Minha Jornada e Vida em Outro Mundo (Isekai) escrita por Blight Mansion


Capítulo 10
Um reencontro Inesperado




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Um mês havia se passado desde aquela missão de mineração acabou que tudo deu certo e os mineradores conseguiram fazer o seu trabalho, é claro que alguns monstros apareceram depois de um tempo após aquele nosso alvoroço lá dentro mas conseguimos dar conta de todos até daqueles que não conseguíamos ver.

Claro que aquele lugar era bem grande mas o trabalho de mineração havia sido feito quanto ao reconhecimento feito pelo Senhor Marc a mina foi oficialmente inserida no mapa da guilda e classificada para aventureiros veteranos, eu descobri que eles tem um mapa diferente para aventureiros nele mostra possíveis lugares com minérios valiosos ou cavernas inexploradas mas eu acho que esse mapa talvez seja um pouco inútil afinal esses lugares provavelmente já devem ou já foram explorados estou apenas presumindo claro que essas minas são boas para quem procuram alguma coisa.

Recebemos aquela recompensa mesmo com o valor bem baixo e tendo feito um certo trabalho extra, Senhor Marc fez questão de colocar nosso nome na lista de recomendações de aventureiros, um tipo de tabela com o nome de aventureiros que realizam a comissão no prazo em que foi pedido e sem faltas, segundo ele é o mínimo que ele pode fazer para nos compensar por toda essa ajuda e também alguns mineradores que nós salvamos nos deram alguns minérios para nós e também alguns desses cristais claro que nós negamos no começo mas queriam nos dar como uma forma de agradecimento por termos ajudado eles, como não tivemos escolhas nós aceitamos.

Ainda ganhamos uma carona para a cidade mais próxima os outros seguiram rumo à Capital. Pensei que iríamos vender esses minérios afinal nós dois não poderíamos fazer nada com isso no momento, foi o que fizemos com o carvão e o ferro prateado como estavam em estado bruto o valor que os comerciantes nos propuseram era bem baixo do que seria se estivessem refinados mesmo assim aceitamos aquela pechincha.

Os cristais por outro lado levamos para a Guilda acontece que cada aventureiro da classe Dourada para cima tem o seu próprio cofre para armazenamento de itens, faz sentido que eles tenham esse privilégio afinal como um aventureiro experiente levaria todo o seu tesouro para todo o lado seria impossível não é mesmo.

Os cofres no entanto já não eram surpresa eram mágicos, nossos medalhões da guilda serviam como chaves para os mesmos como eu estava em grupo com Mestre Kenny nós dividíamos um único cofre eles não eram muito grandes pelo menos aqueles que ficavam a mostra a recepcionista da guilda dessa cidade disse que os "cofres maiores" ficam na Capital então já imagino o seu tamanho.

Ele colocou o seu medalhão em um deles e girou e o cofre havia sido aberto colocamos aqueles cristais lá não podíamos vender afinal eles poderiam ter algum uso para nós futuramente então é melhor deixá-los quietos por enquanto e guardados em um lugar seguro.

É interessante que um tipo de armazenagem desse tipo exista perguntei como isso era possível e a única explicação era um tipo de feitiço de realocação de itens de maneira extradimensional...É claro que não entendi nada com essa explicação, de maneira simplificada os itens precisam de um lugar para ser armazenado mas mesmo armazenando nesse cofre poderíamos acessá-los em qualquer outra filial da guilda por todo o país com os nossos medalhões, mas graças as memórias da minha vida anterior isso me lembrou muito aqueles armazenamentos em nuvem de arquivos de computador mas de maneira mais física. Magia é bem conveniente não!

Colocamos algumas moedas ali também o Mestre me aconselhou fazer isso ocasionalmente para ter um fundo de garantia caso seja necessário e também não ser assaltada por algum bandido, ele é bem desconfiado me falou que andar com muito dinheiro por ai não é recomendado pode atrair maus olhares.

Essa foi uma das dicas que recebi durante esse tempo que se passou tenho aprendido muitas coisas com Mestre Kenneth além de treino com espadas, e por falar nelas estou pegando o jeito com as técnicas que ele me ensinou.

Em um lugar isolado perto de uma cachoeira em meio a uma floresta a garota estava treinando junto ao seu Mestre, ambos com a espada em mãos e ela estava com os olhos vendados. O homem rodeava em volta dela com sua espada em mãos.

