Feiticeira Escarlate encontra The Boys escrita por MarcosFLuder


Capítulo 5
Esmagando insetos


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, mais um domingo e mais um capítulo postado, como prometido. Esse é um capítulo com uma participação mais limitada da Wanda, onde abro espaço para os personagens do universo de The Boys. Vocês terão aqui algumas referências à terceira temporada, além de uma liberdade que tomei, em relação a um plot envolvendo Victoria Neuman e sua filha, que foi mostrado nessa temporada. Espero que quem esteja lendo continue gostando.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/807314/chapter/5

CIDADE DE NOVA YORK

WANDA MAXIMOFF NO MUNDO DE THE BOYS

SEDE DOS THE BOYS

DIA 3

— As manifestações em frente da sede da Vought seguem por mais um dia. O número de pessoas ainda maior que no dia anterior – a voz do locutor é ouvida através do aparelho de TV. Todos ali em silêncio, prestando atenção a cada palavra – vamos agora para a nossa repórter no local. É com você, Jennifer – a imagem muda e vemos agora uma multidão com cartazes em frente ao prédio da Vought.



— Obrigado, David – a repórter começa a sua fala – o conflito na sede da Vought ameaça ganhar contornos bem violentos com a chegada de um grupo de apoiadores do Capitão Pátria. A polícia está tendo um enorme trabalho em conter os dois grupos, ao mesmo tempo em que precisa proteger a sede do edifício de ser invadida pelos que exigem a soltura da mulher que agora é conhecida como Feiticeira Escarlate. Nem os porta vozes da Vought, e nem os do governo, fizeram qualquer pronunciamento sobre a situação.



— Obrigado Jennifer – a imagem volta para o locutor – a seguir mostraremos duas filmagens diferentes. A primeira é de uma câmera de rua, mostrando a mulher chamada Feiticeira Escarlate contendo uma explosão que poderia ter resultado em inúmeras mortes. A outra filmagem foi feita na emergência do hospital. Ambas já circulam por toda a internet.



A primeira imagem mostra Wanda usando o seu poder para conter a explosão. Mas são as imagens da luta do Capitão Pátria com Wanda no hospital que deixam todos na sala impressionados. Na primeira vez que viram, direto de um site na internet, acabou resultando numa séria discussão sobre se estavam vendo algo real ou se era algum truque publicitário da Vought. Annie foi bem enfática em dizer que aquilo em nada se parecia com o que a empresa fazia para promover os seus super-heróis. Bruto e Leitinho ainda se mantinham céticos. Por sua vez, Francês, Hughie e Kimiko deixavam-se levar por um entusiasmo meio infantil pela mulher de vermelho. Os três olhavam fascinados, para o que parecia um ar meio angelical e meio demoníaco, dependendo de como vislumbravam para Wanda.



— Uma alienígena, sério? – o sotaque inglês de Bruto ficava ainda mais acentuado em horas assim – já não bastava termos que lidar com “Supers”, agora tem alienígena também – o olhar de todos chamou a atenção de Bruto, olhares voltados para Annie também – o que foi? Não estou falando dela, afinal ela mandou a Vought e toda essa merda de super-herói para o caralho, não foi garota? – ele se dirige a Annie agora.



— Ainda não tem nenhuma confirmação sobre o que ela é realmente – Annie ignorou a pergunta de Bruto. Ela buscou se manter calma, o que se refletiu no seu tom de voz.



— Já tem um monte de vídeo do que aconteceu no hospital circulando na internet, inclusive mostrando ela se apresentando com alguém que veio de outro mundo, Annie – era Hughie falando com ela.



— Os dois vídeos a mostram usando os seus poderes para proteger as pessoas, principalmente aquele que mostra a luta dela com o Capitão Pátria – Leitinho intervém – eu considero isso um bom sinal – seu olhar voltou-se para Kimiko, e sua intervenção através da linguagem de sinais.



— Do que você está falando, Mon Coer – Francês olhou espantado para Kimiko – você acha que devemos resgatá-la da Vought?



