Hogwarts: Uma História escrita por AuroraBoreal277


Capítulo 1
Como Tudo Começou




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Vivienne Parker era uma garota comum que vivia na Inglaterra, quer dizer, ela não era tão comum assim, mas isso é assunto para mais tarde. Continuando, Vivienne tinha nove anos e vivia com seus pais e sua irmã de apenas um aninho, não teria nada de extraordinário nela se sua vida se resumisse a isso, porém ela tinha algumas habilidades incomuns, que não podiam ser logicamente explicadas.

         Em sua escola, Vivienne sofria muito bullying por ser diferente, isso começou quando ela tinha apenas seis anos e ficou feliz demais em uma das aulas, então ela acabou fazendo as luzes da sala começarem a piscar loucamente, poderia ser apenas uma coincidência, mas seus colegas começaram a notar que sempre que a garota ficava muito animada, ou assustada, ou até mesmo com raiva, coisas estranhas aconteciam, a partir daí, todos começaram a chamá-la de esquisita, aberração, entre outras coisas, além de excluírem ela de brincadeiras e rodas de amigos, se recusando até mesmo a fazer trabalhos escolares com a pobre Vivienne, sem falar em duas crianças especialmente cruéis, uma garota chamada Christa Madison e um menino chamado Dexter Asher, que a ridicularizavam, humilhavam e a empurravam constantemente, dizendo que ela não era nada.

         Até mesmo os pais da garota reconheciam que ela não era comum, a garota vivia dizendo que existia uma grande mansão próxima a sua casa, porém todos os outros avistavam apenas ruínas, a menina foi levada a médicos e terapeutas, mas ninguém encontrava um diagnóstico para aquilo, nem mesmo uma cura, então Vivienne continuava sendo considerada estranha e assustadora.

         Em um dia especialmente terrível na escola, em que Christa e seu bando de seguidoras estavam particularmente cruéis, Vivienne se preparava para ir para casa, ela carregava seus livros e andava de cabeça baixa, tentando parecer o mais invisível possível, até que Dexter passou correndo e a empurrou propositalmente para o chão, ela caiu e derrubou todos os livros, o garoto recolheu um e o examinou, dizendo:

         _ Ora, ora, ora, quer dizer que a esquisita anda lendo livros de romance? Por quê? Para se iludir? Você sabe que nunca vai ser amada por ninguém, você não tem nem sequer amigos, vive sozinha e abandonada, nem sua família te ama, eles só te suportam, mas todo mundo sabe que eles ficaram muito chateados quando os médicos não te consertaram, porque você continua sendo um problema, continua sendo uma aberração que ninguém quer por perto, então esqueça essa ilusão.

                   Dexter rasgou o livro de Vivienne, que, já de pé, gritava em meio as lágrimas para que ele parasse, entretanto, o garoto que com apenas nove anos já era extremamente cruel, continuou até que o chão estivesse coberto de pedaços de papel, assim que acabou, jogou o que restou do livro no chão, e saiu rindo, porém Vivienne estava coberta de raiva, ela não conseguia se controlar, sentia alguma coisa acontecer dentro dela, e assim que o menino passou por algumas janelas de vidro, elas explodiram em centenas de caquinhos, o garoto se cortou todo, algumas crianças que estavam por perto também foram atingidas, Dexter começou a gritar e chorar, todos que estavam ali olharam para ela, sabendo que era a autora daquilo, a menina também sabia que era culpa dela, então saiu correndo da escola com lágrimas escorrendo por seu rosto, se sentindo um monstro.

                   Vivienne não teve coragem de ir para casa, ao invés disso ela correu até um pequeno morro onde ia sempre brincar, que ficava perto de sua casa, e mais perto ainda da mansão que só ela via, lá ela deixou as lágrimas rolarem com mais intensidade, ela ficou assim por algum tempo até que ouviu uma voz dizendo:

                   _ Por que você está chorando?

                   Ela se virou rapidamente, assustada, então ela viu um garoto loiro, que devia ter mais ou menos a idade dela, parado um pouco a sua frente, assim que se recuperou do susto, perguntou:

                    _ Quem é você?

                   _ Eu me chamo Draco Malfoy, e qual é o seu nome?

                    _ É Vivienne Parker.

                   Ela respondeu enxugando as lágrimas.

                   _ Você não respondeu a minha pergunta.

                    _ Olha, eu nem te conheço, você não precisa saber porque eu estava chorando, e eu realmente gostaria de ficar sozinha agora.

                   O garoto ficou em silêncio, Vivienne pensou que ele ia ir embora, entretanto ele voltou a falar:

                    _ Se me contar porque estava chorando, eu te conto porque você é diferente.

                   Os olhos da garota se arregalaram de choque, ela ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto o menino a olhava como quem sabia das coisas. Quando ela enfim se recuperou da surpresa, ela falou em uma voz contida e desconfiada:

                    _ O que você quer dizer com isso? Você nem ao menos me conhece, não sabe nada sobre mim, nem sobre o que eu sou.

                    _ Eu ouvi falar de você, uma menina considerada esquisita por todo mundo, um dia eu estava por aqui e vi você fazendo uma folha de árvore flutuar, digamos que eu a tenho observado algumas vezes desde então.

                   _ Você estava me espionando?

                   Perguntou Vivienne indignada, sem se abalar, Draco retrucou:

                   _ Pode chamar assim se quiser, mas voltando ao assunto, você vai me contar o motivo do seu choro?

                   _ Quem me garante que você sabe mesmo porque eu sou desse jeito? E se eu contar, você rir de mim e eu ficar na mesma?

                   _ Não tem como ter certeza, mas você não tem nada a perder.

   A menina suspirou, se rendendo, então contou tudo que aconteceu na sua escola, nos mínimos detalhes, assim que terminou, Draco disse:

                   _ Não ligue para os idiotas da sua escola, eles não entendem a gente.

                   _ Como assim, eles não entendem “a gente”?

                   _ Eu sei o que você é porque eu sou igual, Vivienne, você é uma bruxa.

                   Confusa e levemente ofendida, ela exclamou:

                   _ Uma o quê!? Bruxa? Você espera que eu acredite nisso?

                   _ Pela sua cara, você não entendeu. Isso não é algo ruim, é ótimo, na verdade, nós somos especiais, os outros são apenas trouxas comuns.

                   _ Trouxas?

                   _ É assim que chamamos quem não é bruxo, quem não tem magia.

                   Um pouco menos cética, Vivienne perguntou:

                   _ Como posso saber se o que está me contando é verdade?

                   _ Você já vai ver.

                   Dito isso, Draco foi até um lugar onde haviam algumas flores, ele se concentrou nelas, até que uma saiu do chão e voou até a menina, que a pegou, admirada, ela olhou para o garoto, que exibia um sorriso triunfante, totalmente animada, Vivienne indagou: 

                   _ Pode me contar mais sobre isso?

                   _ Se estiver aqui, amanhã, nessa hora, eu te conto tudo o que você precisa saber sobre o meu mundo.

                   _ Combinado. Até amanhã, Draco.

                   _ Até amanhã, Vivienne.


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Notas finais do capítulo

Oi gente! Espero que gostem dessa história. Esse capítulo foi introdutório, mas prometo que as coisas vão ficar mais interessantes. Bjs, até o próximo capítulo.



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