The girl from LA escrita por Ka Howiks


Capítulo 11
You and Me


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitoresss!

Aqui vai mais um capítulo fresquinho para vocês haha. Para os nossos fãs do casal, se preparem! Esse capítulo veio para acalmar e deixar vocês com um gostinho de quero mais haha.

Beijos e boa leitura!



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Pov Felicity Smoak

 

Ele ficou.

 

Oliver trancou a porta, colocando a chave em seu bolso e se aproximou, sério, confuso. Sua mão calejada tocou meu braço, subindo até meu pescoço, descendo por minha nuca. Meu cabelo foi puxado delicadamente para trás, me fazendo encará-lo com o queixo erguido. Seus olhos estavam escuros, a respiração instável e os lábios entreabertos.

Felicity.— sua voz saiu rouca.- Tem certeza disso?

Seu rosto se aproximou do meu, vacilante. Fechei os olhos ao sentir sua respiração quente bater em minha bochecha.

 

Era difícil raciocinar.

— Te…Tenho.- engoli em seco pelo breve toque dos nossos lábios.

— E se você se arrepender amanhã?- Questionou pondo centímetros de distância entre nós.

— Eu não vou me arrepender, Oliver.- O tranquilizei, levando as mãos até os seus ombros, o mesmo me soltou.- Mas tudo o que eu quero agora é que você tire essa roupa.

 

Um sorriso malicioso brotou em seus lábios.

 

O ajudei a tirar a jaqueta, a jogando no chão e ergui sua camisa em um movimento rápido. Eu o tinha visto assim apenas uma vez, e havia sido apenas uma parte, onde fiz o curativo no acampamento de Slade. Pelas camisas que usava, sempre o definindo tão bem, não enganou no quesito músculos. Todos eram bem definidos, marcados, e alguns tinham suas cicatrizes. Passei a mão por cima delas, notando que Oliver acompanhava cada movimento meu. Me abaixei um pouco, beijando o meio de sua barriga e ouvi gemer, baixinho.

 Fui puxada para cima, onde em um aperto, nossos lábios se encaixaram. Urgentes, necessitados. Me virei, retirando minha blusa para que Oliver abrisse o sutiã. Suas mãos me abraçaram por trás, onde mordeu meu pescoço, apertando meus peitos. Senti sua pele nua imprensar contra a minha e arfei, fechando os olhos.

 

Esse homem ia acabar comigo.

 

Seus lábios continuaram a passear por minhas costas, se abaixando, parando na calça. Suas mãos moldaram minha cintura, e eu respirei fundo quando desabotoei a peça, o sentindo ajoelhado atrás de mim. Estremeci com um pequeno beijo em minha bunda, onde puxou a peça íntima com os dentes.

 

Aí caramba. Oliver era absurdamente sexy e quente!

A excitação me tomou conta, e tive que me segurar para não fechar as pernas. Oliver se ergueu e eu me virei completamente enfeitiçada. Seus toques eram mágicos, certeiros, me fazendo sentir tanta coisa…Nesses últimos anos não me permite me aproximar de ninguém. De luto, por culpa. Mas hoje era diferente. Eu não sentia aquela tristeza avassaladora que me acompanhava, eu apenas me sentia…Viva. 

  Nos beijamos novamente, e notei que caminhamos para algum lugar, que só descobri qual era ao sentir o mármore gelado. Oliver me colocou sentada na recém montada pia.

— Ótimo jeito de testar os móveis, hein?- ri no meio de nosso beijo, Oliver sorriu.- Será que vai nos aguentar, tenente?

 

Seus olhos brilharam, e o aperto em minha cintura se fortaleceu.

Veremos. O quão potente você quer?

 

Mordi meus lábios por sua provocação e o puxei, voltando a tocá-lo. Sua mão apalpou minha coxa e eu gemi, baixo. Senti sua língua tocar o bico de meus seios, me fazendo arquear as costas. Desenhou minhas mamas, lambeu o meio entre elas e beijou minha barriga. Quando o vi parar ajoelhado em minha frente, pedindo permissão, assenti freneticamente.

Senhor.Amado.

Oliver Queen estava ajoelhado.

Oliver Queen estava ajoelhado em minha frente! Bem no meio de minhas...

Agarrei a pedra gelada com tanta força que a ponta dos meus dedos ficou roxa e me preparei, prendendo a respiração para o que estava por vir. Seu toque suave e quente fizeram o ponto no meio de minhas pernas pulsar, e eu joguei o pescoço para trás, completamente desnorteada. Sua barba arranhou minha virilha, o que me sobressaltou. Oliver agarrou minhas pernas, me mantendo parada, já que eu, mesmo que me implorasse, não conseguiria mais. O sentia ir a fundo, e voltar, entrando novamente, em um ritmo delicioso. Involuntariamente, remexei meus quadris, e Oliver me acompanhou, me levando para frente e para trás. Agarrei seus cabelos, o impulsionando a ir cada vez mais a fundo enquanto meus gemidos, antes baixos, agora eram gritos agudos. Me contorci, arqueando as costas, onde aquela onda inebriante me inundou. Me encostei na parede, ofegante, cansada devido ao orgasmo. 

