Werewolf : A escolhida escrita por Alina Black


Capítulo 44
( Renesmee): A verdade pode ser perigosa




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Eu havia saído do estado de pânico para o de desespero em saber a verdade, meu pai havia me afastado de tudo que estava relacionado com o que havia acontecido naquele fatídico dia, mas estava mais do que claro para mim que alguém queria que eu soubesse a verdade, talvez fosse por isso que a pessoa do envelope deixava claro que eu não deveria envolver Edward Cullen.

Voltei a sentar diante so notebook e continuei a pesquisa, por mais assustador que tudo aquilo fosse eu precisava saber qual era a ligação dos Quileutes em tudo isso, porque por mais que eu tentasse qualquer tipo de teoria nenhuma fazia sentindo.

— Vamos lá Nessie você consegue - sussurrei buscando uma forma se traduzir aquelas letras nativas " tradução de Quileute" digitei esperançosa mas não havia nenhuma resposta.

— Como assim não existem respostas? Reclamei fazendo uma no atéva busca " Lendas Quileutes" , a unica resposta obtida foi livraria trovões e baleias, 120 st, Port Angeles.

Já era madrugada quando eu senti que o cansaço começava a me vencer, em algumas horas de buscas tudo que eu tinha conseguido era o nome e endereço de una livraria, eu teria que contar com isso em busca de solucionar aquele enigma.

Desliguei o notebook e guardei a folha com os escritos quileutes em minha bolsa e me joguei na cama fechando os olhos.

Quando meus olhos se abriram ja era de manhã, levantei da cama sonolenta e sorri ao ler a mensagem de bom dia de Jacob, após responder fiz minha higiene matinal e após me vestir peguei minha bolsa e sai do meu quarto.

Quando cheguei a cozinha meus pais tomavam café com meus irmãos com certeza Emmett havia feito plantão com a mamãe, ele sempre tomava café em casa quando isso acontecia, Alice que estava ao lado dele falava algo com ele quando me aproximei - Bom dia- Falei dando um tímido sorriso e puxei a cadeira me sentando ao lado se Jasper.

— Bom dia querida- Respondeu mamãe, e em seguida meus irmãos e o papai- Você dormiu bem? Ela perguntou sendo carinhosa como sempre era.

Alice olhou para mim e sorriu timidamente - Oi Nessie- Ela falou tentando puxar um assunto e empurrou a jarra de suco na minha direção.

Olhei para ela, faziam três meses que nossa relação era resumida a "oi" e "bom dia", talvez fosse a hora de uma reaproximação, mesmo com a confiança quebrada eu estava bem e Jacob também estava.

—Obrigada Alice- Eu sorri pegando a jarra de suco e enchi meu copo.

— Fiquei sabendo que comprou um apartamento, parabéns - Alice falou animada.

— É, ainda preciso organizar umas coisas antes de me mudar.

— Estou orgulhoso - Edward Cullen falou pegando sua caneca com café.

— Obrigada pai.

— E você irmãzinha? Emmett perguntou passando um dos braços em volta dos ombros de Alice - Como está a nova reporter investigativa do jornal?

— Eu estou gostando disso- Alice respondeu- A propósito pai, eu preciso se alguns dados da policia para a reportagem de Forks, posso pegar com você?

Deixei a rosquinha que eu mordia no meu prato e olhei para Alice, ela iria para Forks e eu precisava ir a Port Angeles, aquilo só podia ser coincidência do destino, coincidência ou não era a unica oportunidade de ir naquela livraria sem levantar suspeitas.

— Vai a Forks? Perguntei olhando para ela.

Ela deu um sorriso largo ao perceber meu interesse - Sim, fazer uma reportagem.

— Eu hoje vou a Port Angeles, claro que com o Harry mas de repente pensei que seria menos estressante pegar a estrada com minha irmã.

O sorriso de Alice se alargou- É claro que te dou uma carona.

Mamãe olhou para nós duas e não escondeu sua felicidade em ver as duas filhas brigadas conversando novamente, olhei para meu pai e ele de inicio parecia incomodado- Não peguem a estrada tarde, caso anoiteça passem a noite em um hotel, é mais seguro.

— Não se preocupe pai, voltaremos antes do anoitecer - Alice respondeu animada e olhou para mim, eu sorri para ela e terminamos nosso café em família.

Como de costume, Harry me buscou em casa e me levou para a empresa, embora Jacob fizesse isso com mais frequência desde que assumimos nossos sentimentos ainda evitava aparições públicas, segundo ele para me poupar dos paparazzis, mas sabiamos que não seria possivel ele me proteger por muito tempo, cedo ou tarde eu teria que encarar isso, era o resultado de estar apaixonada por uma pessoa publica.

Minha manhã se resumiu a reunião onde eu entreguei a cabeça de Rhanz a prêmio e como resultado ganhei uma promoção, quando finalmente a reunião foi encerrada eu sai da sala respondendo as mensagens de Alice me avisando que chegaria na empresa em alguns minutos.

Está tudo bem? Jake perguntou ao se aproximar tocando uma mexa do meu cabelo.