— Não creio que isso seja possível, Kimiko – Annie olha para a jovem asiática com uma expressão de desânimo.



— Tem certeza loirinha? – Bruto perguntou – talvez fosse uma boa ideia ter essa mulher devendo um favor para nós.



— Pelo amor de Deus, Bruto – Leitinho se levanta de sua cadeira e vai até ele – o que aconteceu com o Soldier Boy não serviu de aprendizado para você?



— Me ensinou que não posso perder tempo com promessas antigas – Bruto respondeu enquanto se voltava para o restante das pessoas na sala – o nosso tempo está acabando pessoal – o olhar de todos é um tanto cético, para irritação de Bruto. Ele se volta para Annie – vamos lá garota, você conviveu diariamente com aquele psicopata durante mais de um ano, o conhece mais do que qualquer um aqui. Você sabe tanto quanto eu que ele está cada vez mais perto de explodir; e quando isso acontecer, será uma tragédia dos infernos para todo mundo.



SEDE DA VOUGHT



— Vocês têm certeza disso? – a voz do Capitão Pátria oscilava entre um tom mais calmo e mais intenso, mas em ambos os tons, o medo que infundia em todos na sala era visível – vocês fizeram esse exame direito?



— Fizemos sim, Capitão – a doutora Harris procurava afetar uma tranquilidade profissional que não tinha naquele momento, seu olhar desviando para as telas de TV, todas elas registrando o tumulto cada vez maior que ocorria no lado de fora.



— Ei! – o som do estalar de dedos do Capitão Pátria, somado ao som de sua voz, obrigando a Doutora Harris a retomar o seu olhar para ele – esquece o que está acontecendo lá fora. É comigo que você tem de se preocupar.



— Sim senhor, me desculpe Capitão – a doutora Harris tenta se recompor – nós tomamos todos os cuidados, desde a coleta do material até chegar aos resultados. Fizemos a verificação pelo menos três vezes, só por garantia. Não há qualquer sinal do Composto-V na mulher chamada Wanda Maximoff.



— Se ela não tem o Composto-V, mas ainda assim tem poderes... – a expressão no rosto de Profundo ganha um ar de espanto – então ela é mesmo de outro mundo, uma alienígena – ele se arrependeu de falar assim que viu o olhar do Capitão Pátria em sua direção.



— É mesmo, Profundo? – o Capitão Pátria podia sentir o medo que causava nele – você chegou a essa conclusão sozinho por acaso?

— Se ela for mesmo uma... sei lá... alienígena mesmo, talvez seja uma boa ideia estabelecer algum tipo de colaboração com o governo – a voz de Ashley deixa Profundo aliviado, pois a atenção do Capitão Pátria desviou-se para ela – eu estou recebendo ligações constantes do representante do Departamento de Estado. Não dá para ignorá-los para sempre. Estou vendo a hora que o presidente em pessoa virá aqui – alguns segundos se passam, com todos quase que prendendo a respiração, enquanto esperam o Capitão Pátria dizer algo. Este apenas vai até a janela mais próxima e sai voando. Uma grande sensação de alívio toma conta de todos.



*******************************



Wanda permanecia naquele lugar estranho. Um local que lembrava algo entre um sonho ou uma alucinação. Ela não sabia se estava consciente ou mergulhada na sua imaginação. Sentia-se flutuando como num sonho, mas era capaz de perceber a realidade à sua volta. Não sabia como Chthon fora capaz de fazer o que fez com ela. A vulnerabilidade que experimentava era ao mesmo tempo, confusa, irritante e também assustadora. A sensação ao acordar no hospital, a dificuldade que sentiu na luta contra o Capitão Pátria, tudo isso era novo para ela. O fato de ter se divido entre lutar contra aquele homem e proteger as pessoas à sua volta não explicava a sua sensação de vulnerabilidade. A maneira como Chthon fez o que fez com ela só acentuava esse sentimento.