 O vi se levantar e limpar os lábios devagar, lambendo a ponta do dedo, melada, enquanto seus olhos, os malditos olhos, me observavam de uma maneira tão intensa que eu sentia meu corpo queimar. 

E como eu queria queimar...

Algo em mim se acendeu novamente, e o puxei, o dando um beijo demorado, onde nossas línguas se provocavam. Ele sorria, e uma hora ou outra se afastava, apenas para me beijar de novo.

De novo.

E de novo.

Como se nada mais importasse.

E eu realmente não sabia o que importava agora. No momento, tudo o que eu sentia era algo...Diferente. Algo que eu não sentia desde...Ray.

E Oliver me fazia sentir tantas coisas.

Ele ainda trajava a calça, então a desabotoei a abaixando. Notei que não era só eu que estava enlouquecida pela situação. Inevitavelmente sorri, e o acariciei, por cima do tecido. Oliver fechou os olhos, e se segurou na pia, ofegante. O toquei delicadamente, abaixando sua última peça, que me fez engolir em seco. Ele era um homem forte, eu sabia disso, era notável. Mas pessoalmente…Pessoalmente era muito mais.

Muito mais.

Chegava a ser impressionante. 

Umedeci os lábios, mas seu gemido rouco me chamou atenção, e  voltei a tocá-lo, em um ritmo de vai e vem, o deixando cada vez mais duro. Estava quase lá, podia vê-lo revirar os olhos e as veias de seu pescoço saltarem. Intensifiquei os toques, e Oliver, que já estava sensível, se desmanchou, com os lábios entreabertos, no movimento mais sexy que eu já havia visto. Repeti sua brincadeirinha e levei meus dedos à boca, notando seu olhar malicioso que me acompanhou, onde prendeu a respiração. O dei um beijo breve, agarrando seu pescoço, o colando em mim. De repente, Oliver se afastou, e me encarou, apreensível.

— Não estou com preservativo.- relaxei.

— Você é limpo?- perguntei. Oliver franziu a sobrancelha.- Você faz exames?

— Sim. Não tenho nada.

— Então não tem problema.- voltei a beija-lo. Oliver se desvencilhou.

— Mas e se você ficar…

— Eu não posso ter mais filhos.- suspirei. Seus olhos se arregalaram, surpresos.- Depois que perdi o bebê, tentamos inseminações. Não adiantou.

 

Oliver ficou sem palavras. Aquele era um assunto triste, que vivia a me assombrar. Queria filhos, e saber que não poderia ter mais nenhum me sufocava. Segurei seu queixo, cruzando nosso olhar.

— Depois.- pedi baixinho. Oliver assentiu e me abraçou. Enlacei minhas pernas ao redor de sua cintura e fui carregada, até um colchão.

— Depois.- sussurrou em meu ouvido quando nos sentou.

 

Oliver me deu um beijo profundo e ao mesmo tempo intenso, passando tudo o que queria dizer. Entendi sua preocupação, e o cuidado ao dizer que estaria ali comigo. Fui deitada, e em sua primeira intocada, perdi a respiração. Oliver beijava meu pescoço com carinho e desejo, apertava minha cintura, me fazendo ir ao céu. Nossos corpos se sincronizaram, e os movimentos, antes mais delicados, se tornaram rápidos e fortes. Estremeci pela segunda vez, reconhecendo a maravilhosa sensação que se repetiu ao longo de nossa noite juntos.

 

***

O barulho dos passarinhos, misturados à luz , me acordaram. Pisquei repetidas vezes, me acostumando com a claridade. Encarei a porta tentando entender onde estava, até que um sorriso tomou conta de meu rosto. Me virei, encontrando um Oliver acordado, que me encarava em um sorriso bobo, deitado de lado. Cheguei mais perto. 

— Bom dia.

— Bom dia.- respondeu preguiçoso.- Parece cansada.

— Fui a uma festa ontem. Dancei demais fazendo uns movimentos bem legais.- Oliver sorriu.- Se quiser, posso te ensinar um dia.

 

O vi molhar os lábios e balançar a cabeça.

— Felicity…- sorri. Eu adora ver sua forma envergonhada e que se segurava para não agir. Oliver me puxou, entrelaçando nossas pernas.- Dormimos sem cobertor.

— E sem uma cama.- nos encaramos e rimos alto. Deitei minha cabeça em seu ombro, e com a outra mão, o senti brincar com meu cabelo.- Gostou?

— Ah, com certeza. Tive que me segurar umas três vezes pra não gozar antes de você.- ri.- Mas e você?- vi seu tom preocupado. Claro, ele ainda esperava que eu me arrependesse.

— Foi ótimo. Fazia tempo que eu não me sentia assim. Tão bem. Tão viva.

 

Oliver deu um sorriso de canto e beijou minha testa demoradamente. Fica abraçados naquela bolha gostosa, até que minha barriga roncou.

— Parece que vou ter que cozinhar para você.- brincou.

— Adoraria ficar aqui mais um pouco.- fiz um bico, manhoso.- Mas sei que se ficarmos, corremos o risco de sermos pegos completamente nus.

