Millennium Odyssey: Réquiem do Último Solstício escrita por Aquele cara lá


Capítulo 17
Ondas de guerra




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O grupo sai do navio. Todos estão olhando para todos os lados, maravilhados com a caverna.

"Whoa… ! Luna ama coisas brilhantes que parecem com estrelas !" - Luna diz.

"Aqui realmente parece ser uma base completa." - Galadriell diz. "Vejo uma área de treinamento, uma doca com navios, aposentos, uma área de lazer..."

"Vocês realmente pensaram em tudo, huh ?" - Kaito diz.

Mary concorda com sua cabeça. "Yup. Precisamos estar preparados pra qualquer ocasião. Então uma base com tudo o que um bom pirata precisa é essencial ."

"E o que são essas coisas no teto ?" - Cirius pergunta.

"É. Parecem estrelas." - Mira diz.

"Já era assim, quando descobrimos o lugar." - Fulgur diz.

"São uns cristais que se formaram no teto. Eles brilham um pouco, que nem estrelas. Então… Meio óbvio de onde veio o nome." - Vipera diz.

"Também achei uma beleza, quando vi pela primeira vez." - Rosaria diz. "Uma de minhas atividades favoritas é sentar na doca e olhar para a água calma e os cristais. Qualquer estresse que você tem desaparece em minutos."

"Legal." - Cirius diz.

"Claro, toda cidade precisa de um lugar para as pessoas ficarem olhando." - Mary diz.

"Qual é, capitã ! Tira essa ideia da cabeça !" - Fulgur diz.

"Eu sou uma pirata de princípios ! E um deles é ter minha própria cidade !" - Mary diz, brava.

"E você quer uma cidade pra… ?" - Kaito pergunta, confuso. "Todo o conceito de ser pirata não é liberdade e essas coisas de gente que não gosta de seguir regras e tomar banho ?"

"É por isso que eu quero fazer uma cidade bem aqui." - Mary diz. "Chega uma hora que essa vida precisa dar uma pausa, ou você enlouquece. É bom saber que existe um lugar que vai te aceitar de braços abertos, independente do seu deus, raça, ou qualquer que seja sua escolha de vida."

"Heh, não somos diferentes, então." - Cirius diz.

"Marido e Luna também querem fazer uma cidade onde todo mundo pode ser feliz." - Luna diz.

"A diferença é que a gente já começou." - Cirius diz.

"Você tem uma cidade ?" - Rosaria pergunta.

"Suldania. Fica lá em Nah'Bah." - Cirius diz.

Rosaria sorri. "Que esplêndido, Cirius ! Papai amaria saber disso."

"…Acho que ele ia gostar…" - Cirius diz, cabisbaixo. "Bom, vamos discutir sobre o futuro depois que garantirmos que ele vai existir."

"O carinha tem razão. A gente precisa ajudar o capitão." - Kaito diz. "Ih, rimou !"

"Vocês mencionaram que têm um plano, não ?" - Galadriell pergunta.

"Pode crer que a gente tem." - Vipera diz.

"Somos piratas. Sempre temos um plano ou dois na manga." - Fulgur diz.

"E se os dois falham, a gente usa a cabeça." - Vipera diz. "E os punhos."

"Vamos pra um lugar melhor pra discutir." - Mary diz. Ela vai embora.

O grupo segue Mary. Algum tempo depois. Todos estão sentados em uma mesa redonda. Há um mapa na mesa.

"Explique-nos o que quer fazer." - Galadriell diz.

"Bom, vamos começar do começo." - Mary diz. "Nosso objetivo é resgatar Decker e todas as outras pessoas que o Imperador dos Oceanos raptou. Para isso, claramente nós vamos ter que entrar na prisão dele."

"Vocês já estiveram lá, certo ?" - Èris pergunta. "Sabem como é o local ?"

"Dos pés à cabeça." - Vipera diz.

