Love By Time 2 escrita por Ciarán Honeylane


Capítulo 7
A Quente Viagem




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               Alex descobriu ter medo de avião logo no momento que pisou dentro de um, Caleb riu mas foi muito compreensivo em acalmar o rapaz que sentou-se ao seu lado e seus olhos arregalados de medo. O avião não estava muito cheio, haviam muitos lugares espaçados e todos estavam com máscara, seguindo os protocolos de pandemia.

               - Relaxa, muito do que se vê nos filmes é tudo ficção. – Caleb disse afivelando seu cinto de segurança e depois fazendo o mesmo com Alex que precisou pois só foi se acalmar depois que segurou na mão de Caleb. – Pronto, pronto.

               Eis que passou um padre pelo mesmo corredor dos dois, sentou-se e começou a orar. Alex voltou a se assustar, apertou a mão de Caleb com força.

               - Ai!!!! – Gemeu Caleb.

               A viagem prosseguiu melhor quando uma outra passageira observava de longe o que acontecia e deu um remédio fitoterápico para o nervoso Alex que parecia ter congelado duro sobre seu assento. O remédio fez efeito pois Alex pareceu se acalmar, continuou segurando a mão de Caleb mas com muito menos força e, em instantes, adormeceu que deslizou para o lado e deitou  a cabeça no ombro de Caleb. Bem a tempo, pois o avião deu a partida. Caleb adorava andar de avião. O percurso levou cerca de 2 horas.

               - Chegamos, amor. – Disse Caleb que acordou Alex quando pousaram no aeroporto de Honolulu, a diferença de temperatura foi notável na saída do avião.

               - Parabéns ao casal recém casado. – A moça que deu o remédio para Alex celebrou enquanto caminhava pelo aeroporto levando sua mala de carrinho.

               Alex riu e Caleb deu um sorrisinho torto de sonhador.

               - Obrigado. – Caleb agradeceu e acenou para a moça.

               Eles coletaram suas malas de carrinho, um para cada. Alex usava um macacão jeans com camisa branca e os cabelos longos enquanto Caleb já tinha, desde o início, entrado no clima praiano, com bermudas verde e branca de palmeiras, regata branca e uma camisa de botões aberta florida e sandálias. Um homem de olhos amendoados, pele bronzeada, cabelos longos negros presos, corpanzil rechonchudo, alto e um rosto bem amigável aguardava por eles, segurava uma plaquinha “Família Austen Henning”. Alex e Caleb aproximaram-se, de mãos dadas e se apresentaram.

               - Aloha! – Cumprimentou o homem, que vestia vestes bem similares aos de Caleb com exceção  que este vestia chinelos e, claro, com máscara. Assim como nos filmes, o homem colocou colares de florest havaianas no pescoço de cada um. – Bem vindos ao Havaí, eu sou Koa! Vou levar vocês até o hotel. Gostaria que eu levasse suas malas para o carro?

               - Oi oi! – Cumprimentou Caleb. – Pode deixar, nós levamos até lá.

               Eles seguiram até fora do aeroporto, até um Kia Soul vermelho que estava estacionado. Carregaram as malas para a parte de trás do carro e adentraram o espaço automóvel.

               A medida que então foram passando pelas paisagens havaianas, conferiram que era verdade que grande parte se tratava tudo de um grande mar azul, ao menos esse era o percurso que Koa fizera. Muito sol, bem diferente de Seattle naquele momento. 11 horas da manhã e o sol já estava alto.

               - Uau, deram sorte. – Falou Koa enquanto olhou para o céu. – Agora a pouco tivemos pancadas de chuva, agora o sol apareceu. Vai ser bom pra dar uma corzinha a pele de vocês. – Ele riu. – Pandemia, pancadas de chuva, quarta-feira de 31 de Março, realmente terão a ilha pra vocês.

               - Hoje é aniversário de Alex. – Caleb disse.

               - Sério? – Koa olhou pelo retrovisor com um grande sorriso. – Parabéns, moça! Pra celebrar, vou dar uma ótima dica de uma praia que poucas pessoas conhecem... E, no momento, capaz de estar totalmente vazia.

               Alex iria corrigi-lo a respeito de tê-lo chamado de moça mas o homem era tão gentil que decidiu não cortar seu clima.

               Eles estavam hospedados no Lotus de Honolulu, o percurso do aeroporto até o hotel levou cerca de 30 minutos.

               - Precisando, é só me ligar. – Koa ofereceu após deixá-los na frente do hotel. – Feliz aniversário, moça. Espero que aproveitem bastante! Aloha! – E deu a partida em seu Kia Soul que logo desapareceu.