 

Oliver encarou a janela.

— Eu…Havia esquecido disso.

 

Gargalhei.

 

Rolei no colchão, o puxando comigo. Oliver me beijou, mordendo meu lábio inferior, enquanto me explorava com a língua. Suspirei fundo, acariciando seu rosto, quando nos afastamos, em busca de ar.

— Que horas são?- perguntei.

— Não tenho ideia.

 

Arregalei os olhos.

 

Caramba, a clínica.

— Meu trabalho, Oliver! Eu esqueci!

 

O empurrei, me levantando, em busca de minhas roupas.

— Eu tenho uma ideia melhor.- comentou, enquanto vestia sua blusa.- E se você não for trabalhar hoje?

— E por que eu faria isso?

— Vamos pra minha casa, onde eu faço um café maravilhoso pra você.- murmurou ao me abraçar. Passei os braços no entorno de seu pescoço.

— E o que mais?

— Ficamos juntos o dia inteiro…- sorri.- E depois você vai para a pousada. Se quiser.— enfatizou.- Eu adoraria passar mais uma noite com você.

— É realmente tentador.- mordi os lábios.- Ah, caramba. meu carro está na clínica. E Tommy nos viu juntos.

— Posso falar que você não se sentiu bem, e eu te levei para casa.

— Vão dar falta de você no restaurante.

— Eu passei a última semana fora. Hoje não vai mudar as coisas.- sorriu convencido.- Posso pegar seu carro na clínica depois, te entregar, e ninguém vai desconfiar.

 

Ponderei a ideia.

 

Um dia não faria mal…

— Vamos manter em segredo por enquanto, pode ser?- pedi. Oliver assentiu.- Por enquanto.— enfatizei.- Já disse que é uma situação complicada para mim.

 

Oliver segurou meu rosto.

— Sou paciente e já deixei claro minhas intenções ontem.- sorri.- Agora acho melhor irmos, ou vão nos encontrar aqui e aí não vai dar para esconder nada mesmo.

— Você iria amar ser descoberto, não é?- perguntei divertida. Oliver me beijou mais uma vez.

— Como pode pensar isso de mim?

 

Ri e me vesti, recolhendo tudo. Me certifiquei que nada estava sujo, e fomos embora. Encarei aquele chalé mais uma vez, que seria minha casa em breve, me enchendo de expectativas. Antes aquele local parecia um pesadelo, mas agora…Era uma casinha dos sonhos. Na noite horrenda que visitei aqui estava tão assustada que nem havia parado para prestar atenção na vegetação. Haviam pinheiros, altos e antigos, e um lago, que ficava atrás da casa. Seria bom ler ali.

  Oliver dirigiu sorridente, segurando minha mão. Tudo em Virgin River era de certa forma, perto, então em dez minutos, já estacionamos em frente a sua casa. Eu nunca deixava de ficar admirada com a beleza daqui, fosse pela estrutura de madeira, a escada talhada em pedras, ou a parte de dentro, clara, se misturando a vegetação.

 

Era linda.

 

Oliver tinha muito bom gosto.

 

Entramos, e pendurei meu casaco nos cabides conhecidos. Observei a casa mais uma vez, me atentando aos quadros. Uma foto dele e de Thea, bem mais novos, ao lado de uma mulher loira. Seus traços não enganavam. Ela era linda, graciosa. Uma Queen.

— Minha mãe, Moira.- comentou ao notar onde eu olhava.

— Ela é linda.- peguei o quadro da pequena cômoda embaixo da janela.- Ela vem muito aqui?

 

Oliver riu.

— Não. Acho que se tem um lugar que ela odeia no mundo é Virgin River.- balançou a cabeça, indignado.- Seu ódio vem pra mim um pouco, claro.

 

Meu olhar mostrou minhas dúvidas.

— Minha família tem uma empresa. A Corporação Queen. Ela e meu pai queriam que eu assumisse, mas nunca fui bom com negócios. Gostava de aventura, ajudar pessoas que realmente precisavam, não riquinhos engomados.- revirou os olhos.- Ela nunca me perdoou, especialmente porque Thea seguiu o mesmo caminho.

 

Seu tom fora brincalhão, mas era óbvio que Oliver ficava sentido com a história. Me recordei do que Thea havia me contado e o abracei. Ele sempre cuidava de todo mundo. Oliver retribuiu o aperto e me deu um beijo na testa.

— Quer tomar um banho? Ou comer primeiro?

— Banho. Por favor.- pedi. Rimos juntos.

— Vou pegar uma toalha pra você. Eh…Sabe onde é o meu quarto, né?

— Lembro sim. Impossível esquecer onde você me ajudou.

 

Sorri para Oliver, e então segui até as escadas. A última vez que estive aqui, chorei por conta de Lucas, um assunto que eu nem conseguia tocar. Foi aqui também que percebi minha conexão especial com Oliver.  Adentrei o cômodo, encarando aquelas maravilhosas portas francesas, que davam vista para o jardim. As abri, e fui até a varanda, respirando o ar fresco de Virgin River. Aproveitei o momento para ligar para Quentin, que compreendeu eu não comparecer hoje. Era fofo ver a forma como ele havia ficado preocupado comigo por conta do ocorrido, e embora fosse ranzinza, eu sentia que nossa relação odiosa estava ficando no passado. Voltei para dentro, retirando a roupa e a levando comigo, já que eu não tinha uma nova.

