Hogwarts: Uma História escrita por AuroraBoreal277


Capítulo 13
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem por ter ficado um tempo sem postar, eu tinha algumas coisas para resolver, mas agora estou de volta. Aproveitem o capítulo.



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Quando Vivienne voltou para Hogwarts, foi recebida por um Harry e um Rony muito animados, eles a encontraram na sala comunal, juntamente com Hermione, e começaram a contar as novidades. Primeiro, contaram sobre Harry ter ganhado uma capa da invisibilidade, e a Parker, admirada, questionou:

            _ Como isso é possível, elas são extremamente raras, quem foi que te deu?

            _ Dumbledore a enviou para mim, disse que era do meu pai, que ele tinha pegado emprestado há muito tempo, e agora estava finalmente devolvendo. Ela é incrível, vocês duas precisam experimentar ela depois.

            Rony interrompeu o discurso de Harry dizendo:

            _ Mas não é só isso. Nós descobrimos mais coisas sobre o cachorrão de três cabeças. O nome dele é Fofo.

            _ Como vocês podem saber disso?

            _ Hagrid nos contou por acidente. Ele o comprou de um grego ano passado, e o emprestou para o Dumbledore proteger aquela coisa que está guardada embaixo do bicho.

            Harry contou também sobre um espelho que ele achou durante um passeio noturno:

            _ Ele se chama espelho de Ojesed, mostra o que nosso coração mais deseja no mundo. Eu vi meus pais e toda a minha família que eu nunca conheci. Eu voltei lá algumas vezes, levei até o Rony em uma delas, mas Dumbledore descobriu e me pediu para não voltar mais lá, porque aquele espelho pode levar a pessoa à loucura.

            Hermione ficou muito brava ao ouvir sobre os tais passeios noturnos, e repreendeu os garotos:

            _ Vocês não podem ficar andando por aí durante a noite, é perigoso e contra as regras.

            _ Relaxa Hermione, agora eu tenho uma capa da invisibilidade, não preciso seguir todas as regras chatas da escola.

            A garota bufou, porém ficou quieta, não queria discutir naquele momento. Os meninos continuaram contando sobre seu feriado, entretanto Vivienne já não ouvia mais, estava imaginando o espelho de Ojesed, e quanto seria maravilhoso descobrir qual era seu desejo mais profundo.

            Quando as aulas em Hogwarts recomeçaram, as crianças voltaram a pesquisar como loucas por Nicolau Flamel, agora que sabiam que ele era alquimista a margem de livros tinha diminuído, porém ainda assim não conseguiram encontrar nada. Um dia em particular, em que Vivienne e Hermione haviam combinado de encontrar Harry e Rony na biblioteca, elas estavam arrumando um pouco a bagunça de seu lado do dormitório, juntamente com Olívia, quando Hermione derrubou um livro enorme no chão, fazendo um estrondo alto. As três garotas se assustaram e deram um pulo, a Granger recolheu o livro e exclamou:

            _Que porcaria, esse livro nem sequer é meu, é da biblioteca, se eu estragar ele a Pince me mata, sem falar que eu nunca vou me perdoar.

            Olívia começou a rir do drama da amiga, Vivienne quase riu também, até que viu o título do livro, e gritou:

            _ Hermione! É esse o livro que estamos procurando faz tanto tempo, me dê ele aqui, rápido.

            Hermione entregou o livro para a amiga, o volume velho se chamava “A Complexa Arte da Alquimia”, Vivienne o folheou por alguns segundos, até que disse:

            _ Achei! Aqui está falando sobre Nicolau Flamel e a Pedra Filosofal, você estava com o livro o tempo todo.

            _ Conseguimos, temos que mostrar para os garotos, agora.

            Olívia, completamente perdida, perguntou:

            _ O que foi gente? Por que estão tão felizes, o que acharam?

            Apressada, a Parker apenas respondeu:

            _ Não podemos explicar agora, mas quando tudo estiver resolvido prometo que te conto.

            _ Espera, conta o quê?      

Porém a resposta nunca veio, pois as amigas já estavam descendo as escadas, com o intuito de encontrar os amigos na biblioteca.

Rony e Harry estavam lendo calmamente, algo raro para ambos, algumas vezes conversavam, todavia estavam focados na pesquisa. Até que ouviram a porta da biblioteca se abrir e viram Hermione e Vivienne andando até eles com uma expressão determinada, a Parker tinha um livro em mãos, e quando chegaram até a mesa em que eles estavam, ela colocou o livro na mesa com toda força, dizendo:       

— Conseguimos, descobrimos quem é Nicolau Flamel!

O livro bateu nas mãos de Harry, que as tirou rapidamente, sacudiu para aliviar a dor, olhou feio para a menina e reclamou:

— Ai! Você me machucou sua maluca, cadê a delicadeza?

Ela simplesmente respondeu:

— Nunca tive e nunca terei, lide com isso, Potter. Agora vamos ao que interessa, achamos!

Rony olhou para elas e questionou:

— Como assim acharam? Onde estava?

Hermione, envergonhada, falou:

— A culpa foi minha, eu fui tão estúpida! Peguei esse livro algum tempo atrás para me distrair...

