Stella escrita por Vic


Capítulo 7
Sangue


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!! Nesse capítulo tem fortes emoções, se preparem...
Boa leitura!

CAPÍTULO REVISADO



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Will não desistiu no primeiro não, depois desse, vieram inúmeros outros. Stella estava irredutível, se esquivava de todas as propostas que o namorado fazia e sempre mudava de assunto quando alguém lhe perguntava sobre casamento. Seu namorado era um homem que gostava de desafios, mas a brincadeira de “gato e rato” com a parceira estava começando a esgotá-lo. A guerra ainda não estava perdida e ele tinha um plano. Um plano muito simples, na verdade. Seu plano consistia em dois passos, o primeiro era ir até o Culpepper’s pedir o prato favorito de Lindsay e o segundo era convidá-la para um almoço em sua casa.

— Esse guisado é incrível! — Exclamou, mordendo mais um pedaço da carne do porco. O sabor era quase o mesmo do guisado que comia quando era criança.

— O Culpepper's tem o melhor guisado da cidade...

— É o meu favorito, sabia? — Apontou para o prato e sorriu.

— Sim, a Stella me contou.

Lindsay arqueou a sobrancelha, agora sabia o motivo do convite.

— Não pensei que fosse por amizade, mas...

— Faz parte do plano. — Sorriu meio envergonhado.

— Um pouquinho de manipulação...

— Estou fazendo o melhor que posso para trazê-la para o meu lado. — Entregou um guardanapo para que ela limpasse as mãos que estavam sujas da carne do porco.

— Não vê que esse é o problema? — Indagou ao limpar a boca com o guardanapo. — Não deveria existir lados em um pedido de casamento.

— Concordo com você. — Suspirou. — Mas estamos falando da Stella... você oferece amor e compromisso e ela destrói tudo com uma história onde você morre ou some, e ela fica sozinha.

— É exatamente isso que vai acontecer se ela nos pegar aqui juntos. – Passou o dedo na garganta. – Você e eu estaremos mortos!

— Ela te escuta. — A mulher passou as mãos no rosto, pensando em uma saída para aquela situação. — Vocês têm uma relação ótima, ela respeita a sua opinião. – O desespero em sua voz era evidente.

Ela negou com a cabeça e deu um longo suspiro, dizendo:

— Ela é muito teimosa...

— Eu amo a Stella e toda a teimosia dela. – Confessou. – Só preciso que você a convença de que estou pronto para me comprometer... – Ele sabia que a fama de mulherengo ainda o prejudicava. Nem havia acabado de falar, quando ouviram batidas à porta.

— Will, abra. — Era a voz de Stella do outro lado. Eles se encarraram assustados, sabiam exatamente o que estava por vim. — Vamos, isso é ridículo. — Will largou o guardanapo na mesa e correu para abrir a porta.

— Ei, você chegou bem na hora do almoço. — Tentou ser gentil ao notar que a namorada estava com cara de poucos amigos.

— Sério? — Empurrou o buquê de flores no peito dele, entrou na casa e deu de cara com a amiga, que acenou para ela. – Você convidou a Lindsay para vir comer guisado na sua casa? Essa batalha está começando a ficar injusta.

— Sim, mas isso aqui está uma delícia. – A mulher estava quase pulando de alegria, nada estragaria o prazer que sentiu ao saborear aquele maravilhoso guisado.

— Tenho certeza de que está. Mas isso não vai funcionar, ainda acho que não devemos nos casar. – O ânimo dele se esvaiu. – Pode parar de gastar o seu dinheiro com essas coisas... – Colocou a bolsa e a caixa de bombons em cima da mesinha de centro.

— Você não pode calar a boca um pouquinho e escutar o que ele tem a dizer? – Lindsay se intrometeu na conversa, não queria escolher lados, mas ela podia ser um pouquinho menos teimosa.

— Por favor, fica na sua... você foi comprada por um guisado de porco. – Cruzou os braços e fechou a cara.

— Não, é claro que não. – Parou para pensar por alguns segundos e voltou a comer o guisado.

— Vou comer frango quando você for embora, pode ficar com tudo. – Will disse enquanto corria para a cozinha.

— Ok, obrigada! – Estava tão feliz em ouvir aquilo que foi logo pegando outro prato. – Só escute... os motivos dele são genuínos, Stella!

— Sei que acha que são. – Suspirou. – Por que está do lado dele? – Fez uma careta para ela.

