No fundo dos sonhos - Eddie Munson escrita por CherryBombIllusions


Capítulo 25
Eu te amo mais do que pizza




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Duas horas passaram-se até o final das aulas, saio da sala de detenção e sigo em direção a saída, procurando por todo mundo e irmos até a o trailer de Eddie.

— Hazel? - Escuto uma voz feminina chamando-me, virando em direção da voz deparo-me com a ruiva de pele clara e com uma camisa do Iron Maiden. Cecília.

— Oi Cecília...- Respondo meio a contra gosto, ela sorri timidamente.

— Fiquei sabendo sobre o que houve com Eddie e queria saber se ele está bem. - Ajeita a alça da mochila nos ombros.

— Sim, agora ele está em casa descansando. Mas ele vai ficar bem, em breve vocês vão podem se ver novamente. - Sorrio minimamente, com os lábios praticamente retos e viro-me indo para longe dela e dessa conversa. Mas ela me chama, respirando fundo volto em sua direção.

— Desculpa por aquela noite com Liam... Eu e Eddie pensamos que indo até lá, você veria o quão babaca ele é. - Ok, agora estou confusa.

— Eddie e... Você? - Arqueio a sobrancelha direita completamente confusa. - Pensei que vocês estavam juntos, mesmo depois dele ter terminado com você. - Escuto sua gargalhada ecoar pelo corredor vazio.

— Ele terminar comigo?! - Limpa uma lágrima que escorre pelo bochecha. - Por Deus, quem terminou fui eu. Fiz isso por que claramente ele... - Segura a fala e pigarreia. - Por que nós não tínhamos muito em comum. - Desço  olhar para sua camiseta do Iron Maiden. - Em outros aspectos não temos muita coisa em comum... - Ela sorri abertamente para mim, poderia dizer que ela estava alegre até. - Bem, o ponto positivo é que o caminho está livre para você agora. - Dá um soquinho leve no meu ombro, como se fossemos grandes amiga.

— Você está bêbada? - Não consigo entender a mudança de humor repentino da garota relacionado a mim. Bem, ela jamais me tratou mal ou coisa do tipo. Mas também não somos amigas.

— Claro que não, só estou feliz por tudo que possa acontecer.

— Tudo tipo o quê?

— Bem, se você acha que não está apaixonada por Eddie, está delirando. - Choco-me com suas palavras e acabo engasgando com minha própria saliva.

— Ele é meu melhor amigo. - É a minha frase habitual, a frase que sempre veio de forma natural, mas ultimamente parece mentira. Cecília ri baixo enquanto negava com a cabeça.

— Hazel até quando você vai mentir para si? Eu vi com meus próprios olhos vocês dois... Do que você tem tanto medo?

— Preciso ir. - Acelero o passo em direção a saída e rezo para que ela não me siga.

— Mande um abraço para Eddie, por favor! - Sua voz está longe e meu coração acelerado.

A verdade é que estou com medo, na verdade estou morrendo de medo. Com medo do futuro, de como será o meu amanhã e de quem desaparecerá de Hawkins assim que nos formamos. Mas sobretudo tenho medo de que Cecília esteja certa. Porque se estou apaixonada por Eddie, significa que me ferrei completamente.

No entanto não é apenas o "e se", porque eu já estou apaixonada pelo meu melhor amigo.

— Você demorou. - Gareth fala assim que apareço no estacionamento.

— Desculpa, acabei me distraindo. E o resto do Hellfire? E Steve e as meninas? - Procuro, pelo estacionamento vazio, o carro de Steve.

— Já foram para o trailer, sobrou para gente: Lucas, Will e Dusty Bun. 

— Pra você é Dustin! - Dustin grita de dentro do carro. Olho e vejo os três amontoados ali dentro, Lucas e Will tiravam sarro de Dustin. - Vocês são insuportáveis.

— Nancy e o resto também já foram para lá, junto com o Hellfire. Vamos anã de jardim, seu príncipe a espera. - Sinto um gelo na barriga e, pelo visto, minha feição mudou, já que o moreno me encara preocupado. - Tudo bem? - Ajeita-se no banco do motorista.

— Sim, só estou pensando em algumas coisas.

— Tipo algum cabeludo metaleiro? - Lucas fala sugestivo. Escuto seus dois amigos fazerem um coro de "uh".

— Não posso me preocupar com meu melhor amigo?

— Melhor amigo... Sei. - Dessa vez Dustin pronuncia e seguimos em silêncio até o estacionamento de trailers.

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Assim que sinto o carro parar em meio aos trailers, meu coração despenca alguns andares e o gelo volta a pairar na minha barriga.

— Está bem mesmo Williams? - Gareth segura meu pulso, impedindo-me de entrar no trailer junto dos três mais novos. Conseguia escutar as risadas e os gritos de todos reunidos.

