Após suportar a Cápsula do poder, Suikyo ataca Aioria com fúria, que desvia.

— Esse homem é muito poderoso, mais do que se possa imaginar. E pensar que ele era um cavaleiro de Prata. Por que ele terá traído Athena?

Aioria volta a atacar Suikyo, que cai da escadaria. Nesse momento June chega na casa de Leão e avista Suikyo ferido desmaiado. Aioria a avista chegando e estranha.

— Quem é você?

— Eu me chamo June de Camaleão, sou uma amazona de Athena do futuro.

Aioria olha incrédulo para a amazona.

— Do futuro? Essa história é absurda demais para ser verdade. Não posso acreditar nisso.

— Sei que é absurdo Aioria, mas tenho que chegar até a deusa Athena e auxiliar Shaka.

— Você sabe meu nome? Quer auxiliar Shaka?

Aioria fica olhando a garota e percebendo que de fato ela sabe de bastante coisa.

— Garota só te aviso uma coisa. Quem quiser passar por essa casa terá que me derrotar.

June lamenta. Ela eleva seu cosmo.

— É o meu momento de me superar. Tenho que chegar até Athena: “Chicote do Camaleão”.

O chicote trava na frente de Aioria e cai no chão sem ação nenhuma.

— Que ridículo. Esse seu chicote nem consegue se aproximar de mim. Quer que eu acredite mesmo que você atravessou o espaço-tempo vindo do futuro?

Os ataques de June seguem sendo em vão. Aioria faz seu chicote se voltar contra ela, e June é chicoteada.

— Esses golpes na velocidade da luz... Não sou capaz de avistá-los.

— Enfim compreendeu. Sou um cavaleiro de Ouro mocinha. Vá embora e não te acontecerá mais nada.

June se nega a ir embora. Aioria eleva seu cosmo e se prepara para atingir June fatalmente. A amazona se levanta e consegue prender o braço de Aioria com seu chicote.

— Como foi possível? Essa garota conseguiu atingir um golpe na velocidade da luz?

— Não, eu não consegui. Mas você hesitou. Está com dúvidas. Você sabe que eu posso estar falando a verdade. – Responde June. – Sei que você é uma pessoa justa e que sofreu por seu irmão ter sido chamado de traidor do Santuário por anos.

Aioria abaixa a cabeça com as palavras de June.

— Isso muito me envergonha.

— Não se envergonhe. Seu irmão jamais foi um traidor.

Aioria abre os olhos e encara a garota.

— Como é que é?

June abaixa a cabeça.

— Como eu sou uma tola. Eu não posso falar coisas do futuro aqui no passado!

Aioria ergue seu punho e ameaça June.

— Você vai ter que falar do que está falando senão serei obrigado a te eliminar!

— Espere! – Alguém interrompe os dois.

Era Kevin quem surgia no local.

— Cavaleiro de Leão sempre ouvi falar do seu espírito de justiceiro. Será que não consegue enxergar a verdade? June é uma legítima defensora de Athena e quer protegê-la assim como eu.

June se aproxima de Aioria.

— Eu vim trazer uma mensagem de Mu de Áries.

— Mensagem do Mu? – Estranha Aioria.

June balança a cabeça positivamente.

— Sim. Afrodite de Peixes e o Grande Mestre são traidores, tentaram matar Athena que voltou a ser um bebê. Shaka a salvou e mandou um recado telepático para Mu.

Aioria não acredita no que ouve June falar.

Suikyo se levanta e parte para cima de Aioria. Aioria segura o braço do cavaleiro fantasma e olha para June e Kevin.

— Agora vão embora daqui! – Grita Aioria.

— Aioria! – Exclamam June e Kevin.

Aioria responde olhando para Suikyo.

— Vão logo, já disse, vão proteger Athena!

June e Kevin sorriem por Aioria enfim confiar neles.

— Tudo bem, nós vamos ir proteger Athena!

Kevin olha para seu mestre, que evita olhá-lo. June puxa o cavaleiro de Lince pelo braço. June e Kevin partem. Suikyo se desprende de Aioria e o acerta com um soco na cara. Ele se prepara para atacar Aioria com o que tem de forças.

— Morra: “Lanças de gelo da Lótus Branca”.

— Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhh...— Aioria é jogado dentro de sua casa e fica cravado congelado em um pilar.

Suikyo sente dores por todo o corpo. Ele sabe que está em uma situação complicada. Aioria já está novamente em pé e respira fundo.

— Eu te derrotarei cavaleiro traidor! Você pagará por trair Athena!

— Eu vou te derrotar para ir até Athena! – Responde Suikyo.

Aioria e Suikyo trocam socos. O cavaleiro de Leão acerta um soco na barriga do cavaleiro fantasma. Suikyo cai no chão sentindo dores, principalmente no seu braço esquerdo.

— Mas que dor é essa no meu braço?

— Sem dúvidas isso foi causado quando você lutou na casa de Touro. Ou acha que sairia de uma luta com Aldebaran sem sequelas? Seu braço foi praticamente espatifado por Aldebaran.  – Explica Aioria.

Mesmo com dor Suikyo tenta disparar contra Aioria, que segura a sua mão.

— Não lhe sobrou mais nenhuma força cavaleiro fantasma.

Suikyo sente seu corpo cedendo. Ele olha fixamente para Aioria.

— Então venha e me mate!

— O que? – Aioria se surpreende.

Suikyo concentra o que lhe resta de energia.

— Se você não me matar, eu irei te matar.

Aioria olha tenso para Suikyo.

— Vejo uma garra nesse homem... Ele não parecer ser um inimigo. Ele está procurando a morte. E devo dar isso a ele...

Suikyo dispara o resto de sua energia e começa a sangrar sem parar.

