Oliver

Faltavam alguns dias para ele e Felicity comemorarem 1 mês de namoro. Estes últimos 30 dias foram maravilhosos e a única coisa que Oliver mudava era conseguir estar mais tempo com ela. Se há alguns meses atrás lhe dissessem que ele ia querer ter um relacionamento sério com alguém ele era o primeiro a dizer para marcar uma consulta no psiquiatra. 

Os dois têm encontro marcado para almoço num restaurante perto da QC, mas que não é muito reconhecido pela população mais rica da cidade. Os únicos que sabem do relacionamento dos dois são os amigos mais próximos e eles querem manter assim o máximo possível mesmo sabendo que Moira Queen está a desconfiar.

— Oi. Desculpa teres de esperar por mim - cumprimenta Oliver e dá um breve beijo nos lábios de Felicity.

— Olá! Pedi carbonara para ti também!

— Perfeito! Estava com saudades tuas - admite Oliver suavemente.

— Ontem também almoçamos juntos.

— Estava com saudades mesmo assim.

— Eu também tinha saudades tuas - admite por fim a loira e quando vê o sorriso radiante de Oliver é preenchida por uma sensação de contentamento.

— Tenho um convite para te fazer. 

— Um convite? 

— Quarta-feira fazemos um mês de namoro e desde o jantar em que nos beijamos pela primeira vez não fomos a mais nenhum encontro - reclama fazendo beicinho.

— Nunca pensei que te preocupasses tanto com as datas e sabes que não posso jantar sempre contigo... 

— Primeiro eu preocupo-me com tudo o que envolve nós os dois juntos e segundo eu sei que não podemos estar sempre juntos, mas isso não diminui a vontade de estar contigo. - explica Oliver.

— Eu entendo porque se pudesse também estava mais tempo contigo - admite e aperta a mão dele entrelaçando os dedos por cima da mesa. - Qual é o convite?

— Eu queria que jantássemos juntos no sábado em minha casa. Daqui a uns dias é o Natal e depois a passagem de ano e eu sei que não vamos ter muito tempo para nós. Por isso um jantar só os dois sem a preocupação de alguém nos ver. Só eu e tu para podermos namorar à vontade.

— Parece-me tentador...

— Aceitas? - pergunta esperançoso.

— Vou ver se a minha mãe pode ficar com o Lucas ou se alguém pode tomar conta dele, mas sim em principio temos encontro marcado.

— Maravilhoso. - responde sorridente e levanta-se ligeiramente da cadeira para poder beijá-la rapidamente.

    Sábado

 - Estás maravilhosa! - elogia Oliver assim que a abre a porta e a vê, no entanto, nem lhe dá tempo de responder pois imediatamente puxa-a para dentro de casa beijando-a amorasamente.

— Isso são tudo saudades? - pergunta Felicity sorridente, porém com falta de ar, assim que se afastam do beijo.

— Tu não tens ideia...

— Todos os beijos de boa noite não são suficientes? - pergunta fazendo referencia às frequentes noites em que ele passa por casa dela só para lhe dar um "beijo de boa noite".

— Nem chegam lá perto! - responde e volta a beijá-la.

— Cheira tão bem. O que é o jantar? - pergunta Felicity quando eles se aproximam da mesa.

— Eu fiz frango cordon bleu.

— Finalmente vou provar a tua comida?!

— Eu já te disse que sou muito incrivelmente bom a cozinhar! - gaba-se Oliver.

— Isso vamos ver hoje!

O jantar correu maravilhosamente bem e no final o casal senta-se confortavelmente abraçado no sofá a conversar.

— Então a tua mãe ainda não está feliz? - pergunta depois de Felicity lhe dizer que a mãe aceitou ficar com Lucas, mas não demonstrou nenhuma alegria.

— Ela não quer que me magoe novamente com outro homem. Ela viu como fiquei depois...

— Eu não sou ele! - interrompe Oliver não suportando a ideia de ser comparado com o ex dela.

— Eu sei! Eu era muito ingénua com Copper, mas agora não sou mais uma adolescente deslumbrada por finalmente ter um namorado. 

— Não? - pergunta com um sorriso querendo saber o que ela pensa.

— Eu sei que ainda somos muito novos, mas eu tenho um filho e o Lucas fez-me amadurecer muito rápido. Com 20 anos tive de cuidar de um bebé e trabalhar ao mesmo tempo. 