O encarei, eu estava um pouco preocupada em não saber se a promoção havia partido dele ou dos acionistas— Deveria ter me consultado antes de tomar essa decisão, é muita responsabilidade.

 - Você é perfeita nisso, o que acha de almoçar comigo para comemorarmos seu novo cargo? Ele falou de forma carinhosa e apertou meu queixo, apesar de não querer decepciona-lo eu precisava ir a Port Angeles.

— Eu combinei de almoçar com Alice.

Apesar da minha resposta ter sido negativa ele aparentou ficar feliz por eu estar me aproximando de minha irmã— Vocês fizeram as pazes? 

— Estamos tentando , Alice vai a Port Angeles e não quer pegar a estrada sozinha.

— Não acha melhor irem...

— Jacob desculpa por interromper mas preciso conversar com você, é um recado do meu tio- Ela completou.

Olhei para Marina e sorri, mesmo sem imaginar ela havia me salvo de uma insistência de Jacob em querer que Alice e eu fossemos com Harry - Eu espero você na sua sala- Falei de forma gentil, Jake beijou meus cabelos e eu me afastei os deixando a sós.

Entrei na sala de Jake e suspirei respondendo a mensagem de Alice- " Estarei a sua espera." , Deixei o celular na bolsa e caminhei até o frigobar pegando uma garrafinha com água, eu estava ansiosa e precisava manter a calma.

Quando Jake entrou na sala ele tinha uma expressão estranha em seu rosto, talvez o assunto com Marina fosse bem mais sério, me aproximei e passei minhas mãos em seus ombros e pude sentir que ele estava tenso- Está tudo bem? 

Ele deu um tímido sorriso e sua mão destra tocou meu rosto - precisamos conversar, mas preciso que não me omita nada.

O encarei achando aquela pergunta suspeita- Porque eu omitiria algo de você?

— Meu amor, tinham dois policiais lá fora e queriam conversar com você.

Policiais? Não sabia o que dizer a ele pois eu não fazia q menor ideia do que a policia queria comigo- Porquê a policia quer falar comigo?

— Isso que quero que me diga.

— Eu não faço a menor ideia Jake, talvez meu pai saiba.

Olhei nos olhos dele tentando não deixar duvidas que eu dizia a verdade- Eu acredito em você- Jake falou apertando meu queixo 

Senti um alivio em saber que ele confiava em mim — Obrigada por acreditar - Sussurrei dando um tímido sorriso.

Ele colou nossas testas unindo nossos lábios em um beijo.

 .

.

.

Como combinado Alice me pegou na frente da Empresa, Jake tentou me convencer que Harry nos levasse mas eu falei que queria que fosse um momento só meu da Alice e ele acabou concordando, antes de pegarmos a estrada Alice precisou ir a delegacia pegar algumas informações com Edward Cullen, eu decidi não estrar e esperar por ela encostada no carro e assim evitar um encontro com Crownley.

Estava encostada no carro respondendo algumas mensagens quando a voz masculina chamou a atenção - Renesmee- virei meu rosto na direção da voz e sorri timidamente ao ver o senhor Oliver e para meu azar Crownley estava com ele.

— Olá senhor Oliver- respondi de forma gentil.

— Como está linda, a última vez que tinha a visto era uma menina.

— Obrigada Senhor- Sorri retribuindo a gentileza.

Crownley olhou para mim - Oi Senhorita Cullen.

— Olá Crownley - respondi educadamente e voltei a olhar para o pai dele que falava sem parar.

Olhei de soslaio para Crownley e ele se abaixou para amarrar os cadarços do sapato e em seguida ergueu seu corpo- Eu preciso entrar pai- Ele falou um pouco apressado e entrou no prédio.

— Prontinho - Alice falou ao retornar e cumprimentou o Senhor Oliver, após nos despedirmos Alice e eu entramos no carro e seguimos para Port Angeles.

Após exatas duas horas e quarenta minutos de estrada nos chegamos a Port Angeles- O sócio é dono dessa livraria? Perguntou minha irmã ao estacionar o carro.

— Não ele apenas gosta de livrarias e marcou aqui- Falei abrindo a porta do carro.

— Tudo bem- respondeu Alice- Aviso você quando estiver retornando.

Eu sorri - Vai lá senhora repórter.

Alice sorriu e ligou o carro, olhei para a porta da livraria e suspirei entrando em seguida.

Eu olhava atentamente os livros buscando por algo que me desse uma luz, ao perceber que eu não sabia por onde procurar o atendente se aproximou e sorriu de forma gentil - Posso ajuda-la.

— Oi- Eu sorri - Estou fazendo uma pesquisa da faculdade e busco algo sobre os Quileutes.

O rapaz sorriu- Nunca vao encontrar entre os livros físicos, os chefes de La Push levaram a algum tempo, mas temos a versão digital, nós fizemos sem que eles soubessem.

— Que ótimo - respondi mas ao mesmo tempo o que ele havia dito tinha me deixado ainda mais intrigada, o que os chefes das tribos Quileute queriam esconder?