Wanda tentava sair da situação em que se encontrava, mas não conseguia. Era um sentimento de frustração que tomava conta dela a cada vez que se via mergulhando nesse estado em que não conseguia distinguir se estava sonhando ou alucinando. Imagens estranhas surgiam na sua frente, mas ela não sabia se era algo do seu inconsciente, uma lembrança longínqua ou um simples devaneio. Não conseguia abrir os olhos, mas sentia assim mesmo o que acontecia no seu entorno. Seu corpo estava no mundo real, a mercê de qualquer um perto dele, mas sua mente vagava, consciente de tudo, mas incapaz de voltar à realidade. Não podia dizer com certeza que estava num sonho, mas o desejo de acordar era intenso.



EM ALGUM LUGAR DE NOVA YORK



Olhar o horizonte do alto de um prédio é um dos poucos prazeres, de fato, que ele tem. Ver até muito mais longe que os olhos humanos são capazes, distinguir formas, ouvir os sons, sentir o vento de um jeito que as pessoas no chão não são capazes sequer de entender. Mesmo os cheiros desagradáveis no ar, para ele ganham um aroma peculiar. O que mais gosta é ficar na beirada dos prédios, sabendo que não precisa temer nada. Só observando, vendo como as pessoas lá embaixo são ainda menores, como insetos que ele pudesse esmagar a hora que quisesse. Nessa noite, entretanto, ele não está aqui para isso. É apenas um prazer momentâneo, enquanto a pessoa que espera não chega. Algo que acaba de acontecer. O Capitão Pátria nem se dá ao trabalho de se virar para saber quem está ali.



— Deputada? Ou devo dizer futura vice-presidente? – ele mantém o olhar no horizonte, ainda sem se virar.



— Devemos tomar mais cuidado com nossos encontros daqui por diante Capitão – Victoria Neuman se mantém a uma certa distância dele, ainda que saiba ser inútil qualquer tentativa de fuga – por que me chamou?



— Eu preciso de sua ajuda para convencer o governo a deixar que a Vought mantenha aquela mulher sob a nossa custódia – ele finalmente se vira e chega rapidamente bem próximo dela. Victoria teve que fazer um grande esforço para não recuar.



— É um favor e tanto, você sabia? – ela sabe que ele pode captar o batimento rápido do seu coração, mas procura demonstrar o máximo de calma diante da figura.



— Por que está dizendo isso? Por acaso o governo pretende usar algum tipo de força hostil para tirar a custódia dela das nossas mãos? – o olhar dele ao perguntar não deixa dúvida sobre a ameaça que se esconde por trás daquelas palavras – eu quero que você mexa os pauzinhos para garantir que a Vought continue com ela em nossas instalações. Podem até mandar alguém do governo para dar uma olhada, mas nós ficamos com ela.



— Eu não sei se a minha influência é tão grande a ponto de lhe ajudar com isso. Ainda não sou vice-presidente, e mesmo essa possibilidade está sob ameaça agora – a expressão do Capitão Pátria serviu de alerta para Victoria.



— Do que você está falando?



— Da percepção que se criou desde o incidente no hospital – Victória respondeu, percebendo o olhar dele – porque a surpresa Capitão? O governo até aceita as ações autônomas da Vougth, mas não significa que deixamos de estar atentos a como essas ações são vistas junto à opinião pública. Aquilo que aconteceu no hospital está no trading top do Twitter, em tudo que é site da internet. E devo dizer que a visão da maioria da opinião pública sobre as suas ações não foi nada agradável, para dizer o mínimo.



— Não importa – respondeu o Capitão Pátria – eu ainda quero que você mexa os seus pauzinhos junto ao governo.



— Eu posso fazer isso, mas será necessário mais do que vocês aceitarem alguém do governo só para constar.



— Por que você está dizendo isso?



— Temos analisado as oscilações da opinião pública com muito cuidado – Victoria arriscou se aproximar um pouco mais – os últimos meses têm sido complicados, Capitão. Toda essa história com a Starlight e o Soldier Boy gerou uma polarização muito preocupante.



— Meus índices de popularidade são muito bons, Victoria – ele fecha os olhos por um segundo, mas mantém o sorriso maníaco. Victoria sabe que precisará escolher suas próximas palavras com muito cuidado – meu público está comigo para o que der e vier.