               Ambos adentraram ao hotel de paredes esbranquiçadas e muitas peças e decorações em madeira, inclusive o próprio balcão onde uma moça estava, de roupas formais branca e preta, os cabelos negros presos num coque, a pele morena e os olhos amendoados característicos do povo do havaí.

               - Aloha. – Cumprimentou a moça que já foi, de imediato e acostumava, verificar em seu computador. – Austen Henning?

               Caleb assentiu e entregou as notas de reserva e documento que levavam em sua carteira, a mulher conferiu os documentos e franziu o cenho.

               - Não são casados? – Ela perguntou sem tirar os olhos da documentação.

               - Não... Ainda.  – Caleb disse e olhou para Alex que tinha os lábios fazendo um bico de curiosidade e voltou a olhar para a moça. – Aconteceu alguma coisa?

               - Nada de importante. – A moça olhou para o rapaz e sorriu, entregou a documentação para ele, deixou Alex assinar alguns que tinham seu nome como responsável e ela entregou os cartões-chave para acesso ao quarto. – Espero que aproveitem sua estadia. Qualquer coisa que desejarem, apenas chame pelo telefone. Seu local está no último andar.

               Eles agradeceram e foram para o elevador.

               - Cay, é a cobertura. – Alex falou com as sobrancelhas levantadas e Caleb fez um bico de surpresa mas não parecia assim tão surpreso. – Afinal quanto que Chris e Anne gastaram nisso?

               - Geralmente não perguntamos o preço de presentes.- Caleb lembrou a Alex enquanto eles chegaram até a cobertura, que havia uma porta específica para se acessar após a abertura das portas do elevador. Eles adentraram ao lugar após aproximar um dos cartões no acesso.

               Alex adentrou o lugar com os olhos arregalados que até pareceu perder o fôlego. Aquela cobertura tinha cerca de 160 metros quadrados, uma cozinha privativa completa, banheiro com uma jacuzzi, uma sala de jantar com uma sala acoplada, televisão, cama queen size, mais duas camas de solteiro grande e ainda mais itens que os olhos até se perdiam mas se encontravam na maravilhosa visão externa do grande mar azul que se estendia e encontrava-se com os céus azuis, montanhas e alguns prédios menores.

               - Ah, agora eu entendi. – Ouviu Caleb falar. Ele havia parado em frente a cama de casal. Isso despertou a atenção de Alex que foi até ele e se deparou com a cama cheia de pétalas de rosa e que formavam um grande coração além de bombons no meio. – A gente casou e eu esqueci, por acaso? – Ele perguntou e olhou para Alex que estava extremamente corado.

               - B-bom, isso pode só uma prévia do que vem... Que vem... Ano que vem ou... ou... – Alex gaguejou e Caleb suspirou.

               Alex jogou-se na cama que era muito macia, bagunçou as pétalas e sorria, mas ele não contava que Caleb também fizesse isso mas se deitaria em cima de Alex apoiando-se com ambos os braços aos lados do loiro de cabelos compridos.

               - Mas me diz... – Caleb começou enquanto o rosto bem próximo ao de Alex. – Do porquê eu não deveria agora tomar o que é meu.

               Alex riu mas não sabia se Caleb estava falando sério ou brincando.

               - Cay, você não...

               Caleb deslizou seus lábios pela pele do pescoço de Alex que se arrepiou inteirinho e acabou soltando um gemidinho que o fez levar as mãos a boca, Caleb olhou para ele então.

               - Você quer... ?

               Alex deixou o canto externo das sobrancelhas caírem.

               - Ah, Cay... – Falou Alex baixo olhando para seus olhos azuis que rivalizavam com o azul das praias havaianas. Caleb pareceu entender, sorriu com o canto da boca, levou a mão até a própria boca para depositar metade de um bombom ali e Alex agora sorriu, mordeu a outra metade para depois sentir a língua de Caleb deslizar para dentro de sua boca e, quase que imediatamente, o chocolate derretia transformando o beijo do sabor deles com o sabor de chocolate e caramelo, Alex gemeu abafado, fazia muito tempo que não tinha um beijo daqueles... Ou talvez nunca tivesse realmente tido um de verdade, mas deslizou sua língua pela de Caleb carinhosamente que a deste agarrou-o, entrelaçando ambas as línguas, trocou a respiração quente e sentiu a do namorado que separou aos poucos. Talvez... Se Caleb tivesse continuado por mais um pouco...

