The Vampire Diaries: Salvatore Brothers escrita por Niars


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Postando apenas por que amei a capa que fiz, mas espero que quem for ler goste.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806940/chapter/1

Olhei para aquilo que deveria ser nossa família juntos, contra todo mal e desgraça que carregar meu nome causava, porém eu via apenas dor, sofrimento e angústia. Em um mundo onde seus pais mentiram para você durante toda sua infância e adolescência, se ver sozinha, era a pior dos possíveis finais.

Eu estava sozinha, não literalmente, mas era assim que eu me sentia.

Guardei a foto de nossa família, um registro de meu aniversário de quinze anos, onde meu irmão mais velho passou chantilly em meu cabelo e então me quebrou ovos na cabeça, sorrio com a lembrança agora distante de nossa realidade.

Me recordo do exato momento quando nossas vidas literalmente viraram de cabeça para baixo, como John ficou cabisbaixo e como eu, fiquei sem acreditar em tudo que acontecera conosco.

Um vídeo, o que para nós seria uma lembrança feliz e saudosa de papai, se tornou um pesadelo difícil de entender e principalmente acreditar.

“Sei que esse sentimento não é fácil, experimentei o luto diversas vezes durante minha vida, e quando Elena se foi, desta vez para sempre, foi quando eu mais tive que lutar para querer viver. Nunca pensei que viveria um momento sequer sem ela, mas eu vivi, e fui forte apenas por vocês dois.”

Me lembro de como papai aparentava nervosismo no vídeo, e de como Tio Dorian parecia nervoso com nossa reação precedente.

“Se Alaric entregou isso a vocês, é por que estou morto... Nunca pensei que realmente morreria, até agora. Deixar vocês sozinhos neste mundo é o que mais me assusta, e é por isso desse vídeo, vocês precisam saber nossa história, a história da Família Salvatore.”

Johnny se senta ao meu lado e alcança a foto que estava guardada em meu moletom surrado. Ele a adquiri, com carinho passa o dedo indicador sobre o rosto de mamãe e então me encara. Aquela foto tinha apenas cinco anos, apesar de aparentar toda uma vida.

— Precisamos ir. Tem vampiros a nossa cola já, sabe que não podemos parar. – Ele diz entregando a foto em minhas mãos, a pego e passo o olhar de mamãe para papai. – Stefanie, precisamos partir.

“Eu era um vampiro. Não há muito o que falar, eu era, sua mãe era, nossos amigos eram Bruxos, Vampiros ou Lobisomens.”

Me levanto, enquanto visto o casaco que antes estava em meu colo, e guardo a foto no bolso que havia na parte de dentro. Olho para John que com pressa ajeita sua bolsa e seus pertences.

— Quero voltar a Mystic, sinto falta de minhas amigas. – Falo rapidamente vindo Emilly em minha cabeça, John sentia tanta falta dela, dava pra ver em seus olhos, que pensou o mesmo quando citei possíveis amigos inexistentes.

Ele me olha, e percebo que também está infeliz, nossa única vontade era ser normal, queríamos sair para beber, sem pensar que um vampiro iria querer nosso sangue.

“O mundo é uma merda John e Stefanie, e é por isso que vocês precisam ser os Irmãos Salvatore’s a dar certo, preciso que vocês se protejam de tudo isso.”

O olhar de John me dilacera, sabia o quanto odiava dizer não para mim, como um irmão três anos mais velho, ele sempre tentava me proteger. Meus olhos se enchem de lágrimas e sem ao menos me importar, começo a falar. Havia uma adolescente em mim, que jamais aceitou o rumo que sua vida havia tomado.

— Eu sinto falta da Emilly, Johnny. – Falei, já sentindo como se as lágrimas em meu rosto tivessem vida própria. – Sinto falta de papai, de mamãe... da nossa... – Antes que eu terminasse a frase, sinto o abraço de John, me envolvendo.

“Eu tinha um irmão, Stefan. Brigávamos muito, mas nos amávamos mais ainda. Ele morreu por mim... E isso dói muito ainda. Ele era um vampiro, desligou a humanidade e a única forma de ter-lhe novamente era com a cura do vampirismo, que sua mãe detinha.”

Eu seus braços eu sentia toda a dor da perca. Mamãe morreu um ano após aquela foto de meu aniversário, sim, ela morreu no dia que era para sermos felizes, parada cardíaca. Papai morreu dois anos e quatro meses depois, insuficiência renal.

Uma mulher loira chegou até nós, injetou uma agulha nele, retirou um pouco de seu sangue, ficamos sem entender, apenas nos disse, que era o momento de ela ter uma vida. E então saiu dali.

Tio Dorian chegou logo depois, com uma câmera fotográfica antiga, disse que tinha algo de um antigo amigo de papai, pediu que entregasse aos filhos de Damon após sua morte. E então assistimos o vídeo.