“ Precisava trocar isso imediatamente.”

Entrei no banheiro de Oliver, notando, pela primeira vez, a jacuzzi embutida. Era tentadora a ideia, mas eu estava faminta, e demorar muito no banho não parecia uma opção viável, ainda mais que eu queria passar o dia todo com Oliver.

Ainda nem conseguia acreditar.

Sorri e abri o box, ligando o chuveiro. Deixei que a água quente caísse sobre minhas costas, um tanto marcadas, e escorrerem por meu tronco. Senti alguém me observar, e quando abri os olhos, ele estava ali, parado, com uma toalha e um pequeno short marrom que eu julgava ser de Thea. Ergui o dedo em riste e o chamei. Oliver esboçou um sorriso bobo e se despiu, descaradamente em minha frente. Retirou sua camisa, afivelou o cinto… Engoli em seco quando se aproximou, me abraçando embaixo da água quente.

Aquilo fora realmente relaxante.

Beijei seu ombro, me esticando um pouco mais para alcançar o pescoço. Ao mesmo tempo, serpenteei minhas mãos por sua barriga, o sentindo, apertando, marcando. Oliver me reivindicou em um beijo longo, onde nossas línguas brincavam, sem pressa ou medo. Dei um passo para trás, sentindo minhas costas arrepiarem com os azulejos molhados e suspirei por suas mãos, que tocavam minha cintura. Oliver desceu seus lábios por meu maxilar, beijou a ponta de meu queixo, os ombros, o pescoço. Desceu um pouco mais, passando a ponta de sua língua em meu peito, onde estremeci.

Ah caramba.

Eu já o queria de novo.

O estalo de seus lábios em meu seio esquentaram minhas pernas. Tentei fechá-las, mas Oliver colocou a sua no meio, me impedindo de fazer o movimento.

Cretino.

Estava me torturando.

Passei minha mão por seu tronco, indo até o cabelo, os apertando. Fechei os olhos e revirei por sua mão, perversa, me tocar no ponto mais íntimo.

Esse homem ia me matar.

Como alguém conseguia ser tão sexy assim.

O vi sorrir e se erguer, me encarando maliciosamente enquanto me tocava. Ótimo, ele escutou.

Eu precisava parar de fazer isso.

— Eu adoro.- sorriu, levando sua boca até minha orelha.- Adoro saber o que está pensando.

— É?- perguntei com dificuldade. Seu dedo esfregou meu clitóris. Mordi os lábios.- Sabe o que eu estou pensando agora?

— O quê?- mordeu meu lóbulo e eu arfei, inebriada.- Diga, Lis. O que você está pensando?

 

Seus movimentos aumentaram, e eu perdi minha capacidade de formar uma frase. Fechei os olhos, ofegante, sentindo o prazer próximo. Agarrei seus ombros, tentando me concentrar.

— Eu estou pensando…

— Sim?- gemi mais uma vez, ao sentir dois de seus dedos agora.

— Que…Ah. Caramba, Oliver. Eu preciso de você aqui.

 

Sua mão fora até minhas cintura, a apertando. Percebi o que queria fazer, então o ajudei, para sermos rápidos. Estava queimando. Queimando por ele.

 

Não aguentaria muito mais.

 

E eu queria o dar prazer também.

 

Sua outra mão apertou minha coxa, e em um puxão, o enlacei com as pernas, nos deixando próximos e eu completamente exposta. Espalmei o vidro do box, e Oliver nos virou ainda mais para a parede, tomando cuidado para não me machucar. Puxei seus lábios em um beijo carinhoso, até sentir algo me penetrar, onde perdi todos os sentidos novamente. Oliver estava se ajustando, sendo seus primeiros movimentos divagares, uma verdadeira tortura. Eu o queria forte e rápido, e após olhar em meus olhos, seus movimentos aumentaram. 

— Olhe para mim.- pediu ofegante, quando pensei em quebrar o contato.

 

Seus olhos azuis encararam o fundo de minha alma, notando cada prazer que eu sentia com suas intocadas. O prazer latente de minhas pernas subia por meu corpo, me fazendo gemer, cada vez que seu quadril se enterrava em mim, e saia, em um ritmo dos sonhos. Mordi seu ombro, evitando gritar ao sentir aumentar suas investidas. Eu não conseguia mais me segurar, e por isso, deixei que minha mão deslizasse sobre o vidro, e em minhas últimas forças, senti o poderoso orgasmo me consumir. Oliver ainda se movimentou, balançando nossos corpos, até em um grunhido, se derramou em mim, quente. Cansado.

 Ficamos abraçados naquela posição por um tempo, até que com cuidado, ele me ajudou a descer, me dando um beijo na testa.

— Era esse o seu plano de tomar banho?- perguntou, cansado. Ri, e passei minha mão sobre seus ombros.

— Talvez fosse. Nunca irá descobrir.- brinquei, tocando nosso nariz.- Talvez eu tenha seduzido você, tenente.