               - Hm, é o melhor chocolate que já comi. – Caleb disse num sorrisinho sedutor e Alex sorriu, de forma que parecia até um coelhinho indefeso diante de um predador. – Não acha?

               Alex assentiu e Caleb rolou para fora da cama.

               - Banheiro. – O rapaz disse e se fechou no banheiro, encostou na porta, suspirou e olhou pra baixo. Estava com uma ereção nada sutil entre suas pernas, ainda bem que conseguiu disfarçar. – Porra, amigão...

               Alex olhou para o teto, pensativo. Levantou-se e foi até a varanda após deslizar as portas de vidro. Sentiu a brisa refrescante acariciar seus longos cabelos soltos, o aroma tão diferente que era de Seattle.

               CHRIS: Chegaram bem?

               CALEB: Sim, pai. Valeuzão. Aqui é incrível! Devem ter gastado bastante!

               CHRIS: Não muito, pois a pandemia e a temporada baixa deixou mais barato, mas vocês merecem, aproveitem e se comportem.

               CALEB: E o coração na cama, q foi aquilo?

               CHRIS: kkkkkkkkkkk curtiu? Pedi pro Koa fazer, o hotel não oferece serviço de lua de mel mas eu pedi para, se for possível, dar o melhor serviço possível para os “recém casados”.

               CALEB: Q troll, velho kkkkkkkkkkk

               Caleb digitava em seu iPhone para dizer ao pai que havia chegado, estava sentado na borda da Jacuzzi enquanto esperava sua ereção se acalmar. Depois saiu do banheiro para o quarto e encontrou Alex apenas de sunga.

               - Ah, velho!! – Reclamou Caleb que ficou de costas para Alex.

               - Que foi? É uma sunga. Vamos nadar na praia? – Alex disse todo animado.

               - Sim sim, claro, eu vou... Vou vestir a minha. – Caleb disse andando de lado que nem um siri até sua mala que já estava aberta sobre a cama.

               - Aqui, eu peguei pra você. – Alex disse segurando a sunga do namorado que parou e andou pra trás, recolheu da mão de Alex e foi novamente para o banheiro. Alex não entendeu essa gracinha agora. Se olhou no espelho. Reto, uma tábua magra sem músculo algum, basicamente, Caleb conseguia-o cobrir todo mesmo sendo jovem.

               Caleb depois saiu do banheiro, segurando toalhas sobre a cintura e uma amarrada nela. Seu corpo um tantinho mais alto que Alex tinha o formato de um trapézio. Caleb era magro mas era magro do estilo forte, seu abdômem com o famoso ‘tanquinho’ aparecendo aos poucos, sua caixa torácica já tinha um certo peitoral forte, os trapézinhos que já despontavam aos poucos destaque em seus ombros e os braços que eram quase o dobro dos de Alex em grossura. Alex admirava o corpo muito bonito de seu namorado e mordeu os lábios, que fez Caleb ter um pequeno espasmo. O fez insconcientemente pois sabia que aquilo provocava ao rapaz.

               - P-Podemos ir. – Caleb disse de uma forma que ele mais parecia é estar com dor de barriga.

               - Tem certeza? – Alex perguntou preocupado. – Tá tudo bem?

               - Nunca estive melhor. – Caleb quase deixou a toalha cair ao fazer positivo com uma mão e segurou-a novamente. – Uma pra mim e uma pra você. Podemos ir.

               Alex deu de ombros e seguiu para a porta-elevador, que abriu-se rapidamente e ambos se enfiaram lá pra dentro depois de calçar seus chinelos, as máscaras e levar uma bolsa de praia pronta com produtor como bloqueadores solares, bronzeadores e mais algumas coisas que julgavam o essencial.

               Em pouco tempo já se viram na praia diante do hotel, pisando sobre a areia fofa.

               - Uaaaaau. – Alex exclamou admirado e Caleb estava ao seu lado.

               - Nunca tinha visto o mar antes? – Caleb perguntou olhando para Alex que não tirava os olhos da imensidão azul.

               - Só de Seattle mesmo, mas nada se compara com isso. – Alex disse de um modo que fez Caleb sorrir.

               Alex olhou para cima, para o sol, não estava muito quente mas dava para se bronzear um tanto. Ele tirou uma toalha da bolsa de praia e estendeu na areia, deitou-se costas pra cima, tirou um bronzeador dali.

               - Passa pra mim? – Alex pediu e Caleb, relutante, pegou o produto, passou nas costas e coxas de Alex e foi deslizando suas mãos sobre as costas macias de Alex que parecia relaxado. Caleb, por outro lado, já não estava nada relaxado, sentia que o conteúdo de sua sunga poderia explodir a qualquer momento. Não ousaria tocar em lugares que ainda não tinha a permissão de Alex. – Valeu, mozão.

