Quase um mês escrita por annaoneannatwo


Capítulo 10
Capítulo 10




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Domingo sempre foi um dos dias favoritos dela. Não porque não tem aula e ela pode dormir até mais tarde, embora isso seja bom também, e mesmo que às vezes bata um pequeno desânimo lá pelo fim de tarde, quando começa a escurecer, indicando que mais uma semana de muito trabalho duro tá pra começar, Ochako ainda assim adora os domingos, independente do clima.

Este domingo em específico está ensolarado, e cigarras fazem seu barulho ecoar tão alto que parecem estar dentro do Heights Alliance. Ela talvez preferisse que estivesse chuvoso como ficou uns dias atrás, assim poderia curtir seu domingo da maneira mais preguiçosa possível, mas assim que abriu a janela e viu o sol inundar o quarto com seu brilho e calor, ela não achou ruim também, quem acharia um dia lindo como esse ruim?

E não demorou a ficar melhor. Logo depois de terminar a louça do café da manhã, Ochako se surpreendeu com barulhos na entrada frontal do prédio, não esperando que algum de seus colegas fosse aparecer por aqui nas férias, ainda mais no domingo. Mas alguém apareceu.

Não só uma pessoa, mas duas.

— Tsu-chan! Kyouka-chan! — Ochako não se conteve e correu pra abraçar as duas garotas com a maior empolgação possível. A Kyouka, claro, ficou um pouco surpresa e meio sem jeito com o abraço caloroso, mas a Tsu só a abraçou de volta com força.

— Viemos fazer uma visita, ribbit.

E o que se seguiu foi um final de manhã extremamente agradável com as três sentadas no sofá da sala de convivência, conversando e bebendo um suco delicioso que a Tsu trouxe. A Kyouka estava com um de seus violões e ficou dedilhando-o, improvisando melodias preguiçosas enquanto elas jogavam papo fora. Um dia completamente normal, como tantos outros em que as meninas se reúnem para ficar de bobeira, mas que teve algo de especial por ser durante as férias, em um dia que Ochako tinha certeza que passaria completamente sozinha.

Ela não tem que trabalhar hoje, e embora não seja exatamente uma atividade relaxante, ainda é algo que a faz sair de casa e ver gente, conversar, tem até um colega de sala dela com quem Ochako pode interagir por algumas horas enquanto estiver na casa dele, então não deixa de ser bom pra ela. O Bakugou pode ser meio difícil às vezes, mas ela ainda assim vem se divertindo com as conversas que eles andaram tendo. 

A morena não tem ideia no que deu nele de acompanhá-la até a estação, mas não achou ruim, muito pelo contrário, encarou isso como uma abertura pra continuar conversando com ele, mesmo que por mensagem algumas horas depois, e ele topou! O Bakugou não tem papas na língua e já teria dito aos berros que a acha irritante se fosse o que ele pensa, mas… como nada disso aconteceu, e ele segue dando abertura, Ochako continuará se aproximando como dá. Nunca esteve em seus planos aprofundar a amizade com ele  — se dá pra chamar assim — por meio de trabalhar pra mãe do Bakugou, mas se a mãe dele não se importa, nem o próprio Bakugou, por que não?

Ele só podia maneirar nos ataques gratuitos ao Deku, ela jurava que ele tinha parado com isso, mas vai ver ainda é força do hábito. Contanto que Ochako não tenha que entrar em uma briga pra defender seu melhor amigo — o que ela faria sem pensar duas vezes — ela está feliz em se aproximar do loiro explosivo.

— Muito gostoso, ribbit. — a Tsu dá seu veredicto quando experimenta o picolé que Ochako fez ontem, o que a faz sorrir em satisfação e orgulho.

— Só espero que não esteja doce demais pra vocês. Pra mim tá perfeito, mas acho que só eu gosto de coisa bem doce, né?

— Não, tá bem gostoso mesmo. — a Kyouka concorda — Só não sei se consigo comer muito, e você fez um monte!  — ela comenta, e Ochako lembra da cara de surpresa da garota de cabelos roxos ao ver o congelador lotado de coelhinhos alaranjados espetados por palitos — Você tava prevendo que a gente ia aparecer?

— Não, eu só ganhei esses caquis do Deku-kun ontem, e o Bakugou-kun me disse que eles tavam pra passar, então pensei em como aproveitá-los ao máximo, aí foi isso que saiu. Ah, tem mousse também! O Bakugou-kun me ensinou a fazer! Vocês querem?

