Hogwarts: Uma História escrita por AuroraBoreal277


Capítulo 11
O Jogo de Quadribol




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O dia do primeiro jogo de quadribol de Harry se aproximava, e o garoto ia ficando cada vez mais nervoso, pois apesar dos treinos, ele se sentia uma fraude, não sabia se conseguiria. Nenhum dos amigos aguentava mais o quanto ele falava sobre esse assunto, principalmente Vivienne, que estava empenhada em uma pesquisa para saber o que poderia estar embaixo do enorme cão de três cabeças, e os lamentos de Potter não ajudavam em sua concentração. Dois dias antes da partida, Harry falava para Rony:

            _ E se eu não conseguir pegar o pomo, e a grifinória perder por minha causa?

            O ruivo tentava tranquilizar o amigo:

            _ Bobagem, tenho certeza que você vai se sair muito bem.

            _ Não tenho tanta certeza, estou muito nervoso, talvez eu não devesse jogar quadribol.

            Olívia, que estava sentada em um dos sofás da sala comunal, desenhando em seu pergaminho, se intrometeu na conversa:

            _ Pode ir parando com isso, Harry. Sabe quantas pessoas querem ter a chance de estar no seu lugar? Eu mesma queria poder jogar, mas não pude nem sequer fazer o teste, já que somos do primeiro ano. Se for apenas reclamar, dê a chance para outro.

            _ Eu quero jogar, só não sei se sou bom o suficiente.

            Depois e ouvir o garoto falar isso, Olívia disse que ia dormir, pois se ouvisse mais uma palavra sobre isso explodiria, e se dirigiu ao dormitório feminino. Harry continuou resmungando, mas Hermione, sempre sensata, interrompeu a divagação dele, dizendo:

            _ Você é ótimo, a própria McGonagall te escolheu, ela sabe o que faz.

            _ Mas e se...

            Vivienne, que estava quieta até o momento, fechou o livro que estava em seu colo com força, e falou:

            _ Já chega, Potter. Se você não pegar o pomo e nós perdermos, vai ficar tudo bem, é apenas um jogo, outros virão e você se sairá melhor. Agora vamos focar em algo importante, aquele cachorro gigante e o que tem embaixo dele.

            Hermione repreendeu a amiga:

            _ Vivienne, nós combinamos esquecer esse assunto, lembra? Não é da nossa conta.

            Harry se manifestou:

            _ Acho que é sim da nossa conta, pelo menos depois do dia das bruxas.

            Rony perguntou:

            _ Por quê? O que o dia das bruxas tem a ver com isso?

            _ Tudo, vocês não viram o machucado na perna do Snape? Ele tentou passar pelo cachorro.

            Surpresa, Vivienne questionou:

            _ Como você sabe disso?

            _ Eu o ouvi falando com o Filch, disse algo parecido com “como posso ficar de olho em três cabeças ao mesmo tempo?”, ele falou isso enquanto mostrava sua perna machucada.

            Agora Hermione quem questionou:

            _ E como você pode ter ouvido?

            _ Eu fui buscar um livro que o Snape confiscou quando eu estava lendo no jardim, ele disse que não se pode levar os livros da biblioteca para fora de escola, essa regra existe? – Hermione e Vivienne responderam que não – Bem que eu desconfiei. Enfim, eu fui até a sala dos professores e escutei tudo isso.

            Horrorizada, Hermione perguntou:

            _ E ele te viu?

            _ Sim, mas só me mandou sair, nada demais. O foco é, Snape está aprontando alguma, e tem a ver com o cachorrão e o que ele está guardando. Aposto que foi o próprio que deixou o trasgo entrar, era só uma distração.

            A Granger ainda insistiu:

            _ Não, você deve ter entendido errado. Snape é um professor, não é muito gentil, nem carismático, porém nunca faria algo contra Dumbledore e essa escola, isso tudo é só um mal entendido.

            Rony bufou, e falou em um tom irritado para a garota:

            _ Você sempre pensa que todos os professores são santos e bons, que nunca fariam nada errado. Por favor, Hermione, seja mais realista.

            _ Se ele está aqui nos ensinando, é porque Dumbledore confia nele, então deve ser uma boa pessoa, Ronald.

            Rony respondeu:

            _ Continuo achando que o Harry está certo, Snape é bem capaz de fazer algo assim. A pergunta é: o que ele quer? O que tem embaixo daquele bicho?

            Vivienne, pensativa, falou:

            _ Não sei, mas vou pesquisar mais sobre isso, e acho que conheço alguém que pode me ajudar, na verdade, mais de uma pessoa. Vou falar com eles agora.

            Harry, admirado, questionou:

            _ Que pessoas são essas?

            _ Não acho que vocês precisem saber, o importante é que eu consiga informações.

            _ Mas você não pode sair agora, – disse Hermione – já está tarde, sem falar que é melhor que ninguém mais saiba disso, nem mesmo a Olívia, não peça nada a ninguém, Vivienne, ou teremos problemas.

