Don't Forget Us escrita por Bê s2


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fic que chegou ao fim!
Agradeço por todos que me acompanharam nesse "surto" de inspiração que tive durante as férias. Obrigada pelos comentários, incentivos e companhia!
Espero que tenham gostado e até a próxima ♥



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Fazia uma noite fria em Vegas. Grissom e Sara estavam vestidos elegantemente para a festa: ele vestia camisa e paletó, enquanto ela estava com um belo terninho preto. O entomologista havia preparado um delicioso prato vegetariano para a ceia, enquanto ela carregava uma garrafa de vinho a tiracolo. Ansiosos, trocaram um sorriso e um olhar cúmplice antes de tocarem a campainha.

—Grissom, Sara! Sejam bem vindos! -Russell os saudou com sua esposa. -Esta é Barbara, minha esposa. Querida, Sara trabalha comigo e Gil nos ajudou muito com o caso Legace.

Cumprimentos feitos, o casal adentrou na bela casa do supervisor do CSI. Grissom observou cada detalhe da sala aconchegante: lareira acesa, uma grande árvore de natal decorada, uma mesa posta ao centro, uma mesa menor com bebidas e uma linda decoração natalina. Próximo a lareira, um grande sofá acomodava Nick, Greg, Brass e Catherine; próximo à eles, Hodges, Morgan e Ecklie conversavam com a filha mais velha de DB, observando a netinha que brincava no tapete com alguns blocos de montar.

O casal recém chegado se juntou aos amigos no sofá. Grissom serviu uma generosa taça de vinho tinto para Sara e aceitou um whisky oferecido por DB.

—Hey, bugman! Vocês demoraram…  -Catherine saudou. 

—Estava cozinhando. -Ele sorriu orgulhoso. -Fiz legumes gratinados com aquele molho especial…

Catherine salivou. Adorava a comida do amigo. 

—Soube que fizeram um belo trabalho no caso Legace, e que seu mentor não vai querer se meter com vocês tão cedo. 

Grissom riu, mas foi Sara quem respondeu:

—Gerard já fez hora extra atrapalhando a vida de CSIs para enriquecer. Está na hora de dar lugar para novos rostos…

O entomologista concordou e pousou sua mão na perna da morena displicentemente. O olhar dos amigos acompanharam o movimento, mas nada disseram.

—Gerard foi um mentor excepcional. Trabalhei com ele desde meu último ano na faculdade de biologia. Ele me ensinou tanto… Era íntegro, ético, correto… -Grissom deu uma pausa, pensativo. -Ele se perdeu em algum momento…

—Meu mentor foi um homenzinho franzino, bem quieto e muito inteligente. Meu primeiro supervisor na Philadélphia. -DB relembrou com um sorriso. -Trabalhávamos a madrugada toda e só parávamos para comer sanduíche de atum com mostarda. Todas as noites.

—Sabor peculiar. -Sara comentou rindo.

—E seu mentor, Sara? Nunca nos falou muito sobre antes de chegar em Vegas… -Catherine questionou.

Sara sorriu sem jeito e trocou um olhar com Grissom.

—Bem, eu me formei em física em Harvard. Fui para Berkeley continuar os estudos. Comecei a trabalhar no laboratório de perícia local com a análise de materiais. Era bem nerd, mais que o Greg! -Os outros riram. -Meu supervisor não tinha muita gente para ir a campo, então me inscreveu em um congresso de ciência forense para que eu tivesse uma base para tentar como CSI nível 1. Lá eu conheci meu mentor.

—Ele era esquisito como os nossos? -Russell perguntou bebericando seu whisky.

Sara não conseguiu segurar uma risada antes de responder:

—Sem dúvidas ele é meio estranho. Uma vez me fez comer um gafanhoto! -Grissom ficou inquieto na cadeira. -Ele fez meus olhos brilharem em uma sequência de palestras sobre antropologia forense. Me ensinou muito em São Francisco, tirou minhas dúvidas mais bobas… E depois me trouxe para Vegas.

—Não acredito! -Brass ficou surpreso. -Você era a garota de Frisco?

Sara não entendeu e Jim continuou:

—Mandei um certo entomologista para um congresso em São Francisco e ele voltou um tanto quanto animado, dizendo que tinha conhecido uma jovem aluna que era brilhante.

Os amigos riram e olharam para Grissom, que respondeu tímido:

—Ela fazia muitas perguntas inteligentes. Precisava dessa curiosidade no laboratório. -Grissom deu de ombros e sorriu para a amada. -Ela usava rabo de cavalo.

Sara sorriu de lado e não se conteve:

—Gil me passou a paixão em ser CSI. Ainda trabalhei alguns meses em Frisco, até que o convite para Vegas chegou. Eu não poderia recusar!

—Se ele era seu professor, e você a aluna… como se tornaram amigos? -Cath perguntou perspicaz.

—Eu o convidei para jantar. -Sara disse simplesmente. -Não serei hipócrita em negar que ele era extremamente interessante. Passamos duas semanas ótimas e conversamos muito.