— Estou ótima Gareth... Apenas tive um choque de realidade. - Sorrio minimamente.

— Finalmente percebeu que é apaixonada pelo seu amigo esquisito? - Sorria encantado e seu sorriso aumenta ainda mais quando confirmo levemente com a cabeça. - Finalmente.

— Isso não é algo bom. 

— Como não? Você finalmente provou para si que gosta dele, coisa que todos nós já percebemos a meses.

— Todos quem...? - Sinto minha barriga gelar novamente, com medo de saber que Eddie está nesse meio.

— Não se preocupe, seu amigo é burro. - Dou um tapa no seu ombro, ele massageia a região com dor. - A parte boa... É que ele gosta de você também. 

— Duvido muito, ele me vê como uma irmã. - Meu tom era sarcástico, bufo irritada. Gareth encara-me como se eu fosse idiota.

— Você nunca foi a irmã dele Hazel. Nunca. - Começa a trancar as portas do carro com a chave. - Se fosse assim ele jamais aceitaria aquele seu plano e tem o fato de que ele nunca deixou ninguém chegar perto de você. Incluindo eu, não que eu já quisesse. - Fala naturalmente enquanto eu quase engasgo desprevenida com sua frase.

— Como você sabe sobre o plano?

— Eu e Eddie tivemos uma longa conversa.

— Conversaram sobre o quê?

— Só ele pode falar com você sobre isso, não cabe a mim. - Ele pausa e encara-me confuso. - Acha mesmo que é por isso que quase nenhum garoto do colégio chega em você? Convenhamos Hazel você é linda e super sexy.

— Bem... Eu sempre achei que sim. Afinal todos vocês me tratam como um garoto e falam sobre urinar, defecar e outras funções corporais estranhas na minha frente. Então sempre acreditei que...

— Ninguém nunca deu em cima de você por que você já estava com Munson. - Paraliso mentalmente com suas palavras. Só eu e Deus sabemos o quanto eu queria que isso fosse realidade.

— Não estou com ele Gareth, você sabe disso. - Passo a mão no cabelo nervosa.

— Óbvio que sei, senão essa conversa não existiria. - Sorri amigavelmente, abraçando-me de lado. - Sei que vocês não estão namorando, apesar de que deveriam, mas sempre andam juntos. Vocês são um par. Ninguém queria atrapalhar isso. Além do mais, Eddie é territorial para cacete.

— O quê? - Desfaço-me do abraço ficando de frente para ele.

— Certa vez, no fundamental, Jeff comentou como você estava "ficando gostosa"... - Faz um gesto de aspas com as mãos. - Sabe como é não é? Adolescentes... Hormônios e assim por diante. Bem, Eddie deu um soco nele.

Lembro-me disso, foi durante a oitava série, quando meus peitos começaram a crescer e pareciam dois pequenos airbags. Mas na época Eddie me disse que Jeff o tinha empurrado primeiro. Uma história fácil de acreditar, quando se tinha quatorze anos.

— E é por isso que Jeff sempre fez questão de te tratar como um cara. Na verdade é por isso que todos nós agimos assim. A gente adora e ama o Eddie. Então, você estava fora dos nossos limites. - Dá de ombros e começa a seguir em direção a porta de entrada, quando para em frente e vira-se em minha direção. - A semente eu já plantei, agora cabe a você regá-la.

Não consigo evitar a pressão que há em meu peito, parece que estou expandindo  de dentro para fora. As palavras de Gareth martelavam em minha mente acelerada: vocês andam juntosVocês são um parVocê estava fora dos limites. Tem que significar alguma coisa, não é? Por que Eddie alertariam a todos, do nosso circulo, para se manterem longe se não sentia nada por mim? Nem que uma pequena parte dele quisesse?

Respiro fundo livrando minha mente, nem que fosse por um minuto, desses pensamentos. Ainda tentando controlar minha respiração sigo até a entrada do trailer e abro a porta.

— Pensei que não entraria nunca. - Escuto a voz rouca de Eddie em meio aquele mar de gente. Sorrio para ele, tenho certeza que meus olhos estavam brilhando.

— Estava amarrando o cadarço. - Invento uma desculpa qualquer dando de ombros. - Como você está? - Retiro a mochila das costas colocando em cima do balcão improvisado entre a cozinha e a sala.

— Ótimo, algumas dores aqui e ali. Mas estou bem. Forte como um touro. - Engrossa a voz e da um grito "másculo". Os meninos seguem seu grito, enquanto eu e as meninas arqueamos as sobrancelhas sarcasticamente.

— Só se for um bezerro de peruca. - Robin fala ao seu lado e Eddie a empurra levemente para o lado.

— Me respeita mulher, olha essa masculinidade aqui. - Flexiona o braço direito deixando a mostra o músculo mais ou menos desenvolvido.