— Hã… talvez depois, primeiro eu quero tentar entender o que você disse. — ela franze o cenho.

— Hã?

— O Midoriya te deu caqui?

— Uhum, um monte. A mãe dele que ganhou e deu algumas pra mãe do Bakugou-kun, aí ele me deu também.

— Hum… ok. 

— Não é um presente muito convencional, ribbit.

— Acho que nem conta como presente, ele só foi prático e gentil. — ela coça a cabeça, meio sem graça.

— Claro. — ela lambe o picolé — Tá, essa parte eu até que entendi, agora quero entender a parte do Bakugou te ensinando a cozinhar, de onde veio isso?

— Ah, eu achei que sabia fazer mousse, mas não sabia, e então liguei pro Bakugou-kun, aí ele me ensinou. Ficou meio grosso, mas tá gostoso.

— Ok… — a Kyouka a olha de um jeito estranho.

— Nunca imaginaria que ele teria paciência pra ensinar alguém o que quer que fosse, ribbit.

— É, foi daquele jeitão dele, né? Mas… ainda assim, ele foi legal e prestativo.

— Acho que a única outra pessoa que eu já ouvi chamá-lo de prestativo foi o Kirishima. Agora, “legal” eu nunca ouvi. — a Kyouka comenta.

— Vocês estão se tornando amigos por se verem todo dia na casa dele, Ochako-chan?

— Eu acho que sim. Ele não fica mais escondido no quarto o dia inteiro enquanto eu tô lá, e ontem ele até foi comigo na estação, acreditam?

— Sim e não, se isso faz sentido. — a Kyouka responde.

— Que bom que você tem alguém com quem conversar, Ochako-chan. Estávamos preocupadas por você ficar sozinha nas férias, até por isso marcamos essa visita surpresa, ribbit. A Tooru-chan queria vir também, mas ela foi pra casa da vó hoje, ribbit. E você sabe que a Mina-chan e a Yaomomo-chan estariam aqui também se não estivessem viajando.

— Ah, claro! E eu agradeço muito pelo carinho e preocupação, eu fiquei feliz demais de ver vocês!

— A gente também tá feliz, mas né? O Bakugou atrapalhou nosso plano. — a Kyouka balança a cabeça.

— Plano?

— É, ué. A ideia era vir aqui te salvar do seu tédio e solidão, mas… você não parece tããão sozinha e entediada, e é tudo culpa dele! — ela ergue um punho e finge estar com raiva.

— Pffft, que dramática!  — Ochako não contém a risada — Fora que a gente ia se ver sábado que vem no festival, não ia?

— Ah, o festival… — a expressão da Kyouka muda na hora — Não sei se eu vou, hein?

— Por que não, ribbit?

— É por causa do que a Mina-chan falou? Sobre o Kaminari-kun?

— Ugh, sim! Eu nem sei o que é pior! Ter ficado sabendo antes, ou só aparecer lá no dia e tomar uma confissão na cara sem aviso nenhum. — ela resmunga e abaixa a cabeça.

Ochako e Tsu se entreolham.

— Será mesmo que seria sem aviso nenhum? — a morena questiona.

— Hã?

— Kyouka-chan, o Kaminari-chan não é lá o garoto mais sutil do mundo, ribbit. Ele está dando sinais há meses. Você não é densa, tenho certeza que já tinha percebido, ribbit.

— Eu… ah, eu… acho que só não queria pensar muito nisso.

— Por quê, ribbit? Você não gosta dele?

— Não é bem por aí…

— Ou não é nada por aí. — Ochako a corrige.

— Olha só, espertinha, não é porque a Mina não tá aqui que você vai ficar fazendo o papel dela, hein? Pode parar com isso aí! — a garota de cabelos roxos lhe atira uma almofada, que Ochako pega aos risos.

— Eu acho que você quer ir ao festival, ribbit.

— É claro que ela quer!

— Além do mais, que diferença faria, ribbit? Ele arranjaria outra ocasião para se declarar, você não conseguiria fugir dele pra sempre, ribbit. — a Tsu joga outra tijolada de honestidade com a mesma expressão inocentemente impassível de sempre.

— É, pois é… é melhor ir e acabar com isso logo.

— Nossa, você faz soar como se fosse horrível! — Ochako aponta.

