No fundo dos sonhos - Eddie Munson escrita por CherryBombIllusions


Capítulo 16
Alfredo's Pizza


Notas iniciais do capítulo

:)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806986/chapter/16

Minha situação era deplorável: jogada em minha cama aos prantos, agarrada a camisa do Queen e ao som de Runaway do Bon Jovi.

Eu chorei e chorei muito.

Minha cabeça estava martelando por conta das lágrimas e do choro escandaloso, mamãe abriu a porta algumas vezes verificando se ao menos eu estava viva ou se tinha explodido de tanto gritar.

— Querida... - Abre a porta delicadamente. - Sei que você não está bem, mas há uma ligação para você. - Rapidamente corro em direção a escadas e pego o telefone, tenho o pressentimento de ser Eddie.

— Alô? - Tento controlar a respiração.

— Está se fazendo de difícil Williams? - Reconheço a voz de Liam, suspiro decepcionada.

Não falo com Eddie há dois dias.

— O quê? 

— Você nunca mais falou comigo princesa. - Respiro fundo. Liam tinha razão, durante os últimos dias estive tão ocupada me depreciando por acabar com a melhor amizade e ter afastado a melhor pessoa da minha vida, que esqueci da existência de Liam Johnson. Normalmente teria fogos em meu coração e ao meu redor por estar falando com o moreno bronzeado, mas hoje eu apenas não me importo. Parece que há coisas mais importantes tomando minha mente.

— Me desculpa, eu estava ocupada. - Fecho os olhos, firmando a mão ao redor do telefone. Escuto sua risada baixa.

— Quer sair pra comer uma pizza? Sei que não há muitas opções em Hawkins, mas prometo que o lugar é bom.

Observo a minha situação: roupa grudenta no corpo, meu cabelo parecia um ninho de passarinho, meus olhos estavam manchados de rímel por tanto choro e possivelmente estava cheia de ranho. Preciso sair de casa, fazer alguma coisa, antes que vá a loucura pela falta que Eddie Munson me faz.

— Claro, sempre estou pronta para comer alguma coisa.

— Passo ai para te pegar então, até daqui a pouco. - Me despeço e desligo o telefone, subo correndo a escada para enfim tomar um banho e melhorar um pouco minha aparência.

Mamãe entra no quarto quando estou amarrando meu tênis.

— Está tudo bem querida? - Até esse momento não tínhamos conversando a respeito de nada. Obviamente que ela percebeu que eu não estava em meus melhores dias.

— Sim, mãe.

— Você vai sair? É com Eddie? - Percebo seu joguinho para descobrir qual era a fonte do problema, e parece que ela encontrou.

— Não mãe... - Suspiro baixo passando um perfume. - É com Liam, um menino do colégio.

— Não acho que seja uma boa ideia meu amor.

— É só uma pizza mãe, eu não comi nada o dia todo.

— Posso fazer uma refeição pra você, fui ao mercado ontem.

— Não precisa esquentar a cabeça, eu prefiro sair. Mas aceito essa comida mais tarde. - Sorrio em sua direção garantindo que esta tudo bem. Ela me encara, inclina levemente a cabeça e torce o nariz. Ela está preocupada, sei disso por que essa feição é única para mim. Nunca há vi usar com mais ninguém.

— Mas volte cedo então. Você precisa de uma boa noite de sono. - Me abraça fortemente. - Não fique na rua até muito tarde. Escuto a companhia tocar no andar debaixo e saio do abraço, Liam chegou. - Vou atender a porta.

— Espera! - Saio na sua frente. - Eu atendo.

Porém, quando abro a porta não me deparo com Liam Johnson.

É Eddie Munson.

Pela primeira vez em anos o vejo com o cabelo molhado, provavelmente deve ter tomado banho antes de aparecer por aqui, usava uma das suas milhões de camisas pretas e um jeans, que por um milagre era azul e não preto. Sinto que paralisei enquanto o encarava, instantemente o ocorrido de duas noites atrás passa em minha mente: seu peito encostado ao meu, o gelo dos seus anéis em minha cintura, a expressão que fez ao tirar a camiseta. Ainda posso sentir a sensação dele em cima de mim, o roçar dos seus lábios ao redor do meu pescoço.

