo carregando 2 pistolas em cada uma de suas mãos e uma capa longa que escondia o seu rosto junto de um cachecol. Pulou em um segundo container e executou os amantos com tiros precisos; sua reação repentina deixou todos os policiais do local estupefatos. – “Rey ficará chateado em saber que um pequeno grupo de idiotas estava entregando os seus planos.”

“Peguem-no!” — Hijikata gritava.

A Shinsengumi se dividia em pequenos grupos: Kondou e uma pequena porção seguia-o por baixo acompanhando os seus movimentos, enquanto Hijikata desembainhou sua espada e correu por cima dos containers, na qual pulavam em longas distâncias.

‘Ele corre demais!’

Pelo fator da maioria dos policiais utilizarem armas corpo-a-corpo, era quase impossível alcança-lo, ainda mais com ele revidando os ataques. Deu um pulo brusco em outro container distante afastando-se de Hijikata que não conseguiu pular na mesma distância, fazendo-o parar na ponta.

“Mas que porra!” — Resmungou.

“Fácil.” — O amanto sorriu segundos antes de interromper seu trajeto para defender do ataque de Sougo. Cruzou as armas e segurou o seu ataque enquanto seus braços estremeciam com a pressão da espada colidindo e o pano que escondia o seu rosto revelava-o: O amanto em questão era uma mistura mulher asiática com aparência de tigre, cabelos castanhos claros trançados e olhos amarelos, também usava uma roupa justa preta, botas com salto e uma capa marrom. — “Você é forte.”

“Não subestime a polícia.” — Disse com um sorriso malicioso.

“Nunca subestimei.”

Iniciou-se com um chute em sua barriga para afasta-lo de perto, com o propósito de correr para pegar distância e atirar em sua direção, todavia o policial corria em movimentos aleatórios como forma de esquiva. Uma de suas balas foi cortada ao meio e o permitindo uma oportunidade de contra-atacar, no entanto um outro tiro passava de raspão em seu rosto, fazendo-o inclinar um pouco e causando pequeno corte em sua bochecha, na qual revidou com um outro pequeno corte no ombro da amanto.

“Você sabia que eu não sou somente uma atiradora experiente?” — Novamente a amanto retomava a fala. A mesma dava um mortal para trás e tentava atirar com a pistola da esquerda, entretanto notou que estava descarregada e jogou-a no chão, onde sacava uma pequena adaga que estava presa em sua perna. – “Bingo.” — Usou a adaga para segurar o dano da katana enquanto atirava em sua perna esquerda, fazendo-o perder a mobilidade.

‘A adaga era uma distração?!’

“SOUGO!” — Kondou gritava enquanto ouvia o barulho do último disparo.

“Será uma honra lutar contra você novamente.” — Pegou a sua pistola do chão e fugia dando saltos e mortais sobre os containers enquanto Okita tentava levantar-se do chão com sua perna e seu ombro direito ensanguentados. Outros policiais do grupo de Kondou tentavam segui-la.

“Maldição...” — Hijikata resmungava enquanto ajudava Okita. – “Ei Sougo, você tá bem?”

“Ei Hijikata-san...”

“Fala.”

“Acho que quem irá iniciar um problema internacional não será você.” — Dizia com um olhar raivoso. – “Será eu.”

—X-

A noite chegara e o Albino mal havia levantando da cama ou conseguido relaxar durante a tarde. Os seus ferimentos estavam fazendo-o contorcer de muita dor e ainda sentia náuseas por conta da droga, sua cabeça parecia estar girando conforme se mexia, trazendo a sensação que iria cair em um abismo a qualquer momento. Era complicado até mesmo para pensar.

‘Está difícil até mesmo para dormir...’ — Virou-se para o lado. - ‘O ar parece mais pesado. Não paro de soar e me sinto febril. Um resfriado? Provavelmente seja...’ — Agarrou-se em seu travesseiro com força. – ‘Sei lá, me sinto ansioso e meu corpo está pedindo por algo..., mas pelo que?’ — Deitou-se de cabeça para cima, enquanto colocava a mão sobre sua testa. – ‘Seria vontade... daquilo?’

*

Enquanto dormia, Kagura ouvia resmungos vindo de baixo de sua cama, todavia tentava ignorar apenas cobrindo os seus ouvidos com a palma da mão virando para o lado da parede.

“Só mais cinco minutinhos, Patsuan...” — Boquejou e mesmo assim os resmungos continuavam. – “Rum...!” — Rosnou virando para o outro lado e pressionando as orelhas com mais força.  – “O QUE FOI CARAMBA-!” — Notou que os resmungos vinham do seu cachorro que arranhava a porta do quarto do samurai.  – “Algum problema Sadaharu?”— Coçava os olhos e levantava de sua cama. – “Se você continuar arranhando a porta desse jeito vai acabar acordando o Gin-chan.” — O Cachorro parecia ignora-la e começou a uivar. – “Você quer entrar?”