— Eu não tenho dúvidas disso.- sorriu, me dando um selinho.- Vou tomar um banho rápido e deixar você relaxar enquanto preparo nossa comida porque se não não vamos sair daqui.

— Parece perfeito pra mim.- deslizei minha mão por seu ombro. Oliver estremeceu.

 - Felicity…— disse em tom de advertência, em um pequeno sorriso.

 

Deixei que fosse, tomando verdadeiramente um banho após nossa brincadeira. Fui até o seu quarto, e peguei uma de suas camisas pretas e a vesti, juntamente com o short de Thea, que embora um pouco curto, ficou extremamente confortável. Aproveitei e usei seu creme, penteando o cabelo em frente ao espelho. Meus olhos vagaram novamente pelo seu local tão íntimo, tentando conhecê-lo um pouco mais. Oliver era organizado, isso eu sabia. Gostava de ler, via pelos livros, e obviamente amava cores claras. Não havia fotos suas em seu tempo de tenente aqui.

Talvez ele guardasse em outro lugar.

Ou talvez preferisse esquecer.

Era notável que suas recordações do exército eram dolorosas. Em partes, ele ficava feliz quando dizia que sentia saudades, já em outras, quando seu rosto assumia uma névoa sombria e fria, acreditava que seus traumas eram muito mais profundos do que deixava transparecer. Ele não gostava de ser ajudado, negligenciava a si mesmo em prol dos outros. Me recordei do relato de Thea.

“ Ele voltou quebrado da guerra, mas juntou seus caquinhos e usou o tempo que deveria se curar para cuidar de mim.”

Ele fazia isso comigo também. Quando tive uma de minhas crises, quando acabamos naquele acampamento horrível. Eu tinha segredos, mas Oliver continha os seus também, e quanto mais eu o conhecia, mais gostava do que via.

Isso é perigoso.- uma voz sussurrou.

Pisquei rapidamente, ignorando o pensamento e desci as escadas. Senti um cheiro gostoso de bacon com ovos misturados a algo doce. Ao chegar, notei um prato de panquecas com chocolate no centro da mesa enquanto Oliver estava virado para o fogão, mexendo em uma frigideira. O abracei por trás, beijando o meio de suas costas e puxei uma das cadeiras, me sentando perto da mesa. Logo Oliver pegou mais um prato, colocando os aperitivos, além de uma xícara de café coado. Fechei os olhos, sentindo a fumaça quente bater em meu rosto.

— Faz tempo que não tomo um café caseiro.- comentei dando um gole.- Em Los Angeles não encontrava muito tempo para isso.

— Vivia de Latte então e rosquinhas então?- brincou, pegando os talheres e depois os pães. O ajudei a arrumar a mesa, até que o vi se sentar ao meu lado e se servir.

— Algo do tipo. Eu sempre comprava café expresso, tanto que faz anos que não tomo um assim.- ergui a xícara.- Até havia me esquecido como era bom.

 

Oliver sorriu.

— A garota de Los Angeles se deliciou por um café natural.- sorriu, balançando a cabeça.- Não surpreende.

— Não entendi essa sua frase.- arqueei as sobrancelhas.- “Não surpreende.”

— Ah, qual é, Lis. Você chegou a uma cidade pequena com uma BMW vermelha.- pontuou.- E é médica de cidade grande. Era um pouco óbvio saber que você não estava acostumada com coisas que são simples aqui.

 

Iria contra argumentar, mas apenas assenti. Ele estava certo. Eu era puro estereótipo de cidade grande.

— É.- dei de ombros, experimentando o bacon. Ah, estava divino. Foi impossível não fazer sons de aprovação.- Isso é muito bom. Como aprendeu a cozinhar?

 

Oliver deu uma garfada no bacon e ponderou. Aguardei ansiosa.

— Após a guerra.- sua voz foi baixa.- Quando voltei não me acostumei com a minha casa. Tinha...Pesadelos.- Lembrei da noite em que dormimos no bar, onde ele chamou por um nome.- Então comecei a tentar ter hobbies. Pintar, não deu certo.- ri de sua cara franzida.- Golfe. Até que me deparei com a cozinha.- falou animado.- E então me apaixonei.

 

Dava para ver o amor que sentia pela culinária. Peguei sua mão, a acariciando, Oliver a apertou.

— Mas e você garota da cidade. Quais são seus hobbies?

 

Sorri diante de sua brincadeira.

— Bom, homem do campo.— Oliver sorriu mais uma vez.- Também não sou uma boa pintora, mas tem uma coisa que eu gosto de fazer.- mordi um lábios.

 

Não era bem um talento, longe disso, mas sim um passatempo. Oliver se aproximou, atento no que eu ia dizer.

— Bom.- limpei a garganta.- Quando minha mãe era viva, eu vivia fazendo colagens com ela. Fosse com jornais, revistas, até mesmo com flores e folhas que encontrávamos pelo caminho. E elas ficavam realmente boas.- disse animada.- Gosto de fazer isso quando fico entediada. Mas tem alguns anos em que não toco em um papel.

 

Desde Ray- uma voz sussurrou.