"O que acontece é o seguinte: depois que o Kraken destrói seu barco, você cai no Poço dos Pecados. Poço dos Pecados que leva diretamente pra Sastasha, a prisão, esconderijo e por aí vai do otário dos oceanos." - Fulgur diz.

"Sastasha é uma rede de cavernas interligadas que serve como o esconderijo, prisão e várias outras coisas do Imperador dos Oceanos. O que significa que tudo que ele tem vai estar lá, inclusive uma frota inteira dos piratas mais malvados que ele conseguiu encontrar." - Mary diz.

"Ótimo, já sabemos a situação. Agora, como entramos ?" - Cirius pergunta.

"Pelo lugar que saímos." - Mary diz.

"A gente tinha cavado uma saída, junto com outros presos pra escaparmos." - Vipera diz. "Vamos usar isso pra entrar no lugar."

"Certo. E quando estivermos dentro ?" - Mira pergunta. "Porque eu tenho quase certeza de que o lugar vai ser labiríntico pra caramba."

"Não vai ser muito difícil achar os presos, com todo o barulho que eles fazem." - Fulgur diz.

"Compreensível." - Kaito diz.

"Mas se Luna, amigos e piratas vão entrar por onde piratas saíram, por onde vamos sair ? Porque Luna tem quase certeza de que saída vai estar bloqueada." - Luna diz.

"Isso é um bom ponto, na verdade." - Mary diz. "É simples: a gente abre um buraco novo e vai embora."

"Meio idiota, mas deve servir." - Kaito diz.

"Hmm… É um plano. Não posso dizer que é bom, mas também não posso dizer que não funcionará." - Galadriell diz. "Mas há algumas falhas. Por exemplo: se esse Imperador dos Oceanos simplesmente tem o controle sobre o que parece ser a besta mais temida por todos os piratas, o que impede ele de simplesmente chamar a criatura para seu socorro ?"

"Absolutamente nada." - Mary diz.

"Seria mais inteligente se dividisse as forças e assegurasse de que mais ajuda não pudesse chegar." - Galadriell diz.

"Isso, uh, é bem mais inteligente." - Vipera diz. "Se fosse por mim, eu ia simplesmente chegar, destruir tudo e ir embora."

"…Não me surpreende você ter sido pega…" - Kaito diz.

"Eu nunca disse que era inteligente !" - Vipera diz, brava.

"Bom, eu diria que o plano está bom o suficiente." - Èris diz. "Não temos uma força super treinada, muito menos terreno adequado para um confronto. Então teremos de trabalhar com o que temos."

"Eu te garanto que os Black Lambs não são bem treinados, mas têm uma sede por destruição maior do que um barril de pólvora do lado de uma casa cheia de pólvora." - Mary diz, orgulhosa de si.

"Ok…" - Kaito diz, confuso.

"E então ? Quando vamos pôr o plano em prática ?" - Mira pergunta.

"Assim que todos estiverem descansados." - Mary diz.

"Maravilhoso. Me aponta onde ficam os aposentos e eu vou pra lá rapidinho." - Kaito diz.

"Você só pensa em dormir ?!" - Èris pergunta, brava.

"Não. Eu também penso em comer o quanto quiser, cometer crimes hediondos e irritar o máximo possível toda e qualquer pessoa que eu conheço. Mas eu sou preso pelas correntes da sociedade conhecidas como 'leis' e 'moralidades'." - Kaito diz.

"Eu…" - Èris diz, não conseguindo achar palavras. "Eu acho que namoro um sociopata…"

"Não, você namora um cara legal." - Kaito diz. "Agora vamos, mulher. Eu tenho muito amor pra te dar." - Ele se levanta, puxa Èris e vai embora.

"Algumas vezes, me pergunto se eu é quem estou ficando maluca…" - Galadriell diz, confusa.

"Concordo…" - Cirius diz.

"Bom, ignorando isso, as camas ficam na segunda sala, caverna número três." - Mary diz.

"Valeu. Eu realmente preciso de um descanso, depois dessa confusão toda." - Mira diz.

"E eu também me sinto um trapo." - Cirius diz.

