Werewolf : A escolhida escrita por Alina Black
— O senhor também necessita de uma assistente para comprar um aparelho celular?
Perguntou Renesmee ao me acompanhar pela loja de eletrônicos, a olhei de soslaio e ignorei sua pergunta parando diante de alguns aparelhos – Posso ajudá-los? A moça de uniforme e cabelos presos em um rabo de cavalo perguntou com um sorriso gentil, Renesmee retribuiu ao gesto e olhou para os demais aparelhos.
— Esse modelo é um MI 9? Perguntei mostrando o aparelho a minha frente.
— Sim senhor – Respondeu a moça retirando o aparelho da vitrine – é um smartphone Android avançado e abrangente em todos os pontos de vista com algumas características excelentes. Tem uma grande tela de 6.39 polegadas com uma resolução de 2340x1080.
Escutei a explicação da vendedora observando Renesmee se afastar e olhar os acessórios para celulares, ela tocou um chaveiro com uma minúscula lanterna, acendeu e apagou sorrindo como uma criança presa diante de um brinquedo.
— Senhor? A vendedora me tirou de meu transe temporário.
— Ele tem GPS? Perguntei.
— Vou levar – respondi de forma gentil – Preciso de um número e quero um chaveiro daquele – mostrei o chaveiro que Renesmee havia pegado.
— Já escolheu? Perguntou Renesmee ao retornar para o meu lado.
— Sim! Respondi – Mas preciso formalizar a compra, eu já volto.
Renesmee concordou com a cabeça e eu caminhei ao lado da vendedora até um dos caixas.
— Senhor Black! O gerente da loja falou de forma cordial – Espero que esteja sendo bem atendido, o senhor deseja um café, água?
— Não, obrigado – Agradeci a cordialidade e olhei para Renesmee – Aquela senhorita está comigo, peço que a tratem como se estivessem falando comigo.
O gerente sorriu – É muito bonita – Em seguida percebeu meu semblante fechado – Com todo respeito – Ele olhou para algumas vendedoras – O que estão esperando, não deixem a senhorita sozinha, ofereçam um suco.
Passei o cartão e aguardei a liberação do número – O aparelho está carregado e funcionando – Disse a vendedora me entregando a sacola, agradeci e caminhei pela loja indo até Renesmee que conversava com as vendedoras – Podemos ir – Falei ao passar por ela seguindo para porta.
— Para onde vamos agora senhor Black? Ela perguntou ao me acompanhar.
— Você não trouxe um casaco?
Ela me olhou confusa – Não, sai de casa apressada acreditando que estava atrasada e esqueci.
— Compreendo – Respondi caminhando a uma das lojas femininas, parei diante das vitrines observando os casacos femininos – Gosta de vermelho senhorita Cullen?
Ela sorriu e balançou a cabeça de forma negativa – Espera, o senhor não está pensando em...
— Nós vamos ao Pionner, o prédio tem aquecedor, mas a temperatura está cinco graus lá fora, se sair irá congelar – Expliquei entrando na loja.
— Olha eu agradeço, mas...
— Eu preciso da minha assistente não quero que ela adoeça! A interrompi novamente, olhei para o casaco vermelho com o capuz e chamei a atendente – A senhorita deseja esse.
— É uma excelente escolha, deseja experimentar? Perguntou a vendedora.
— Bom eu...a ruiva murmurou.
— A senhorita esqueceu o casaco, ela vai vestida – Respondi.
A Cullen me lançou um olhar de acusação e a atendente sorriu – Vou levar ao caixa e liberar no detector.
Concordei a acompanhando e paguei o casaco.
Paguei pelo casaco e retornei com ele nas mãos, Renesmee estava de braços cruzados a minha espera próximo a porta – Agora podemos ir! Falei entregando o casaco a ela.
Seus olhos marrons buscaram os meus e seu semblante era de desconfiança – O senhor por acaso está tentando alguma coisa? Faz isso com todas as suas assistentes senhor Black? – Ela deu as costas e caminhou de forma apressada, suspirei observando que todos os olhares dos funcionários estavam sobre nós e a segui.
— Espere Cullen.
— Eu não sei o que deve estar pensando senhor Black...
—Cullen! Insistir enquanto ela passava pela porta giratória, apressada ela desceu dos degraus da calçada e seu corpo desequilibrou quando seus pés escorregaram no gelo da calçada, de forma rápida a puxei pelo braço contra meu corpo e envolvi um dos braços em torno da sua cintura evitando que ela caísse.
Seus olhos se prenderam nos meus e meus batimentos dispararam em tê-la tão próximo – Você sempre tropeça nos próprios pés?