— Não estou do lado dele. – Fechou a expressão, estava chateada com a amiga. – Não deveria existir lados em um pedido de casamento. – Deu um longo suspiro, estava cansada de tudo aquilo. – Quer saber de uma coisa? Três é demais... – Levantou bem na hora que Will voltou com um pote nas mãos. – Estou indo embora... vou deixar vocês dois resolverem isso sozinhos. – Olhou novamente para o prato com o guisado, seria uma pena deixá-lo. – Posso levar para casa? – Apontou para o prato.

— Claro, eu pego para você. – Pegou o prato com muito cuidado e despejou o conteúdo dentro do pote.

— É que está muito bom. – Fechou o pote. – Tudo bem, vejo vocês mais tarde. Tchau, boa sorte. — Desejou ao amigo. — Tchau, eu te amo. – Deu um beijo na bochecha da amiga antes de abrir a porta. – Não pira.

— Não vou pirar, porque estou certa. – Disse em um tom muito firme.

Lindsay saiu, os deixando a sós. Stella respirou fundo, caminhou até o sofá e se jogou nele. O cansaço dos plantões extras para pagar as contas e a responsabilidade de cuidar de um bebê tão pequeno estavam deixando-a esgotada.

— Então, parece que temos uma discussão em andamento. – Foi ao seu encontro com um prato de frango frito em uma mão e um copo de suco na outra.

— Não, já superei toda essa conversa sobre casamento. – Bocejou, prestando atenção no prato que ele tinha oferecido a ela.

— Escuta, Stella... nós já passamos tanto tempo juntos... – Pegou o copo de suco de cima da mesa. – Suco? – Ofereceu o copo para ela.

— Sim, por favor. – Pegou o copo e começou a beber.

— E nos damos tão bem, certo? – Perguntou enquanto Stella ainda bebia o suco.

— Uhum. – Toda a atenção da mulher estava voltada para o prato. — Então por que é que temos que estragar isso oficializando? – Pegou um pedaço de frango e mordeu. – Ei, quer ir naquele restaurante de comida chinesa hoje às 19h? – Limpou alguns farelos que haviam caído em sua blusa, enquanto Will colocava o prato de volta em cima da mesa.

— Não vai dar, tenho plantão das 14h às 19h.

— Às 20h está bom. – Sorriu e continuou falando. – Será que podemos parar de falar sobre casamento? Isso me deixa muito estressada. – Mordeu novamente o frango.

— Sim, mas esse estresse todo pode acabar... é só você dizer sim. – Sussurrou meio inseguro.

Stella revirou os olhos.

— Não gosto de casamento, acho que sempre acaba acontecendo algo ruim que acaba estragando tudo. E...

— Mas...

— E é por isso que prefiro que sejamos apenas namorados, fim de papo. – Colocou o último pedaço de frango na boca. Ele estava quase se dando por vencido, nada do que fizesse surtia algum efeito, no final ela sempre fugia.

As coisas não estavam fáceis para Will, mas estavam muito mais difíceis para o restante dos moradores de Nova York, uma onda de crimes assolava a cidade de tal forma que todos no laboratório tiveram que fazer horas extras para analisar pistas e interrogar suspeitos.

— Oi, me desculpa. – Lindsay se desculpou com o marido por seu atraso, o trânsito estava de deixar os cabelos em pé naquela tarde. – Alguém tem que ajudar a Stella...

— É com o bebê? – Danny perguntou meio nervoso.

— Não, não. – Negou com a cabeça. – A Lily está ótima... o futuro da Stella é que não está... você não poderia falar com ela? Tente convencê-la a se casar com o Will. – Ela já não aguentava mais toda aquela situação. Como sabia que os dois eram grandes amigos, decidiu tentar pedir ajuda a ele.

— Se ela não quer se casar... quem sou eu para intervir? – Deu de ombros, não achava certo invadir a privacidade da amiga daquela forma.

— Ela quer! – Gritou. – Ela quer se casar com ele... só precisa de um empurrãozinho. – Seu tom de voz diminuiu gradativamente.

— Então vá em frente.

Lindsay pôs a mão em seu peito antes que ele fosse embora.

— Não, acho que você consegue convencê-la. – Fez beicinho, sabia que Danny nunca resistia.

— Lindsay, você é a melhor amiga dela... a Stella te ama.

Ela fechou os olhos, estava cansada demais para ter aquela conversa.

— Sim, eu sei... mas todas as pessoas que ela amou, ou morreram ou desapareceram... até eu. – Lembrar disso ainda lhe dava arrepios. – Mas você sempre esteve aqui com ela, você sempre a apoiou em tudo... honestamente, você é a única pessoa que pode dar a ela um pouco de segurança. – Ela tinha razão, mas isso não o fez mudar de ideia.