 

Apertei os olhos.

 

Seu olhar, sempre tão atento, deve ter notado meu pequeno conflito interno. Eu queria explicar que ele não havia feito nada errado, que tudo estava perfeito. Tentei formular uma frase mas apenas mordi os lábios.

— Lis…

— Precisa ter paciência comigo, ok?- sorri triste, apertando sua mão.- Como eu já lhe contei, eu não sou uma pessoa fácil, tenho mais problemas que posso contar e há coisas que não consigo dizer.- o vi assentir, compreensível.- E sobre Ray…

— Quando estiver pronta pode me falar dele, se assim desejar.- me interrompeu.- Eu posso viver com isso.

— Você merece mais.- sorri sarcástica. Tentei puxar minha mão, mas Oliver a segurou.

— Você é tudo o que eu quero.— meu coração se apertou e uma umidade surgiu em meus olhos.- Entenda isso.

 

Oliver puxou minha cadeira, nos deixando de frente um para o outro e me beijou apaixonadamente. Selinhos foram dispostos desde o canto da minha boca até a sobrancelha, quando o vi esticar o braço e pegar alguma coisa. Somente descobri o que era ao sentir o líquido gosmento melar meu nariz, derramando um pouco na minha boca.

 

Chocolate.

 

O olhei incrédula e peguei uma panqueca inteira, a esfregando em seu rosto. Ri da cara de Oliver e tentei correr, mas fui cercada. Clamei para que não chegasse mais perto, até que o mesmo enfiou o rosto em meu pescoço, me fazendo gargalhar.

Queen!

—Queen!- imitou minha voz, divertido. O mesmo levantou o rosto e me observou, divertido, relaxado.

 

 

Eu adorava vê-lo assim.

— Você usa meu sobrenome quando estou encrencado, então devo estar com problemas.- fingiu pesar.- O que vai fazer?

 

Sorri maliciosamente e brinquei com sua barba, cheia de calda.

 

— Acho que vou fazer algo terrível.- o trouxe para perto, puxando a gola de sua camiseta.

— Terrível é?- murmurou baixinho.- Seja carinhosa comigo.

— Ah, eu vou ser.- meus braços apertaram seus ombros, deslizando pelas costas.- Na verdade, eu te beijaria agora mesmo, mas como punição, isso vai ficar para depois.

 

Oliver choramingou e eu ri, divertida.

— É melhor lavarmos o rosto.

— Também acho.

 

Fomos ao banheiro do andar debaixo, onde me escondi na última vez. Após isso, terminamos o café e o ajudei com a louça, até que estivéssemos livres. Oliver me levou até o deque de madeira, onde se sentou em uma das cadeiras de madeira acolchoadas. Fiquei em seu colo, e abraçados, observamos o pequeno rio seguir seu curso. Olhei novamente as árvores, me atentando às montanhas que praticamente contornavam Virgin River. A neve em seu topo me recordaram do problema de Oliver.

— Como estão suas pernas?- perguntei de repente.- Parece que aqui vai ficar mais frio. E você sente tantas dores…

— Já estou acostumado.- falou calmamente, beijando meu ombro, e formando aquele sorriso que eu adorava.

— No que está pensando?- seu olhar se iluminou.

— No quanto você é linda. E como eu sou sortudo.

 

Fiquei sem graça.

 

Oliver riu e eu revirei os olhos.

— Você é uma gracinha envergonhada, sabia disso?

— E você é absurdamente irritante, Queen.

 

Sorrimos uma para o outro, mas havia algo que eu queria perguntar. Arrumei meu corpo, e encarei Oliver.

— Eu não quero estragar o clima, mas tem algo que eu gostaria muito de saber.- o vi assentir.- Como é o seu relacionamento com Laurel?

 

Ele não pareceu abalado, tampouco surpreso. Coçou a barba e suspirou.

— Nos conhecemos há bastante tempo.- respondeu.- Eu estava na cidade em meu primeiro ano e ela apareceu. Começamos a conversar, nos aproximar e uma coisa levou a outra.- eu não deveria ficar com ciúmes. Oliver era, sem sombra de dúvidas, um dos homens mais bonitos e gentis que eu havia conhecido em toda minha vida. Era surpreendente estar solteiro.

Ele já deve ter tido muitas parceiras. Como a tal Shado que ele chamou em seu pesadelo- pensei comigo mesma. Mas esse era um assunto que eu não perguntaria ainda.

— Vocês ficaram sério ou…

— Não. Nosso relacionamento era bem aberto na realidade. Ela vinha, nos divertiamos, e depois voltava para San Diego onde trabalha como advogada.- assenti.- E era isso.

— Ela ainda deve estar pensando que vocês estão nesse esquema.- murmurei em tom baixo. Sua mão, que segurava minha cintura, foi até meu rosto e o acariciou.

— Abri o jogo para ela. Disse que eu não estava mais disponível.- franziu as sobrancelhas.- Que não deveríamos mais, e que podíamos ser bons amigos.

— E ela?

— Ela não quer ser minha amiga.- ri de seu tom ácido.- Mas entendeu. Acabou.