Esse lugar foi escolhido para dificultar no meu treino, o som dos ventos batendo nas árvores e da água corrente fluindo por essa cachoeira é o ambiente perfeito para treinar. Estou aprimorando aquela minha...como posso dizer "Técnica Especial" acho que é algo melhor do que "Técnica Única e Avançada de Esgrimista" um nome exageradamente grande eu diria. Acontece que muitos que utilizam a mana como eu e o Mestre tem uma tendência a desenvolver algum tipo de técnica única tanto para ataque quanto para defesa, no caso dele é aquela que ele mesmo chamou de Sentença Final, sim ele quem nomeou a sua própria técnica e não tem vergonha de admitir isso.

Esse ataque muitas das vezes era utilizado para dar o fim a um monstro com um golpe certeiro em seu ponto fraco, porém ele mesmo me falou que essa técnica assim como qualquer uma possuí falhas a maior de todas é claro a detecção do ponto fraco de uma criatura, se ele não fosse um aventureiro experiente provavelmente teria trabalho para fazer isso ele disse que treinou muito para desenvolver essa técnica que hoje a executa com perfeição. Ele também diz que mesmo que essa técnica não tenha a intenção de acertar um ponto fraco graças ao seu impacto pode forçar o recuo de seu oponente, ele sempre alimenta a ideia de que em algum momento eu terei que ter isso em mente quando for lutar com uma pessoa afinal não são como monstros que se defendem por instinto e reflexo.

Eu por outro lado com um pouco de inspiração nele pensei em desenvolver a minha própria técnica.

A garota estava posicionada em uma postura defensiva, após ele achar uma posição perfeita para o ataque ele o executa tomando uma postura rápida ele se aproxima furtivamente da garota.

Arte da Espada: Zéfiro

Quando estava para receber o ataque Anne rapidamente se defende com um corte rápido que força seu mestre a se defender de seu contra-ataque.

— Consegui! - Comemorou Anne -

— Você realmente pega o jeito bem rápido.

— Mas precisava mesmo vendar o meu olho?

— E qual graça isso teria? Você apenas iria ver onde eu estava e iria contra-atacar, e também serve para expandir os limites da sua técnica e então como foi defender aquele ataque vendada?

— O som desse lugar eu não conseguia escutar os seus passos por causa disso mas mesmo assim foi como se eu pudesse vê-lo em minha direção.

Ele tinha razão graças a dificuldade de não enxergar nada fora que eu também não podia depender da minha audição eu tive apenas que confiar em meu instinto e me defender utilizando minha técnica.

Arte da Espada: Zéfiro ou apenas Zéfiro é um ataque que utiliza as 4 das posturas das técnicas marciais combinando defesa com ataque e agilidade eu posso desferir um contra-ataque rápido posso utilizá-la de duas formas se estiver em combate e um inimigo se aproximar posso utilizar ela para detectá-lo e me defender como fiz agora há pouco e no outro caso eu posso fazer esse mesmo processo mas ao invés de contra-atacar para me defender um golpe é desferido rapidamente em uma direção e estou desenvolvendo uma outra variação desta técnica mas ainda assim exige um certo esforço para aprimorá-la.

O maior problema é o seu alcance mesmo dominando a minha mana ainda assim é uma técnica com espada o meu alcance de detecção mesmo sendo mediano meu ataque é efetivo em uma zona bem curta ou seja é apenas para defesa corpo-a-corpo ainda tenho que treinar muito se quiser me defender de um ataque a distância com essa mesma habilidade.

— Agora você sabe o motivo um pouco de desafio faz você se empenhar mais.

— É nisso você até que tem razão. E então hoje acaba a folga das aventuras?

— *Suspira* Você não pode ficar parada por um momento não é? Não fica exausta depois de todos aqueles trabalhos?

— Um pouco mas eu conheci alguém que me disse que mesmo assim alguém tem que fazê-los.

— É mas talvez esse alguém queira corrigir a sua frase acrescentando algo como "as vezes merecem uma pausa bem merecida".

— É claro.

Depois daquele dia na recém descoberta mina de cristais nós temos feito alguns trabalhos extras a parte. Não há muito o que falar quanto a isso, alguns trabalhos são fáceis e um tanto ridículos talvez seja porque as comissões mudam dependendo da cidade, em Yort as comissões eram mais relacionadas a monstros pelas redondezas por aqui tem aquelas que parecem um tanto ridículas para não dizer absurdas como achar um gato perdido, sim fizemos uma missão dessas por aqui falando assim parece até besteira mas é real.

Mas mesmo fazendo vários trabalhos para a Guilda ainda não somos reconhecidos para mim não é problema algum muito menos para o Mestre é bom não chamar a atenção para variar, mas ao invés disso como Senhor Marc colocou nossos nomes na lista de reconhecimento diversos trabalhos específicos como esses vem aos nossos ouvidos, é uma maneira bonita de dizer que são trabalhos que até mesmo aventureiros um rank acima do nosso não querem fazer.