            A garota ponderou as palavras da amiga, e por fim, concordou, porém deixando a promessa de que se não obtivessem progresso no assunto até depois do Natal, ela falaria com suas fontes. Um tempo depois, os quatro foram para cama, entretanto nenhum deles dormiu direito, Rony e Hermione pensavam no imenso cão de três cabeças e seus segredos, Harry estava ansioso com a partida de quadribol, e Vivienne se sentia culpada por não conseguir achar uma resposta para aquele mistério, odiava não poder fazer nada para resolver tudo. Em meio a esses pensamentos, lembrou que já faziam cinco dias que mal falava com Draco, e para seu horror, percebeu que não tinha sentido muito a sua falta. No silêncio da noite, sussurrou para si mesma:

            _ O que está acontecendo comigo?

            Na manhã do jogo de quadribol, estava frio, mas pelo menos não ventava. Harry estava extremamente nervoso, alheio as conversas animadas ao redor dele, sem nem tocar na comida do seu café da manhã. Hermione tentava forçá-lo a comer, porém ele recusava. Até Vivienne falar:

            _ Quer desmaiar quando estiver voando na vassoura, Potter? Eu sei que está ansioso, mas precisa se alimentar.

            _ Eu não quero.

            _ Não estou pedindo, estou mandando.

            _ E desde quando você é minha dona?

            _ Chega de discussão, coma, agora.

            Harry olhou feio para a garota, entretanto começou a mordiscar uma torrada. Os gêmeos Weasley, que eram os batedores do time, apareceram e tentaram melhorar o humor de Harry. George disse:

            _ Não se preocupe, nós vamos te proteger dos balaços, e o máximo que vai acontecer com você vai ser quebrar um braço.

            Fred complementou a fala do irmão:

            _ Ou uma perna, algumas costelas, a mão ou o pé, nada mais grave do que isso.

            _ Nossa, muito obrigado gente. – Harry disse, debochando.

            Quando estavam se dirigindo ao campo de quadribol, Simas chegou perto de Harry e declarou:

            _ É melhor você ganhar, Harry, esse jogo é muito importante pra grifinória, sem pressão.

            Por algum motivo, Harry se sentiu ainda mais pressionado. Nada melhorou quando Draco chegou, lhe dando um empurrão e dizendo:

            _ Você já era, Potter. A sonserina tem o melhor time de Hogwarts, sem contar que você é um perdedor nato, nem sei porque vai se dar ao trabalho de entrar em campo, pelo menos vou me divertir vendo você passar vergonha.

            Respondendo a altura, Harry disse:

            _ Está confiante demais Malfoy, considerando que nem sequer está jogando, se fosse tão bom quanto pensa, o time da sua casa também teria aberto uma exceção para você poder jogar. A única coisa que você sabe é falar, na prática, aposto que joga como um bebê.

            Vivienne ouviu todo o diálogo dos dois, queria ficar brava com Harry, contudo sabia que a culpa era de Draco. Quando o loiro estava indo embora, a menina o segurou pelo braço, mas ele se adiantou:

            _ Se vai me repreender, saiba que estou sem paciência, todos tem rivalidade no quadribol, não estou o provocando sem motivo.

            _ Eu realmente ia lhe dar uma bronca, porém como não foi nada sério, vou deixar passar. Eu só queria pedir para você me encontrar hoje no final da tarde, no pátio da torre do relógio, mas pelo visto você não quer.

            Ela se virou para sair, quando o menino falou:

            _ Espera, eu vou te encontrar.

            _ Ótimo, boa sorte para o seu time.

            Desse modo, cada um se dirigiu para as arquibancadas de sua casa. Antes que Potter entrasse em jogo, seus amigos lhe desejaram boa sorte, Rony soltou um “acaba com eles”, e Hermione lembrou o garoto do quanto era bom. Vivienne estava atrás deles, e já ia saindo, quando Harry a chamou, dizendo:

            _ Ei, Viv, não vai me desejar boa sorte?

            _ Nunca me chame de Viv, Potter, além do mais, você não precisa de sorte, tem talento, eu sei que pode ganhar, apenas controle suas emoções, não deixe o nervosismo te dominar.

            _ Obrigado pelo incentivo.

            _ Eu vou para as arquibancadas, bom jogo, Potter.

            _ Até mais, Viv.

            A menina gritou algo ininteligível para ele, que só riu, de alguma forma esquisita, provocar ela o acalmou.

            O jogo foi emocionante, com a sonserina marcando várias faltas, Lino Jordan esquecendo de esconder seu favoritismo pela grifinória, o que o fez ouvir a professora Minerva falar “Estou lhe avisando, Jordan”, muitas vezes. Dino Thomas falou algo sobre um sonserino merecer um cartão vermelho e ser expulso, sendo repreendido por Rony, que disse que aquilo não era futebol trouxa, sem falar que Vivienne teve que explicar para o Weasley o que era um cartão vermelho.

            Tudo corria bem, Harry estava jogando de forma impressionante, e Vivienne decidiu que quadribol era um esporte razoavelmente interessante, se comparado com o dos trouxas. Como tudo que é bom dura pouco, em um determinada momento do jogo, algo aconteceu com a vassoura de Harry, fazendo o menino ser jogado de um lado para o outro, e acabar pendurado nela, segurando-se firme para não cair.

