Afrodite segue fitando Shaka após o cavaleiro de Virgem citar o mito do décimo terceiro cavaleiro de Ouro.

— Do que você está falando?

— Eu estou falando da história da ressurreição do décimo terceiro cavaleiro, o cavaleiro de Serpentário! Eu tenho uma evidência muito preciosa.

Afrodite ri de Shaka, o deixando sem entender.

— Acho que o veneno das minhas rosas afetaram seu juízo Shaka. Ninguém vai acreditar na ressurreição do cavaleiro de Serpentário. Onde ele está então? Nunca vi esse homem em lugar nenhum desse Santuário.

Shaka encara Afrodite com Athena bebê no colo.

— Você sabe muito bem onde ele está Afrodite. Creio que não tenha ninguém nesse Santuário que não saiba quem é esse homem.

— Isso é uma bobagem. Não tem como, esse homem está morto há muito tempo! Está querendo dizer que seria ele o décimo terceiro cavaleiro de Ouro?— Afrodite começa a ficar tenso.

Shaka é tomado pela hemorragia. Ele já está sem forças pelo efeito das rosas. Ele cai desacordado. Afrodite pega Athena do colo de Shaka.

— Agora chegou o momento de Athena morrer!

CASA DE CÂNCER

Máscara da Morte e Vermeer já estão na quarta casa.

— Agora estamos no interior das doze casas. – Revela Máscara da Morte.

— Ótimo. Já vamos partir para a quinta casa e isso ajudará muito em chegar mais rápido até Athena! – Diz Vermeer.

Máscara da Morte concorda balançando a cabeça positivamente.

— Exatamente. E o cavaleiro da próxima casa, Leão, é o Aioria e com certeza ficará no caminho.

— Não tem problemas. O mataremos!

Máscara da Morte para de andar e Vermeer estranha.

— O que foi?

— Senti um cosmo estranho e poderoso entrando nessa casa.

— Eu também. – Revela Vermeer olhando pelo local.

Os dois percebem uma aproximação. Máscara da Morte toma a frente.

— Quem é você?

— Sou Ikki, o cavaleiro de Bronze de Fênix!

Máscara da Morte o encara. Ikki fecha os olhos.

— Essa casa tem uma atmosfera muito pesada como já imaginava.

— O que quer aqui? – Pergunta Máscara da Morte.

— Quero chegar até Athena. Estou aqui para protegê-la.

Máscara da Morte fecha os olhos.

— Daqui não passará. Eu não deixarei.

— Deixe esse sujeito aí Máscara da Morte. Não passa de um cavaleiro de Bronze, a mais baixa categoria entre vocês. – Diz Vermeer.

Máscara da Morte vira de costas e olha para Vermeer.

— Foram dois cavaleiros de Bronze, uma garota e um garoto, que me fizeram ficar trancado naquele caixão. Posso me vingar nesse daqui.

Ikki fica tenso ao escutar o que Máscara da Morte disse.

— Será que ele está se referindo a Shun e June?

Vermeer olha para a saída da casa de Câncer. Ele começa a andar.

— Então fique aí que eu me viro e chego na casa de Leão.

— Não, você não sairá daqui.— Responde Máscara da Morte.

Vermeer se vira e olha para Máscara da Morte.

— Como é?

— Ninguém sai daqui sem minha autorização. Tenho que acompanhá-lo porque ainda não decidi se vou me aliar a Hades.

Vermeer se aproxima de Máscara da Morte irritado.

— Como você se atreve?

— Me diga onde está Hades nesse momento? Eu nem sei como ele virá a Terra. Assim como Athena não possui a verdadeira força. Então eu prefiro continuar aliado com quem já estava.

Vermeer eleva seu cosmo e olha com ódio para Máscara da Morte.

— Então te matarei para seguir cretino.

— Negativo. Eu vou mandar vocês dois para o mundo dos mortos. Recebam o “Ondas do Inferno”.

— Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh...

Ikki e Vermeer são tragados. Os dois despertam no Yomotsu. Máscara da Morte sorrindo surge e encara os dois.

5 PICOS DE ROZAN – CHINA – 1990

Shiryu está levando sua vida normal após o fim da guerra Santa contra Hades. Ele está cuidando do cultivo das terras dos 5 Picos quando se surpreende com a presença de Hyoga com sua urna nas costas.

— Hyoga, você veio para cá?

— Preciso que você me acompanhe. Preciso falar sobre o Seiya.

— Aconteceu algo com o Seiya? – Pergunta Shiryu.

Hyoga conta como Seiya regressou do Submundo com a maldição da espada de Hades e da ação de Saori. Shiryu revela a Hyoga que não pode mais lutar, mas não é por causa dos seus olhos, que já estão bons, mas sim porque agora ele trabalha no cultivo da terra. Hyoga se lembra de tudo o que eles já passaram juntos em intensas batalhas e insiste para Shiryu seguir com ele, pois se eles não fizeram nada Seiya irá morrer.

— Perdão Hyoga, mas tudo isso para mim pertence ao passado. Não está mais ao meu alcance nada que se refere a lutar.

Hyoga perde a paciência e pega Shiryu pelo colarinho da camisa dizendo que está decepcionado. Shiryu diz para Hyoga bater nele se isso o fizer sentir melhor. Nesse momento Shunrei surge chamando Shiryu para tomar um chá. Ela está com um bebê recém-nascido no colo. Ela cumprimenta Hyoga e o bebê começa a chorar em seu colo.

— O que foi meu pequeno Shoryu? – Pergunta Shunrei.

Shiryu pega o bebê no colo e brinca com ele, dizendo que homens não choram. O bebê para de chorar e Shunrei sorri.

— O Shoryu realmente ama você Shiryu. Você sempre o faz parar de chorar.