E por falar nisso ,nossos ranks ele subiu para a posição de Aventureiro Dourado 1 mais uma vez conseguiu pular uma posição, eu por outro lado sai de Aventureira Ferro 1 para Bronze 2 o que foi um salto eu diria mais um trabalho eu talvez suba direto para o rank de prata mas vamos em passos pequenos.

— Bom, vamos indo então.

— Hm?

Ele faz um movimento rápido com as mãos fazendo sua espada girar passando rapidamente para a outra mão.

— Como você fez isso?

— Isso? É apenas um truque não é nada de mais.

— Nada de mais? Isso foi...bem legal. Por que não me ensina ele?

Ele apenas sorri e vai andando.

— Hey! Você tem que me ensinar isso alguma hora!

==========

==========

A cidade não era muito longe de onde estávamos aqui era um ponto isolado diferente de Yort a paisagem aqui é bem mais verde e aberta. A Cidade de Velt diferente da outra que era dentro de um penhasco essa era visível aos olhos mas ela não era tão grande assim mas ainda assim é bem mais aconchegante.

Graças as minhas memorias seu estilo me lembrou muito aquelas antigas cidades medievais e olhando melhor agora entendo a utilidade decorativa daqueles cristais as janelas da maioria das casas eram de cores bem chamativas acho que depois que o cristal é polido ,refinado e modelado os vidros feito com eles ficam muito bonitos.

Essa até mesmo havia um chafariz no centro é claro que funcionam de uma maneira bem diferente dos que existem no meu mundo, e parece que é feito de porcelana é realmente bem lindo e o salão da guilda é bem destacado não diria que é um tipo de monumento mas comparado com o de Yort este está bem mais vistoso e diferente de lá não é muito cheio de aventureiros mas não vou julgar toda cidade em que passar se eu comparar uma com a outra é total perda de tempo afinal cada uma tem um padrão diferente.

— Que tal uma pausa por aqui antes de voltarmos a ativa.

O homem aponta na direção de uma taverna.

— Sério? Já vai visitar um lugar desses a essa hora?

— Eu soube que o dessa cidade é um dos melhores uma pena que como são exportadores o seu estoque não dura muito mas hoje não perderei tempo. - disse o homem orgulhoso -

— Por que não , estou com um pouco de fome mesmo, você paga dessa vez.

— Pode deixar.

A dupla entra no local não estava muito cheio havia apenas algumas pessoas eles se sentam em uma mesa aos fundos e ambos pedem uma refeição e Kenneth pede um copo do vinho que tanto desejava.

— Você não tem ideia de quão bom isso é. - disse ele enquanto tomava um pequeno gole de seu vinho. -

— Ainda bem que não só não exagere que da última vez eu tive que te arrastar pelo chão.

— É eu estava bem animado naquele dia.

— Se for pra ficar daquele jeito eu nem penso em experimentar isso quando for mais velha.

— Você é quem perde, mas vamos compartilhar uma garrafa quando for a ocasião o que acha?

— Não eu passo.

— Cruel.

Enquanto ambos estavam conversando e aproveitando da refeição uma mulher com um chapéu de bruxa entrava na taverna. Ela se senta em um dos bancos do balcão e pede apenas uma bebida.

— Vamos indo então?

— O que? Não dá tempo de mais um copo?

— Da última vez que você falou isso tomou uma garrafa inteira.

— Quando a bebida é boa deve tomá-la até o final.

— Tá bom...só não vai exagerar dessa vez ok?

— Eu juro que não irei exagerar dessa vez - disse juntando as duas mãos

Anne sai antes dele o deixando para trás. Ele então se aproxima do balcão em direção ao barman

— Mais um copo por favor!

Ele falou essa mesma frase ao mesmo tempo que outra pessoa.

— Essa voz...

Ele olha para o lado rapidamente e a outra pessoa também ambos se entreolharam.

— VOCÊ!

— Quer saber deixa pra lá.

Rapidamente o homem deixa as moedas em cima do balcão e sai de lá as pressas.

— Garota, vamos rápido. - disse enquanto empurrava a garota -

— E-eh por que a pressa?

— Nada de mais só...

— Kenneth Redwood!

— Por isso, droga.

Ele tentou correr mas seu movimento ele tropeça em uma videira que rapidamente brotou do chão graças aquela mulher.

— Hey! Qual é a sua? - disse ele ao tropeçar. -

— Eu é que devia falar isso com você! Que história é essa de sumir por um ano inteiro?

Os dois estavam discutindo ao ponto quase saírem na mão um com o outro.

— É...quem é ela? - perguntou Anne curiosa. -

Continua...

 


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