— E é em respeito a essa amizade que não irei estressá-la ainda mais. – Saiu, deixando sua esposa muito cabisbaixa.

Muitas evidências chegavam ao laboratório, apesar do trabalho duro, Stella estava feliz, não precisaria passar o dia todo falando sobre casamento.

— Esse é um dos dias em que o trabalho é o meu refúgio. – Suspirou, fechando a porta da sala de descanso.

— Você parece estressada. – Jas segurava um copo de café.

Ela se encostou na porta e fechou os olhos por alguns instantes.

— Sério, ninguém dorme nessa cidade não?

A outra sorriu.

— Vem aqui. – Colocou o copo na mesa e foi até ela. – Sente-se e respire. – Segurou sua mão e a levou até a cadeira mais próxima. – Como está a Lily? Onde ela está? – Sentou-se na cadeira que estava de frente para ela.

— Ela está bem, está com a mãe do Will. Nem tive tempo de vê-la hoje... – Suspirou de frustração, queria poder passar mais tempo com a menina, mas as contas pediam urgência.

— Então deve ser por isso que está tão estressada...

— Não, o que me estressa mais é ter que ficar dizendo um monte de vez para o Will que não vou me casar com ele.

Ela fez uma careta, também era a favor do casamento.

— E por que não? – Sussurrou, tomando um gole do café.

— Sério? – A encarou. – Você também? Pensei que me entenderia... você sabe que eu acho que casamento não é algo que se possa experimentar... não é como um utensílio de cozinha que você devolve porque descobriu que não gostou. – Jas desviou o olhar e abafou uma risada. – É algo que você tem que ter certeza desde o começo... é para ser eterno e mesmo assim pode não dar certo se não estiver totalmente comprometido com a coisa... pode ser um desastre.

— Você e Will se amam, certo? – Indagou quase em um sussurro.

— Sim, claro. Já passamos por muita...

— Stella, é uma escolha sua... é óbvio que você e Will vão ficar juntos por anos. Então se você foi abençoada ao ponto de ter a chance de assumir um compromisso para a vida inteira com o homem que você ama, te conselho a agarrar essa oportunidade. – Disse, pegando o copo e saindo da sala.

— Vi a Stella chegando... ela parecia uma pilha de nervos. – Lindsay sussurrou para Jas enquanto olhavam para a porta da sala de descanso

— E está mesmo. – Mexeu em alguns papéis, estava procurando um arquivo.

— Ela está bem? – Sussurrou.

— Melhor do que ela pensa.

— Não me diga que Will a pediu em casamento de novo?

Stella estava saindo da sala, as duas se calaram imediatamente.

— O que está acontecendo? – Parou de frente para elas.

— Hum? – Lindsay se fez de desentendida. – Do que está falando?

— Estou falando do jeito que estão se comportando... – Will passou por elas naquele exato momento. – É sobre o pedido de casamento? – Encarou o namorado.

— Não, não... – Negou com a cabeça. – É sobre um assassinato perto daqui. O Dante teve alguns problemas... então estou assumindo o caso.

— Oh, e o que preciso fazer? – Perguntou, sem jeito.

— Estarei de volta daqui a pouco, trabalharemos nisso, tudo bem para você? – Sorriu ao vê-la concordar.

As amigas continuavam a olhando, tinham expressões divertidas em seus rostos.

— O que foi agora? – Cruzou os braços.

— Nada, só estamos vendo que casalzinho fofo vocês são. – Jas sorriu.

— Você só pode estar brincando. – Fez uma careta.

— Parece que temos evidências de muito amor e carinho por aqui. – Lindsay deu uma risadinha.

— Stella, você não engana ninguém. Você é louca pelo Will e quer se casar com ele. – Dessa vez ela estava sem palavras. – Se case com ele. – Lindsay saiu e Stella a acompanhou com os olhos, eram suas amigas, não deviam estar constrangendo-a daquele jeito.

— Então já sabemos que o objeto que o matou não é uma faca... – Will e Stella conversavam sobre as perfurações encontradas no corpo da vítima.

— Nem preciso ser detetive para ver que vocês se amam e que deviam ficar juntos. – Lindsay brincou e Jas deu uma risadinha com a referência.

Stella encarou Will, pensando que aquilo só podia ser ideia dele.

— Vocês são minhas amigas, não podem se unir contra mim. –  Estava indignada com aquele complô.

— Podemos, se for por um bom motivo. – Jas deu de ombros.

— Por exemplo...

— Sua felicidade. – Jas completou.

— Danny, nem pense em entrar nisso. – Alertou.

— Sem estresse. – Respondeu.

— Ele está do meu lado. – Will disse muito convencido.