— Você tem um público bem fiel, firme e bem decidido. Pessoas que acreditam em absolutamente tudo o que você diz e faz – ela retrucou – mas é um público que está se transformando num nicho, e isso não é muito bom, Capitão. Como eu disse, as repercussões sobre o que aconteceu naquela emergência ainda estão sendo analisadas, mas as primeiras impressões não são boas.



— Como vai ser então? – ela notou a respiração dele mais forte, como se estivesse tentando se manter no controle de suas emoções.



— Eu vou preparar uma declaração em que a Vought e o governo federal se comprometem a atuar juntos para lidar com essa questão – ela responde – eu posso convencer o Departamento de Estado a aceitar que essa... Feiticeira Escarlate fique nas instalações da Vought, desde que o governo também possa supervisionar tudo junto com vocês. Está bom assim?



— Trato feito então – a resposta veio rápida. Victoria percebeu a expressão de felicidade naquele rosto, mas só ficou realmente aliviada quando ele foi embora voando.



***************************************



Mesmo em seu estado, ela podia sentir a movimentação à sua volta. Enquanto estava no hospital, sentiu seu corpo sendo levantado como se fosse um objeto muito leve. Também pôde ouvir os gritos de protestos em volta, até mesmo foi capaz de distinguir a voz da policial que a levou para o hospital, no meio deles. Sentiu o vento em seus cabelos, batendo forte em seu rosto. Era a mesma sensação de quando estava voando, mas o que antes era um sentimento de liberdade, naquele momento, não estava lá. Uma voz vinha agora, como se fosse um sussurro, mas a sensação foi a pior possível. Era o Capitão Pátria levando-a, sabe lá para onde.

Ao perceber nos braços de quem estava, foi quando Wanda começou a fazer de tudo para acordar. A frustração, além de um medo palpável, só fez crescer dentro dela, ao não conseguir. Não demorou muito e foi depositada no que parecia uma mesa, e nessa posição se manteve. Novas vozes puderam ser ouvidas, mas Wanda não conseguia distinguir sobre o que falavam, embora tivesse certeza que era sobre ela. A ideia de seu corpo exposto e indefeso a horrorizava. Sentia-se usada sem poder impedir, como se estivesse de volta ao tempo dos experimentos da Hidra. Ela queria gritar, queria acordar, mas não conseguia, por mais que se esforçasse.



*****************************



Ele está naquela posição já faz uma hora. As luzes da Lua e das estrelas bem visíveis daquela altura, longe da poluição da cidade. Sua visão de longo alcance mostra os prédios e as luzes artificiais, as ruas, os carros se movimentando, os pedestres que parecem formigas se arrastando no chão, incapazes de ver o deus que as observa. O desprezo dele por essas criaturas só aumenta nessas horas. Eles não são da sua espécie. Em verdade, mesmo aqueles que tomaram o Composto-V, ele também já não considera a sua espécie. No máximo são espécimes defeituosos, elementos fracos da equação divina que lhe deu origem. Nessa hora, a saudade por Tempesta aumenta. Ela sim, era da sua espécie, de fato.

Ao longe ele vê um avião, provavelmente se preparando para pousar no aeroporto de Nova York. A curiosidade, e outro sentimento que não consegue definir exatamente, o leva a ouvir o que é dito dentro da aeronave. É uma cacofonia intensa, mas ele consegue distinguir um casal discutindo sobre o divórcio que planejam assinar assim que chegarem. Um passageiro pede algo para uma aeromoça, tentando afetar um ar sedutor. O Capitão Pátria segue os passos da aeromoça, chegando a ouvi-la despejar o seu desprezo pelo passageiro com uma colega. Ele também ouve as conversas na cabine, o piloto pedindo instruções para pousar. Uma ideia surge na mente dele. É um pensamento rápido, que vai e vem, à medida que continua ouvindo o que é dito no avião. Ele pode fazer isso, mas deve? A pergunta perde o sentido assim que é feita em seus pensamentos. Ele pode fazer isso sim, se deve ou não, só depende unicamente de sua vontade. Em verdade, a pergunta não é se ele deve, mas se ele quer.



