Histórias diversas escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 6
A Terra está a venda




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  Há duzentos milhões de anos, uma nave alienígena pousa na Terra. Um dos habitantes locais faz as boas vindas e os conduz pelo terreno. 

— I intão, o qui acharo? 

— Nós... Adoramos! A gente vai ficar com ela – diz um dos ET’s. 

— Bão, bão! 

— Quando é que fica pronto as obras? 

— Intão, essa é a parte cumpricada – diz o terráqueo coçando a cabeça – A gente tá planejano faze umas casa aí... matéria prima não falta, como você pode ve tem um monte de pedra aí... Mas ainda tem poca mão de obra, então a gente tá tentano resolve isso primero pra consegui avança mais rapidamente nessa questão, entende? 

— Mas a gente tá falando de quanto tempo até tudo ficar pronto!? –  interroga a ET esposa do primeiro. 

— Olha... A gente aqui ainda num é muito bão de conta, não. Mas faz assim... Pra garanti? Uns duzentos milhão de ano é certeza! 

— Tudo isso!? 

— É, mas óia, eu prumeto que o trabalho é di qualidade... A gente tá planejano faze umas coisa aí... Daqui uns ano quando vocês vié esses dinossauro que vocês vê aí um ou outro colega meu andano em cima? Já vai tá tudo vuano! 

— Hmm... E quanto vai custar a mais isso? – questiona o visitante estrangeiro. 

— Oxe, nada, ué. Isso é pra garanti a sua satisfação. A gente tem cada plano... Sabe essas mensage que o meu pessual dexa escrito aí nas parede? Fora de moda já! A gente tá tentano cria uma forma de escreve nas pedra agora. Aonde vocês anda, vocês leva a mensage com vocês. 

— Nossa! – diz a ET espantada. 

— Eu sei, eu sei. Essas coisa que num existi parece du futuro. Mas fica tranquila, que o pessoal aqui é bem competente. 

    Os visitantes de outro planeta se dão por satisfeitos e entram de volta na espaçonave, prometendo voltar dentro do tempo estipulado. 

 

—--------- 

 

    Duzentos milhões de anos depois... 

— Mas... O que aconteceu aqui? 

— Eu sei, os plano sairu um poco diferente du que meus tatatata... ravô passaru pra vocês, mais vocês tem que admitir que tá uma... 

— Está... Horrível! – interrompeu a ET. 

— Onde estão as árvores? Os rios? – perguntou outro. 

— Intão, ainda tem. A gente quiria deixar o ar mais muderno sem esquece dos nossu antepassado, né. Então a gente dexo uma árvore ou otra aí nas calçada e os rio tão menor agora, a gente cercô mais pra ganha mais espaço pras casa. 

— Isso é outra coisa que eu não entendo – disse o ET um pouco sem paciência – Você disse que ia fazer algumas casas... Mas isso é muito mais do que tinham prometido pra gente! 

— Intão, é qui como ti passaru a genti tava cum problema na mão de obra. Tivemo que resolve isso antes, – o habitante terrestre se aproxima do ouvido dos amigos ET’s – mais o pessual ixagero um poco e a gente acabo precisando faze mais casa. I pra faze mais casa a gente precisa de mais mão de obra. I cum mais mão de obra precisa de mais casa... I cum mais casa... 

— Tah, tah, tudo bem! – responde o ET tentando se conformar – Mas e os dinossauros? 

    O terrestre coça a cabeça. 

— Intao, eu quiria até pedi disculpa pra vocês, porque isso foi bem fora dus plano mesmo. 

— Mas o que aconteceu? – pergunta a ET curiosa. 

— Teve uma chuva ai... 

— Chuva? 

— É... I foi feia, hein! Cada pedrona grande que caiu do céu! Qué dize, pelo menos foi essa história qui foi passada pra mim pelos meu tatatata... ravô. 

— Entendo... É uma pena, eu gostava tanto do T-Rex... 

— Ah, se for por isso num tem problema – diz o terráqueo se alegrando – a gente tem o pinscher. É tipo um T-Rex... Mas pensa qui toda a raiva espaiada puraquele corpo grandão si cumprimiu e agora tá num bicho menor. 

— Não me parece tão assustador. 

— Isso é purque vocês não viru um ainda. E o pior é isso. O T-Rex é grandão você ainda vê quando ele tá chegano. Esse de agora é pequeno e você só vê quando ele tá cum a boca na sua perna, no seu braço ou nu seu pescoço. 

    Os ET’s estavam confusos. 

— Tah... A gente pensa na questão do dinossauro depois... E essa sujeira no chão? Esse lago aqui do lado não está nem perto do que nós vimos aquele dia. 

— Ah isso aí é culpa dos morador daqui neh. Já foi falado pra eles “não joga sujera no chão”... Mais um dia vieru reclamar pra mim “ah mais fulano não joga no lixo, purque eu vô joga?” Agora o terreno tá desse jeito aí qui vocês tão veno... A gente não deve dura mais uns cinco mil ano aqui, mais se vocês chama um faxinero bão memo... 

— Calma, calma. Cinco mil anos? Prometeram pra gente pelo menos mais quinhentos milhões de anos! 

— Óia, disculpa mesmo, seu ET. Mais é qui eu sô só um funcionário agora. Nem mando em ninguém aqui mais, só tô aqui fazendo a venda pra vocês pelo meu chefe. 

— E quem é o chefe de vocês? – questionam os ET’s. 

— Óia... Chefe de todo mundo a gente não tem aqui não... Mais tem um cara aqui nesse território que acha que manda. 

— Então me fala onde ele está, pois queremos renegociar os termos agora mesmo! 

— Eu num recomendo. 

— E porque não? 

— Qué um conselho como amigo mesmo? Eu desistia da compra. Aqui num tem mais futuro não. Como eu disse é cinco mil ano no máximo, no máximo. Mais ó, ouvi dizer que Plutão tá em promoção depois que não é mais planeta... É mais vazio, menor, mais afastado, aquele toque de simpricidade, sabe? Acho que vocês vão gosta. 


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