— Você é um frango que anda Munson. - Robin retruca negando com a cabeça, levanta-se do sofá e fica ao meu lado. - Senta lá. - Aponta com a cabeça, sigo em direção ao sofá, ficando ao lado do cabeludo. 

— Deixa eu ver como que estão os cortes... - Viro sua cabeça em minha direção, avaliando o corte no supercílio primeiro. Passo o dedo levemente e sinto a formação da casquinha. - Ok, esse está começando a cicatrizar. - Mudo a direção dos olhos para o topo do seu nariz, o corte ali era mais profundo, mas parecia estar cicatrizando também. - Vou passar mais pomada. Robin alcança minha mochila por favor.

— Não acredito que você trouxe essa tortura medieval para cá. - Seu tom de voz era intrigado.

— Estou cuidando de você e fica reclamando. Olha só a ingratidão.

— Olha como o bezerrinho é ingrato. - Robin fala alcançado minha mochila, um coro de gargalhadas é escutado. - Já posso ser comediante.

— Na sarjeta, só se for. - Eddie alfineta.

— Olha só crianças, vamos parar. - Steve fala depois de recuperar o fôlego da gargalhada. Encontro a pomada dentro dos milhões de bolsos que há na minha mochila e começo a preparar para passar em seu rosto.

— Isso é uma tortura. - Reclama baixo.

— Mas funciona, juro que vou ser delicada que nem hoje de manhã. - Começo a passar delicadamente a pomada nos dois cortes, Eddie fazia algumas caretas.

— Fofo. - Jonathan pronuncia-se dessa vez, fazendo os demais concordarem com ele. Suspiro fundo, mantendo minha concentração nos cortes e não nos pensamentos que invadem minha mente.

Será que Eddie pode mesmo também gostar de mim?

— E seu tio? Como foi quando ele te viu? Aliás, essa bagunça toda não vai acordar ele? - Falo preocupada, ignorando Jonathan e todo o resto.

— Ele foi dormir na senhora Quinn. - Ele da de ombros. - E não teve a melhor das reações quando me viu, mas ele compreendeu...

— Temos uma novidade! - Robin diz apressada, interrompendo-o. - Estávamos guardando até agora, só esperando a Hazel chegar para contar. - Ansiosa ela começa a ficar histérica.

— Hazel foi suspensa por três dias! - Todos falam de forma muito desigual, meio que completando a frase um do outro, se sobrepondo. Mas era entendivel.

— O quê?! - Eddie grita virando-se rapidamente em minha direção, imediatamente arrepende-se por que faz uma careta de dor, com os hematomas do abdome. - Quem é você?!

— Foi incrível Eddie, você deveria ter visto! - Dustin levanta-se empolgado do chão e começa a narrar toda a briga que tive com Liam e seu grupinho de babacas. - ... De repente ela acerta a bandeja na cara dele, e cara... Aquilo deve ter doído MUITO. O nariz dele até sangrou. - Começa a fazer um gesto de como se algo estivesse jorrando do seu nariz. - E então, pra finalizar com chave de ouro, ela deu um chute no saco dele. Cara, foi icônico.

— Você me defendeu...? - Olha-me surpreso. Levanto o dedo indicador fazendo um "não".

— Apensa me defendi, já que ele veio com babaquisse para cima de mim. - Defendo-me.

— Mas defendeu o Eddie também. - Gareth sorri travesso, meu olhar era maligno em sua direção. Levanta os braços como forma de rendição. - Apenas verdades Hazel.

— Ok, talvez eu tenha defendido o Eddie também. Nada mais justo. - Sinto o cabeludo abraçar-me lateralmente e despejar um beijo forte em minha bochecha.

— Minha pequena guerreira. - Sussurra em meu ouvido, causando um reboliço em todo meu corpo e um arrepio em minha pele.

— Ok gente vimos que, infelizmente, Eddie esta vivo e bem. Já deu a nossa hora. - Robin fala batendo palmas e toda aquela gente começa a se mover.

— Mas... Pensei que ficaríamos para comer alguma coisa, jogar conversa fora... Sei lá. - Meu tom de voz era triste, não queria ir embora.

— Williams nós vamos embora, você fica. - Gareth fala e sinto seu olhar penetrar minha alma, mantemos uma conversa interna dessa forma. Até ele quebrar o olhar e ir se despedir de Eddie, assim como todos os outros, deixando nós dois sozinhos.

— Por que Gareth te encarou daquele jeito? - Pergunta desconfiado.

— Nada, apenas tivemos uma conversa e não tem muito o que dizer sobre. 

— Você... Gosta dele? - Sua voz era baixa, podia sentir medo.

— O quê?! Não! - Exclamo exaltada, jamais imaginaria Gareth com outros olhos além da amizade. Escuto ele suspirar aliviado. - Ah antes que esqueça, Cecília te mandou um abraço.