— Tu és notável! Eu sei que a minha reputação é a pior quando se trata de apresentar um namorado à mãe, mas eu não sou mais assim e gosto de ti e quero estar contigo. E agora vou parecer que estou numa comédia romântica, mas eu nunca me senti assim por ninguém e quero descobrir tudo isto ao teu lado.

— Eu também nunca me senti assim. O que senti e tive com Copper não chega a um décimo do que é contigo. É tão bom estar assim contigo! - admite Felicity abraçando-o com mais força depois de sentir que ela a beijou no pescoço.

— Eu quero que confies em mim. - implora Oliver.

— Eu confio em ti ou então não estávamos assim! - responde Felicity não percebendo as palavras do namorado.

— Eu quero que confies em mim alguém se meter entre nós eu preciso que venhas falar comigo quando algo acontecer...

— Oliver?

— Eu já te disse que a minha mãe pensa que eu voltei aos velhos tempos e ela não se vai meter enquanto pensar isso e não envergonhar a família, mas no segundo em que ela achar que eu não estou mais a brincar ela vai fazer de tudo para nos separar.

— Isso não vai acontecer! - afirma convicta.

— Ela quer que eu case com Laurel e ela não vai mudar de opinião e eu não quero me afastar de ti. Eu só te quero a ti! - assegura Oliver e move-se de modo a que fiquem olhos nos olhos.

— Oliver eu não me vou deixar levar pelas coisas da tua mãe nem da tresloucada da tua ex!

— Há uma coisa que preciso de te dizer... - começa receoso enquanto acaricia a mão e o pescoço dela.

— Conta-me.

— 3 anos atrás pouco depois de eu ter feito 20 anos uma mulher com quem me envolvi, Samantha, veio a minha casa dizer que estava grávida. Eu fiquei tão em choque que nem me apercebi que a minha mãe estava por perto a ouvir.

— Oliver o quê que...

— Eu não sou pai! - afirma Oliver não deixando a namorada pensar que abandonou um filho.

— Eu não estou a perceber.

— Samantha disse-me isso e eu não estava pronto para ser pai nem queria isso então pedi que me desse alguns dias e depois eu ia falar com ela, mas essa conversa nunca aconteceu porque antes de eu ir ela veio ao meu encontro dizer que sofreu um aborto espontâneo e que ia voltar para Central City pois queria estar com os pais. Alguns meses depois descobri que a minha mãe lhe tinha oferecido, no dia em que me veio contar da gravidez, 1 milhão de dolares para ela sair da minha vida. 

— Ela teve mesmo o aborto?

— Sim. Eu depois fui a Central City e ela mostrou-me o cheque da minha mãe assim como todos os relatórios médicos e ela definitivamente não estava grávida.

— Moira Queen é uma cabra!

— É e é por isso que eu quero que venhas ter comigo se ela te ameaçar ou tentar alguma coisa!

— Oliver tu conheces-me e sabes que não vou recuar de algo em que acredito.

— E eu também quero que saibas que eu quero conhecer o Lucas. Naquela altura eu não estava preparado nem queria ser pai e eu sei que a partir do momento que entrar na vida do teu filho vou ser a única presença masculina frequente na vida dele. Eu sei e quero isso quando achares que for o momento certo!

— Obrigada por me contares a história com a Samantha.

— Eu não quero que nada do meu passado seja motivo para nos separarmos.

— Nós queremos estar juntos e enquanto isso acontecer vamos lidar com quem vier nos incomodar. E em relação a estares presente na vida do meu filho... eu sei que quando chegar o momento eu vou ter de competir contigo para a "pessoa favorita" dele.

— Eu nunca vou conseguir vencer essa competição quando a minha concorrente és tu. - responde amorosamente e beija-a com paixão.

 O beijo evolui rapidamente e quando Oliver se apercebe ela está sentada no colo dele com as mãos a percorrer o abdómen dele enquanto ele tem as mãos dentro da blusa dela acariciando as costas da loira.

— Felicity - diz Oliver quando se afasta dela.

— Oliver - fala da mesma forma Felicity e beija-o novamente.

— Nós não temos de... - começa Oliver, mas é interrompido pela namorada.

— Oliver! Apesar de não ter ninguém há 3 anos eu não sou uma virgem que tens de ter cuidado com as palavras e ações! Lucas lembras-te? Eu quero estar contigo. Eu confio em ti. Agora se também queres isto podemos voltar onde estávamos antes de interromperes? - pergunta mandona provocando uma gargalhada em Oliver.