— Ah, e vai dizer que você levaria numa boa se… sei lá, o Midoriya se declarasse pra você?

Ochako arregala os olhos.

— Isso… isso nunca ia acontecer.

— Ué, por que não? O Kaminari até pode ser mais óbvio, e esse negócio de dar caqui é meio esquisito, mas como é que você sabe que essa não é uma dica do que o Midoriya quer com você, hein?

A Kyouka tem um tom permanentemente sarcástico, é algo que a Mina apontou uma vez e todas as meninas passaram a perceber também, ela sempre soa mais debochada do que realmente gostaria, e agora isso é bastante óbvio. Fosse qualquer outra pessoa, Ochako acharia que ela está tentando desviar o foco ao ser colocada em uma posição vulnerável ou mesmo tentando ser meio maldosa, mas realmente não é o caso. É só o jeito da Kyouka mesmo, e só por isso Ochako mantém o sorriso sereno ao responder com tranquilidade.

— Eu só sei.

— Hã?

— Eu e o Deku-kun… com certeza não é nada disso. Eu só sei que ele não me vê desse jeito, e… — ela suspira — já tem um tempo que eu não o vejo assim também.

— Ah… — ela parece ficar sem-graça — Bom… se você diz, quem sou eu pra contrariar?

— Acredite, foi um choque pra mim também quando ela me disse isso, ribbit.

— Você não pareceu chocada, Tsu-chan. — Ochako ri.

— Eu só não quis demonstrar muito, ribbit. Mas fico feliz que você conseguiu organizar seus sentimentos, Ochako-chan.

— É, eu… eu também fiquei bem feliz. — ela dá um sorriso sem jeito.

— E a gente achando que a Momo era a mais madura de nós. — a Kyouka observa — Me ensina a ser assim?

— Hahaha, vocês fazem soar como se eu tivesse tudo super decidido e organizado dentro da minha cabeça, não é bem assim.

— Bom, melhor que eu você já tá.

— É, eu não ficaria fugindo de uma confissão como você quer fazer, Kyouka-chan! 

— Eu muito menos, ribbit. Ainda mais se fosse do menino que eu gosto…

— Vocês parecem ter muita certeza de que eu gosto do Kaminari. — ela abre um sorriso debochado.

— É que você é tão pouco óbvia quanto ele, ribbit.

— Que atrevida, Tsu-chan!

A Kyouka atira outra almofada, mas a garota de cabelos verdes não a pega, acaba se abaixando antes que o objeto a atinja. Mesmo que ela nem tenha jogado com muita força, a almofada voa pela sala e vai parar na porta da entrada. 

Ou pararia, porque um outro visitante a pega com um reflexo impressionante.

— Opa! —  o Kirishima segura a almofada e a joga de volta para a Kyouka — Tá cheio aqui, hein?

— Tem literalmente só três pessoas aqui. — a Kyouka diz.

— Três pessoas a mais do que eu esperava encontrar aqui. — ele se inclina um pouco e vê Ochako sentada no chão, próxima à mesa de centro — Ou duas. Você não trabalha hoje, né, Ura?

— Não. Você também não?

— Não. Tô de folga hoje.

— Ah, e você veio aqui porque o Bakugou-kun pediu? — ela pergunta.

— Hã?

— Ele disse que ia falar pra você e pros meninos virem aqui me ajudarem a acabar com um estoque de picolé de caqui que eu fiz.

— Hahaha, ele disse isso? — ele dá risada — Desculpa te decepcionar, não tô aqui pra isso, não. Mas eu aceito um picolé, se você quiser me dar.

— Claro, pode pegar mais de um, inclusive.

— Valeu! Vou aproveitar que vim aqui pra pegar o cooler que a gente comprou no ano passado e levar alguns picolés, vou fazer a vontade do Bakugou.

— Ah, claro. Fica à vontade.

— Obrigado mesmo! Aí, se alguém perguntar, eu que levei o cooler porque vou pra praia com os moleques hoje, mas até amanhã eu trago de volta, beleza?

— Não acho que ninguém iria perguntar sobre o cooler que basicamente só você, o Kaminari-chan e o Sero-chan usam, ribbit.

— Ué, sei lá, só tô avisando pra ninguém criar caso.

— Pois é, vai que o Todoroki descobre e começa a se sentir pressionado por ser o único cooler disponível pra sala toda. — a Kyouka comenta, e todos riem.

— Vocês vão pra praia, ribbit?