Santo Cristo.

Dou-me conta que o estava encarando a tempo demais e pigarreio. 

— Oi. - Tento manter a calma.

— Posso entrar? - Imediatamente mamãe aparece atrás de mim.

— Eddie meu filho, entre! Você é sempre bem vindo, não há por que perguntar. - Ela o leva até o sofá e acabo me sentando por ali também, só que do outro lado longe o suficiente.

— Mãe, você pode nos dar um minuto por favor?

— Claro querida, estarei lá fora qualquer coisa. Vou dar uma olhada no jardim. - Ela sai em direção aos fundos da casa. Vira-se uma vez para nos observar.

— Olá. - Ele diz assim que mamãe sai da nossa vista.

— Oi.

— Sinto muito - Nós dois dizemos ao mesmo tempo, sobrepondo nossas vozes.

É ótimo poder dizer isso finalmente, sinto como se finalmente pudesse respirar.

— As coisas não vão ficar estranhas não é? Entre nós... - brinco com minhas mãos em meu colo, evitando olhar em sua direção. - Você é meu melhor amigo, a pessoa que eu mais confio e acredito em todo o universo. Espero não ter estragado nossa amizade.

— Você não estragou nada. - Declara firme, do outro lado do sofá. Suspiro aliviada.

— Ótimo. Ok, então.

— Legal.

O observo e vejo-o olhando para o vazio, com a ponta da língua aparecendo do lado da boca.

— O que tanto pensa? Parece ser importante. - Tento soar natural, obviamente por dentro estou gritando com todo o fôlego. Não queria ser invasiva, mas o silêncio pesado estava me matando lentamente.

— Só sobre coisas... Coisas da vida Williams. - Dá de ombros. - Deus como eu preciso fumar. - Sussurra.

— Ah, legal. 

Minha vontade é gritar de frustração. Não é para ser desse jeito, nunca foi e não deve ser assim! Quero meu Edward de novo.

Um som de pneus estalando me tira dos pensamentos, logo depois uma buzina toca do lado de fora. Nós dois olhamos atentos em direção a entrada. Liam. Droga, com a aparição de Eddie esqueci que marquei de sair com o moreno. 

— Quem é? - Ele fica de pé.

— Preciso ir. - Levanto-me também, mais apressada. - Sinto muito Eddie... É que, bem, eu não sabia que você iria aparecer aqui, mas se quiser, pode ficar a vontade. Sabe... A casa é sua também. Só que... Tenho que ir. - Saio correndo da sala e vou até a porta de entrada. Eddie me segue.

— Liam Johnson. - Declara antes que eu possa abrir a porta. Fecho os olhos.

— É. - Escuto outro toque da buzina, olhando pela janela percebo que ele esta de moto. - Desculpa.

— Quero conversar com ele.

— O quê?

— Acho que mereço pelo menos um simples oi do babaca depois de tudo isso. Seria interessante olhar nos olhos do motivo de toda essa confusão.

— Edward, não.

A noite passada entra em minha mente como uma avalanche novamente. Por Deus, não.

— O jogador babaca não tem a decência de bater na sua porta Hazel... - Ele resmunga abrindo a porta.

— Eddie espera! - Mas já era tarde, o cabeludo já abrira a porta e ali estava Liam Johnson sentado em uma moto, perto da entrada da garagem. Achava que ele viria com o carro de sempre, mas pelo visto hoje ele quis fugir da noção.

Quem leva uma garota em um encontro de moto?!

Mas Liam parece ótimo naquela moto, só não tenho tanta certeza sobre eu andar nela. Mas não posso me mostrar como covarde. A Hazel que criei para Liam é uma dama muito requintada que come salada invés de hambúrgueres e não se abalaria por uma simples moto.