— Me desculpe! Ela sussurrou desviando os olhos dos meus, folguei meu braço em sua cintura e libertando.
— Era disso que eu estava falando – Falei entregando o casaco a ela e percebi que ela havia ficado envergonhada.
— Está tudo bem? Harry perguntou aproximando-se de nós dois, entreguei a ele a sacola com o celular e abri o casaco o vestindo na ruiva teimosa, ela suspirou e sorriu timidamente, eu puxei o zíper, fiz o laço em sua cintura e cobri suas lindas madeixas ruivas com o capuz, ela havia ficado muito mais linda ainda.
— Obrigada – Ela agradeceu, Harry abriu a porta do carro e ela entrou, olhei para Harry pegando a sacola e ele sorriu com um semblante de “você está ferrado” antes de fechar a porta do veículo.
— Vamos para o Pionner! Ordenei a Harry assim que ele entrou no carro, Renesmee me olhou de soslaio e esfregou ambas as mãos e eu desejei imensamente aquecê-la, precisava me conter mais.
— Tem alguma reunião no Pionner? Ela perguntou olhando para a minha agenda – Não tem nada marcado.
— Não – Respondi olhando pela janela do veículo – Vamos caminhar.
Virei meu rosto na sua direção e ela suspirou – Me desculpe pelo que falei eu...
— Não se preocupe, se eu fosse você pensaria o mesmo, eu sei o que o Rheinz fez durante o almoço.
Seus lindos olhos arregalaram-se mostrando seu espanto, ela sacudiu a cabeça e sorriu indignada – Então sabe que se isso se repetir peço demissão?
— Não será necessário – Respondi – Não irá se repetir.
— Como pode me dar tanta certeza disso senhor Black?
— Tem a minha palavra – a Encarei.
Ela desviou os olhos dos meus e após o “chegamos” dito por Harry saímos do carro e caminhamos lado a lado pelo Pioneer Square, a praça com seus bancos e postes de luzes estava coberta de neve o que deixou o local ainda mais bonito.
— Ainda está pensando que tenho más intenções com você? Perguntei enquanto caminhávamos pelo caramanchão de ferro quebrando o silêncio entre nós dois.
— A menos que tenha o costume de presentear e passear com todas as suas assistentes – Ela respondeu sorrindo.
— Digamos que que não queira apenas uma assistente- Respondi – Queira alguém em que eu possa confiar, uma amiga.
As sobrancelhas dela se ergueram e um vinco se formou na testa dela – uma amiga? Ela sussurrou dando um riso – Desculpa.
Parei meus passos e a encarei – Acredita que se eu quisesse sexo fácil eu compraria um casaco para a minha assistente que eu conheço a fazem exatas vinte e quatro horas cujo pai é o detetive mais conhecido de Seattle?
— Seria muito idiota da sua parte – Ela respondeu.
— Isso é algo que não sou.
Ela sorriu timidamente, olhei para frente e Harry sinalizou que precisávamos ir, começava a anoitecer quando entramos no veículo – Vamos deixar a senhorita Cullen em casa – disse a Harry e ele concordou em silêncio.
—Eu posso pegar um taxi – Ela respondeu.
— Vou me sentir mais tranquilo – Falei entregando a sacola com o celular a ela – Creio que saiba que tem um assassino de mulheres à solta.
Ela olhou para a sacola – Por que está me dando o aparelho que comprou?
— Preciso que me atenda onde estiver em qualquer horário, se eu usar o se número posso correr o risco de não ser atendido, aceite como mais uma ferramenta de trabalho.
Ela olhou para a sacola e suspirou – Ferramenta de trabalho? – abriu a sacola e olhou o aparelho – Okay! Obrigada pela bela e cara ferramenta.
— Boa noite senhorita Cullen, a espero amanhã – Falei após Harry estacionar o carro diante do prédio dela.
Ela sorriu – Boa noite senhor Black – Ela respondeu enquanto Harry abria a porta do carro – Boa noite Harry – Falou de forma gentil e seguiu para a entrada do apartamento.
Mantive meus olhos sobre ela até ela desaparecer dentro do prédio, Harry entrou no veículo – Você também percebeu?
— Sim – Respondi – Estávamos sendo seguidos.
— Não se preocupe ela está segura, você deixou seu cheiro nela – Harry falou enquanto eu olhava para o prédio.
Eu assenti- Vamos seguir o rastro dele, não quero correr riscos.
— E para onde acha que ele foi? Perguntou Harry dando partida no veículo.
— Mosses – Respondi – Pegue a estrada para lá.
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