            Hagrid estava com seu binóculo, e disse:

            _ Parece que alguém azarou a vassoura de Harry, precisamos fazer alguma coisa.

            Hermione começou a olhar para a multidão de pessoas com seu próprio binóculo, enquanto Rony perguntava “viu alguma coisa?” sem parar, até que ela apontou em uma direção e declarou:

            _ Olhem, é o Snape, ele está murmurando algo e olhando fixamente para o Harry, ele que o está azarando.

            _ Vamos, temos que fazer alguma coisa, antes que o Harry caia. – disse Vivienne.

            Assim, as duas garotas e Rony saíram correndo na direção de Snape, no caminho, Vivienne esbarrou no professor Quirrel, o derrubando no chão, sem sequer pedir desculpas, ela continuou seguindo até o professor de poções. Quando chegaram perto dele, Hermione se aproximou por trás e murmurou um feitiço, fazendo com que chamas azuladas surgissem nas vestes do professor. Assim que percebeu que estava queimando, Snape se apressou em apagar o fogo, parando de executar seu feitiço.

            Repentinamente, Harry conseguiu se reerguer na vassoura, e quando se aproximou do chão, estava com a mão na boca, como se fosse vomitar, até que ele cuspiu algo, e gritou a plenos pulmões:

            _ Eu consegui! Capturei o pomo!

            Na mão dele, estava uma bola dourada, pequena e com asas, assim, o jogo foi encerrado.

            Os quatro grifinórios, foram até a cabana do Hagrid, e tomavam um chá amargo com bolinhos rochosos que realmente pareciam pedras, porém fingiam adorar tudo. Eles conversaram e tentaram contar ao meio gigante sobre Snape, entretanto este não acreditou nas crianças, falando:

            _ Vocês estão errados, o seu professor nunca faria algo do tipo. Ouçam bem os quatro, esse assunto é algo muito perigoso, e não é coisa para crianças se meterem. Esqueçam o cachorro e o que ele está guardando, esse é um assunto do professor Dumbledore e de Nicolau Flamel...

            _ Quem é esse Nicolau Flamel, Hagrid? O que ele tem a ver com essa história? – Questionou Harry.

            _ Esqueçam o que eu disse, às vezes eu falo demais, parem de pensar nisso. – Hagrid parecia querer bater em si mesmo por ter revelado coisas para eles.

            Vivienne e Hermione se entreolharam, ambas já tinham ouvido falar em Nicolau Flamel, e agora a sua pesquisa finalmente parecia promissora.

            No final da tarde, Vivienne foi até o pátio da torre do relógio, Draco já esperava por ela, e sorriu quando a viu chegando, a menina estava com o nariz vermelho de frio, o que a fazia ficar completamente adorável, o coração do loiro deu um pulo, porém ele se repreendeu mentalmente por sentir isso. Quando a grifinória o alcançou, Draco perguntou:

            _ O que você queria me falar, Vi?

            _ Quem disse que preciso querer falar alguma coisa? Eu só queria passar um tempo com o meu melhor amigo, nós estamos muito distantes essa semana, eu odeio isso, sinto que estamos nos distanciando.

            _ Eu sei, mas a culpa é sua, com aqueles seus amigos idiotas, eu vejo como você fica toda sorrisos para o Potter, sem falar no Weasley e na Granger. Se ficasse menos com eles, teríamos mais tempo juntos.

            Indignada, a garota retrucou:

            _ Não é minha culpa, você que fica insultando os meus colegas grifinórios sem motivo nenhum, eu não estou toda amiguinha do Potter, eu não suporto ele, as minhas únicas amigas são a Hermione e a Olívia. Pra falar a verdade, os seus amigos que nos afastam, são supremacistas idiotas, que julgam todos que não tem pais bruxos, lá no fundo, eu tenho medo de que você seja igual.

            _ Eu nunca vou pensar que você é inferior a mim ou a ninguém, você é incrível, não importa quem são seus pais. Vamos esquecer isso, o importante é que somos melhores amigos, nada vai estragar isso.

            _ Você está certo, nossa amizade é a única coisa que importa.

            Vivienne tentou não pensar que ele tinha dito “você”, que ele não tinha preconceito com ela, porém talvez tivesse com outros nascidos trouxas, no momento, ela decidiu apenas aproveitar a companhia do amigo. Um pouco antes de ir embora, a garota decidiu perguntar algo a Draco, apesar dos avisos de Hermione. Ela questionou:

            _ Draco, você sabe alguma coisa sobre Nicolau Flamel?

            O garoto pensou um pouco, e então respondeu:

            _ Já ouvi meu pai falando algo sobre ele ser um alquimista, por quê?

            _ Curiosidade, li sobre ele em um livro e quis saber mais. Vou ir para a minha sala comunal, até amanhã.

            Ela beijou a bochecha do garoto e saiu, deixando um Draco corado para trás, e com uma nova informação em mente.


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Notas finais do capítulo

Oi gente! Espero que tenham gostado do capítulo, o próximo vai sair logo. Obrigada por lerem, bjs e até o próximo capítulo.



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