— Uhum! A gente não tinha nada planejado, mas aí eu tava de folga, vi que finalmente abriu um tempo bom e chamei os caras pra ir pra praia, aí eles toparam de improviso, por isso tô aqui agora pra levar o cooler. Aliás, desculpa por só ter chegado sem avisar e atrapalhado o papo de vocês!

Só então Ochako se dá conta de que realmente nem percebeu quando o Kirishima entrou, o que significa que ela não tem ideia do quanto dessa conversa ele poderia ter ouvido. Não que seja um enorme segredo o fato de que ela não gosta mais do Deku e de que eles de fato são apenas grandes amigos, mas ainda assim é meio embaraçoso saber que alguém que não é totalmente de seu círculo de confiança ouviu isso. Até onde ela sabe, o Kirishima não é de fazer fofoca, e ele nem tem porque ou pra quem contar sobre isso, mas ainda assim… ela espera que ele não tenha ouvido.

Mas bom… pior seria se ele tivesse ouvido a parte da Kyouka falando do Kaminari! O Kirishima é um dos melhores amigos dele, com certeza sairia correndo pra contar o que escutou, não porque é fofoca, mas porque é algo que amigos fazem. Ela contaria pra Kyouka caso escutasse o Kaminari falando algo dela nesse sentido, pelo menos, então não imagina porque o Kirishima não faria o mesmo caso tivesse ouvido algo.

O que ela torce pra que não tenha acontecido. A Kyouka começou a conversar normal com o ruivo quando o viu, mas Ochako notou um breve segundo dela um pouco em choque ao ver o garoto ali, com certeza se perguntando a mesma coisa sobre o quanto daquela conversa bastante íntima foi ouvido.

— Tá de boa, só tira uma foto do Kaminari todo torrado de sol pra eu zoar e a gente fica quite.

— Pô, sacanagem! — ele balança a cabeça — Pode deixar que eu mando! — eles riem de novo — Não, mas esse rolê tem tudo pra ser épico! Se tudo der certo, até o Bakugou vai!

— Sério? — Ochako pergunta em surpresa.

— Uhum, enquanto a gente tá aqui conversando, o Kami tá numa missão de tentar convencer o Bakugou a ir.

— Ah, então não é certeza. — a Kyouka ri em escárnio.

— Você, melhor que ninguém, deveria saber que não dá pra subestimar o poder de convencimento do Kami.

— Por que eu "melhor que ninguém"? — ela ergue uma sobrancelha.

— Ué, pra quantos rolês você foi sem saber como chegou ali?

— Alguns… muitos. — ela admite.

— Pois então. Enfim, tô contando com ele pra arrastar o Bakugou. 

— Ah, será que foi o Kaminari-kun que o convenceu a ir no festival sábado que vem? — Ochako questiona.

— Pô, verdade! Vou pedir pra ele tentar convencer o biriba nessa também.

— Mas o Bakugou-kun vai. Ele me falou que ia, pelo menos. — ela afirma, lembrando-se da mensagem dele na noite anterior. Foi meio do nada, mas Ochako ficou feliz ao lê-la.

— Falou, é?

— Uhum! Ele não te falou, Kirishima-kun?

— Não. —  ele a olha por alguns segundos e volta sua atenção pro celular — Que raridade, o Biriba saindo pra dois rolês… Vai ver ele não vai querer ir na praia por causa disso. — ele ergue a cabeça e as olha — Vocês querem ir, aliás?

— No festival ou na praia? — a Kyouka pergunta.

— Na praia.

— Passo. — ela responde quase sem esperar o ruivo terminar de falar.

— Vocês pretendem fazer o quê lá, ribbit?

— Nada demais, só nadar, ficar de bobeira, beber suco, refri… tomar o picolé que a Ura deu pra mim. — ele abre um sorriso brincalhão pra ela.

— Parece divertido, ribbit. Mas eu não quero ir sem a Ochako-chan e a Kyouka-chan.

— Ai, chantagem emocional assim na cara dura, Tsu-chan? — a Kyouka faz uma careta.

— Eu só acho que ficaria um pouco deslocada só com os meninos, ribbit. Sem ofensas, Kirishima-chan.

— Nah, de boa. Eu entendo.  — ele dá de ombros.

— Ugh, eu nem sei se tenho roupa de banho. — a Kyouka grunhe — E você, Ochako, quer ir?

