A Chave Para Minha Vida escrita por Leidiani Almeida


Capítulo 5
Capítulo 5 - Não é um assassino




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Hospital Central de L.A - 

 

Depois de parecer ter tirado um longo período de sono Andrew, acordou naquela manhã com seu corpo completamente dolorido. Ao tentar se erguer naquela cama dura de hospital, ele pode sentir uma leve pontada a qual percorria por toda as suas costas e se estendia até seu abdómen. 

— Nem pense nisso. — logo a voz de Timy surgiu naquele quarto, ele estava sentado em uma poltrona alguns metros de distância logo assistindo a tentativa desesperada de seu amigo para levantar. — Você ainda precisa de repouso. — terminava de alerta-lo o encostando na cama ao ajustar o travesseiro. 

— Que dia é hoje? Que horas são? Onde estamos? 

— Estamos no hospital, hoje é segunda feira e agora são exatamente.... — Timy ergueu seu braço encarando seu relógio. — 9:30 da manhã. 

— Eu estou tão confuso. — dizia Andrew levando uma das mãos até a cabeça, logo encarando seu braço enrolado sobre um esparadrapo o qual uma agulha lhe permitia ter acesso ao soro sobreposto ao lado de sua cama. 

— Eu estava preocupado com você, acredito que os remédios lhe deixaram muito sonolento.

— Mas, a empresa....

— Está tudo sobre controle agora. — Timy caminhou um pouco até a ponta da cama. — Precisa saber por mim...

— O que? 

— Você está aqui já faz dois meses. 

— O que? — Andrew se inclinou para frente perplexo. — Dois meses? Mas, e a empresa quem está cuidando das coisas? Como pode permitir que eu ficasse tanto tempo fora?

— Você quase morreu. — a voz de Timy mudou drasticamente até mesmo seu semblante parecia entristecido por ter de pensar naquelas palavras.  — Não se lembra do que aconteceu? 

— Eu me lembro de estar no terraço e bom...

— Você recebeu uma ligação outra vez. — concluiu Timy já demostrando saber de tudo. — Depois disso você foi ao encontro do assassino no terraço e foi esfaqueado.

— Espera, tinha bombas. — lembrou o rapaz com a cabeça ainda sonsa com os acontecimentos.

— Sim. — afirmou Timy já lhe dando uma resposta. — Era um alarme falso, todo o prédio foi fechado e a policia vasculhou cada parte daquele lugar até mesmo as pessoas tiveram que passar por uma revista antes de sair. Até mesmo o FBI apareceu quando a policial local achou necessário.

— Foi uma armadilha. — disse Andrew indignado com sua ingenuidade. — Como sou um idiota! 

— Não se culpe, eu teria feito o mesmo se soubesse que milhares de pessoas estariam em perigo. — o consolou imediatamente. — Sobre a empresa, Suzy está cuidando de tudo não se preocupe logo você retomará as atividades, o médico disse que você receberia alta logo. 

— Pelo menos isso. 

A conversa deles foi abafada pelo som da TV que estava no quarto, agora na manchete da primeira edição do jornal relembravam os fatos daquela terrível noite. Os dois ficaram em silêncio apenas analisando a reportagem, a qual estampava o rosto de Andrew informando que ele logo teria sua alta do hospital. 

— Eles sempre sabem de todas as coisas não é? 

— São como formigas. — comparou Timy dando de ombros caminhando até a TV para desliga-la. 

Duas batidas na porta do quarto anunciaram a chegada de Suzy que ao momento que entrou viu que Andrew estava acordado, correu sorridente em sua direção para lhe abraçar. 

— Ai não acredito. — ela o puxou forte para si. — É tão bom te ver de novo! 

— Calma ai. — ele brincava por estar quase sendo sufocado. — Não foi dessa vez que você se livrou de mim, não é?

— Não brinque com isso. — ela o afastou logo fazendo um olhar enfurecido. — Está com fome? Já trouxeram seu café da manhã? Está mais branco do que uma folha de papel. 

— Quanta gentileza. — ele caçoou e os dois sorriram.

— Alguma novidade sobre investigação? — lembrou Timy ao se aproximar e cumprimenta-la. 

— Sim, claro até me esqueci de falar. — ela colocou a bolsa acima da mesinha de centro do quarto, retirando uma pasta de arquivo da mesma carregada de papeis. 

— Investigação? — Andrew parecia não entender.

— Não disse para ele? — Suzy questionou o colega

— Não tive as palavras certas para dizer.

— Me dizer o que? — Andrew ficou aflito com a atitude de ambos. — Pegaram o assassino? 

— Não só o pegaram como já abriu o inquérito para a prisão em presidio. — afirmou Suzy com uma voz de vitória, sentando agora na beira da cama do rapaz. 

— Quem é? 

— Você não se lembra? — ela parecia preocupada 

— Me lembrar? — Andrew estava irritado com aquela enrolação toda. — Ele estava de capuz, estava escuro mal conseguia enxergar minha própria sombra. 

— Ele foi atingido pelas costas se esqueceu? — relembrou Timy ao lado da cama de braços cruzados. 

— Olha eu sei que isso vai ser um choque para você, mas, não é um assassino. 

— Como assim não é um assassino? 

— É assassina. — afirmou ela puxando um papel daquela pasta o entregando. — Eu me sinto péssima por ter permitido a entrada dela naquela noite, bem de baixo do meu nariz e ainda por cima levada até você por mim. 

— Eu não acredito! — Andrew estava agora encarando uma ficha criminal com um rosto o qual ele com toda certeza se lembraria. — Senhorita Miller..... — sua voz falhou pela decepção. 

— Ela foi detida imediatamente depois que te levaram ao hospital. 

— Isso só pode ser algum engano. 

— Não é. — Timy agora lhe encarava com olhar apreensivo. — A arma do crime a qual o assassino usou para te atingir pelas costas foi encontrada,  nela continha as digitais da senhorita Miller. 

— Que cavaleiros vocês dois. — Suzy se levantou irritada. — A assassina querem dizer! Bem que eu não gostei nada, nada, do jeito dela assim que a vi pela primeira vez. 

— Isso não pode estar acontecendo. — Andrew ficou sem reação, apenas ficou olhando para o reflexo da enorme janela de seu quarto, trazendo a tona todas as lembranças daquela noite. 

— Sentimos muito. — afirmou Timy o conhecendo o suficiente para saber o quanto aquilo parecia ter o afetado. 

— Eu preciso ir. — Andrew retirou a coberta fina que o cobria, logo ficando de pé ao lado da cama. 

— Está louco? — Timy o segurou pelo braço. — Aonde pensa que está indo?

— Preciso ir até lá, preciso falar com ela, preciso olhar nos olhos dela e ouvir ela confessando. 

— Você não tem mais que passar por nada disso Andrew, acabou. — Suzy não parecia nada contente com sua atitude. 

— Eu vou! — ele alterou um pouco a voz. — Espero que nenhum de vocês tente me impedir. 

 

 

 

 

 

 

 


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