— Isso é se distrair? – Perguntou o ruivo, após olhar para o volume de cerca de 800 páginas. A Granger ignorou e continuou falando:

— Como eu dizia, eu retirei esse livro, e hoje nós o vimos no dormitório e Vivienne percebeu que era o livro que tanto procuramos, olhem o que está escrito, “Nicolau Flamel é o fabricante da única Pedra Filosofal existente no momento, com ela se pode transformar qualquer metal em ouro puro, além de produzir o elixir da vida, que torna quem o bebe imortal. O Sr. Flamel tem 665 anos e vive com sua esposa, Perenelle, de 658 anos”.

Animado, Harry disse:

— Então é isso, o cachorrão está protegendo a Pedra Filosofal, é isso que Snape quer roubar. Afinal, qualquer um iria querer uma pedra que transforma tudo em ouro e que te faz viver para sempre.

Rony, que estava encantado com as maravilhas da Pedra Filosofal, opinou:

— Deve ser incrível ter uma dessas. O cara tem 665 anos, é praticamente um monumento histórico, como as pirâmides do Egito, ele precisa ser estudado, é sério.

Rindo, Vivienne falou:

— Não exagere Rony, é claro que ele é muito mais velho do que qualquer um de nós vai ser um dia, mas não é pra tanto. O importante é que agora já sabemos o que Snape quer.

Suspirando, Hermione acrescentou:

— É, porém não sabemos como impedi-lo.

Algumas noites depois, Vivienne saiu sorrateiramente do dormitório da grifinória, determinada a encontrar o espelho de Ojesed, ela andou por toda Hogwarts, entretanto não encontrou nada, lembrou-se subitamente de que devia ter perguntado para Harry em que sala ele estava, agora era tarde para voltar e questionar o garoto. Ela estava quase desistindo da busca, quando encontrou Nick-Quase-Sem-Cabeça, fantasma da grifinória, assombrando os corredores. Quando a viu, o fantasma flutuou em sua direção, e a saudou:

— Jovem senhorita Vivienne, o que faz nos corredores a esta hora da noite?

— Olá Nick, estava apenas explorando, a escola é tão grande, eu sinto que conheço muito pouco dela. Por favor, não me denuncie, juro que não fiz nada errado.

— Não a denunciarei, pois entendo a curiosidade jovem, já estive vivo, sei como é ter o desejo por aventuras.

— E como vai, Nick? Parece um pouco abatido, mesmo para um fantasma.

— Oh minha querida! Eu estava lembrando dos meus feitos em vida, fui um herói tão grandioso, agora estou preso nessa imitação barata da vida, nada é tão horrível quanto isso, sou apenas uma sombra mal feita do que era antes, não estou vivendo, porém tão pouco segui em frente com o ciclo do pós vida.

— E por que o senhor não segue em frente, já que as coisas estão tão ruins?

— Não posso, minha jovem. No momento em que se escolhe virar um fantasma, não há volta, não existem maneiras de ir para onde os outros mortos vão, estou condenado a essa semivida para toda a eternidade.

— Sinto muito, Nick. Se algum dia precisar conversar com alguém sobre isso, estou disposta a ouvir.

Se o fantasma pudesse chorar, ele o teria feito naquele momento, ninguém era gentil com os fantasmas, a última pessoa que havia o tratado tão bem foi uma grifinória ruiva, chamada Lily, que também já não se encontrava entre os vivos. Para recompensar Vivienne, resolveu lhe dar uma informação:

 _ Sabe como entrar na cozinha, senhorita? – Vivienne negou – Então vou lhe ensinar, a comida sempre parece mais gostosa quando é consumida logo após o preparo, sem falar que terá o que fazer durante suas escapadas noturnas, porém recomendo que não vá lá hoje, Pitts, o elfo doméstico chefe, estava temperamental, espere até amanhã, quando as coisas estiverem mais calmas. Agora, tudo que precisa fazer é ir até o corredor que está do lado de fora do porão da lufa-lufa, lá você encontrará um quadro com uma taça de frutas. Uma das frutas é uma pera, você só precisa fazer cócegas nela, ela vai rir e se contorcer, se transformando em uma maçaneta verde que permite abrir a porta.

Maravilhada, Vivienne deu pequenos pulos de alegria, queria muito entrar na cozinha de Hogwarts, ela agradeceu Nick e saiu, pretendendo voltar para o dormitório.

Quando estava andando, alguma coisa a puxou para um canto, a fazendo encostar-se em uma parede. Ela se debateu, querendo livrar-se do que quer que a segurasse, até que Harry tirou a capa da invisibilidade, falando:

— Calma, sou só eu.

— Você me assustou seu idiota, não pode sair por aí puxando as pessoas.

— Desculpe, mas o que você está fazendo fora do dormitório?

— Eu faço a mesma pergunta.

Ele deu um suspiro, e disse:

— Vem comigo, e então eu explico.

