INDESTRUTIBLE • Gaara No Sabaku escrita por tessascopelli


Capítulo 1
Piloto • Dor


Notas iniciais do capítulo

Oiê pessoal, eu sou a Tessa. É a primeira vez que posto uma história minha aqui no Nyah, embora sempre tenha lido muito nesse site. Espero que vocês curtam conhecer Gaara e Naomi. Essa história é bem antiga e eu já postei ela em 2014 no Wattpad, mas retirei para reescrever e aqui estamos nós. Espero que gostem.



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Conforme os alfinetes iam se prendendo as vestes, uma garota encarava o chão com nenhuma animação. Seu rosto demonstrando completa insatisfação com o que estava prestes a fazer, e seu coração apertado segurando uma insana dor.

 

Naomi Gremory, herdeira do clã Gremory que residia no país dos redemoinhos, que a muito fora devastado e que aos poucos ia se reconstruindo com uma nova força.

 

Um suspiro involuntário escapou dos lábios da mulher, o que fez as costureiras em voltar se entre olharem ressentidas, embora ninguém fosse contestar. Mais um alfinete foi colocado garantindo que o véu fosse ficar bem colocado e não fosse cair no meio da cerimônia.

 

Em poucas horas, Naomi estaria casada com um dos conselheiros da aldeia, Yodo Gremory, que devo acrescentar, era seu primo. Seria uma União política para garantir que o poder herdado por Yodo ficasse na família, e não fosse passado a uma mera mulher qualquer.

 

Casar a filha com Yodo foi a única alternativa que Kumo julgou ser possível tomar, e até agora todos pareciam de total acordo. Todos, menos Naomi. Porém quem ligaria para a opinião da filha do Rideru líder? A garota viera ao mundo para se tornar mulher de um homem. Um homem importante, e exerceria bem seu papel. Por não ter escolha, claro.

 

Kumo não era um homem amigável. Tão pouco julgava o que é certo. Para ele o certo, era a obediência da mulher para com seu marido. Nada menos que isso. E como sua filha, Naomi não devia contestar.

 

Não devia, no entanto não significa que não o fará.

 

— Eu esperava um pouco mais de emoção em seu olhar, minha filha. — Naomi encarou a mãe por alguns segundo, seus olhos frios como o gelo. — Você pode tornar as coisas fáceis, querida.

 

— Se com fáceis você quer dizer abaixar a cabeça e jurar solenidade a um homem nojento feito Yodo, deveria começar a esquecer. — respondeu ríspida e voltou a encarar o chão.

 

— Não diga asneiras! Sabe bem o que acontecerá se desrespeitar Yodo, então, por favor, não faça nenhuma burrice. — sua mãe alertou com pesar na voz. — Sabe bem que assim como você, Yodo também está sendo submetido a esse casamento politicamente.

 

— Por causa de meu Pai. — cuspiu as palavras. — Porque primeiramente, a mulher dele não teve nenhum tipo de coragem para impedi-lo.

 

— Não jogue a culpa em mim, Naomi. Sabe como eu ficaria feliz em ajuda-la, mas... — a filha logo a cortou, sabendo de letra o discurso que seria ouvido.

 

— Não a culpo pelo que estou sendo prestes a passar, mãe. Culpo pelo que passou. Você jamais teve coragem para contesta-lo ou recusar uma ordem dele. Viveu sua vida como uma cachorrinha adestrada, e será exatamente isso que me esperará em um casamento com Yodo.

 

— Não fale coisas que não sabe! — a voz de sua mãe repreendeu-a no ato, e a garota suspirou novamente. — Sei que não diz isso por si, Naomi. Sei também que colocaria a segurança de qualquer pessoa na frente da sua, eu só não entendo o porquê de agora.

 

— Por que Leona não fora obrigada a viver sem amor. — respondeu calma, embora com pesar na voz.

 

— Por Leona? — Akimi serrou os olhos mediante a proclamação da filha. — Não se faça de tola, você sabe que Leona é um caso extremamente diferente. Ela era...

 

— Diferente. Eu a amo mamãe, porém não posso compreender o porquê dela poder ser feliz e eu não.

 

— Se a ama deveria estar feliz por ela.

 

— Eu estou.

 

E realmente estava. Assim como Naomi, Leona vivera uma vida sofrida nas mãos do pai. A diferença era que Leona era ainda mais inocente que Naomi, e certo dia fora atraída por um homem. Isso a levou ao delírio e também, a cama do rapaz. O que gerou a ela sérios problemas ao se ver desposada por um qualquer, grávida e obrigada a casar-se com ele para reverter o fato. Porém, o que ninguém além de Naomi sabiam, era que Leona era apaixonada por outro rapaz, e assim que seu marido morreu em missão, ela se viu viúva e livre pra casar com o amor de sua vida. Ela era feliz. O filho do homem não vingou infelizmente, porém o desejo de ser mãe mantinha-se vivo dentro do coração da Gremory e de seu amor.

 

— Fico feliz por ela amar, e por ser amada. Mas e quanto a mim? Deveria ter o direito de amar. Isso sem que meu marido seja fadado a morte. Mãe, eu odeio Yodo com todas as forças. Não quero me ver presa a ele pelo tempo que me restar de vida.

 

No momento seguinte a porta foi aberta, e por ela um olhar frio fora lançado em direção a garota. Naomi não desviou o olhar dos seus, e Akimi temeu pêlo pior.

 

Kumo era um homem alto, de 48 anos, com um físico invejável a muitos. Seus cabelos ruivos contrastavam com os olhos cor de ferrugem. Seus olhos miravam a filha com rispidez.

 

— Não estou surpreso com o seu comportamento, Naomi. Porém fiquei extremamente com seu comentário. — ele caminhou pela sala parando a centímetros da garota, o que fez as costureiras se afastarem. - Deseja a morte de seu marido antes mesmo de se casarem. 

 

— Não desejo. — não era uma mentira, afinal o queria longe. Não morto. — Desejo liberdade para tomar minhas próprias decisões.

 

— Mulheres não tomam decisões. — recitou seu bordão favorito.

 

— Por que nossa política é machista.

 

O pequeno corpo da garota fora lançado contra a parede, de forma que só não caiu por se segurar na penteadeira que estava próxima. Kumo a olhou nos olhos e antes que pudesse proferir qualquer frase, a mão árida estava em contato direto com sua pele avermelhada.

 

— Não insulte minha política, pois estará insultando diretamente a mim.

 

Os olhos da garota expressavam dor e mágoa, ao mesmo tempo raiva e desprezo. Mirando seu pai de frente enquanto prendia as lágrimas. Naomi se pôs ereta a fitar o pai e cuspiu. Cuspiu em seu rosto, como se cuspisse no chão. Kumo bufou e levantou a mão para bater-lhe mais uma vez. Akimi gritou temendo o que aconteceria com a filha, que no segundo seguinte estava inconsciente no chão.

 

Os olhos pesados se abriram momentos depois, e a garota se manteve em silêncio enquanto sentia seu corpo se mover. A sensação estranha de que alguém a carregava lhe invadiu, tal como o cheiro de fumaça abafada.

 

Você vai ficar bem. — sussurrou uma voz melancólica, e a garota ainda se mantinha imersa à tudo em sua volta.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Rideru significa LÍDER de uma nação em Japonês.



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