Faça meu desejo se realizar escrita por Dorinda


Capítulo 1
Capítulo 1 - Eu só quero você para mim


Notas iniciais do capítulo

Olá amigos! Este ano escrevo algumas fanfics de Natal e estou muito feliz em postar a primeira delas. Obviamente só poderia ser Polin e esta é baseada na música de Mariah Carrey "All I want for Christmas is You". Espero que gostem!



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A sala de chá da Bridgerton House emanava espírito natalino e alegria familiar. A viscondessa viúva reuniu toda a família, quase toda, para a semana de festividades. Penélope Featherington estava feliz pelos sorrisos genuínos que sua família favorita no mundo lhe tirava. Violet Bridgerton afirmava incansavelmente que Penélope era parte de sua família, uma Bridgerton honorária e era sempre um prazer tê-la em meio a sua prole. Sempre haveria um convite para Penélope para todo e qualquer evento na Bridgerton House.

O cheiro inconfundível de chocolate quente com canela penetrou a sala, despertando o desejo dos mais novos e cessando os dedos ágeis de Francesca, que dedilhava uma balada feliz ao piano. Penélope foi arrastada por Eloise até as mesa de bebidas enquanto tagarelava sobre seu projeto na ONG de proteção a meninas carentes ao qual ela trabalhava. Eloise finalmente conseguira uma doação generosa de uma grande empresa e o Natal destas meninas seria quentinho e acolhedor. O coração da ruiva se encheu de orgulho do trabalho maravilhoso de sua amiga. Eloise sempre fora cheia de espírito, nada poderia pará-la em sua luta por igualdade. Eloise e Colin possuíam tantas coisas em comum que sequer notavam sua compatibilidade. Seus corações livres transbordavam de amor pela vida e pela humanidade, além de seu acolhimento gentil para com qualquer pessoa. Os irmãos Bridgerton sempre foram especiais para Pen, mas a mente brilhante de Eloise alimentava seu ser enquanto o charmoso Colin preenchia seu coração de amor. Penélope sentia um vazio em seu peito ao pensar em seu amigo, sentia tanto sua falta que lhe doía. O Natal não era mesmo sem a cantoria de Colin e suas histórias sobre viagens. Viver sem a presença de Colin era muito pior do que nunca tê-lo. A ruiva sabia que ele nunca a considerou, a simples ideia de namorar Penélope Featherington era inconcebível para Colin Bridgerton. Eu nunca sonharia em namorar Penélope Featherington, nem em seus sonhos mais loucos. Pen suspirou com a lembrança infeliz de alguns meses atrás. 

Vejo que cheguei no momento certo. Feliz Natal, família! a voz aveludada tão adorada por Penélope soou pela sala, levando os Bridgeton em êxtase. 

—  Colin! – exclamou Hyacinth, correndo para os braços de seu irmão. 

—  Querido, é tão bom tê-lo em casa! – disse a viscondessa viúva. Não tardou para que toda a família estivesse em torno do terceiro filho. Penélope continuou em seu lugar , bebericando seu chocolate quente enquanto a adorada família se perdia em meio aos abraços e beijos de boas-vindas. Eles mereciam um momento só entre eles para festejar a volta do membro que faltava e a ruiva não desejava atrapalhar, contudo estava hipnotizada pela figura próxima a porta. Colin estava diferente, não possuía o ar de garoto. Os cabelos castanhos cheios caiam em ondas até as orelhas, o maxilar estava mais proeminente do que Penélope se lembrava e que Deus tenha misericórdia! Ela notava seus braços magníficos debaixo do moletom branco. Penélope nunca foi à Grécia, mas podia afirmar que a beleza deste homem supera as estátuas dos deuses gregos. Tal qual uma criança pega em travessuras e como se Colin pudesse ler sua mente sempre que sua figura se projetava na mente da ruiva, ele começou a marchar em sua direção, notando a presença da amiga. Ela depositou seu copo na mesa logo atrás e ergueu os olhos,  corou diante do olhar amoroso que o moreno lançava. 

— Pen! 

—  Colin! Oh, não sabia que você viria para o Natal! 

— Desculpe por decepcioná-la. – ele riu – Pen, é tão bom vê-la! –  sem qualquer aviso prévio os braços de Colin envolveram a pequena Penélope em um abraço firme. Seu nariz se enroscou nos cabelos de cor de fogo, inalando o adorável cheiro cítrico  enquanto a mulher apertava seus braços em torno de seu pescoço. Foi mágico e prendera os olhares de toda família, exceto Eloise que já se acostumou com os gestos de carinho entre os dois. Na realidade, ela era tão desconhecedora dos sentimentos entre Colin e Penélope quanto o próprio Colin, ou era assim que todos pensavam.  

— Você nem voltou e já está roubando minha amiga de mim! Venha Pen, quero entregar seu presente de Natal, não posso esperar mais dois dias! –  disse a morena ao mesmo tempo em que Penélope se afastava do aperto de Colin. Eloise a empurrou para a grande árvore de Natal próxima às janelas. 