—Ela foi minha guia turística e gastronômica…

Catherine e Jim os observavam incrédulos, mas foi Russel quem fez a pergunta que pairava na mente deles:

—Vocês namoraram na época?

Grissom e Sara se entreolharam com um sorriso no rosto, lembrando daquele período intenso que viveram.

—Brevemente… -Grissom respondeu tomando um gole de sua bebida forte.

Mas antes que Catherine pudesse expor toda a sua curiosidade, foram interrompidos:

—Trouxemos alguns aperitivos! -Barbara e Jules surgiram carregadas de petiscos. 

—Boa noite, Sara e Gil! -Finn cumprimentou. -Barbara está me ensinando algumas receitas… Devo admitir que estou ansiosa pelo jantar.

Os CSIs se aproximaram formando um grande grupo ao redor da lareira. Brass e Grissom serviram mais bebida aos convidados, enquanto Russell colocava uma música ambiente para tocar. Ele mal se virou para os amigos e seu olhar se encontrou com o da esposa, convidando-a para dançar.

—É uma tradição da família Russell dançar nas festas de família… -DB esclareceu aos convidados. - Juntem-se a nós!

A filha de Russell se levantou com o marido, enquanto o filho puxou a jovem e tímida namorada. Brass, galanteador, convidou Catherine; Nick fez par com Finn e Morgan com Hodges. Greg chamou Sara, enquanto Grissom e Ecklie apenas observavam.

—Preciso contratar mais mulheres. -Conrad disse entre um gole e outro.

Grissom assentiu sem olhá-lo. Não conseguia tirar os olhos de Sara, que dançava animada com Greg. Longos minutos se passaram e a música terminou sob aplausos animados dos dançarinos.

—Coloca mais uma, DB! -Finn pediu entusiasmada. -Não é todo dia que tenho esse pé de valsa para dançar comigo!

Russell colocou outra música para tocar e voltou ao seu par. Nesse meio tempo, Grissom, que já estava na terceira dose de whisky, se levantou e foi até Sara.

—Com licença, Greggo… Você poderia ceder sua companhia para uma dança comigo?

Greg sorriu para Sara e viu que ela estava radiante. Sem pensar, estendeu a mão de sua amiga para o antigo supervisor e se afastou sem tirar os olhos deles. Os demais peritos também acompanhavam a movimentação sem discrição nenhuma.

Grissom se aproveitou da música lenta e juntou seu corpo ao de Sara. Segurou sua cintura, enquanto ela apoiou os braços sobre seu pescoço. A morena pousou sua cabeça no peito dele e eles passaram a balançar-se no ritmo, arrancando olhares apaixonados de Catherine e Julie.

—Eu não quero mais ir com calma e esconder isso deles de novo. -Gil sussurrou ao pé do ouvido dela. -Ainda mais depois da nossa tarde…

Ela se afastou o suficiente para encará-lo com a face corada.

—Ainda não sabemos como vai ser…

—Eu vou lecionar e trabalhar no laboratório… -Ele suspirou ao ver o largo sorriso que ela abriu. -Você vem em primeiro lugar, honey. Nunca mais sairei do seu lado. 

Os dois trocaram um olhar intenso e nem perceberam os amigos cada vez mais silenciosos para tentar ouvir a conversa íntima dos dois.

—Vamos retomar a nossa família? -Ele perguntou num sussurro.

Sara respondeu colando seus lábios nos dele. O beijo foi curto, mas carregado de significado para aquele casal. Logo os amigos começaram uma algazarra atrás deles, então ela se afastou de seus lábios e escondeu o rosto corado em seu peito.

Grissom, também envergonhado, mas munido de toda coragem que conseguiu reunir - e com certo incentivo do whisky - afastou Sara o suficiente para que ela pudesse olhá-lo nos olhos. Com um sorriso de canto, ele perguntou, agora em um tom que todos puderam ouvir:

—Honey, você aceita se casar comigo mais uma vez?

Os amigos, que já não dançavam mais, prenderam a respiração e Catherine já fazia força para segurar as lágrimas e a animação. Sara sorria abertamente ao responder:

—Nada me faria mais feliz.

Grissom sorriu de lado com satisfação e acariciou o rosto dela com seu polegar. Sara repetiu o gesto no rosto dele e eles se aproximaram aos poucos, se rendendo a um longo beijo apaixonado. As lágrimas de alegria já corriam pelos olhos de Catherine, enquanto Greg e Nick sorriam satisfeitos; Morgan e Julie emanavam uma alegria quase adolescente e até Ecklie se rendeu a um sorriso contido.

Grissom abraçou Sara com todas as forças quando seus lábios se distanciaram. Os amigos aplaudiam os dois e comemoravam da alegria daquele casal tão inusitado e perfeito. Brass, como um verdadeiro líder do clã, ergueu seu copo e chamou a atenção dos amigos:

—Um brinde em Ação de Graças por esses dois cabeças-duras que adoramos! Que eles sejam muito felizes! Ao Grissom e à Sara!

Os demais acompanharam Jim no brinde que selava a união e o comprometimento daquele casal que jamais se separaria novamente.


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