— Ah, eu… — Ochako fica dividida, porque realmente parece divertido, uma ótima maneira de curtir ainda mais um domingo ensolarado como esse, mas… bem, não é um grupo com o qual ela tem assim tanta intimidade, mesmo que goste muito deles. Fora que ela nem tem dinheiro pra pegar ônibus nem trem ou pra comprar comida lá.

— Eu pago o ônibus pra você, Ochako-chan. — a Tsu parece ler os pensamentos dela.

— Não, Tsu-chan, imagina!

— Eu insisto, ribbit. É minha forma de agradecer, se você topar.

— Eu… — ela se vê acuada — Eu acho que também não tenho roupa de banho.

— Ah, mas nem precisa se vocês não forem entrar na água. — o Kirishima diz tranquilamente, alheio ao fato de que o que a Tsu mais gosta de fazer na praia é tomar banho de mar, e seria bem sem graça só ela na água com Ochako assistindo de longe — E qualquer coisa, a Mina tem um monte de biquini sobrando que eu sei, eu tenho uma cópia da chave do quarto dela, se vocês quiserem. Posso mandar mensagem e perguntar se ela libera.

— Você… você tem uma cópia da chave dela? — a Kyouka arregala os olhos.

— É, vai que tem alguma emergência, sei lá. — ele responde casualmente enquanto digita algo no celular, não percebendo porque isso é tão curioso. Ochako só não reage como a amiga de cabelos roxos porque sabia disso já tem um tempinho — Vocês só não vão se não quiserem, de verdade.

— Eu… — Ochako olha pra Tsu com seus grandes olhos que, por mais que não expressem de maneira clara, contêm uma súplica impossível de se ignorar — Tá bom, acho que vou pegar um biquíni da Mina-chan. Mas… a gente não pode só largar a Kyouka-chan aqui…

— Ah, é verdade, ribbit. — as duas se entreolham.

— Aargh, vocês deviam ser proibidas de apelar assim! — ela resmunga, levando a mão à testa — Tá bom, vai. Mas eu não vou entrar na água. Só vou ver se deixei algum par de roupa mais fresquinha no meu quarto.

— Fechou, então! — ele sorri, eu vou organizando as coisas aqui e vocês vão lá pegar as coisas de vocês. Não precisam levar nada de beber e comer, se não quiserem, beleza? O Sero foi comprar as bebidas, eu tô levando os picolés da Ura e… — ele olha pro celular — o Bakugou vai também, ele vai querer que tenha comida “que preste”, então pode contar com ele nessa parte.

— O Kaminari convenceu ele mesmo? — a Kyouka pergunta.

— É, mas eu dei uma forcinha. — ele balança o celular e dá uma piscadinha. O que será que isso quer dizer? 

— Legal, ribbit. Vou ao meu quarto trocar de roupa! — ela se levanta, claramente empolgada. Ochako não teria como dizer não pra isso com sua melhor amiga animada desse jeito.

Ochako pede a chave reserva do Kirishima em busca de um bíquini depois de confirmar com ele que a amiga rosada permitiu. O tamanho das duas é parecido, o único problema é os modelos, mas bom… é isso ou tentar se enfiar no velho e surrado maiô do uniforme, que nem deve estar servindo muito bem também. Além do mais, ela meio que quer vestir uma roupa de banho bonitinha uma vez na vida.

Depois de escolher um que parece o menos exagerado em cor e com um pouco mais de tamanho, Ochako vai se trocar. Ela pode ter topado apenas para agradar a Tsu depois que a amiga se deu ao trabalho de vir visitá-la em um belo domingo de férias quando podia estar fazendo qualquer outra coisa, mas… quando coloca o biquíni e se olha no espelho, Ochako começa a se sentir empolgada com a ideia de ir pra praia. 

Seria legal se o Deku, o Iida e o Todoroki fossem também, mas não tem como ficar entediada com a companhia do Sero, do Kaminari e do Kirishima. 

Ah, e do Bakugou também. Ochako está curiosamente animada para vê-lo lá. Não só porque ela quer que ele experimente seu picolé, mas também porque só parece legal vê-lo fora do trabalho, pra variar um pouco.


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Notas finais do capítulo

Uma fic de verão que não tem um capítulo de praia? Impossível! Então sim, é esse rumo que estamos tomando, farei o possível pra garantir o fanservice que se espera desse momento huahuahaus

Obrigada por ler! Espero que esteja curtindo!



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