As águas caiam chorosas da cachoeira. A lua brilhava no céu como se fosse uma lâmina. Seu reflexo irradiava toda a extensão do corpo do ser unóculo. Seu olho estava direcionado a um único ponto, a 1º Estação.

Os clérigos geralmente se devotam aos trabalhos humanitários, mas nãos os de Enug!

No mesmo instante, rogando uma oração ao seu deus, a sua forma começou a brilhar como se ele fosse feito de cristal, e aos poucos, foi se desmaterializando no ar. Quando abriu o olho, estava na sala de um trono, dentro de um castelo.

A criatura corpulenta que liderava o Batalhão Colossal dormia no momento em que o seu tenente havia chegado.

 — General Labatut, desculpe por interromper o seu sono e entrar sem ser anunciado, tive que usar da conjuração Mantra para chegar até aqui rapidamente. Tenho receio de que estamos sofrendo uma invasão. Um grupo se disfarçou de clérigos e agem de forma estranha, meu capitão, nós devemos interceptá-los.

Ele chacoalhou a sua pança enorme e se levantou do trono de grandes proporções. Com o tacapaço na mão, o gorjala rosnou entre as suas presas:

— E porque alguém invadiria está porra aqui?

O ciclope, prestando uma exagerada continência, disse solenemente ao general atroz:

— Nos chegou à notícia de que dois baronatos foram libertados. É dito que quatro supostos heróis da Resistência estão “purificando” monstros e os transformando em humanos...

— Isto é a coisa mais absurda que já ouvi falar, toma jeito, cabra! Além do mais, tá com medo do quê? Não confia em si não, caralho?

— M-mas, mas eu...

— Esse foi o batalhão errado pra você viu, errado mesmo.

Optentrion engoliu os insultos, gotas de suor escorriam por todo o seu corpo delgado.

— Tudo bem, eu vou dar ordem a um cara de confiança que eu tenho, Titã Cubo vai cuidar disso, agora, suma de minhas vistas, seu zoiudo miserável.

No mesmo instante, a magia divina Mantra devolveu Optentrion às cachoeiras.