 

Abaixei o olhar, apertando minha mão.

— Agora eu estou interessado em uma loirinha muito, mas muito brava.- voltei a observá-lo.- Ela é tão cruel comigo. Você tem que conhecê-la.- ri, e balancei a cabeça.

— Ainda não acredito que construiu um chalé para mim.- minhas mãos subiram até seus ombros.

— Você merecia um lugar bom para ficar. Era justo.- e lá estava ele fazendo de novo. Categorizando sua solidariedade como algo que não deveria ser vangloriado, apenas aceitado.

— Você é uma pessoa muito boa, Oliver. Deveria começar a aceitar isso ao invés de negar suas qualidades.

 

Seu semblante assumiu a mais pura timidez, e ele apenas deu de ombros, em um sorriso de canto, exatamente igual a vez em que me levou para ver a represa, em meus primeiros dias na cidade.

  O mesmo parecia recomposto e um brilho provocativo apareceu em seu olhar.

— Sabe o que eu acabei de lembrar?

— O quê?

— Que alguém está com o meu livro.- prendi o sorriso.

— Eu havia esquecido que você era ciumento com os seus livros.  Mas ele está muito bem na pousada, tão bem que duvido muito que queira voltar para cá.- provoquei, Oliver levou a cabeça para o lado, em indignação.

Felicity…

— Só estou querendo o melhor para ele. Só isso.- fingi seriedade.- Se ele está melhor comigo isso não pode ser negado, ou pode?- arqueei as sobrancelhas.- Você acha mesmo que ele estaria mal acompanhado comigo?

 

 

Era óbvia que minha pergunta não se referia a aquilo. Mordi os lábios e vi seus olhos escurecerem. Minhas mãos voltaram aos seus ombros e o chamei pelo nome que sabia que o fazia perder o controle.

— Responda minha pergunta, tenente.

 

Sorri, notando como aquilo o deixava afetado e o beijei. Logo suas mãos espalmaram minhas pernas nuas, se atentando em minhas coxas.  Em um movimento rápido, Oliver me ergueu, me colocando sentada na proteção de madeira, que nos impedia de cair no rio. O mesmo segurou minha cintura e se afastou, me encarando silenciosamente por demorados minutos. Foi impossível não me questionar o motivo daqueles olhos azuis, sempre atentos, brilharem enquanto me olhavam. 

— Acho que estou me viciando no seu beijo.- sorri.- Acho…Acho que estou me viciando em você.- murmurou, confuso.

 

Suas declarações sempre me deixavam sem palavras. Levei minhas mãos até sua barba e acariciei seu rosto, afastando aquela expressão franzida.

— E eu acho…- cochichei.- Que também estou me viciando em você.

 

E em nossos lábios colados e as mãos atrevidas, que passeavam por meu corpo, fui levada para dentro, onde passamos muitas horas juntos.

 

***

 

Ao abrir os olhos e ver a varanda de Oliver quase escura, notei que o sol poderia estar se pondo. Após virmos para dentro, acabamos indo para o quarto e uma coisa levou a outra. No entanto, Oliver havia me saciado de tal maneira que eu mal notei que havia fechado os olhos. A forma como meu corpo se encaixava ao seu, nossos gemidos, suas mãos…Eu estava exausta, terrivelmente exausta, mas se eu o visse sem camisa sabia que eu o atacaria outra vez.

 Me espreguicei e coloquei sua blusa novamente, enquanto vestia minha calça. Desci as escadas, um tanto confusa, e o vi na sala, tirando sua jaqueta, como se houvesse acabado de chegar. Cruzei os braços.

— Aonde foi?

— Como o combinado…- ergueu a chave de meu carro entre os dedos.- Aqui está.- me entregou.

— Encontrou com alguém?

— Tommy e Quentin.

— Eles acreditaram?

— Sim. Perguntaram se eu havia te visto. Disse que você estava muito cansada.- sorriu de forma provocativa e eu o olhei, incrédula.- Não é uma mentira. Eu mesmo estou absurdamente sem energia.

 

Mordi os lábios e fui ao seu encontro. Nos sentamos no sofá. Oliver ligou a TV, passando por alguns canais locais. Havia o programa rural, de receitas, e em outro uma novela. Ficamos abraçados até que eu decidi perguntar.

— O que gosta de assistir?

 

Oliver pensou.

— Amo Harry Potter. Adoro comédias misturadas a filmes policiais, mas nem tanto dos que relatam a guerra- o vi estremecer. Rapidamente o apertei mais.

— É muito difícil para você? Lidar com uma vida normal após tudo aquilo?

 

Eu havia visto suas cicatrizes e um terço do que deveria ser o seu trauma. Ele havia salvado muitas vidas, mas o que lhe custou cumprir a missão? O vi respirar fundo.

— Tem dias que…- limpou a garganta.- Tem dias que eu acho que estou lá de novo. Então eu acordo, respiro, tomo um banho e vou ao bar.- sorriu.- Aprendi a controlar um pouco os meus demônios. Eles não me atingem mais como antes.

 

O encarei profundamente, notando sua postura. Ele parecia mesmo um pouco melhor quanto a isso, até que algo o fazia lembrar.