— Vem comigo- O rapaz falou me fazendo acompanha-lo e parou diante de uma mesa com um computador - Fique a vontade é de uso público

— Obrigada - Agradeci puxando a cadeira e me sentei.

— Se precisar de alguma coisa, água ou suco pode me chamar- O rapaz falou antes de se afastar e me deixar sozinha.

Busquei na biblioteca de arquivos algo relacionado a palavra Quileutes, bingo, apareceram vários arquivos, abri minha bolsa retirando o papel e sorri, um dos arquivos era justamente o que estava no papel e havia a a tradução.

" Os Quileutes e seus descendentes tomam a forma de seus ancestrais, o lobo e sua missão é proteger os humanos, nenhum guerreiro, nunca nenhum guerreiro Quileute matou um humano."

— São lendas- Murmurei e continuei abrindo os arquivos, um deles chamou minha atenção.

" Lobisomens, os amaldiçoados, metade homem, metade lobo, banidos pelo Deus sol."

Olhei as fotos atentamente e lembrei do pendrive, talvez lá tivesse uma resposta para essa ligação com os Quileutes.

Abri a bolsa e peguei o pendrive o colocando no computador, haviam mais imagens e uma delas estava escura, mas os olhos amarelos trouxeram a meus pensamentos a lembrança de meus sonhos- Isso é loucura! Sussurrei.

Olhei todas as imagens e todas tinham as características descritas nas escrituras Quileutes, pedi uma água ao atendente e ele imediatamente me entregou, tudo era surreal demais para que eu acreditasse.

Abri o último arquivo, estava em formato video, coloquei os fones e meu corpo paralisou ao ver que era uma video mensagem de Cal Stone, um dos garotos envolvidos no assassinato de Olivia.

" Matt, eu não sei se ainda estarei vivo quando receber essa mensagem, aquilo está atrás de mim é um..."

O celular caiu no chão e ouvi gritos aterrorizantes, desesperada eu tirei os fone e fechei os olhos, ao abri-los olhei novamente para o monitor, a imagem paralisou mostrando um tênis masculino com detalhes vermelhos antes de ser encerrada.

Meu corpo pareceu ter sido desconectado do planeta terra , lembrei de tee visto aquele tênis duas horas antes de partir para Port Angeles.

Crownley amarrando os cadarços.

Minha respiração se tornou ofegante e meu coração disparou.

— Crownley- Eu Sussurrei- Crownley é o assassino.

Desliguei o computador e guardei o pendrive, meu pai estava em perigo, fui até o balcão e paguei pelas horas de uso saindo da livraria, Alice chegaria em alguns minutos.

As informações se embaralhava na minha mente, lobos, lobisomens, isso seria real? Lembrei de minha visita a reserva com Jacob, os garotos se comportavam de forma igual como uma matilha- Não Nessie, você está louca, Jake è apenas o Jake o seu namorado.

— Senhorita Cullen.

O pavor me dominou ao ouvir a voz de Crownley, virei meu corpo na sua direção e ele sorriu- O que faz aqui, achei que tivessem ido para Forks.

Tentei disfarçar, se Crownley era o assassino ele não me deixaria viva se desconfiasse que eu sabia a verdade- Meu pai pediu para não se aproximar - Respondi.

Ele sorriu e se afastou, o carro de Alice parou ao meu lado e eu entrei apressada.

— Cheguei, como foi com o cliente? Minha irmã perguntou animada.

Coloquei o cinto com as mãos trêmulas - acelera Alice, temos que evitar pegar a estrada a noite.

Ela me olhou confusa- Você está bem?

Abri a bolsa e retirei o aparelho celular que Jacob havia me dado lembrando do seu pedido sobre a tecla de emergência - Nessie está me preocupando - disse Alice enquanto dirigia.

— Está tudo bem- respondi olhando pela janela do veiculo, o sol começava a se por e estavamos na metade do caminho, eu estava com medo, Crownley não estava em Port Angeles por acaso, ele havia me seguido.

As árvores se tornaram mais escuras quando passamos pela placa de boas vindas de Seattle quando eu senti que algo se movia entre as árvores- Acelera Alice- Murmurei olhando novamente pela janela.

— O que? Nessie você está estranha me fala o que está acontecendo.

Houve um grande barulho e algo se chocou contra o carro nos fazendo capotar, meu grito e de Alice se misturou ao som das ferragens arrastando no asfalto até o veiculo parar de cabeça para baixo, abri meus olhos e olhei para Alice desacordada presa pelo cinto de segurança.

— Alice- gritei mas ela não respondeu- Alice fala comigo.

Algo se moveu ao redor do carro, não eram pés humanos, olhei ao meu redor buscando pelo aparelho celular e estava a menos de um metro de mim, puxei meu braço estava com a mão presa em uma das ferragens e ignorei a fratura em meus dedos, soltei o cinto e consegui alcançar o aparelho apertando o botão "Emergência".

Se aquilo era um lobisomem eu contava que a parte dos quileutes também fosse real, se não fosse nós seríamos mortas.

 


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