Um Reino de Monstros Vol. 2 escrita por Caliel Alves


Capítulo 12
Capítulo 3: A Pedra Filosofal - Parte 2




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De modo inesperado, nenhuma explosão ocorreu, o trio ergueu-se do chão com pistolas apontadas para as suas cabeças.

— Vocês acharam que não tínhamos um sistema de segurança no nosso paiol? A sala tem um selo mágico para impedir a propagação de energia mágica. Agora, mãos para o alto, se levantem bem devagar e não façam nenhuma bobagem.

— É isso aí. Vocês estão dominados! Eu sempre quis dizer isso.

Os dois militares pareciam felizes em render os prisioneiros.

O servo de Nalab deu um sorriso de escárnio que assombrou até mesmo o garoto.

— Acham mesmo que estamos dominados?

— E porque não estariam?

— Olhem bem quem foi dominado.

Os olhos do conjurador se fixaram nos pés dos alquimistas, eles fizeram o mesmo, e se decepcionaram por saber que o mascarado usara sua magia divina para capturá-los.

Enquanto estava agachado no chão, ele entoara um cântico a sua deusa e usara a Prisão da Sombra. Os oficiais rangeram os dentes, tinham caído num simples truque!

— Saragat, como você consegue manter os dois presos em sua conjuração ao mesmo tempo?

— Quanto maior a sombra do alvo, maior o meu poder de domínio sobre ele. As sombras são o meu elemento, Tell.

O mago-espadachim se virou para o balé de sombras. A projeção do mascarado constringia o pescoço dos reflexos dos alfonsinos. Eles debatiam-se em vão, o encapuzado controlava a sua sombra de modo preciso.

— Olhem para mim, não somos os seus inimigos...

— E-então, p-prove o que d-diz...

— L-largue-me, t-to sufocando...

Desfazendo a conjuração, os alquimistas desabaram. Enquanto eles se recuperavam, o trio de fugitivos se preparava para uma nova investida. Os militares se ergueram.

— Está bem, se é verdade o que dizem, mostre-nos o Monstronomicom.

O Lisliboux pegou o tomo e revelou-o por debaixo de sua capa. Os olhos dos dois oficiais brilharam ao ver as letras dourado no fundo preto.

Ao ver a emoção dos homens, o jovem fez uma pergunta:

— Querem ver?

— SIM!

Sem antes pedir, o livro foi retirado da mão dele. Ambos passaram as páginas de um lado para o outro. Ficaram receosos, todas as páginas estavam em branco, não havia proêmio, nem sumário.

Nele só havia duas páginas com conteúdo, uma delas era a imagem de uma caveira, menos horrorosa que as que já tinham visto, mas ainda assim constituía uma visão perturbadora. A outra imagem era a de uma alma de gato.

— Ei! Que negócio é esse. Eu achei que era um manual de como matar os monstros.

— Não sei como esse livro de colorir vai ajudar a derrotar a Horda.

— Então vocês não sabem o que é o Monstronomicom?

Com um gesto de cabeça, eles deram uma negativa ao garoto. O livro foi devolvido. O jovem repôs o livro na alça abaixo da capa.

— Levem-nos até a sala do comando-geral de vocês, precisamos falar com o seu líder.

— Tudo bem, vem conosco, mascarado.

Saragat impediu Tell de acompanhar os dois militares, pois faltava algo.

— Não está esquecendo nada não, lerdo?

— Ah sim! Nossas armas.

— Entrem e peguem.

O conjurador e o neto de Taala adentraram o paiol e foram atravessando as dezenas de prateleiras de olmo.

Index ajudou na busca voando pelo local, até que ele encontrou os objetos mais ao fundo, escorado em suportes com identificação particular, o sabre flandino e o Cajado Nebuloso. O mascarado beijou o artefacto emocionado, o mago-espadachim embainhou o sabre.

— Vamos?

— Sim, já pegamos as nossas armas.

— Um conjurador das sombras sem o seu cajado não é um conjurador das sombras.

Todos riram da observação de Saragat, principalmente os alquimistas, para eles, o substantivo correto seria “conjuradora”. Eles saíram do paiol e rumaram para o comando-geral.


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