 

Eu entendia bem.

 

Involuntariamente, levei minha mão à barriga. Oliver acompanhou o movimento, e parecia decidir se perguntaria o que queria ou não.

 

Parece que havia decidido.

— Na ponte, quando você contou a Evelyn sobre…Aquilo.- engoliu em seco.- Já havia reconsiderado fazer de novo?

— Não.- respondi prontamente.- Foi só uma vez.

 

Oliver assentiu, aliviado.

— Sinto muito que não possa ter mais bebês.

— Foi difícil aceitar. Ficamos revoltados quando algo que queremos muito é tirado de nós…- dei de ombros.- mas é a vida. Nunca entendemos o propósito de nada. Apenas aguardamos.

 

Nós dois assentimos juntos. Era bom dividir aquele peso com alguém, e Oliver tão gentil, tão apaixonante…O empurrei no sofá, ficando por cima, o fazendo rir.

— Mas o que é isso? Um ataque?

— Você é muito fofo e isso é irritante.- o vi rir mais uma vez.

— E o que vai fazer, hein?- provocou.

— Eu vou…

 

Um barulho de carro me despertou. Estagnei, e olhei para Oliver com os olhos arregalados. Fui para o lado e o vi correr até a janela, também arregalando os olhos.

— É a Thea.

— Aí meu Deus.

 

Levei a mão a boca, andando de um lado para o outro.

 

E agora? E agora? E agora?

— Se ela me ver aqui vai sacar tudo. Você conhece a sua irmã.

— Conheço.

— O que fazemos? Posso ir pelo lago e…

— Você não vai pular no lago, Felicity!- me repreendeu, também nervoso. Oliver levou a mão à cabeça e fechou os olhos.- Já sei. Pega as suas coisas e se esconde no meu quarto.

— Ela viu o meu carro?

— Não porque eu não o deixei no nosso jardim. Está estacionado na rua duas casas para trás.- o encarei boquiaberta.- Tinha a possibilidade remota dela vir aqui hoje.- se justificou. Assenti.- É melhor você subir. Quando eu falar do jantar, você sai pela porta da frente, ok?

— Ok.

 

O dei um selinho e subi correndo, porém, parei na porta do quarto de Oliver, afim de ouvir a conversa dos dois. A porta fora aberta, depois fechada e o barulho de algo sendo pendurado soou pela sala.

E aí irmãozinho.- falou Thea.- Sumiu hoje.

— Achei que fosse ficar no Roy.

— E achei que você estaria de bom humor.- prendi o riso.– Achei que você e Felicity estivessem bem.

— Estamos mas…Continuamos amigos.

 

 

Mas que belo mentiroso. Eu podia até mesmo sentir a tristeza em sua voz.

— Puxa…Achei que iria dar certo. E você ficou fazendo o que o dia todo?

— Queria relaxar. Então assisti uns filmes, dormi no sofá.

— A sala tá bagunçada mesmo. Eu até diria que alguém estava aqui com você.

 

 

Prendi a respiração.

 

Ela ia descobrir, ela ia descobrir…

 

Oliver, para minha surpresa, refutou aquilo com perfeição.

A pessoa que eu queria que viesse não está aqui, então não vejo a possibilidade.- o cretino suspirou, s u s p i r o u em tristeza.- Por quê não vamos para o deque e ´conversamos um pouco? Aí depois eu preparo o jantar.

 

Essa era minha deixa.

 

Peguei minhas coisas, tirei os sapatos, e em um modo silencioso, os carreguei, degrau por degrau. Cheguei à sala, e ao tocar na maçaneta olhei para trás, checando que não havia ninguém e saí. Desci as pequenas escadas de pedras, passando o gramado, e corri até o carro que estava exatamente onde Oliver havia contado. Não demorou muito e logo estava na pousada e assim que abri a porta, me joguei na cama.

Uau!

O que havia acontecido?

Ontem eu estava completamente perdida em relação a Oliver. Estávamos mais próximos, porém ainda sim, com pendências. E depois…Ah, depois tudo aconteceu.

Quero sua amizade. Sua confiança. E se tiver sorte, quero ter a chance de ser seu”

E aí nos beijamos.

Nos amamos.

Por horas e horas.

Meu corpo fica arrepiado só de pensar em Oliver. Em sua voz, suas mãos…Fechei os olhos, ficando de barriga para cima. Minha vontade era de gritar, mas ao mesmo tempo, meu pensamento em Ray me fazia me sentir culpada. Eu o amava, muito, muito mesmo. Mas já fazia tanto tempo…Tomei um banho demorado, lavando meu cabelo, e após pegar grossos lençóis e me enrolar, senti meu celular vibrar. Li o visor.

“ Oliver.

“Espero que tenha uma boa noite de sono. Já estou sentindo sua falta aqui :( “ 

Sorri, e rapidamente respondi.

“ Também estou sentindo falta de dormir agarradinha com você.- brinquei.- Boa noite, tenente.”

“ Boa noite, Lis.

E com os mais belos pensamentos, me permiti descansar verdadeiramente após um dia cheio.




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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem muitoooo

Beijos e até a próxima atualização ♥



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