— Não, porque não há lados em um pedido de casamento. – Retrucou.

— Se disser sim, posso arranjar um vestido lindo para você. – Lindsay sussurrou quase em seu ouvido quando passou por ela.

— E nós podemos fazer uma festa linda. – Jas complementou. – Por que não deixa o medo de lado e vai atrás do que quer?

O joguinho entre eles se estendeu por quase três meses, até que Stella finalmente decidiu ouvir seu coração e aceitar o pedido de casamento. Ela vendeu seu apartamento e ela e a filha se mudaram para a casa de Will, que era bem mais espaçosa para uma criança. Os três estavam felizes, depois que as despesas médicas foram quitadas, tinham mais tempo para ficar com a filha.

— É um grande dia para nossa família, Lily. – Will passava as mãos nas costas da filha enquanto caminhava de um lado para o outro, a menina estava quase dormindo. – Hoje vou me casar com a sua mãe. – Batidas na porta interromperam sua conversa. – Quem será? – Perguntou para a menina, que respondeu com um resmungo. – Ei. – Cumprimentou Lindsay.

— O que está fazendo aqui? – Entrou apressada, o vestido vermelho realçava sua beleza e o penteado de festa tinha ficado lindo nela.

— Estou passando um tempinho com essa pequena.

O bebê estava quase dormindo em seu ombro.

— Hoje não, seu terno está passado e te esperando. — Esticou as mãos, pedindo que entregasse a menina para ela.

— Ainda temos tempo. – Segurou a cabeça da menina com cuidado e a passou para os braços da madrinha.

— Nem pense em ir ao laboratório, porque a equipe tem ordens para te expulsar. – Lily começou a chorar ao sentir a falta do calor do colo de seu pai. Lindsay a embalou para a acalmar. – Relaxa, se preocupe só em chegar na hora. – Continuou balançando a menina, até que seu choro cessou.

— Tudo bem. – Sorriu, pegando o sobretudo de cima do sofá. – Tchau, Lily. – Sussurrou próximo à filha, dando-lhe um beijinho na testa antes de ir embora.

— Ei, Lily. Oi... tudo bem? – Conversava com a menina.

— Oi. – Stella a cumprimentou.

— Oi. – A olhou de relance, prestando mais atenção na criança em seus braços.

— Aonde o Will foi? – Deu uma boa olhada na sala a procura do noivo.

— O mandei embora, ele não deveria te ver hoje, não vamos correr riscos. – Continuava ninando a menina, que agora interagia muito mais com a madrinha. – Não é Lily, não é?

Stella riu da voz que a amiga fazia quando falava com a menina.

Em algumas horas todos estavam prontos e a postos na igreja, Danny foi escolhido (também seria o padrinho de casamento, junto com Lindsay) para levar Stella até o altar, os dois estavam muito nervosos quando a marcha nupcial começou a tocar. A noiva estava quase chorando de nervoso.

— Não posso chorar, vai borrar a maquiagem que a Jas fez. – Disse com a voz embargada, e limpou os olhos que estavam marejados.

— Ainda vai ter muitos motivos para chorar. – Brincou e deu um beijo na mão da amiga. – Vamos?

— Vamos. – Assentiu com um sorriso no rosto.

Quando ela o viu, teve vontade de rir ao notar que ele estava ainda mais nervoso que ela. Will sorriu para ela, tentando ignorar o tremor que sentia em suas pernas. Ao chegar ao altar, Danny segurou a mão da amiga e a entregou para o noivo, que a segurou com um certo nervosismo quando ambos olharam para o padre.

— Bem-vindos amigos e família de Stella e Will que estão reunidos aqui nesta ocasião tão especial. Estamos reunidos aqui na presença de Deus para pedir sua bênção e testemunhar essa união em sagrado matrimônio... – Eles sorriram um para o outro.

O padre fez as perguntas habituais para os dois, que responderam todas com um animado “sim”, agora era hora de falarem seus votos um para o outro.

— Agora chegou a hora da troca de votos.

Ela sorriu e deu as mãos para o seu quase marido.

— Tudo bem se eu começar? – Stella perguntou olhando para o padre e depois para Will.

— Claro que sim. – Will respondeu.