“Precisávamos de alguém corajoso para salvar o mundo de queimar, e eu estava lá pronto para morrer, para que sua mãe tivesse uma vida. Mas meu irmão não queria que eu sofresse isso. A dor o corroía, por atitudes passadas, e ele queria morrer. Então ele me deu a cura.”

Nesse momento, o olhar de papai já estava baixo, como que para se esconder de mim e de meu irmão, que o olhávamos por detrás da tela. Demorou muito tempo para que finalmente aceitássemos que tudo o que ele disse era real, apenas quando uma moça, de cabelos também louros chegou e sorriu para nós, que acreditamos. Seus dentes afiados e sua sede por sangue nos impedia de desacreditar.

Caroline, é o nosso suporte, ela que nos ensinou tudo o que sabemos, e foi ela que nos ensinou a nos defender, como papai pediu.

— Não podemos voltar. – Sinto a mão de Johnny limpar minhas lágrimas. – Ninguém sente mais falta de Emilly do que eu, mas isso é para nossa segurança, somos andarilhos, você precisa aceitar, que jamais voltaremos para Mystic Falls.

“O ponto crianças, não é o que eu era, ou o que a mãe de vocês já foi. É sobre o que vocês dois são. A cura para a maior praga do mundo, ou a maior arma contra demônios.”

Concordei com John eu sabia que jamais seria seguro para retornar a nossa cidade, era perigoso, não apenas para nós, mas sim para todos que nos cercassem.

— Precisamos sair de Gallup logo, o mapa diz que eles estão a pouco metros de nós. – Falei aproximando-me do rosto de John e lhe dando um pequeno beijo na bochecha.

Me abaixo para alcançar o mapa que era segurado por uma pedra. Ali percebi cinco pintinhas vermelhas, e duas azuis. As azuis, eu e John. Vermelhas, vampiros sedentos ou por humanidade, ou por vingança contra seus próprios inimigos.

“Elena nunca conseguiu descobrir como isso aconteceu com vocês dois, mas achamos que possa haver com a cura em meu próprio organismo, o que possibilita de eu ser humano, e de ter gerado vocês. Juntamente com o fato dela também ter tido a cura no organismo uma vez, tornou vocês um imã para vampiros.”

Logo, tanto eu quanto John estávamos prontos para sair, daquela pequena cidade no interior de Novo México. Havíamos estado naquela cidade por menos de dois dias, algo que era comumente imposta a nós, não por alguém e sim por monstros.

Com a mochila a postos e o mapa na minha mão esquerda, comecei a caminhar com John que impunha sua adaga feita de madeira, apenas para ter a segurança que nenhum monstro estaria a nossa frente.

Não andamos muito, apenas o bastante para que mais e mais lembranças viessem novamente para nossas cabeças. John não falava muito, desde que papai morreu, ele se mostrou cada vez mais silencioso, e observador.

Tudo isso eu dou ao fato dele ter perdido o amor de sua vida, quando percebemos que Mystic Falls não era mais seguro. Eu perdi uma amiga, e irmã de outra mãe, não tinha ninguém com quem eu planejava uma família, porém John, ele planejava uma vida com alguém. Emilly Bennett era um nome constante nos sonhos, ou melhor, pesadelos de John Grayson Salvatore.

“Vocês precisam ser fortes crianças, Caroline, sempre estará por perto, ela irá ensinar a você a como matar esses monstros... Mystic Falls não é um lugar seguro, vocês precisam fugir.”

Sinto vontade de apenas deitar no chão e esperar morrer, quando me recordo, ao caminhar do medo na fala de meu pai, no vídeo. Era simplesmente horrível ele se sentir tão impotente diante de uma possível ausência permanente.

Ainda em silêncio, permanecemos lado a lado, enquanto apenas desejamos que nada apareça em nossa frente, mas este não fora um desejo realizado por seja lá quem esteja controlando nossas vidas.

Olho nos olhos do assassino. John toma a dianteira e eu recuo assustada com os dentes a mostra. Ele sempre foi mais corajoso, além de papai ter pedido promessa, em seu leito de morte, para que eu ficasse sob sua proteção.

— Oi demônio. – A voz de John sai como um sussurro, e logo em seguida, percebo as veias dos olhos do monstro se sobressaltarem, observo a adaga de madeira na mão de John, sempre a postos.

Tiro minha mochila das costas, e sem olhar para minhas próprias mãos, tateio a procura da pequena adaga que Caroline me deu.

“Sei que John sempre vai te proteger, mas... somos garotas, e somos fortes Stefanie, você também pode se proteger... Elena ficaria feliz por você tomar a frente em certas situações.” – Me recordo de suas palavras, antes dela acariciar meus cabelos e então me dar um beijo na altura das sobrancelhas.