Liam levanta a mão me cumprimentando de longe e inclina a cabeça quando percebe meu amigo.

— E ai cara. 

— Munson, finalmente estamos conversando.

— É geralmente você e seus amigos preferem me encher o saco, mas é bom falar civilizadamente as vezes. - Engasgo levemente com a resposta de Eddie.

Liam da uma risada abafada.

— Bem, entendi. Nós vamos indo... Legal falar civilizadamente com você cara. - Vira-se para mim e aponta com a cabeça para a moto. - Trouxe só para você, quer subir nela? - Olho para minha casa e espero que minha mãe não esteja olhando. Ela me mataria se me visse na garupa de uma moto, especialmente de um garoto.

— Você tem outro capacete? - Eddie declara ao meu lado com os braços cruzados.

— Como? - Liam confuso encara o cabeludo.

— Ela não pode andar de moto sem um capacete.

— Eddie, sério? - Meu rosto fica vermelho. - Você não é meu pai.

Bufando Edward se vira e caminha até a entrada da garagem, estende a mão e puxa para cima com força a maçaneta da porta, deixando uma pequena parte da sua barriga amostra. Aquela parte em que toquei há duas noites atrás. 

Balanço a cabeça levemente me livrando dessa maldita noite.

Observo o cabeludo entrar e pegar um capacete que está pendurado no guidão enferrujado de uma bicicleta antiga. É branco com listras reflexivas. Ele o entrega para mim, o viro examinando se há alguma aranha por ali.

— Use-o.

— Ed... - Fuzilo, mas o obedeço colocando o capacete. Honestamente, estou feliz por isso. Só esperava que não parecesse que Eddie esta me obrigando. Ele estende a mão para ajudar a afivelar.

— Pronto. Bate levemente no topo da minha cabeça com os nós dos dedos.

— Bem, que bom que foi resolvido. - Monta na mota dando a partida. Sento-me na garupa, deslizando sobre o assento.

Ainda bem que escolhi ir de calça.

— Só me abrace firme ok? - Liam declara sobre o ombro. - Pra você não cair... - Pega meus braços e envolve-os em torno de si.

Escuto a porta da garagem fechando com força. Eddie.

— Aonde vocês vão? 

Em toda Hawkins só existem dois lugares que vendem pizza. O primeiro vende fatias a um preço baixo, mas o lugar fede a cerveja barata e a pizza tem gosto de plástico. E o segundo é o Alfredo's, pequeno restaurante italiano, o tipo de estabelecimento que as mesas tem toalhas quadriculadas e velas derretidas. Sempre quis ir lá com algum cara.

— Pizza, uma boa pizza. - Digo afirmando nervosa.

— Exatamente, pizza é sempre bom. - Liam diz. - Atém mais cara.

— Até. - Liam acelera a moto, saindo da frente da minha casa e deixando Eddie para trás.

Pelo retrovisor consigo ver o cabeludo mostrando o dedo do meio em nossa direção. Quase engasgo. Como Liam não reagiu, previ que ele nem ao menos percebeu.

—-------------------------------------

O caminho até o Alfredo's é rápido e me agarrei a Liam com medo de cair. Assim que chegamos ao restaurante ele estaciona a moto e desce, na minha vez sinto minhas pernas tremerem. A adrenalina passando pelas minhas veias me deixou nervosa e eufórica. Gosto da sensação da calçada abaixo dos meus pés.

— Você veio numa boa. Quer pilotar depois? 

— Eu posso? - Pergunto surpresa.

— Calma, só uma voltinha no estacionamento. - Por um instante não paro para pensar que a sua oferta foi apenas uma piada. Obviamente ele pensou que eu não iria aceitar. Provavelmente eu mataria nós dois.

Entramos no Alfredo's e o ambiente esta como sempre: uma música italiana baixa, a luz em penumbra, as velas derretidas sobre as mesas. Por um instante imaginei a cena de A Dama e o Vagabundo, fantasiando eu e Liam no lugar dos dois cachorros. Pondero se isso já aconteceu na vida real, se alguém realmente já tentou. Parece o tipo de coisa que eu e Eddie acharíamos engraçado e, tão rápido quanto o desenho animado entrou em minha mente, estou pensando em meus lábios deslizando na direção dos de Eddie. Afasto os pensamentos para longe, não deveria estar pensando no cabeludo.