— Darei minha vida nesse golpe: “Tempestade Giratória das Cem Lanças de Gelo”.

— Adeus Suikyo: “Relâmpago de Plasma”.

A potência dos golpes se colide. Uma grande explosão na casa de Leão é escutada por todo o Santuário.

June e Kevin estão nas escadarias rumo à casa de Virgem e escutam o estrondo.

— O que foi isso June? – Questiona Kevin.

— Parece que alguém acaba de morrer na casa de Leão! – Responde a amazona.

Kevin se desespera e sai correndo para voltar para a casa de Leão.

— Kevin!

June fica dividida se segue para a casa de Virgem ou se vai atrás de Kevin de volta à casa de Leão.

CASTELO DE HADES

Vermeer se aproxima de Macária que está bastante quieta.

— O que está acontecendo senhora Macária?

— Me parece que Suikyo sucumbiu. Ele não cumpriu sua missão, eu imaginava isso.

Vermeer se vira de costas.

— Senhora Macária eu sei como agir. Tenho como pegar um atalho e continuar a missão que era daquele incompetente do Suikyo. Deixe comigo.

YOMOTSU

Máscara da Morte desperta dentro do omertá. Ele não consegue deixar o caixão.

— Aqueles malditos! Eu como cavaleiro de Câncer devo fazer algo para sair daqui.

O cavaleiro sente o caixão caindo.

— Não pode ser! Se eu cair dentro do precipício da Colina do Yomotsu eu irei morrer!

Alguém detém a queda do caixão e o abre. Máscara da Morte avista quem abriu.

— Mas quem é você?

— Sou um cavaleiro fantasma. Não tem o porquê você ficar surpreso. Aqui é o poço onde leva o mundo dos mortos, como um seguidor de Hades tenho acesso aqui com facilidade. Pode-se dizer que aqui é o espaço que separa a Terra do Submundo.

Máscara da Morte sai de dentro do caixão bastante sério.

— Independente disso a barreira de Athena deveria impedi-lo de chegar até aqui.

— Sim, mas a barreira de Athena está enfraquecida. Eu sou Vermeer de Morcego e estou aqui para matar Athena. Te resgatei pois sei que você é um traidor, quero fazer um acordo contigo.

Máscara da Morte encara Vermeer o medindo com os olhos.

— Que tipo de acordo você está falando? E como a barreira de Athena enfraqueceu?

— O cosmo de Athena se encontra afetado por um tipo de neblina e com isso a barreira enfraqueceu. É como se ela estivesse perdida em algum lugar. Mas mesmo com o cosmo enfraquecido dela eu não posso seguir adiante além daqui. Então quero que me sirva de guia pelas doze casas. Se o fizer o senhor Hades assim que despertar totalmente irá te recompensar. Mas se recusar voltará para aquele caixão e te jogarei naquele buraco.

Máscara da Morte vira de costas a Vermeer.

— Muito bem. O guiarei pelas doze casas.

Máscara da Morte e Vermeer deixam o Yomotsu.

CASA DE PEIXES

Shaka olha para trás em direção à sala do Grande Mestre.

— Acredito que Afrodite ficou preso na minha ilusão. Todo esse tempo ele não conseguiu atravessar até aqui. Mas usei muita energia para impedi-lo eu estando ferido por conta dessa rosa branca e do efeito das rosas diabólicas.

Shaka sente o estrondo na casa de Leão.

— Aquele Suikyo... Tinha tanta determinação, só não entendi qual era na verdade seu objetivo. Será ele era mesmo um traidor? Será que de fato estava aliado a Hades?

O cosmo da bebê Athena brilha no colo de Shaka. O cavaleiro de Virgem se surpreende.

— O cosmo de Athena parece que salvou alguém... Será Suikyo? Mas porque ela salvaria alguém que adentrou as doze casas para matá-la? Athena deve ter dúvidas nas intenções de Suikyo, que ainda são um mistério! Ela guiou Suikyo de alguma forma até as proximidades da casa de Virgem, no jardim das árvores gêmeas. Será que ela guiou apenas a alma de Suikyo?

Pétalas começam a cair na casa de Peixes. Shaka pega algumas delas com alguns dizeres.

— São pétalas das árvores gêmeas, como elas vieram parar aqui? Elas estão trazendo uma mensagem de sangue. É algo escrito por Suikyo... Será que aqui está escrito o que está por trás de sua intenção?

Shaka lê a mensagem e fica abismado.

— Não pode ser! Se essa lenda realmente for verdade, então não apenas as doze casas, mas... O Santuário todo será destruído!

Shaka percebe alguém adentrando a casa de Peixes vindo da saída. Era Afrodite com uma rosa na mão.

— Já não pode mais fugir Shaka. Sua ilusão é muito poderosa, mas o caminho da minha casa eu conheço muito bem.

— Afrodite!

— Prepare-se para morrer junto com Athena! – Ameaça o cavaleiro de Peixes. – Receba as “Rosas Diabólicas Reais”.

Shaka é atingido com o ataque assassino de Afrodite. Logo o cavaleiro de Peixes não o avista mais.

— Ele desapareceu!

— Estou aqui Afrodite! Escute o que tenho para falar!

Shaka aparece atrás de Afrodite. O cavaleiro de Peixes se vira.

Afrodite volta a atacar, mas Shaka faz o mesmo truque, aparecendo do outro lado. Ele insiste para Afrodite escutá-lo.

— Agora mesmo algo terrível vai despertar no Santuário. Você já deve ter escutado falar da história lendária da décima terceira casa.

Afrodite olha desconfiado para Shaka.

— Afrodite estou falando da história lendária... O mito do décimo terceiro cavaleiro de Ouro!

Afrodite olha sério para Shaka.