Alcanço a adaga de madeira, ainda olhando para John que avança contra o famigerado monstro.

— Tenho muitos inimigos Salvatore, e o seu sangue é a chave para a morte deles. – Ele olha em meus olhos e eu suspiro nervosamente. – Não lute, sua irmãzinha também pode ser útil... E eu não acho que ela lutaria.

A tática era bem simples, dar nosso sangue a ele, uma cura momentânea, e após ele desmaiar, a falta de sangue de um dos descendentes Salvatore, ele morreria.

Sim, não era uma cura cem por cento eficaz, apenas por não ser a cura real, era uma herança passada de pai para filho. Após o sangue sair de seu organismo, ele apenas morreria. Tempo recorde? Vinte e uma horas, quarenta e dois minutos e trinta segundos.

Um vampiro da Escola Salvatore, o qual desejava ser humano.

John fazia algo que eu nomeei como precaução. Após o monstro ingerir o liquido vermelho de seu braço, e desmaiar, John lhe acertava no peito com a então adaga. Ele dizia que isso era a forma mais eficaz.

“John, confio em você a vida de sua irmã. Você é corajoso, fiel e amável. Tudo o que eu jamais fui em minha fútil vida.”

— Você não terá tempo de ir atrás dela, demônio. – John sussurrou mais uma vez. A confiança de John me assustava as vezes. Era difícil entender como ele tinha tanta certeza que ele nunca seria morto por um dos monstros que estavam atrás de nós.

Antes que eu pudesse sequer pensar em qualquer coisa a ser dita em minha defesa, vejo o monstro a nossa frente desaparecer.

Maldita velocidade de vampiro, sempre me perdia em mim mesma, no medo e no pavor, quando eles simplesmente desapareciam de minha visão.

— Johnny.

A única palavra que escapa de minha boca, era o nome de meu irmão.

— Cala a boca Stefanie. – Me calo, assim que ordenado. – Lembre-se de nosso treinamento com Care. Ouça onde ele está.

Meus pensamentos não condiziam com o fato de eu ter que ouvir onde o monstro estava. Eu queria xingar John pelo modo que ele mandou-me calar. Mas o medo presente em meu corpo, me impediu de até pensar em tudo isso.

“Meu amor... Step, eu sinto muito por te deixar... Você é forte, jamais se esqueça do que é capaz, eu te amo, meu bem.”

— “Johnny”? Seu apelido é ruim, rapaz. – Olhamos juntos para o lado, onde ele agora está com um sorriso, seus dentes não estão mais a mostra, e seus olhos se mostram tranquilos e chamativos. Ele retorna o olhar para mim, e então desaparece novamente. Apenas ouvimos sua voz. – Você nem irá perceber quando estiver atrás de você, Pequena Salvatore.

Antes que eu pudesse sentir sua presença por detrás de mim, sinto seu braço por de volta de meu pescoço, e a única palavra que consigo soltar é um engasgado resmungar de seu nome.

— John.

O olhar apavorado de meu irmão, ao encarar o monstro atrás de mim, fez com que eu sentisse vontade de chorar. Sentia minha respiração falhar, era como se ele estivesse me nocauteando, com apenas um simples golpe de gravata.

— Se você machucar minha irmã, acredite ao invés de te matar com essa adaga, eu vou esperar você envelhecer, e eu farei questão de no processo, te fazer desejar a morte. – Eu reconhecia meu irmão o bastante parar sentir o medo em sua voz.

Senti o cheiro fedido da boca do vampiro quando o mesmo riu da fala de meu irmão. O sangue, o cheiro de ferro, era nauseante. Em um lapso de força e coragem, levo minha mão na direção de sua boca.

“Que droga! O que eu não faria para estar com vocês? Ensina-los a lutar? Ensina-los a serem o que sua mãe queria que vocês fossem? Leais um ao outro, precisamos que ambos priorizem a vida do outro... Eu amo vocês, e eu sinto muito pelas mentiras, apenas queríamos proteger vocês.”

Após a mordida, sinto a dor dilacerante dos dentes dele em mim. Meu grito, faz com que John se aproxime e então eu sinto o ar voltar para meus pulmões. Antes que eu pudesse alcançar o chão em uma bruta queda, sinto os braços de John me alcançarem.

“Apenas, não nos odeie por isso. Eu amo vocês... Não se esqueçam disso crianças.”

Com o olhar vago, percebo o monstro a minha frente cair com olhos fechados. A dor em minha mão subia rapidamente pelo meu braço, era como se eu a sentisse em carne viva.

“Amamos vocês.”

E então, meus olhos se fecham.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

://



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Vampire Diaries: Salvatore Brothers" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.