Hyoga avista tudo com feição séria. Ele se retira do local e Shunrei estranha. Shiryu diz que eles devem deixá-lo ir embora. Já um pouco distante Hyoga está deixando os 5 Picos.

— Shiryu lutamos juntos até a morte por tantas vezes. Agora você quer seguir outro caminho. Bom, talvez assim você possa ter uma vida pacífica. Certamente nunca mais nos encontraremos de novo. Adeus meu amigo.

Hyoga deixa os 5 Picos. Pouco mais tarde, Shiryu está com a bengala do seu mestre em frente ao pico que ele sentava. Ele começa a chorar se lembrando do Mestre Ancião.

— Está chorando por quê? Que frescura é essa?

Shiryu estranha alguém surgir no local. Ele avista um homem se aproximando.

— Quem está aí?

— Eu sou Tohma, um anjo guerreiro de Ártemis!

Shiryu se levanta e encara Tohma.

— Um anjo? O que faz aqui?

Tohma revela a Shiryu que está perseguindo Hyoga, mas que seu alvo é Seiya. Como Seiya está inválido ele pode se livrar dele a qualquer momento, mas tem coisas a resolver com Hyoga. Tohma diz que tem pena de Hyoga por achar que Shiryu era seu amigo. Tohma acerta um soco na cara de Shiryu.

— Ouça bem seu covarde. Todos no Santuário de Athena estão intensificando esforços para tentar salvar esse Seiya. Embora sejam meus inimigos, eu respeito tal amizade. Mas você só se preocupa com o próprio bem-estar, deveria ter vergonha.

Tohma profere essas palavras dando socos em Shiryu até derrubá-lo da cachoeira. Tohma olha para a bengala do velho mestre e estranha Shiryu estar chorando segurando ela. O anjo se retira dizendo que se livrará de Hyoga.

Shiryu está caído na cachoeira, onde está sendo banhada sua armadura de Dragão. Ele começa a se lembrar de tudo o que passou com seus companheiros. Ele sente remorso e arrependimento. Pouco mais tarde, ele volta para casa com sua urna nas costas e se aproxima de Shunrei que está com Shoryu.

— Shunrei me perdoe, mas eu tenho que ir. Meus amigos precisam de mim.

— Eu compreendo. A paz ainda não está garantida né? Mas tenho certeza que em breve viveremos em paz...

Shiryu pega Shoryu no colo e relembra que Shunrei o encontrou nas montanhas daquele lugar e que ele era também um órfão. Ele pede para o garoto se tornar um homem forte e viril. Shiryu vai embora e chorosa Shunrei o deseja sorte.

— Eu por um momento fiquei surdo a tudo o que estava acontecendo. Mas eu já despertei. Meu mestre estou indo novamente para a batalha. Vou seguir lutando pela nossa amizade!

SANTUÁRIO – GRÉCIA

SALA DO GRANDE MESTRE – 1982

Afrodite leva Shaka e Athena até a sala do Grande Mestre. O Grande Mestre ainda está rondando a sala.

— Grande Mestre, te trouxe Athena e Shaka.

— Já era tempo. Por que demorou tanto?

— Tive muita dificuldade para superar as ilusões de Shaka, mas ele não chegaria longe vitimado das minhas rosas diabólicas. Agora eles estão aqui, quer que eu os mate na sua presença?

O Grande Mestre olha para os corpos de Shaka e Athena no chão, jogados por Afrodite.

— Mas o que é isso?

— Como pode ver, são os corpos de Shaka e Athena.

O Grande Mestre se altera e grita com Afrodite.

— Seu idiota, olhe direito!

Eram apenas pedaços de rochas que estavam ali no local. Afrodite fica pasmo.

— Não pode ser! Eu vigiei por todo o momento Shaka e Athena!

— Você foi enganado por uma ilusão Afrodite. Shaka conseguiu escapar com Athena. Vá logo, você deve matá-los, não precisa nem trazer até aqui, mate-os.

Afrodite sai correndo. O Grande Mestre não consegue esconder sua insatisfação.

CASA DE LEÃO

Kevin retorna a quinta casa correndo e avista um pouco atrás uma fumaça. Acabou de ocorrer uma grande explosão.

— Preciso ir até lá ver o que aconteceu.

June chega correndo e grita por Kevin e ele a olha.

— June você... Voltou também.

— Sim. Vamos rápido ver o que aconteceu. Preciso de sua ajuda mais a frente.

Kevin e June se aproximam dos escombros.  Logo eles enxergam Aioria apoiando o corpo de Suikyo.

— Aioria! – Exclama June.

Kevin se aproxima com os olhos cheios de lágrimas.

— Kevin, olhe bem. Esse é o rosto de um homem. Um verdadeiro homem!

A armadura arroxeada de cavaleiro fantasma deixa o corpo de Suikyo. Aioria olha para o alto.

— Suikyo enfim você está livre do que te afligia.

Aioria volta a olhar para June e Kevin e avista a urna nas costas de Kevin.

— Kevin o vista. Vista Suikyo com a armadura que ele deveria vestir.

Kevin balança a cabeça positivamente. Ele abre a urna e retira a armadura de Prata de Taça. Ele coloca as peças no corpo do falecido Suikyo.

— Assim deve ser. Como imaginei a armadura de Prata de Taça combina perfeitamente com Suikyo. – Diz Aioria.

Aioria vira de costas. Kevin e June o olham surpresos.

— Escutem garotos. Eu pude escutar a voz do coração de Suikyo.

— A voz do coração? – Estranha June.

— Sim e depois de ter escutado essa voz eu pude entender algumas coisas por trás das atitudes dele. E posso os garantir que vários cavaleiros de Ouro a partir de agora podem trair Athena!

Kevin e June ficam abismados com o que acabaram de escutar.