"Luna pode ajudar marido a relaxar-" - Luna diz, sendo interrompida por Cirius, que se levanta e vai embora.

"Tô vazando !" - Cirius diz.

"Espera Luna, marido !" - Luna diz, se levantando e indo atrás de Cirius.

Algum tempo depois.

Cirius está deitado em uma cama, dormindo. Ele começa a acordar. "Eh… ?" - Cirius ouve uma doce voz cantarolando. "Ah, qual é… !" - Ele pega Yaldabaoth e segue a voz. Cirius chega até a doca, onde se surpreende ao ver Rosaria sentada, vislumbrando a água e o teto cintilante. Ele se aproxima dela e se senta ao lado de sua irmã.

"Perdão. Eu te acordei ?" - Rosaria pergunta, preocupada.

"N-Não ! Eu só não consigo dormir mesmo." - Cirius diz.

"Eu posso fazer cafuné em você até dormir. Que tal ?" - Rosaria pergunta.

"Nah. Mas valeu." - Cirius diz. Ele se aconchega mais ao lado de Rosaria. "Tem uma coisa que eu sempre quis te perguntar."

"Vá em frente." - Rosaria diz.

"Como é... Bom, você sabe. Como é ser revivido ?" - Cirius pergunta.

"Um pesadelo eterno. Todo santo dia, hora, minuto, segundo e milésimo eu sou atormentada por vozes me dizendo que eu não deveria existir. E, o pior de tudo, essas vozes soam como meus amigos." - Rosaria diz.

"Uh… Cacete…" - Cirius diz, perplexo.

Rosaria sorri. "Mas fora isso, é tudo bem normal."

"Eu tô é começando a achar que não tem nada de normal nesse mundo." - Cirius diz.

"Normal é uma palavra meio vaga." - Rosaria diz. "O que é ser normal ? Eu digo que é ser algo estabelecido como comumente visto pela sociedade, dado o fato de ser presente no dia rotineiro de todos."

"Mas isso significa que toda essa confusão é normal, já que existe há um ano inteiro." - Cirius diz.

"E é por isso que odeio discutir sobre conceitos humanos. Você pode juntar mil músicos em uma praça, lhes apresentar uma música, e receberá mil respostas diferentes." - Rosaria diz.

"Falando nisso, eu tenho uma outra pergunta." - Cirius diz.

"Pergunte. Sou todo ouvidos para meu querido e curioso irmãozinho." - Rosaria diz.

"Mesmo depois de tudo aquilo que você passou, como é que sabe que é humana ?" - Cirius pergunta. "Porque tecnicamente você é uma… homin… homan…"

"Homúnculo." - Rosaria diz.

"Isso aí !" - Cirius diz. "Você não é uma pessoa, é uma criatura- Sem ofensa !"

"Tudo bem, não me ofendeu." - Rosaria diz. Ela solta um suspiro e começa a fazer carinho na cabeça de Cirius. "Tendo problemas em definir o que você é ?"

"…Eu sou tão óbvio assim… ?" - Cirius pergunta.

"Muito." - Rosaria diz. "Bom, por mais fácil que pareça responder, não é tão simples assim."

"Como assim ? Uma pessoa é uma pessoa e pronto." - Cirius diz.

"Você não está errado. O problema é que também não está certo." - Rosaria diz.

Cirius inclina sua cabeça, confuso. "Uh… Não sei se tô entendendo."

"Me fala uma coisa que diferencia você de… um javali." - Rosaria diz.

"Isso é fácil ! Eu não sou um animal, não ando em quatro patas, sou inteligente e por aí vai." - Cirius diz.

"Correto e errado." - Rosaria diz. "Muitos animais não andam em quatro patas, não é ? Mas ainda são animais, não são ?"

"São..." - Cirius diz.

"Muitos animais são inteligentes o suficiente para construírem hierarquias, vilas, armar emboscadas e até usar ferramentas. Mas, mesmo assim, são animais, não são ?" - Rosaria pergunta.