— Quando eu era uma garotinha... como a maioria das garotinhas, sonhava com o dia que um lindo príncipe desceria do céu... um cara que eu não conhecia... – O noivo deu uma risadinha. – Que iria me beijar e me levar embora daquele orfanato, e seríamos felizes para sempre e, bem... isso nunca aconteceu... – Os dois sorriram, levando os amigos a rir também. – Me convenci de que nunca teria ninguém que me amasse, então anos depois estava morando em Nova York e tinha meu emprego e meus amigos e pensei: Para que amor? Só vou arrumar mais problemas. Então conheci um detetive... conheci você e você não era um príncipe. – Will arqueou a sobrancelha e sorriu. – Você era arrogante, mas era de carne e osso. Acho que você não gostou muito de mim no começo. – Riu mais uma vez. – E eu também não gostei muito de você. – Todos riram. – Até o dia em que percebi que estava loucamente apaixonada por você... não foi fácil, mas valeu a pena. Estamos aqui porque nunca perdemos de vista o que era mais importante... o fato de que nos amamos muito. Prometo cumprir esse compromisso de te amar mais do que ontem e menos do que amanhã... prometo te amar pelo resto da minha vida. – Concluiu seus votos com um sorriso.

— Você sabe que eu sempre fui um mestre na arte de fugir do amor, não arriscava amar porque não queria arriscar perder. Eu não sabia que o que estava perdendo... era você. – Stella sorriu, tentando não chorar. – Você sabia quem eu era antes que eu mesmo soubesse... então descobri que estava apaixonado, uma coisa que eu nem sabia que era possível e agora estamos aqui, temos uma filha linda... e essa tem sido a melhor experiência de toda a minha vida. Você me mostrou tudo o que há de mais bonito no mundo, e eu estava perdendo. Prometo dar valor a esse presente que está me dando e devolvê-lo a você cem vezes mais... e agora prometo dominar a arte de amar. – Ela sorriu, quase sucumbindo as lágrimas. – Prometo te amar e amar a nossa filha linda pelo resto da minha vida. – Concluiu.

— O casal pode trocar os anéis. – O padre disse. – Que esse anel sele essa união, em nome do pai, do filho e do Espírito Santo. – Abençoou o anel que recebeu do noivo e o devolveu.

— Receba esse anel como símbolo do meu amor e compromisso eterno. – Colocou o anel no dedo da noiva.

O padre fez o mesmo com o outro anel e o entregou para a noiva.

— Receba esse anel como símbolo do meu amor e compromisso eterno. – Colocou o anel no dedo do noivo.

— Com os poderes investidos a mim pelo senhor nosso Deus e pelo estado de Nova York. Eu vos declaro marido e mulher, o que Deus uniu nenhum homem separa. – Stella e Will sorriam um para o outro, o momento era de mais pura felicidade. – Por favor, beije sua noiva. – E assim ele o fez enquanto a marcha nupcial tocava e a multidão aplaudia.

A felicidade é uma coisa passageira, como tudo na vida. Todos estavam muito felizes em testemunhar aquele momento, mas a linha entre a felicidade e a tristeza é muito tênue, quase não sabemos quando um momento feliz pode se tornar triste. Ninguém percebeu, nenhum dos convidados o ouviu, quando notaram já era tarde demais.

A voz grave vinda da porta da igreja pegou todos de surpresa.

— Que festa linda... – O homem misterioso disse. – Pena que não me convidaram. – Sacou a arma, apontando-a para os noivos. Will puxou Stella, fazendo-a ficar atrás dele.

Os gritos de felicidade se transformaram em gritos de puro terror. Todos se agarravam uns aos outros e tentavam se proteger da melhor forma possível, nenhum deles estava armado, as armas estavam em casa. Era uma festa de casamento, o que poderia acontecer?

Lindsay tinha uma expressão de medo estampada em seu rosto, conhecia muito bem aquele homem. Era o mesmo homem que tinha matado Alyssa, que agora estava solto e pronto para vingar o irmão que Jas matou.

— Levanta, anda! – O homem apontou a arma para Jas, que estava com Lily nos braços. – Vamos, ou atiro no bebê. – Apontou a arma para a criança, que começou a chorar por conta de toda a gritaria.

— Ei, se você encostar nelas, será um homem morto! – Will gritou, se desvencilhando da esposa. Estava pronto para matar ou para morrer, se fosse preciso.

— O que vai fazer? Me matar com suas palavras? – Gargalhou.

— Para! – Lindsay se levantou, colocando-se entre a arma e a amiga. – Se precisa de alguém, me escolha...

Ninguém sabe dizer exatamente o que aconteceu depois, gritos ecoaram pela igreja. Danny correu em direção ao criminoso e lutou pela arma, na intenção de protegê-las... e então escutaram o barulho de um tiro, seguido por um grito.

— Danny, não!

Gotas de sangue pingavam no chão, todos olharam na direção do disparo. Quem era a vítima? De quem era o sangue no chão da igreja?


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Notas finais do capítulo

Tem que ter um plot twist né?
Até o próximo!



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