Rosana: A Dariganiana que conquistou Meridell escrita por Anne Claksa


Capítulo 8
Novo e feliz lar


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Um ano se passou. Agora, Rosana é uma cidadã de Meridell, e ficará ainda mais perto de Álvaro.
Boa leitura!!!



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Um ano se passou, Rosana já estava com 18 anos e morando em Meridell. Vivia em uma casinha simples de madeira, sem muito luxo, mas tinha tranquilidade e paz. A casa precisava de uma boa pintura, mas isso foi logo resolvido, Álvaro a ajudou. Pintavam e brincavam, jogavam tinta um no outro, riam, Álvaro a elogiou, dizendo que ela ficava linda de amarelo. Rosana sorriu encabulada.

Miriã, uma camponesa de cabelos marrom claro e ondulados, se tornou uma das melhores amigas de Rosana, as duas estão sempre juntas, cozinham, tomam café, conversam, trocam segredos e até brincam que se um dia tiverem filhos, eles vão ser grandes amigos.

— E o seu filho, Rosana, vai ser com o Álvaro. — Miriã riu.

— Ora, Miriã. Não leve tão a sério, eu e Álvaro somos apenas amigos. — Disse Rosana.

— Mas você queria que ele fosse mais que um amigo, não é?

— É, talvez eu queira ser mais que uma amiga do Álvaro.

— Hm, olha a cara de apaixonada dela.

Rosana deu um tapa no braço de Miriã e riu.

...

— Esse jubjub que disse que viajou no tempo e falou que Meridell não existia, que foi destruída por um reino morto? Cada besteira. — Disse Edgar. — Não é, Álvaro? Se foi destruída, como estamos aqui, hein? Álvaro, ocê me ouviu? Álvaro?

Álvaro nem prestava atenção no que o amigo falava, olhava para o teto, suspirava e pensava em Rosana, agora ela estava mais perto dele e isso o deixava muito feliz. Seus pensamentos foram interrompidos por uma almofada marrom que foi jogada sobre ele.

— Meridell chamando Álvaro, responda Álvaro. — Disse Edgar, em tom de brincadeira. — Onde estava, em Kreludor?

— Estou aqui, Ed, não precisava jogar uma almofada em mim. Eu só estava...pensando. — Disse Álvaro.

— Deixa eu adivinhar, pensando em uma moça de cabelos pretos e ondulados, com olhos pretos e que se chama Rosana.

— Virou leitor de mente agora, é?

— Não preciso ler a sua mente para saber o que está pensando, Álvaro. Basta olhar para essa sua cara de bobo apaixonado.

— Não sou bobo apaixonado. Eu gosto da Rosana, tá bom? Mas não sei se ela gosta de mim, é uma garota com modos tão delicados e veio de Brightvale, não sei se interessaria por mim.

— Bom, pelo sorriso que ela te dá, acho que está enganado. Acho que ela tem uma quedinha por você. E você tem um tombo por ela.

— Edgar, não tem que arar o campo para o seu pai plantar os legumes? — Perguntou Álvaro, irritado. — É melhor do que ficar aqui me azucrinando. E Meridell precisa desses legumes para vender.

— Tá, tá, eu vou, mas só vou dizer...tá apaixonado, tá apaixonado.

Álvaro jogou a almofada no amigo, mas ele não estava de todo errado, Álvaro tem sentimentos fortes por Rosana, ela vive, ou melhor, praticamente mora em seus pensamentos, queria tanto poder se declarar para ela, dar um beijo, mas tem medo de fazer isso e ela se afastar dele. Logo será rei de Meridell e se pergunta, ela seria uma boa rainha?

...

— Ô, Rosana. Vai ter mais uma rodada de rolar o queijo. Quer participar? — Perguntou um techo azul, assim que viu Rosana passar.

— Hoje não, obrigada. Tenho que levar essa encomenda até o castelo. — Respondeu Rosana. — Outro dia, eu participo.

Todos em Meridell eram amigos de Rosana, ela sempre foi gentil, educada e muito prestativa. Cuidou de um uni que estava doente, lhe deu água, alimento e carinho. Ajudava as crianças a ler e a escrever, também brincava e contava histórias para elas. A cada dia, conquistava a simpatia dos meridelianos e se tornou uma grande amiga deles.