— Bem vindos. - Uma garçonete nos recebe, parece ter nossa idade, mas nunca há vi no colégio. Ela olha fixamente na direção de Liam por um tempo longo demais. - Temos uma mesa de canto livre. Tudo bem? 

— Tá, tanto faz. - Liam responde por nós dois dando de ombros.

— Obrigada. - Digo depois de sentar à mesa. Liam se ajeita a minha frente.

— Pode trazer um vinho para nós?

— Ah... Vocês tem idade o suficiente?

— Qual é minha querida... - Inclina a cabeça levemente.

— Preciso das identidades. - Informa com a voz trêmula.

— Claro. - Liam tira uma identidade, obviamente falsa, e entrega a ela. Observa e logo depois o entrega.

— E a sua? - Paraliso, o que devo fazer?

— Ele perdeu no caminho para cá, acabamos sofrendo um pequeno incidente e como estamos de moto, a bolsa dela se abriu e tudo o que tinha ali se espalhou. Acabou que ela perdeu muita coisa, como ela ficou triste resolvi trazê-la para comer uma pizza. Amanhã, quando não estiver tão escuro, voltamos para procurar.

— Uau, sinto muito. - Ela me olha e então volta para Liam.

— Ela fez vinte um semana passada.

—É dia... Dezenove? - Invento uma data. Não sei como Liam é tão bom em mentir.

— Certo, só não falem ao meu gerente. Qual vinho vocês querem?

— Tinto ou branco princesa?

E eu sei lá, porra.

Opto pelo vinho tinto, por que me parece soar mais adulto. 

— Ótimo... Seu tinto mais barato. - Somos adolescentes desempregados, então relevo.

— Ok, já trago o cardápio. - Sai em direção a uma espécie de adega.

— Como você arranjou isso? - Refiro-me a identidade falsa.

— Tenho meus segredos princesa. - Sorri para mim, mas não me sinto a vontade.

Não demora muito a garçonete volta com a garrafa. Ela serve um pouco do vinho em nossas taças. Liam aprova, sem nem ao menos sentir o gosto, e ela continua enchendo a taça até a metade e então deixa a mesa. Em seguida, brindamos.

— Saúde a garota mais bonita que encontrei. - Sorrio e tomo um gole. O gosto era... Bom? Era amargo, com um fundo de doce. Não odeio, mas também não gosto. Mas é melhor do que muitas bebidas que já tomei com Eddie.

Liam toma um gole e encosta na cadeira, com os braços cruzados.

— Então... Acho que Munson "The Freak" não gosta muito de mim. - Vermelha tomo outro gole.

— Ele não gosta de ninguém do time, você já deve imaginar o por que. E não o chame assim, eu odeio que o julguem sem saber a pessoa que ele é. - Falo irritada da maneira que tratam Eddie. - Ele é muito protetor comigo, nos conhecemos desde sempre. Acho que para Eddie é difícil me ver com algum cara, deve acreditar que ainda sou criança.

— Para mim, ele gosta de você. - Afirma e eu engasgo com o vinho.

— Não é nada disso. Somos amigos, ele é como um irmão. - Há dez anos essas palavras são naturais para mim, mas depois do que aconteceu há duas noites atrás, pareço pondera-las.

Irmão não é a palavra certa.

— Não acho que você tenha uma queda por ele, mas que ele tenha por você. O cara pode ser seu irmão, mas você não é a irmã dele. - Bebe um gole do vinho. - Tipo... Eu não o culpo, olhe só para você. - Sinto-me constrangida com a sua fala, Liam age muito diferente daquilo que idealizei sobre ele. Minha mente me faz pensar que só estamos aqui porque ele quer transar comigo.

