Um dia para recomeçar escrita por xdrome


Capítulo 10
Open de coxinha




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Madalena.

Quando se sofre um ataque de algum animal, tipo cachorro ou gato em Recife, você pode tomar a vacina contra a raiva na policlínica Lessa de Andrade; Simone entra no local e pergunta onde fica a sala da vacina.

— Moço, onde é a fila da vacina? Pergunta ela visivelmente nervosa.

— Virando a esquerda, segunda sala, tem um povo lá na fila, mas a enfermeira ainda não chegou.

— Obrigada.

Ela vai até a sala e vê a pequena fila composta por: Roger e suas tias, Sheyla, Anderson e Sara.

— Obvio! Exclama Simone com raiva.

— Simone espera. Diz Roger se aproximando.

— Não chegue perto de mim!

Ela sai correndo para o estacionamento, estava tendo uma crise de choro, Roger vai atrás dela.

— Simone, eu não tenho nada a ver com o que aconteceu ontem á noite.

— E quem me garante? Diz ela alterada.

Simone desmaia e é amparada por Roger, que a coloca nocarro e a leva para casa.

Casa Forte, momentos mais tarde.

Simone está de pijama na cama, quando Roger entra no quarto trazendo uma xícara de chá de cidreira.

— Trouxe um chá.

— Ethienne vem aqui mais tarde, a gente ficou de irmos juntos ao arquivo.

— Ok. Responde ele levemente vermelho.

— Nem me lembrava desse jogo de xicaras, Ethienne trouxe pra mim de Macau, foi meu presente de casamento. Diz ela sorrindo.

Fim da tarde.

Ethienne com um buquê de flores, na companhia de Cleverton, estão na frente da casa dos Couto da Costa.

— Oi, Simone tá melhor? Pergunta Cleverton.

— Entra aí. Responde Roger.

Simone estava sentada no sofá.

— Oi bebê, tá melhor? Pergunta Cleverton.

— Tô sim, Cleverton.

— Oi querida. Diz ele pousando as flores na mesa de centro.

— Oi Ethienne. Diz Roger chegando perto da esposa.

— Desculpa não ir ao arquivo como combinado. Diz ela olhando para Ethienne.

— Não tem problema. Responde ele sorrindo.

— O que é isso? Pergunta Roger olhando para o relicário no pescoço de Ethienne.

— É uma joia de afeto, foi presente de Simone. 

— Roger, pega um café para as visitas nas xicaras de Macau, por favor. Pede ela.

— Claro, meu amor. Reponde ele dando um beijo na testa dela.

Roger faz café com água da compesa para as visitas, depois que eles foram embora, Simone estava na sala com Kevelyn que corrigia provas, ele subiu para o quarto ligou o computador e fez uma pesquisa utilizando o recurso guia anônima sobre Joias de Afeto.

Manhã seguinte.

Cleo coloca as flores no vaso, Antônia tira o cuscuz do fogo e Roger põe os pratos na mesa.

— O Alemão trouxe flores pra Simone? Pergunta Cleo.

— Não sei porque, ele devia saber que ela é alérgica a flores. Diz Roger.

— Homem europeu, é tão delicado, não? Diz Antônia em tom venenoso.

Parnamirim.

Simone está presa em um engarrafamento no Parnamirim, onde tinha duas mulheres brancas brigando, porque houve uma batida de carro.

— Gente branca burguesa atrasando meu dia. Diz para si mesma dentro do carro.

15 de agosto de 1996- Mar Hotel, manhã.

Lucylenne havia chegado no trabalho, tinha nem 10 minutos que recebeu uma cantada de Cecil, ela entrava no guichê da recepção, quando sua amiga Mônica lhe fala.

— Lucy tu pode conferir o quarto do senhor Ferreira? O menino que faz esse trabalho ainda não chegou, por favor.

— Ok.

— O elevador de serviço tá quebrado, ou tu vai pelo social, ou de escada.

— Eu me viro.

Quando ela está voltando para a recepção e chama o elevador social, ele abre a porta e quem está dentro é Lilia Buarque de Holanda.

— O que você faz aqui? Pergunta Lilia.

— Senhora, são doze andares e o elevador de serviço está quebrado. Diz Lucylenne com paciência.

— Vai de escada, meu anjo, que horrível os serviçais ocupando um lugar que não é deles.

— Que pena que a escravidão acabou há 108 anos e você não pode mais oprimir as pessoas. Diz Lucylenne com deboche.

— Eu não sou igual a você.

— Logico que não, tu acha que eu sou uma madame que age como se ainda estivéssemos no século XIX.

— Idiota!

Lilia sai do elevador já parado no térreo.

Rosarinho- Dias atuais.

Luisa estava na frente da loja que já acumulava algumas pessoas, Juninho coordenava a colocação da faixa, Simone chega ao local vestindo um terninho branco e de sapatos de salto N° 12 da Chanel.

— Bom dia Luisa, Juninho, Tudo certo?

— Bom dia, Simone. Responde Luisa.

— A faixa ficou bonita hein tia? Pergunta ele todo animado.

— Tá maravilhoso. Responde Simone.

OPEN DE COXINHA 

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SEMANA DE INAUGURAÇÃO.

Sheyla e Roger observavam tudo da loja dela que ficava na frente da de Simone.

— Ela não fez isso? E ainda usando o meu filho. Diz ele indignado.

— Eu mereço isso, Roger.

— Por quê? Pergunta ele.

— Porque eu menti pra polícia na época, Simone é inocente, ela não matou a Lilia.

— O quê? Pergunta ele surpreso.

— Naquela manhã eu vi o Cecil assediar a Simone, porém ele comprou o meu silencio, ele a queria, Roger, pelo visto conseguiu.

— Eu entreguei a Lucy pra ele. Constata ele com lagrimas nos olhos.

— Não se culpe, agora você tema chance de consertar as coisas, eu não sei se vou ter essa oportunidade.

Casa Forte.

Cleo sobe até o quarto dos filhos de Roger, para levar uma pilha de roupas e nota algo estranho na cama de Kevelyn, ela puxa a pasta de debaixo do colchão.


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