Um dia para recomeçar escrita por xdrome


Capítulo 5
Nossa! Vocês parecem um casal.




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Casa Amarela, Supermercado.

Roger e sua tia Antônia estavam olhando os preços na seção de margarina, quando uma mulher esbarrou no carinho de compras deles.

— Desculpe senhora, vocês são um belo casal.

— Não moça, somos tia e sobrinho. Responde Roger.

— Ah!

Enquanto Antônia abria o freezer para pegar uma caixa de hambúrguer, com uma alegria quase diabólica, Roger conversava com a moça.

UR-7.

Han Solo fumava um cigarro na cama redonda e Kevelyn se vestia, era o dia de folga dela, o encontro do ônibus produziu faíscas.

— Tô a duas semanas sem falar direito com os meus parentes.

— Normal, se te serve de consolo, minha ex babá trabalhava em regime de semiescravidão.

— Hum.

— Sua mãe não matou a minha, ela nunca ligou pra mim, acho que eu era mais uma bolsa no closet, a minha primeira babá: Sara, me odiava, a segunda babá: Maria José me amava de fato.

— O que aconteceu com elas?

— A Sara casou com um cara da igreja dela e a Maria José foi pra Curitiba, viver com a filha.

—  Que triste.

Dias depois, Pina- Sala da cobertura de Simone.

Simone estava sentada no sofá com um vestido amarelo ouro, Roger entrou na sala e se deparou com aquela cena, agora ela era uma rainha em seu trono.

— Oi Roger.

— Oi.

— Vou ser direta: quero ver Roger Junior e Kevelyn Rayssa.

— O que vai dizer pra eles? “Voltei das minhas férias no Caribe com um idoso milionário assediador”.

— Achei que você gostasse do Cecil, afinal ele te deu uma casa em Casa Forte, enquanto eu fui pra cadeia.

— Você forjou sua própria morte!

— Detalhes.

— Simone, por favor, Juninho já tem problemas demais...

— Eu sei, você deixou o meu filho ir preso por tráfico.

— Teve a quem puxar.

— Cala a boca!

— Bem, eu já vou.

— Não antes de ouvir o que eu quero de você, nós vamos nos casar e vou morar em Casa Forte com você.

— Surtou, meu anjo?

— Não, assinaremos um documento que garante a validade do casamento por um ano, depois nos separamos.

— E a Kevelyn e o Juninho?

— Eles vão saber a verdade ao final desse ano, eu não vou te obrigar a nada.

— Ok.

Casa Forte.

Roger chega em casa, devastado, Kevelyn estava no quarto ouvindo música, Juninho comendo doce com bolacha na frente da TV, Antônia tinha tomando um Rivotril e estava dormindo, Cleo estava lendo.

Ele foi dormir em um quarto que mais parecia o cenário do quadro Sol da manhã de Edward Hopper, em seu sonho, voltava mais uma vez ao dia em que Lucylenne escreveu o telefone na testa da foto de Collor.

Pina.

Na cobertura de Sara, ela não conseguia dormir e anotava um dos pontos fracos de um programa gospel da concorrência, Anderson levantou para tomar um copo de água.

— Varoa, trabalhando tão tarde...

— Varão, eu tenho um mal pressentimento.

— Meu vaso, você é ungida do senhor, mal nenhum chegará a nossa tenda.

— Talvez.

Shopping Recife, Praça de alimentação, meio dia.

Roger estava na hora do almoço, foi ao Madero e pediu um hambúrguer, enquanto o pedido não saia, ele sentou numa mesa com Sara. 

— Oi Sara.

— Roger, eu...

— Sara, você casou com o Anderson.

— E não tem um dia em que eu não me arrependa.

Ela coloca um panfleto gospel em cima da mesa.

— Não tente me converter, eu vou aceitar a proposta de Lucylenne.

— Você não pode!

— Meu lanche tá pronto. Diz ele olhando pro painel.

Boa viagem, Baxter S.A.

Roger voltou do almoço e foi ao departamento jurídico, Ella estava imprimindo documentos, vestida com um terninho azul marinho, os anos haviam realçado a sua beleza.

— Ella, a Simone falou comigo e aqui estão os meus documentos, vou concordar com o que ela quiser.

— Deixe em cima da mesa.

Ele deixou a pasta em cima da mesa, sabia, que não tinha volta, no fundo, ele ainda sentia algo por Lucylenne que agora era Simone Dosse, viúva de Cecil Baxter.

Naquele mesmo dia, Pina.

Simone olhava para o porta retrato com a foto dos pais adotivos, ao mesmo tempo que separava os livros que levaria, quando o telefone toca.

— Oi.

— Querida.

— Mamãe... Eu tô com saudades.

— Também, eu soube do Cecil, você está bem?

— Sim.

— Ethienne tem perguntado quando você volta?

— Agora, eu não posso.

— Ele vai pra aí.

— Meu Deus!


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