A garçonete volta trazendo dois cardápios. Liam os devolve sem nem ao menos abri-los.

— Já sabemos o que queremos. Uma pizza grande, sabores pepperoni e a outra parte de cogumelos, mais saudável. E você pode me trazer um pouco de barbecue à parte? - Ela apenas afirma e sai, não me deixando falar nada.

E novamente Liam não me deixa falar sobre os meus gostos, nem se quer vi a cor do cardápio. Ele não sabe que odeio cogumelos, me lembram lesmas.

— Está tudo bem com os sabores? O cogumelo pode ser seu. - Pergunta. O que importa? O pedido já foi feito. Como não quero bancar a chata, sorrio e concordo com a cabeça. - Deve ser difícil para o Esquisitão Apaixonado ver você comigo. - E, novamente, ele traz a conversa para Eddie.

— Juro que ele não gosta de mim e pare de chamá-lo assim. Eddie tem milhões de namoradas diferentes por semana. - Liam da uma risada abafada.

— Eu sei. 

— Como assim? 

— Porque ele esta com uma delas agora mesmo. - Fixa o olhar atrás de mim. Viro-me imediatamente e avisto Eddie parado na entrada, fala baixinho com a mesma garçonete que nos atendeu. Há uma garota com ele, sua mão esta apoiada em seu braço. Posso ver a cor avermelhada de seus cabelos daqui.

Cecília.

Meu queixo cai e começo a tossir. Meu vinho acaba caindo da minha taça e se espalha pela mesa. O que caralhos Edward faz aqui? Ele não tinha terminado com essa filha da puta?

Ele examina o salão e me vê. Ergue um braço como saudação, ao menos tem a cara de pau de parecer um pouco envergonhado. A garçonete os conduz em nossa direção, para uma mesa vazia próximo de nós. Assim que Cecília nos vê, se detém.

— Hazel não é?

— Bem, isso não é uma coincidência. - Liam fala baixinho, mas todos podemos escutar.

— Desculpa, mas não há muitos restaurante italianos com uma boa pizza na cidade. Era aqui ou a pizza de cerveja barata, acho que Cecília não merece tão pouco assim. - Ele dá de ombros como se fosse comum os dois virem aqui. Você é pobre seu babaca.

Liam enche sua taça e bebe um gole. Eddie olha confuso.

— Um minuto... Vocês estão bebendo vinho? - Mas quem declara é Cecília, rolo os olhos.

— Você pode beber um pouco. - Para minha surpresa é Liam quem fala, e ainda entrega sua taça para ela. A ruiva desgraçada toma um gole e devolve a taça rapidamente, deixando uma marca do batom vermelho na borda.

Não sei quem odeio mais: Cecília, Eddie ou Liam.

— Acho melhor nos sentarmos. - Eddie diz olhando para a recepcionista, que estava nem ai para o que acontecia em nosso grupinho.

Como se fosse nada o cabeludo puxa a cadeira ao meu lado, roçando sua perna a minha. Me encontro chateada com sua atitude. Cecília se senta do outro lado.

E não gosto dele com Cecília, nem antes e muito menos agora.

Ele estende a mão para pegar minha taça, tenta puxar em sua direção.

— Eu deixei? - Dou um tapa em sua mão. 

— Liam o jogador disse que eu poderia tomar um pouco. - E bebe um gole.

— Hazel, segure esse cara. Estou falando sério. - Cecília diz apontando com o polegar em direção a Liam, que estava ao seu lado. Ele sorri convencido.

Ótimo.

A garçonete se aproxima.

— Ei, mais dois? - Observa os intrusos sentados, mas entrega um cardápio para cada um.

— Não. - Falo a respondendo. - Eles vão se sen...

— Sim, vamos ficar aqui. - Eddie aceita o cardápio. - Muito obrigada.

— Vão beber alguma coisa? 

— Essa noite não, queremos apenas duas taças. Vamos dividir o vinho. - Cecília sorri e Liam confirma a encarando.

Merda.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "No fundo dos sonhos - Eddie Munson" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.