Contrariada, a menina concordou, Harry cobriu ambos com a sua capa, e foram para o lado de fora da escola, sentando-se na grama debaixo de uma árvore enorme, em um local mais afastado, onde ninguém que estivesse por ali pudesse vê-los. Um silêncio constrangedor pairou no ar, nunca tinham ficado sozinhos antes, e não sabiam o que dizer. O garoto falou primeiro:

— Se me contar o que estava fazendo, eu te conto.

Vivienne pensou no quanto deveria contar, e resolveu esconder a parte com Nick e a cozinha, respondeu apenas:

— Eu queria encontrar o espelho de Ojesed, fiquei muito curiosa depois do que você contou, eu queria saber qual é meu desejo mais profundo.

O menino pareceu surpreso e retrucou:

— Acredite ou não, esse espelho também é o motivo de eu estar fora da cama.

— Sério? Por quê?

— Desde que eu vi minha família no espelho, eu ando triste. Não conto pro Rony nem para Hermione, porque não quero que se preocupem comigo, eles são amigos ótimos, o mais próximo de uma família que eu já tive, mesmo assim, eu continuo pensando no que vi, e em como a minha vida poderia ter sido diferente. Eu cresci com meus tios sendo cruéis comigo, me tratando como tratariam um animal abandonado, se meus pais estivessem aqui, você acha que eles me amariam?

— Eu tenho certeza que sim.

Harry riu, mas um riso sem humor, ele olhou para ela, com os olhos cheios de lágrimas, e falou:

— Como pode dizer isso? Você me odeia, e eu nem sei direito o motivo. Sei que tem a ver com o fato de ser amiga do Malfoy, e de me achar um metido, arrogante, convencido, idiota e imaturo. Só que eu nunca te fiz nada, e não é apenas você que não gosta de mim, muitos me julgam sem me conhecer, o próprio Snape me detesta só por respirar. Então como meus pais poderiam me amar? E se me achassem um idiota, se decepcionassem comigo? Todos falam do quão incríveis eles eram, e se eu não for bom o bastante para ser filho deles?

— Harry, eu não odeio você. É claro que não é a minha pessoa favorita no mundo, mas eu também não acho você horrível, na verdade, depois que me aproximei, te entendi muito mais. Seus pais se orgulhariam da pessoa que você é, corajoso, esperto, talentoso, confiável e leal, também é teimoso, convencido e imaturo, porém ninguém é perfeito. Eu sei que se eles estivessem aqui, te dariam todo o amor do mundo.

O garoto estava chorando a essa altura. Em meio às lágrimas, ele começou:

— Eu me sinto uma farsa, todos querem que eu seja o famoso Menino Que Sobreviveu, que é forte e tem poder suficiente para derrotar Voldemort, só que eu estou tão cansado. Tudo que eu queria era a minha mãe, me dizendo que tudo vai ficar bem, e o meu pai me encorajando, dizendo que se orgulha de mim. Tem coisas que nem toda a fama do mundo pode te dar, e a minha família é uma delas.

Vivienne chegou mais perto dele, olhou bem no fundo daqueles olhos verdes e declarou:

— Eu sei que não é a mesma coisa, mas eu posso te dizer que vai ficar tudo bem, que vamos conseguir resolver os problemas desse ano. Apesar de tudo, eu sou uma espécie de amiga sua, e vou estar aqui se precisar desabafar com alguém, ou até mesmo, em casos extremos, de um abraço.

O Potter a encarou, e percebeu que ela estava sendo sincera. Nunca tinha pensado que a Parker seria tão gentil com ele, era como se a visse pela primeira vez, agora ele não achava que ela era só uma garota bonita que o detestava, nesse momento, ela era uma menina inteligente e gentil com quem podia contar. Contendo o choro, ele pediu:

— Será que você pode me dar um abraço? Acho que essa é uma situação extrema.

Os dois riram baixo, e se abraçaram. Naquela noite, algo nasceu entre os dois, não exatamente uma amizade, mas um entendimento mútuo, em que um podia contar com o outro em todos os momentos. E aquela foi a noite em que Vivienne percebeu que talvez fosse bom não saber qual era o desejo mais profundo de seu coração, pois poderia acabar extremamente triste, ansiando que aquilo se realizasse.

Quando as crianças estavam se preparando para entrar na escola, viram Snape indo em direção à floresta proibida. Os dois o seguiram com a capa da invisibilidade, fazendo o mínimo de barulho possível e sempre andando a uma distância considerável do professor. Eles viram quando o homem se encontrou com o professor Quirrel em uma clareira, e começou a gritar com ele, perguntando se havia descoberto como passar pela fera do Hagrid, o pobre Quirrel apenas gaguejava, dizendo que não sabia do que ele estava falando. Snape perdeu a paciência e disse:

— Teremos outra dessas conversas em breve, pode esperar. Quando você decidir de que lado está sua lealdade.

Então jogou a capa por cima do ombro e saiu do local. Harry e Vivienne se entreolharam, agora tinham certeza do que estava acontecendo. Snape realmente queria a Pedra Filosofal, e estava ameaçando Quirrel para que o ajudasse. Apressadamente, os dois voltaram para a escola, no dia seguinte, contariam sua descoberta para Rony e Hermione.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Bjs, até o próximo capítulo.



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