"São…" - Cirius diz.

"Então o que diferencia você de um animal ?" - Rosaria pergunta.

"Não sei…" - Cirius diz, confuso.

Rosaria põe a mão no peito de Cirius. "Isso. Isso te diferencia de um animal."

"Meu coração ?" - Cirius pergunta.

"Sua habilidade de usar sentimentos e emoções para guiar suas ações, não só seu instinto, como um animal." - Rosaria diz. "Você pode transformar suas emoções em força, fraqueza, dor, ou até mesmo alívio. Basicamente, o que te define de qualquer outra coisa é sua personalidade."

"Personalidade, huh ?" - Cirius diz para si mesmo.

"E você tem bastante personalidade, pelo que eu bem entendo." - Rosaria diz.

"Hmm… É, você tem razão ! Eu tenho bastante personalidade !" - Cirius diz.

"Agora, se as perguntas acabaram, precisamos descansar. Temos uma árdua batalha à frente, e temos de dar nosso melhor para vencer." - Rosaria diz.

"Isso aí !" - Cirius diz. Ele vai embora. Cirius para. "Valeu por responder minhas perguntas !"

Rosaria dá um sorriso caloroso. "Não há de que, irmãozinho."

Cirius vai embora. Algum tempo depois. O grupo e os piratas estão reunidos na doca.

"Todo mundo pronto ?" - Mary pergunta.

"Mais pronto que isso não dá." - Cirius diz.

"Decker esperou demais por ajuda. Hora de resgatá-lo de sua tormenta." - Galadriell diz.

"Luna, amigos e piratas vão resgatar Decker hoje !" - Luna diz, animada.

"Heh, é esse ânimo que eu gosto de ver !" - Vipera diz.

"Tamo esperando o quê ? Simbora, rapaziada ! O capitão tá esperando a gente !" - Kaito diz.

"Então é isso." - Mary diz. "Estão prontos, cambada ?"

"Estamos !" - Os piratas dizem.

"Então vamos acabar com a raça daquele desgraçado !" - Mary diz.

Os piratas se animam e começam a subir nos navios.

Fulgur se aproxima de Mary, soltando um bocejo. "Aí, capitã. Tudo tranquilo se eu e minha tripulação ficarmos por aqui ?"

"Nem pensando, seu preguiçoso ! Você vai ajudar a gente !" - Mary diz, brava.

Fulgur solta um suspiro. "Tá bom, eu confesso ! Talvez eu tenha danificado só UM POUQUINHO meu navio."

Mary franze uma sobrancelha. "Você… O QUÊ ?!"

"O-Olha ! Não foi minha culpa, beleza ? Aquela curva que eu tinha de fazer era muito estreita e o navio… bateu." - Fulgur diz, assustado.

"VOCÊ bateu o navio !" - Mary diz. Ela começa a se acalmar. Mary solta um suspiro. "Mas é óbvio que você ia fazer uma coisa dessas, seu preguiçoso."

"Sabe como é, né ? Ehehehe..." - Fulgur diz, sem jeito.

"Já que não pode ir, não vai." - Mary diz. "Mas é melhor eu ver esse navio em um estado muito melhor do que de quando eu consegui ele."

Fulgur bate continência. "Sim, capitã !"

Mary vai embora, resmungando. "Tch. Não dá pra ter merda nenhuma nesses mares..."

Fulgur solta um suspiro. "Quase…" - Ele dá um sorriso maléfico, enquanto vê os navios saindo, e também vai embora. "Eles mal esperam."

Algum tempo depois. O grupo, menos Rosaria que está em seu próprio navio, está no navio de Mary.

"Vai lá, maninha." - Cirius diz.

"Beleza." - Mira diz. Ela fecha seus olhos e respira fundo. Mira solta o ar e abre seus olhos. "Kekkai !"

"Avistou algo ?" - Galadriell pergunta.

Mira se espanta.

"Viu o quê ? É aquele troço ?" - Kaito pergunta.