               Caleb sentou-se ao lado dele com uma toalha felpuda em cima de seu volume para que ninguém visse. A praia estava praticamente vazia mesmo, como Koa havia dito. Claro que aquela não era a praia que ele havia falado sobre mas talvez fizessem uma visitinha depois. Caleb tirou fotos de tudo que era possível ao redor e enviou para todos que conheciam e estes elogiando e muito o lugar. Nishi disse que só não sentia inveja pois ela estava tentando ficar mais íntima de Doug, caidinha pelo homem. Caleb leu a mensagem para Alex que riu.

               - Ela sempre foi a mais sem vergonha do grupo. Sabia que ela perdeu a virgindade ainda antes de conhecer a mim e a seu pai? – Alex disse, risonho, deitado, que depois virou-se de barriga para cima e conseguiu passar sozinho o bronzeador por seu corpo, que Caleb  aceitaria de imediato se Alex tivesse oferecido a ele fazer o serviço.

               - Foi? – Caleb riu. – E você... Quando foi que...?

               Alex parou por um momento.

               - Eu achei que tivesse te dito. Na verdade... Eu nunca... Nunca fiz nada. – Alex disse e olhou para Caleb, depois desviou o olhar quando os olhos se encontraram. – Você...?

               Caleb sacudiu a cabeça negativamente.

               - O-oh. – Alex gaguejou baixo. – Bom... Ah... Ainda temos tempo para... Isso e...

               - Vamos nadar? – Sugeriu Caleb. – Quero ver quão cristalina essa água é. – Sorriu e Alex assentiu, levantou-se que quase se desequilibrou na areia e os dois correram para água.

               - Aaah, fria! – Reclamou Alex quando a água logo bateu em seu peito.

               - A gente tava assando na areia, claro que está fria. – Caleb riu e Alex espirrou água no rapaz. – Ei! Acaba de declarar guerra.

               - Não! Me perdoa! – Alex riu tentando fugir da rajada de água que Caleb jogou nele ao levantar os braços com força, espalhando água pra todos os lados.

               - É tarde demais! Enfrente a fúria do Blastoise! Rawr! – Caleb agarrou Alex antes que ele pudesse sair da água, envolveu seus braços do corpo do rapaz que ambos já estavam molhados até o último fio de cabelo e beijou a bochecha de Alex várias vezes.

               Antes de se darem conta, os dois haviam voltado ao hotel e se jogado sobre a cama onde apagaram instantaneamente quando o corpo de ambos chocou-se confortavelmente sobre a superfícia macia da cama.

               Acordaram um pouco antes do pôr do sol, ás 5 e meia de tarde. Trocaram olhares ao ambos acordarem, Caleb puxou Alex para perto envolvendo-o com um braço e beijou ternamente seus lábios.

               - Como gosta de me beijar. – Alex riu embora ele também adorasse, Caleb sorriu.

               - Sua culpa por ter roubado meu coração desde anos e anos atrás, agora aguenta o acúmulo. – Caleb riu e acariciou aos cabelos de Alex. – To com fome, vamos comer?

               - No restaurante? – Alex perguntou e Caleb assentiu.

               - Vamos tomar um banho antes então. – Alex disse e deslizou da cama, inconsciente da forma sensual que havia se movido e Caleb arregalou os olhos e jogou o lençol da cama sobre seu amigo que despertava aos poucos. Alex virou-se pra ele e sorriu, Caleb usaria o outro banheiro que estava a disposição.

               - Certo... – Caleb disse depois de remover sua sunga e acionar seu chuveiro, a água escorreu agradável por seu corpo. Ele olhou para baixo para ver seu membro duro, suspirou. Agarrou nele com ambas as mãos. Começou a se masturbar buscando o alívio, gemeu baixo, não queria que tivesse nenhum risco de Alex ouvir que, aliás, fechou os olhos e ficou pensando em seu corpo macio, delicado, andrógino, alcançou um orgasmo potente apenas com isso, ejaculou na parede. Suas pernas tremeram enquanto a onda de endorfina inundava todo seu sistema, achava que fosse cair no chão, até vir finalmente o relaxamento da prolactina que vinha logo depois. Abriu os olhos, viu a baguncinha que havia feito na parede e buscou limpar a sua arte.