— Será o nosso prazer! - responde convencido levantando-se e encaminhando-se para o quarto.

Felicity

Felicity sabia que a relação deles estava bem e não precisavam de fazer sexo para provar isso ou para continuar bem, mas eles eram dois jovens que gostavam um do outro e era praticamente impossível prolongar isto. Os dois estavam abraçados, nus e num silêncio confortável quando Felicity começou a pensar que nunca se sentiu tão amada antes.

— Em quê que estás a pensar? - sussurra Oliver com uma voz rouca quando percebe.

— Que não quero sair daqui, que nunca me senti tão bem, que depois de Lucas foste a melhor surpresa da minha vida. - inúmera a loira sussurrando também.

— Melhor noite de todas! - afirma com um sorriso e move-se para ficar em cima dela entre as pernas da loira antes de a beijar novamente e depois continuar com as caricias por todo o rosto - Eu também queria que tu ficasses aqui. Eu quero mais abraços e beijos e sexo. - diz a última com um sorriso maroto.

— E aí está o lado playboy. - diz Felicity, mas não consegue esconder o sorriso ao ver o namorado tão relaxado e amoroso.

— Para quê mentir? - pergunta e volta a beijar a loira. - Quanto tempo ainda tens antes de teres de sair?

— Eu combinei com a minha mãe estar em casa à meia noite que nem uma adolescente. - brinca Felicity e levanta o pescoço para o poder beijar novamente.

— Então só mais 20 minutos?! - diz fazendo beicinho.

— Algum plano? - pergunta prendendo-o não querendo que ele se afaste.

— Abraços e beijos porque 20 minutos não chegam para sexo! - responde com um sorriso atrevido fazendo com que ela solte uma gargalhada.

— Idiota! Convencido! Safado! - Felicity não consegue continuar a insultá-lo pois ele ataca-a com beijos por todos os lugares que consegue alcançar.

20 minutos depois Felicity está a pé a começar a vestir-se, mas Oliver não se levanta ficando apoiado no cotovelo a apreciar a namorada.

— Levanta-te! - ordena atirando-lhe uma almofada.

— Vem cá! - exige estendendo o braço.

— Nananinanão estás doido se for aí nunca mais vou embora! Vá levanta-te e veste-te que quero um beijo de despedida à porta!

— Até amanhã - despede-se Oliver depois de lhe dar mais um beijo antes de lhe abrir a porta.

—  É mais até segunda feira. - diz Felicity com um sorriso triste.

— Eu já não consigo adormecer sem o meu beijo de boa noite. - fala o bilionário já dizendo que amanhã vai passar pela casa dela.

— Fico à tua espera. Agora mais um beijo e tenho mesmo de ir.

Quando Felicity chega a casa faltam 10 minutos para a meia noite e encontra a mãe sentada no sofá a ver televisão.

— Isto são horas? - pergunta Donna assim que vê a filha.

— Eu não tenho de te dar justificação das horas a que chego a casa sou adulta e independente! E eu combinei que contigo que estava aqui antes da meia noite! Já te disse mais de uma vez que se não quereres ficar com o teu neto enquanto eu janto com o meu namorado e só dizeres!

— E a quem vais pedir ah? Vais levar o teu filho contigo? Sabes o que mais? Leva-o! Leva-o para veres como aquele canalha vai fugir com o rabo entre as pernas assim que o vir pois vai se aperceber que afinal não te quer!

— PORQUÊ QUE ESTÁS A SER ASSIM? - grita Felicity interrompendo a mãe.

— Para tu perceberes que só vais sofrer se continuares com ele!

— Não podes ver que estou feliz? Tu nem o conheces!

— Não preciso de o conhecer para saber!

— Isso é tão verdade que sabias que o pai nos ia abandonar! - diz irónica.

— Mamã? Não grites mamã - diz Lucas sonolento e confuso quando encontra as duas mulheres na sala.

— A mamã não vai gritar só estava a dizer adeus à vovó. Vamos para a cama outra vez?

— Não mamã sem sono. - diz e boceja na mesma hora.

— Eu dou muitos beijos e abraços. - afirma e pega no filho ao colo fazendo carinho nas costas do menino. - Fecha aporta quando saíres!

— Eu amo-te mamã.

— Também te amo bebé.