Nossa Noite escrita por Karina Mendonça Fritezwanden


Capítulo 10
Capítulo 10




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Betty estava na sua sala organizando suas coisas. _Vou pegar tudo e colocar na minha bolsa, afinal amanhã é meu último dia aqui nessa empresa.

Enquanto Betty guarda seus pertences, ela se lembra de tudo o que aconteceu a algumas horas atrás. Ela passa as mãos pelos braços e pelo seu colo. _Eu não acredito que fizemos amor aqui dentro dessa sala. Eu não acredito que fui dele mais uma vez! Ai meu Deus, até quando? Até quando meu corpo vai fraquejar perante seus beijos perante suas caricias!

—Betty não seja boba, ele sente nojo dos seus beijos, de suas caricias. Nesse momento lagrimas começam a rolar dos olhos de Betty.

No estacionamento da Ecomoda.

Armando para o carro, ele passa a mão nos cabelos. Arruma a gravata e passa um pouco da loção pós barba que tinha no carro.

—É isso aí Armando, hoje a Betty não me escapa... não me escapa! Ele desce do carro e segue para o elevador.  

Armando entra no elevador ajeitando o palito. Aperta o botão do segundo andar a porta abre e Wilson que estava com um pirulito na boca quase se engasga.

—Pof...pof pof... Doutor? O que faz aqui a essa hora?

—Nada, eu vi resolver algumas coisas. Armando passa por Wilson se segue para a presidência.

Wilson segue Armando.

—Tem certeza que não precisa de nada doutor.

—Tenho certeza sim.

—Então o que o senhor está fazendo aqui a essa hora?

— Por quê? Por acaso você se incomoda por eu estar aqui?

—Não, eu simplesmente acho estranho?

—Estranho? Por que? Porque você não pode dormir.

—Não doutor, eu simplesmente acho estranho.

—Wilson, some daqui!

—Eu não posso sumir doutor, os ladrões entram e podem roubar a empresa!

—Você andou bebendo?

—Não foi o senhor.

—Eu bebi?

—Sim, o senhor está cheirando a bebida.

—Tô cheirando a bebida? Não, não estou, é você!

—Não é o senhor doutor...

—Fora daqui está despedido!

—Não doutor...

—FORA! Armando grita e enquanto Wilson corre no sentido do elevador.

Armando abre a porta da presidência com um sorriso tão largo que se via de longe, ele esfrega as mãos e segue para a sala de Betty.

Ao abrir a porta Armando vê Betty de cabeça abaixada na mesa chorando.

—Meu amor? Armando corre em direção de Betty.

Armando puxa a cabeça de Betty com ternura.

—O que foi meu amor, o que está acontecendo?

—Não doutor, nada! Betty fala se levantando de sua mesa limpando os olhos.

—Como foi o desfile?

—Bem! As pessoas estavam fechando negócio lá mesmo... parece que nos salvamos. Tudo está dando certo Betty.

—Que bom doutor! Eu fico feliz pelo senhor, a Ecomoda vai muito bem.

— A Ecomoda vai muito bem? Não Betty nos vamos muito bem, nós vamos muito bem. Você fez o balanço?

—Sim doutor está aqui. Betty pega uma pasta azul e mostra para Armando.

—Meu Deus Beatriz, eu estou feliz, finalmente estou vendo uma luz no fim do túnel. Obrigado, muito obrigado. Armando coloca a pasta na mesa de Betty e começa a beijá-la.

—Não doutor...

—Beatriz me desculpa me desculpa, mas não te resisto. Armando continua a beijar Betty.

Os beijos continuam quentes, Armando começa a tirar o casaco de Betty, quando o telefone toca!

—Mas que droga! Armando reclama.

—Presidência Ecomoda?

—Doutora a senhora pediu um táxi? Wilson fala ao telefone.

—Sim, eu já desço. Obrigada Wilson. Betty desliga o telefone e pega sua bolsa.

—Como assim, já desço... quem veio te buscar? Armando pergunta.

—É o táxi que eu pedi doutor.

—Um táxi, como assim um táxi? Pra onde você vai?

—Pra minha casa doutor!

—A não você não vai, nós vamos passar essa noite juntos. Armando fala se aproximando.

—Doutor amanhã vai ser um dia muito difícil pro senhor, é melhor pegar o balanço e estudar pra reunião de amanhã. Por favor doutor pegue isso...

—Não, nem me entrega isso porque eu não vou conseguir entender, a única pessoa que pode apresentar esse balanço amanhã é você Beatriz.   

—Certo doutor, boa noite! Betty ia passando por Armando e ele a puxa pelo braço e lhe pede um beijo.

—Doutor, o senhor sabe que eu não gosto dessas coisas no escritório...

—E você sabe que eu adoro! Armando puxa Betty e lhe dá um beijo. O beijo vai ficando mais quente... o telefone toca.

Armando pega o telefone e grita. _O QUE É?

—Doutor, a doutora Pinzón já saiu? O táxi está esperando.

—Mande-o embora, eu vou levar a Betty pra casa.

—Não doutor.... Betty fala, mas Armando desliga o telefone.

—Doutor, eu precisava daquele táxi, agora vou ter que pedir outro. Betty fala se aproximando do telefone.

Armando pega o telefone das mãos de Betty e fala. _ Ligue pra sua casa.

—Ligar pra minha casa, por quê?

—Só ligue e me passe o telefone.

Betty obedece, e passa o telefone pra Armando quando começa a chamar.

—Alô?

—Seu Hermes como vai? Aqui é Armando Mendonza!

—Olá doutor, boa noite. Eu gostaria de saber onde está a minha filha.

—Seu Hermes por causa da reunião de amanhã, vamos trabalhar até muito tarde. Eu acabei de chegar aqui na Ecomoda eu vim buscar a Betty, pra levá-la ao coquetel, preciso dela pra fechar alguns negócios... o senhor sabe ela é meu braço direito.

—Sim doutor eu sei, só que já está tarde e a menina trabalhou muito, a que horas o senhor vai trazê-la?

—Seu Hermes, eu sei que está tarde. Nós vamos para o coquetel, eu já deixei um quarto reservado pra ela descansar no hotel, pra que ela possa descansar.

—E o senhor vai dormir onde?

—No meu apartamento seu Hermes.

—E amanhã, quem vai trazer a menina?

—Eu levo ela amanhã seu Hermes.

—Bom, está bem... se o senhor se responsabiliza pela menina. Mas lembre-se doutor. O diabo é porco.

—Sim seu Hermes obrigado. Armando desliga o telefone e dá um sorrisinho safado para Betty.

Então vamos?

—Pra onde vamos doutor?

—Pro meu apartamento!

Continua...       

  


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