"Muitos navios ! Muitos navios mesmo !" - Mira diz.

"Heh, era de esperar." - Mary diz. "Eu imaginei que aquele desgraçado fosse descobrir. Nosso plano era meio óbvio, se for pensar."

"Tem mais uma coisa… Uma…" - Mira diz, confusa. Ela foca mais sua visão. Mira fica em choque, ao ver algo. "…Essa não... Eu... Eu não acredito nisso..."

"O que Mira viu ?" - Luna pergunta.

Cirius copia a habilidade de Mira e olha na mesma direção que ela. Ele também se espanta. "…Isso… é uma piada de mal gosto… ?"

"Você também ?! Alguém pode dizer o que é, pelo amor dos Dez ?!" - Èris pergunta.

Mira e Cirius apontam para a direção que estão olhando. O grupo olha nessa direção. Na distância, perto do redemoinho, há diversos navios, cheios de piratas. Na frente desses navios, há um bem maior de madeira marrom, com detalhes brancos, quatro mastros, com velas azuis com detalhes dourados, vários canhões saindo do navio e na proa dele e mais dois canhões ainda maiores nas pontas da proa. Os navios dos Black Lambs se aproximam mais ainda, possibilitando o grupo de ver que quem está navegando a enorme embarcação é Decker, com um corpo humanoide musculoso, com duas algemas quebradas em seus pulsos, um rabo de cavalo, piercings dourados nas orelhas, e uma orelha sem um pedaço, como se tivesse sido mordida, vestindo uma jaqueta azul meio aberta, com detalhes brancos e sem mangas, calças marrons, dois cintos de couro, botas pretas, luvas também de couro, usando um chapéu também preto e com uma bandana vermelha tapando seu olho esquerdo.

"S-Só pode ser brincadeira… ! Aquele brutamontes ali não é o capitão…" - Kaito diz, em choque.

"Pobre Decker… O que fizeram com você… ?" - Èris pergunta.

Cirius fecha seu punho, furioso. "Esse desgraçado vai pagar…"

Os navios se aproximam mais.

"Ei, Decker ! O que tá fazendo com esses idiotas ?!" - Mira pergunta.

"É ! Capitão não é pessoa ruim !" - Luna diz.

"Então são mais dos meus famigerados... 'amigos', huh." - Decker diz. Ele dá um sorriso maligno. "Olhem em volta ! Por que eu não iria querer isso ? Um navio supremo ! Um corpo poderoso ! Uma frota de mais de mil homens esperando apenas um comando meu para saquearam qualquer cidade ! E tudo isso graças ao nosso lorde soberano, Han'nit !"

"Então esse tal Imperador tem um nome…" - Galadriell diz.

"Qual é, capitão ! Você não precisa disso ! Precisamos da sua ajuda ! Nosso amigos precisam da sua ajuda !" - Cirius diz.

O sorriso do rosto de Decker rapidamente desaparece. Ele cospe no chão. "Amigos ? Que todos vocês apodreçam. Quando se tem poder, não se precisa de ninguém, as pessoas são quem precisam de você."

"Ele se perdeu totalmente…" - Mira diz, triste.

Mary cai perto do grupo. "Não, ele não se perdeu."

Luna inclina sua cabeça, confusa. "O que mulher do mar quer dizer com isso ?"

"E vocês se dizem amigos do meu amorzinho." - Mary diz. "Esse claramente não é o homem por quem eu me apaixonei, é o Imperador dos Oceanos !"

Decker dá um sorriso maléfico. "Heh, temos uma maldita gênio aqui. É isso mesmo ! Eu não sou aquele ser patético e fraco, sou Han'nit, o Imperador dos Oceanos !"

"Devolva nosso amigo !" - Èris diz.

"Não sei se quero." - Han'nit diz. "Sabe, agora que comecei a me acostumar com esse corpo, não acho ele tão ruim assim. É claro, só precisei…" - Ele põe a mão em uma algema em seu pulso. "…modificá-lo à força. Além disso, seu amigo jamais voltará."