 

 

— É bom saber que você e Penélope se acertaram após aquele infeliz comentário. - disse Anthony entregando um copo de chocolate quente e alguns biscoitos para o irmão mais novo. Colin assentiu, seus olhos ainda presos na ruiva no canto da sala desembrulhando seu presente e se jogando nos braços de Eloise em agradecimento. Colin não pode deixar de sorrir com sua demonstração de alegria. 

— Achei que ela nunca mais gostaria de vê-lo. – continuou o visconde bebericando em seu copo. – Nunca esperei tal comportamento de você Colin, fiquei muito decepcionado e furioso por ver a pobre garota sofrer. Penélope é muito discreta, mas vê-la mergulhar em relacionamentos fracassados no último ano só me fez desejar dar  uns bons tapas em você. –  O visconde tornou-se mais próximo da garota Featherington após a declaração de Colin sobre nunca namorá-la. Todos os membros da família sabiam que a ruiva nutria sentimentos pelo terceiro filho, que desconhecia a sua profundidade. Anthony se fez presente nos últimos meses e conquistou a amizade dela, certificando-se que tudo estava bem. 

— Eu sei, eu mereço. – disse Colin encolhendo os ombros e virando-se para encarar o irmão – Estes namorados, eles fizeram algum mal à ela? Anthony, você precisa me dizer! – o ciúme e a preocupação eram palpáveis em sua voz. 

— Oh não! Não se preocupe, nada de ruim aconteceu, eu nunca permitiria. Contudo, me doía ver Penélope com homens que não fazem jus a sua inteligência ou beleza. 

— Nunca ninguém estará à sua altura.

— Concordo, irmão. Espero que um dia você note o ser precioso que sempre esteve ao seu lado e principalmente aquilo que está em seu coração – Anthony lhe deu uns tapinhas no ombro e começou a se afastar, não sem antes ouvir o sussurro do moreno. 

— Eu noto…

Dotado de uma coragem repentina, Colin caminhou em direção a Penélope e Eloise. Precisava conversar com a ruiva, compartilhar seus pensamentos e sentimentos e talvez se fosse honesto o suficiente, Penélope aceitaria seu coração e deixaria toda a mágoa para trás. Pigarreou chamando a atenção das duas e se virou para a menor: 

— Pen, eu poderia falar com você? 

Ela o encarou com aqueles olhos azuis cristalinos que lhe tiravam o ar e assentiu com a cabeça e então pediu para que Eloise lhes concedesse alguma privacidade. 

Agindo como um cavalheiro que era, convidou Penélope para se juntar a ele nas poltronas de frente para a lareira. 

— Pen… humm… como… como você tem estado? – As palavras se perdiam em sua boca. Colin não sabia ao certo o que dizer, não preparou um discurso e ainda tinha a tristeza do passado pesando em seu coração. 

— Bem, bem. – sorriu ao encará-lo – Foi um bom ano. Finalmente consegui pagar as dívidas da minha família e agora tenho um apartamento só para mim, já que Eloise se mudou. 

— Isso é maravilhoso! - ele se inclinou pegando suas mãos. –  Estou muito orgulhoso de você. Eu sempre soube que você conquistaria tudo o que quisesse. 

— Oh Colin, obrigada! 

— Pen, sinto que não me desculpei o suficiente com você pela minha declaração infeliz… E agora posso fazê-lo pessoalmente. A tenho em alta estima e você é meu amigo mais querido, quando você começou a me ignorar minhas mensagens…

Penélope apertou suas mãos e cortou-lhe: 

— Você não precisa se desculpar mais uma vez. Não quero que se martirize mais. Somos amigos! 

Colin e Penélope não tiveram a oportunidade de levar sua conversa adiante, pois Violet pediu a atenção de todos e comunicou-lhes que já estava na hora de irem para a cama,  pois partiriam cedo para Aubrey Hall. Todos começaram a se mover e Penélope pegou seu celular no bolso jeans da calça e conferiu o horário. 

— Preciso ir, já está tarde e amanhã preciso trabalhar. Até mais, Colin! – ela depositou um beijo em sua bochecha e deu dois passos em direção a porta, mas não pode ir adiante. Colin agarrou sua mão, obrigando a encará-lo. 

— Você não irá para Aubrey Hall conosco? – sua voz soou magoada. 

— Irei trabalhar amanhã e estou escalada para o plantão de Natal. Você sabe como é o jornalismo.

— Pen, é o Natal em Aubrey Hall. É mágico! 

— Eu sei – Penélope sorriu tristemente. –  É uma pena que não possa participar este ano. Se divirta por mim. Preciso ir, até mais! 

Colin a observou caminhar em direção a porta e a cada passo seu coração doía pela distância entre eles. Ele voltara para casa para conquistá-la e faria isso, não suportava mais esperar. 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e até o próximo!



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