               Caleb saiu do banheiro, finalmente aliviado, a toalha envolta na cintura e já viu Alex usando a camisa florida que Caleb estava usando antes mas com os botões fechados e uma bermuda preta além dos chinelos, Caleb sorriu. Alex, ao ter a visão daquele corpo, novamente se pegou admirando o corpo úmido do namorado e mordeu o lábio inferior, Caleb fechou os olhos e jogou o rosto pro lado pra depois sorrir para Alex e abrir os olhos.

               - Kareshirt, né? Quando se veste as roupas do namorado. – Caleb disse.

               Alex assentiu, sorrindo.

               - Isso é bem excitante, sabe? – Caleb observou enquanto caminhou até a cama, pegou outra camisa florida, agora escura, vestiu-a e abotoou aos botões, vestiu uma calça jeans, calçou os chinelos, aplicou desodorante e perfumou-se como Alex havia feito. – Podemos ir.

               Eles então desceram bem a tempo de poder pegar o belo por do sol enquanto caminhavam pela propriedade do Hotel que Chris e Anne recomendaram um restaurante por perto, o Hau Tree.

               O Hau Tree era um restaurante com área aberta com vista para o mar onde pegavam a visão mais pura e limpa do pôr do sol, sentaram-se em uma mesa bem de frente pra ele.

               - Nossa, tão romântico. – Alex disse olhando para o horizonte e Caleb sorriu.

               - Essa é a intenção.

               O garçom compareceu junto a mesa para coletar seus pedidos, decidiram pegar um prato de cada variante que iria desde o aperitivo, vegetais, frutos do mar, sementes, massas e, por fim, a sobremesa. Mas, como Alex sempre pedia, nada de álcool, contentaram-se com o suco de laranja que foi servido em instantes.

               - Nesse ritmo a gente vai engordar mais do que quando comemos no Natal e no Ano Novo. – Alex riu, mas na verdade ele era o famoso “magro de ruindade”, por mais que comesse, não engordaria e Caleb era fisicamente ativo.

               Enquanto eles aguardavam, Alex não conseguia tirar os olhos do horizonte e Caleb, de Alex, que sentiu o olhar de seu namorado em si, virou-se para ele.

               - O que foi? – Alex sorriu e Caleb também, que levou a mão para trás para pegar alguma coisa e, de dentro de um dos bolsos, tirou uma caixinha aveludada azul escura, Alex franziu o cenho.

               Ele abriu a caixinha e deu visão para um par de alianças prateadas, simples mas com adornos de folhas e um pequeno cristal no meio que parecia estar bem enterrado no meio do anel.

               - Feliz aniversário, Alex. E feliz aniversário de namoro nosso. – Caleb disse olhando para o rapaz, pegou a meno das alianças e deslizou por seu dedo anelar que coube perfeitamente, Alex parecia paralisado. É verdade, faziam 1 ano de namoro naquele dia, como pudera se esquecer?

               - Nossa... É verdade... Hoje faz 1 ano, e... Desculpa, eu esqueci. – Falou Alex agitado. – Eu prometo que vou compensar.

               Caleb sorriu.

               - Tá tudo bem, bebê. Sei que toda essa viagem foi um choque pra você e de como estava tão ocupado lá que sua mente ficou toda atrapalhada. – Riu Caleb – E a idade chegando. – Brincou e Alex riu e assentiu.

               Alex levantou a mão para admirar a sua aliança de compromisso.

               - É linda. Eu... Confesso... Sempre quis uma dessa. – Alex disse e não sabia se sorria mais ou se seus olhos inundariam-se em lágrimas felizes. – Como foi que você soube do meu tamanho?

               - Ah, enquanto você dormia eu medi. – Caleb respondeu. – Ei, ainda tem eu, viu?

               - Desculpa. – Alex riu, pegou o anel maior e deslizou pelo dedo anelar de Caleb, que depois pegou em suas mãos e fechou os dedos entre os fechos dos dedos de Alex, que visão maravilhosa aquela das mãos usando aquele anel prateado de compromisso. E Alex, talvez, nunca viu um Caleb tão maduro quanto naquele dia.

               - E eu prometo que, algum dia, vai chegar a vez das douradas. – Caleb dizia enquanto acariciava as mãos de Alex, beijou a costa de uma delas. Alex sorriu, estava com o rosto corado, não se sabia agora por estar com uma corzinha mais avermelhada do sol que pegara mais cedo.

               O garçom então chegou com seu jantar e os dois celebraram seu primeiro aniversário de namoro e o aniversário de Alex do jeito que muito gostavam: Com muita comida e, principalmente, com muito amor e lá estava tão vazio que as únicas testemunhas eram as estrelas que se revelavam faiscando como diamantes grudados no teto negro.


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