"Ah, é ?! Luna e amigos vão pegar Decker de volta !" - Luna diz.

"Pois eu digo que não conseguem." - Han'nit diz. "Para usar um boneco antigo, você precisa primeiro… trocar o enchimento dele. É para garantir que não vai dar nenhum problema futuro."

Galadriell se espanta. "Você não quer dizer que…"

"Hehehe. Alguém tem um raciocínio rápido." - Han'nit diz. "Exatamente ! Para poder usar meu boneco novo, eu só tive de…" - Ele desabotoa a jaqueta e a tira. Há uma grande cicatriz indo do ombro direito de Decker até sua cintura esquerda. "…remover o enchimento velho e trocar pelo meu novo !"

O grupo fica em choque.

"Só pode ser brincadeira… O capitão..." - Kaito diz, ainda não acreditando na situação.

"…Isso não pode ter acontecido… Não… O Decker nunca deixaria isso acontecer…" - Mira diz.

"Mas não se preocupem, como o pirata cheio de compaixão que sou… fiz ele sofrer a cada segundo ! Harharharharhar !" - Han'nit diz, gargalhando logo em seguida.

Mary se ajoelha. "Essa não... Eu fui lerda demais… Meu querido Decker…"

Cirius começa a fechar seus punhos com força e serrar seus dentes. "…Imperdoável..." - A risada de Han'nit ecoa em seus ouvidos. "…Você..." - Ele rapidamente pega Yaldabaoth, pula do navio, abre uma fenda e passa por ela. Cirius aparece atrás de Han'nit e o ataca.

Han'nit rapidamente pega uma espada de cabo dourado, com uma jóia vermelha e com a lâmina feita de água, e se defende do ataque de Cirius. O choque das lâminas se colidindo joga os piratas no navio para trás. Os dois começam a forçar. "Opa. Não tão rápido." - Ele força, jogando Cirius para trás.

Cirius cobre sua espada com suas chamas roxas. "Eu vou fazer você pagar pelo que fez com meu amigo ! E, quando terminar, vai desejar nunca ter nascido !"

"Pode tentar, pirralho ! Não vai conseguir ganhar de mim enquanto eu tiver essa relíquia !" - Han'nit diz.

Cirius põe Yaldabaoth na frente de seu corpo. "Eu não preciso ganhar de você, só preciso trazer meu amigo de volta na base da porrada."

"Marido !" - Luna diz, preocupada.

"Esqueçam de mim ! Concentrem-se em matar aquela coisa e esses desgraçados !" - Cirius diz.

"Homens, façam o mesmo !" - Han'nit diz. "Eu quero ter o prazer de arrancar a vida de um amigo do filho de uma puta que me deu tanto trabalho."

Os piratas no navio começam a se afastar dos dois e voltar a seus postos.

"Cirius tem razão. Temos peixes maiores para nos preocuparmos." - Èris diz.

"Não vão abandonar aquele garoto com o Imperador dos Oceanos, não é !?" - Mary pergunta.

"Se eu ganhasse uma moeda pra cada vez que a gente fizesse uma coisa pior do que enfrentar um lunático sedento por poder, eu… não seria mais rico do eu já sou." - Kaito diz. "Mas eu teria um pouco mais de dinheiro."

"Motivational…" - Mira diz.

"Marido consegue. Luna acredita em marido." - Luna diz. "Marido vai trazer Decker de volta."

"Se vocês acreditam tanto assim que ele pode vencer…" - Mary diz. Ela se recompõe e se levanta. Mary limpa sua garganta. "Presta atenção, cambada ! Daqui a pouquinho, meu querido Decker tá de volta ! Então, eu não quer ver nenhuma bagunça aqui, entenderam ? Vamos acabar com isso do melhor jeito que os piratas Black Lamb conhecem: na base da força bruta !"

"Certo, capitã !" - Os piratas dizem.

"Vamos retomar nosso oceano, e meu amor, é claro~♥" - Mary diz.


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