Como tinha a habilidade em fazer enfeites, Rosana ficou responsável por fazer peças de artesanato e tem feito lindas peças. Um deles foi especial, um pedido feito pela rainha de Meridell, Rafaela. Rosana ficou empolgada com o pedido, mas também ficou receosa, conseguiria fazer algo tão bonito para a rainha de Meridell? Ela se esforçou e fez uma escultura de barro pintada de verde e decorada com palha. Ela chegou até o castelo, bateu no portão de madeira e foi recebida por um guarda, que usava uma armadura de ferro e meio enferrujada. Ele também a recebeu com muita cortesia e a levou até o centro do castelo. Logo a rainha Rafaela apareceu, ela tem longos cabelos ruivos brilhantes, olhos pretos. Uma postura altiva e muito elegante, seu rosto é bem parecido com o de Álvaro. Rafaela é uma rainha, mas não é muito apegada ao luxo, usava um vestido de um tom sóbrio de vermelho, com a saia um pouco rodada e sapatos um pouco gastos de camurça.

— Seja bem-vinda ao castelo de Meridell, Rosana, fique à vontade. — Disse Rafaela.

— Obrigada, majestade. — Rosana a cumprimentou.

— Não precisa ser tão formal comigo, pode me chamar só de Rafaela.

— Tudo bem, Rafaela. Eu vim trazer a encomenda que a senhora me pediu. Espero que a senhora goste. Está bem simplesinho.

Rafaela tirou a escultura do embrulho e ficou encantada com a simplicidade e delicadeza do presente.

— Está simples, mas está lindo, não gosto muito de extravagâncias. Adorei, muito obrigada. Você tem talento.

Álvaro chegou no castelo, estava com as botas sujas de lama e ele se surpreendeu ao Rosana por lá. Rafaela, ao ver que a lama estava sujando o chão, chamou a atenção do filho.

— Álvaro Meireles Duarte, tire essas botas imundas de lama, está sujando o chão que acabei de limpar.

— A senhora limpou o chão do castelo? — Perguntou Rosana, impressionada.

— Sim. — Respondeu Rafaela. — Claro que tive a ajuda das empregadas, mas eu mesma limpei chão do meu castelo. Não sou uma rainha que tem uma porção de empregados e deixa todo o serviço para eles.

— Realmente, a senhora é uma rainha diferenciada. — Rosana se lembrou de May, a rainha do Reino de Darigan. Ela possuía uma porção de empregados e deixava que eles fizessem todas as tarefas, varrer o pátio, cuidar do jardim, limpar o castelo, lavar as roupas e as louças, dentre outras; cozinhar somente algumas vezes, May cozinhava, mas na maioria das vezes, era a empregada quem cozinhava. Era o tipo de rainha que passava o dia se embelezando, cuidando da família, passeando pelo reino e contemplando os dariganios que eram produzidos na mina do reino. Por isso admirava Rafaela, é uma rainha de fibra, cuidava da família, do reino, de si mesma e ainda ajudava os empregados nos serviços domésticos.

— Oi, Rosana. — Disse Álvaro, com um sorriso bobo no rosto.

— Oi, Álvaro. — Disse Rosana.

— Álvaro, não me ouviu? Tire essas botas cheias de lama. — Reclamou Rafaela.

— Mas, mamãe... — Álvaro tentou se explicar, mas foi interrompido pela mãe.

— Nada de reclamar, rapazinho. Vá tirar essas botas, agora.

— Sim, mamãe. — Álvaro foi desanimado em direção a escada e disse para Rosana. — Depois no falamos.

— Ah! E quando voltar, procure seu pai, ele quer conversar com você sobre a cerimônia da sua coroação, que será semana que vem.

— A coroação do Álvaro já está chegando? Nossa, como o tempo passou rápido. — Disse Rosana.

— É, faço 18 anos essa semana e os preparativos para a minha cerimônia de coroação, estão indo a todo vapor. E você, Rosana, está mais que convidada. Conto com a sua presença. — Disse Álvaro, empolgado.


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Notas finais do capítulo

Um jubjub se parece com uma bola de pêlo com pés.



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