— Conversou com ela?

— Sim, hoje depois que saí da detenção. 

— Essa frase parece surreal vindo você... - Ele ri baixo, acompanho-o concordando.

— Ela veio se desculpar pela noite do encontro no Alfredo's e também me disse que quem terminou foi ela e não você. - Arqueio a sobrancelha em sua direção. O cabeludo me encara sem palavras, gaguejando um pouco. - Mas ela não me disse o por quê.

— Graças a Deus. - Agradece abaixando a cabeça, sua voz estava tão baixa, que se não estivesse próximo dele, eu não entenderia.

— Por quê? - Sussurro trazendo seu olhos novamente em minha direção, acomodo minha mão em sua bochecha. Observo sua pupila dilatar, deixando seus preciosos olhos como uma grande bola escura.

— Nada Williams, coisa minha. - Desvia o olhar, livrando-se do apego da minha mão em sua bochecha. Suspiro derrotada, mas não vou desistir. Pego seu rosto novamente, forçando-o me olhar.  Seus olhos arregalam-se. - Hazel?

— Gareth contou que você nunca deixou ninguém chegar perto de mim... Por quê Munson? Durante anos pensei que o problema fosse eu, que ninguém gostava de mim, quando na verdade era você. Por quê Eddie? Por quê? - Engasga e pigarreia, ele apenas gaguejava. Sem saber o que dizer e muito menos o que fazer. Alguns segundos depois, fecha os olhos e respira fundo. Olha-me novamente.

— Tenho uma coisa para você. - Levanta-se do sofá e segue em direção ao pequeno corredor até seu quarto. Não demora muito para que ele volte, a postura sempre confiante não estava ali, ele estava encolhido, com receio. Aos poucos percebo algo pequeno em sua mão, um envelope. - É pra você. - Estica-me o envelope vermelho em minha direção. Pego-o confusa, mas ao mesmo tempo encantada observando o pequeno pedaço de papel dobrado minuciosamente em minhas mãos.

A frente fora fechada com um adesivo do Michelangelo, das Tartarugas Ninjas, nosso personagem favorito dos quadrinhos. Virando para observar o que tinha atrás, vejo um desenho, muito mal feito, dos próprios quadrinhos das Tartarugas, com os personagens acenando como se os quatro estivessem dizendo "olá" e no canto inferior estava escrito, com a grafia irreconhecível de Munson: "Para Hazel ❤"

— Abre. - Sussurra inseguro.

Olhando-o abro o envelope tirando o pedaço de papel que havia ali. Um papel rasgado de um caderno, já estava velho, pelas manchas e rasuras. Em toda a borda tinha desenhos das Tartarugas envoltas em corações e bem no meio tinha a frase que paralisa meu coração.

"Eu te amo mais do que pizza"

Encaro o pequeno papel rasgado em minhas mãos, suspiro leve e começo a sentir lágrimas brotando em meus olhos.

— Jesus Cristo não era para você chorar... Eu só queria que você soub...

E aí, antes que Eddie possa dizer qualquer coisa que estrague esse momento, antes que ele possa se quer pensar, dou um beijo nele. Pego-o desprevenido, por que ele leva cerca de três segundos para reagir. Mas então ele corresponde, puxando-me com força contra seu peito, passando os braços em torno de mim.

Tudo a minha volta desaparece, sinto apenas os pulos dos nossos corações compassados e sorrio em meio ao beijo. Ele pega no meu cabelo e me aproxima ainda mais pela nuca. Nós nos beijamos como se o mundo fosse acabar, e não me importo quanto a isso, por que poderia continuar beijando-o até o fins dos tempo, pelo resto da minha vida. Quando precisamos buscar ar e nos separamos, vejo seus olhos se abrindo pestanejando.

— O que você está fazendo? - Seu rosto próximo ao meu me causa tontura. Sorrindo levo minha mão a sua bochecha deixando um carinho leve na região. Apoio-me nas pontas dos pés, aumentando alguns centímetros de altura, igualando minimamente nossas alturas. Eddie é muito mais alto do que eu. Sorrio e sussurro.

— Eu te amo mais do que pizza também. - Sinto sua respiração falhar tão próxima a mim, seus olhos se transformam em duas grandes bolas marrons e profundas.

— Você está brincando?! Williams, estou perdidamente apaixonado por você. - Inclina-se, permitindo que nossos narizes se toquem. - Sou apaixonado por você desde o fundamental.

E pela primeira vez na vida, sinto-me real e verdadeiramente viva. Eu o beijo de novo, dessa vez com um selinho apaixonado. Somos apenas nós dois, as duas únicas pessoas no mundo inteiro.

Somente eu e Edward. Meu Eddie.


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