***************************



Victoria Neuman ainda respirava com dificuldade. Ela tentava entender como fora capaz de olhar nos olhos daquele homem sem gritar, sem tentar explodir sua cabeça. Esse entendimento não demorou muito a surgir. Havia um pouco de medo, é claro, o medo de não ser capaz de fazer o que queria, dele ser forte e poderoso demais para ela. Victoria não podia se dar ao luxo de morrer naquele momento. Não que temesse a tragédia. No caso dela, a tragédia já pode muito bem ter acontecido, se a verdade sobre a saúde de sua filha se confirmar de fato. A segurança dela era a sua motivação principal, saber que seus atos podem resultar em tudo aquilo que queria evitar, para a pessoa que mais amava no mundo, era insuportável.

Ela respirou fundo, tentando clarear sua mente, focar no objetivo que a trouxe a esse local. Victoria Neuman sabia que estava num jogo muito perigoso. Lidar com tantos lados diferentes significava que não poderia contar com a fidelidade de ninguém se o pior acontecesse. Era uma aposta arriscada, mas que precisava ser feita. Victoria sabe que seu acordo com o Capitão Pátria é como andar no fio da navalha. Ela sabe muito bem que aquele homem está a ponto de explodir. Um dia irá acontecer. Esse dia será trágico para todos. Victoria sabia que essa desgraça precisava se detida antes que acontecesse. Era essa a razão de estar em frente a esse local, depois de ter tomado todo o tipo de precaução para não ser seguida. Ela sorriu, um sorriso desprovido de alegria, enquanto se dirigia ao encontro daquelas pessoas.



SEDE DOS THE BOYS



— Esta discussão não está indo a lugar nenhum – Bruto bateu na mesa – não conseguimos chegar a qualquer acordo a respeito dessa mulher, se devemos resgatá-la, o que fazer com ela, nada.



— Eu entendo que você quer acabar com a ameaça que o Capitão Pátria representa, Bruto – a voz de Leitinho é um reflexo de sua vontade resoluta – mas nós precisamos encontrar um jeito de fazer isso sem nos tornarmos um reflexo dele próprio.



— E se não houver outro jeito, Leitinho? – Bruto olha bem nos olhos de seu velho companheiro e depois para os outros presentes – e se não houver outro jeito?



— Tem que haver, Bruto – agora era Annie que falava, com a mesma firme resolução de Leitinho – se não houver outro jeito, tudo o que faremos é nos livrar de um problema imediato e arrumar outro, talvez até pior, lá na frente - Kimiko e Francês são os primeiros a notar a entrada dela, mas logo todos a viram. Annie está pronta para usar o seu poder, enquanto armas são apontadas na direção de Victoria Neuman.



— Eu estava em dúvida se deveria vir, mas certamente não esperava uma recepção tão calorosa – Victoria mantém um sorriso confiante, mesmo com todas as armas apontadas para ela, além de notar os olhos de Annie brilhando ameaçadoramente.



— Todo mundo atento pessoal – foi Bruto quem disse – ao primeiro sinal de alguém sangrando pelo nariz, matem essa vadia.



— Eu vim em paz, Bruto – Victoria levanta as mãos, como forma de enfatizar o que disse.



— O que você quer, Victoria?



— Apenas destruir o Capitão Pátria de uma vez por todas – Victoria responde – não é isso que você e seus novos amigos também querem, Starlight? – a tensão no ambiente ainda se mantém. A TV ainda ligada chama a atenção momentânea de todos, quando um som que anuncia uma notícia urgente é ouvido. Imagens terríveis surgem na tela, junto com a voz emocionada de um locutor.



— Um avião vindo de Londres acaba de explodir no ar. A tragédia aconteceu quando a aeronave estava a poucos minutos de pousar no aeroporto. A magnitude da explosão não parece deixar qualquer dúvida. Não houve sobreviventes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo 5 postado como prometido. No próximo domingo já me comprometo a posta o capítulo 6. Aguardem.