Lentamente a garota chinesa acessava o quarto em quietude. Caminhava nas pontas dos pés se aproximando aos poucos do samurai, onde imaginou que ele estaria dormindo tranquilamente, porém achegar em sua frente, pôde ver o seu rosto corado e suando frio, além de estar ofegante em contrapartida murmurando algo.

“Gin-chan? Você precisa de algo?”— ajoelhou-se ao seu lado com uma feição preocupada. – “Ei desgraçado, eu não sou igual ao Patsuan que fica te mimando enquanto você está doente! Então pode parar de atuar por que isso não vai rolar comigo e-” — Ela encostou o dorso de sua mão em seu rosto, assustando-se logo em seguida. – “Gin-chan, por que você está tão... Quente?”

A ruiva percebeu que ele havia piorado em questão de algumas poucas horas, mas não sabia o que fazer exatamente. Correu em direção a sala onde Shinpachi dormia e o chacoalhou até despertar.

“Hey Shinpachi, acorda...”

“Ah? Que foi?”

“Acho que o Gin-chan piorou.”

“Como assim?” — Levantou-se e pegou seus óculos que estava sobre a mesa de centro.

“Veja com seus próprios olhos.”

Assim como Kagura, Shinpachi notou que havia algo de errado apenas observando-o com seu rosto encoberto com sua coberta com o propósito de se esconder ao mesmo tempo em que mordia o seu dedo indicador numa tentativa falha de controlar sua ansiedade. Pegou o termômetro que estava guardado no guarda-roupa e mediu sua febre.

“Quase 40°C, isso é preocupante.” — Suspirou. – “Talvez deveríamos chamar um médico.”

“Não há necessidade para isso.” — Dizia o Albino com um olhar fundo.

“Não há necessidade?! Olhe a sua situação Gin-san!”

“Eu só preciso descansar.”

“Não, você não precisa. Você precisa de ajuda-”

“Eu me conheço o suficiente para saber quando irei melhorar!” — Disse em tom grosso.

“Entendo...”— Gintoki percebeu a feição dos dois preocupados, deu um suspiro e mudou o seu tom voz.

“Se eu não melhorar logo, eu irei ao médico. Até lá, não se preocupem comigo.”

“Até parece.” — Sussurrou enquanto deixava o quarto junto com a garota chinesa. Foi em direção a cozinha pegar a almofadada térmica.

“Ei, você não acha que o Gin-chan parecia estar precisando de algo?”

“Precisando de algo?”

“Urrum. Antes de você chegar, ele parecia estar pedindo alguma coisa.”

“Agora que você falou, eu notei isso também.”

“Será que é desejo? O Gin-chan não está grávido?”

“Com certeza ele não está!”

“Desde aquele dia em que briguei com ele, as coisas desandaram..., mas era por que eu não achava justo ficar todas as noites sozinha e depois daquele dia ele sumiu e apareceu completamente ferido.”

“Kagura-chan...”

“Se eu arranjar um jeito de me desculpar, as coisas irão melhorar, não é?”

“Não posso garantir isso.” — Dizia o moreno colocando a mão sobre seu ombro. – “Por hora, vamos apoia-lo até ele melhorar.”

“Hum... Apoia-lo...” — Sussurrou consigo mesma, colocando a mão sobre o queixo e indicando estar pensativa.— “E se fizermos um pudim para ele?”

“Um pudim? A essa hora da noite?”

“Sim! Eu tenho certeza que é isso que ele quer!”

“Então tá...”

*No dia seguinte*

“Não quero.” — Dizia o albino com um olhar cansado.

“E-eh?” — A ruiva respondia sem graça.

“Estou sem fome.”

“EI, EI, EI DESGRAÇADO! QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM O GIN-CHAN?!” — Estapeava-o enquanto ele gritava com uma voz fina. “VOCÊ DEFINITIVAMENTE NÃO É ELE! ELE NÃO RECUSARIA UM PUDIM!”

“KAGURA-CHAN! ASSIM VOCÊ VAI MATAR ELE!” — Shinpachi tentava separa-los.

“DEVOLVA O NOSSO GIN-CHAN!!”

“KAGURA-CHAN!”


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Notas finais do capítulo

Pressione F pelo nosso guerreiro.
Brincadeiras à parte, eu queria agradece-los pelo feedback positivo que estou recebendo sobre essa fanfic! Saiba que sua opinião é muito importante para mim, além do mais me motiva a continuar com essa fanfic.
Eu sei que esse capitulo fugiu um pouco da proposta dessa fanfic, mas prometo que o próximo capitulo irá ser mais ̶M̶e̶l̶o̶s̶o̶ focado para GinTsu.

Novamente peço desculpa pela demora para postar os capítulos, porém eu estou na correria do último ano escolar (vulgo TCC) e acabou consumindo boa parte do meu tempo livre. :P
Espero encontra-los no próximo capitulo! Até mais.



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