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Ronan e Jin atacavam os lanceiros a uma curta distância, enquanto Mari invocava os canhões para derrubar os inimigos mais distantes. No entanto, a cada três que matavam, surgiam dez para compensar a perda dos aliados.

– AMYY!!! – Jin gritava pela dançarina, enquanto derrubava os lanceiros próximos.

– Se concentra! – Ronan largou a espada e começou a lutar no braço contra um lanceiro que também derrubou sua lança e começou a se engalfinhar com o rapaz.

– SAIAM DA FRENTE! – Mari gritou, pois um lanceiro ia em direção a eles. Os garotos conseguiram desviar, porém...

– MARI! – gritaram juntos. A tecnomaga foi arremessada contra uma parede e perdeu a consciência. Começaram a correr na direção dela, mas foram cercados pelos inimigos.

– DAQUI NÃO PASSAM... – um dos lanceiros atirou uma lança em Ronan, mas esta foi desviada por alguém.

– CHUTE METEORO!

Amy chutou a lança o mais forte que pôde, fazendo-a mudar seu rumo e acertar outro inimigo. A garota ficou em pé no meio do círculo, entre os amigos e os lanceiros. Sorriu maldosamente para os inimigos, deixando os rapazes sem fala.

– Vão ficar apenas parados ou vamos lutar? – perguntou, parecendo muito mais forte do que a última vez que foi vista por eles.

– É... é claro que não! – Ronan pegou a espada que estava no chão, e a empunhou, pronto para o segundo round.

Os lanceiros correram na direção deles, alguns foram sendo golpeados pelos três, e outros, que estavam no final do imenso grupo de inimigos foram sendo puxados pelos entes e derrubados, um a um.

Jin, apesar de estar em uma briga, não conseguia parar de pensar na garota que estava lutando ao seu lado. “Como pude ser tão, mas tão burro? Olha só pra ela, acho que nem precisava ser salva; está muito mais forte e determinada. Com o quê?”. Um lanceiro, que vinha em direção ao rapaz o tirou de seus pensamentos. Jin não perdeu tempo e chutou a lança. Amy finalizou com um chute no lanceiro. Por um momento, o tempo parecia começar a andar mais devagar ao redor dos dois. Seus olhos se encontraram e o rapaz murmurou “Amy...”. Tarde demais. Ela desviou o olhar e foi ajudar os entes.

– MAS... O QUE ELA... ESTÁ FAZENDO LUTANDO AO LADO DOS ENTES?! – Ronan parecia fora de si. E com razão. Os entes eram seus inimigos desde a primeira vez em que a Grand Chase pisou na Terra de Prata, era estranho que eles estivessem ajudando-os.

– VAMOS BATER EM RETIRADA! OS ENTES ESTÃO DO LADO DA GRAND CHASE! – um dos lanceiros deu a ordem e os outros o seguiram rapidamente, deixando Jin, Ronan e Amy em um salão vazio.

 – Bem... – Amy se virou para os rapazes – temos que ver se a Mari está inteira.

Foram em direção a garota desmaiada. Ela parecia muito mal e estava muito, muito pálida. Mais que o normal.

– Está sangrando! – Amy abaixou-se para verificar o pulso da garota – eu... ela está sem pulso...!

Amy parecia à beira das lágrimas. Os entes se aproximaram do grupo, em silêncio.

– Deixe-me ver – Ronan tomou o lugar da dançarina e tomou o pulso de Mari. Ele sorriu – está tudo bem. O pulso está fraco, mas o mais importante agora é esse sangramento.

Ele tirou algo das vestes. Um vidro com uma poção vermelha. O rapaz deu para Mari beber; ao poção fez com que ela acordasse logo.

– Uh... o que aconteceu? – Mari abriu os olhos com esforço e teve que ser puxada por Ronan para se levantar.

– Tome cuidado, o sangramento diminuiu, mas você ainda pode perder a consciência novamente. Agora, Amy, que tal explicar por que os entes estão aqui?

– Tem razão...

O grupo de Lire estava se movendo devagar, pois já tinham entrado na fortaleza, e não viram nenhum sinal do inimigo. Ela esperava que Arme, Sieghart e Lass também fossem para lá.

– Não é estranho? – Elesis não se importou em falar alto.

– É, mas se levarmos em conta que tudo na floresta já estava meio parado, acho que não há nada de diferente – Ryan estava usando o machado para empurrar as portas.

Continuaram andando até ouvir algumas pessoas conversando, não muito longe de onde estavam.

– Há uma profecia – disse uma voz incrivelmente familiar – que está no Continente dos Deuses. Não sei sobre o que se trata, pois Víctor não falou mais nada.

– E, provavelmente, é algo que ele não poderá controlar. Hê, ele é mias estúpido que os oaks ou... – um rapaz acabou de abaixar o tom da voz –... que os entes.

– Demoramos, mas chegamos – Elesis chutou a porta que os separava do grupo que conversava – sentiram nossa falta? É bom que não tenham entrado em um quebra sem mim!

– ELESIS?! – Jin pulou de onde estava sentado.

Os grupos se juntaram, e, dessa vez, quem explicou foi Ronan. Os entes já tinham saído da fortaleza, para não serem pegos antes de o Ente Antigo ser curado. Mari disse que, se Arme chegasse logo, a probabilidade de ela conseguir curar o Ente seria alta.

– Não podemos esperar, ele pode fazer a oferta o mais rápido possível – Ryan ficou de queixo caído ao saber sobre a tal profecia.

– Já sei! Um grupo fica na entrada da fortaleza, para pedir à Arme que cure o Ente e outro grupo fica aqui, tentando segurar Víctor até que todos estejam aqui – Lire é quem decidiu os grupos – Mari, Amy e Ryan ficam lá fora. Jin, Ronan, Elesis e eu ficaremos aqui.

– Mas... eu ainda posso lutar! – Amy falou, antes que todos começassem a concordar com a formação dos grupos.

– Sinto muito, Amy – Jin falou, ficando vermelho – mas ela está certa. Você lutou muito e a Mari está ferida.

Jin ainda tentou falar com Amy antes da garota sair da fortaleza, mas não conseguiu.