United By Need escrita por Suzanna
Notas iniciais do capítulo
Vocês pediram tanto, que aqui está o segundo capitulo!
Não esperava toda essa repercussão!
Obrigada!
Passo os olhos por seu corpo inteiro e abro um sorriso debochado. — Você está drogado? - Pergunto, me afastando.
— Como? - Molha os lábios retribuindo o sorriso.
— Eu nem te conheço, cara! - Dou-lhe as costas. — Realmente esse dia está muito louco. - Resmungo sozinha.
Uma mão pega meu braço e meu corpo é girado. — Eu não acabei de falar. - O loiro diz olhando dentro dos meus olhos.
— Mas eu, sim! - Puxo meu braço. — Cai fora! - Bufo me afastando. Sinto-o me seguindo a cada passo que dou. Alcanço o celular no bolso e estendo –o no rosto do mesmo. — Vou ter que chamar a polícia?
— Olha, vamos ser diretos... - Ele pega o aparelho das minhas mãos. — Eu preciso de uma esposa e você... - Ele corre os olhos por meu corpo. — Precisa de dinheiro!
Fecho os olhos e rio debochada. — Está tão difícil assim achar alguém que te queira? - Debocho tentando pegar meu celular de volta.
— O que? Não! - Exaspera estendendo o aparelho no alto. — Posso ter a mulher que quiser.
— E o que está procurando aqui?! - Pulo pegando o objeto de suas mãos. — Está perdendo tempo.
— Preciso de alguém de fora do meu meio social. - Resmunga e eu reviro os olhos. — Pense por um segundo... - Ri. — Acha mesmo que continuará no seu emprego depois desse escândalo? - Se aproxima. — Acho que precisará de um novo emprego!
— Então é isso que considera um casamento? Um negócio? - Cruzo os braços. — O que procura não está aqui. - Me aproximo também. — E da minha vida, cuido eu! - Ele morde o lábio me causando calafrios.
— Tudo bem! - Estende as mãos em forma de rendição. — Mas, se mudar de ideia... - Coloca a mão dentro do bolso da calça, pegando um cartão e jogando dentro do bolso do meu avental. — Pode me ligar!
Sem me dar tempo de reagir, ele me dá as costas e caminha de volta para sua Ranger Reouver preta de vidros fumê. Ele não ousa olhar para trás, confiante em seus passos. Adentrando seu veículo, ele some na estrada.
— Melissa Andrews! - A voz rígida de Ted soa em meu ouvido. Viro-me ficando de frente para o mesmo, que solta fumaça pelos ouvidos. — Você me decepcionou! - Exaspera.
— Ted, ela...
— Não quero ouvir. - Interrompe. — Eu sempre te disse. O cliente sempre tem razão. - Diz e avisto a loira sair da lanchonete com um sorriso no rosto.
— Me desculpe! - Digo para Ted.
— Senhor, não precisa... - O tal do Joseph se aproxima, mas para assim que a mulher lhe segura pelo braço.
— Infelizmente, não tenho alternativa. - Olho para Ted, praticamente pedindo misericórdia.
— Ted! - Resmungo.
— Você está demitida! - Diz me dando as costas e adentrando o comércio. Olho para loira que sorri vitoriosa enquanto o homem ao meu lado me passa o olhar de arrependimento. Respiro fundo e adentro o espaço, deixando-os para trás.
Estava tudo indo bem e em um dia apenas, tudo desabou.
Corro para o banheiro dos funcionários e deixo meu corpo cair sobre o banco. Inspiro, expiro, tento me acalmar. Levanto-me, arrancando o avental e pego minhas coisas no armário.
Preciso sair daqui!
Justin Bieber
— O que ainda quer aqui, Bieber? - Scooter pergunta assim que o carro volta a estacionar em frente a lanchonete. — A garota já não te deu um fora?!
— Ela só precisa de um empurrão. - Brinco.
— Qual?
— Ela precisa de dinheiro e com certeza foi demitida depois do escândalo. - Respondo observando pela janela.
— E o que te garante que ela irá te aceitar somente por isso? - Balbucia. Não respondo. Meus olhos se deparam com a imagem da ruiva saindo do estabelecimento. Irritada e com uma mochila nas costas.
Abro a porta assim que ela chega próximo. — Quer uma carona? - Pergunto fazendo-a se assustar e me olhar, abismada.
— Você não tem o que fazer? - Exaspera. — Não tinha ido embora? - Reclama e eu rio.
— E aí? Carona?
— Cara, isso já está chato. - Bufa. — Larga do meu pé, por favor! - Resmunga se afastando. Gotas começam cair do céu e eu faço sinal para o motorista dar a ré vagarosamente.
— Tem certeza que quer se molhar? - Pergunto e ela me olha, irritada. — Tudo bem! - Dou de ombros e ameaço fechar a porta do carro.
— Tá bom! - Ela grita pegando a maçaneta. — Mas, sem gracinhas! - Ordena adentrando o veículo e fechando a porta.
— Esse é Scooter, meu sócio! - Apresento apontando para o mesmo. Ela assente estendendo a mão timidamente.
— Prazer! - Scooter responde, retribuindo seu cumprimento. — E você? Como se chama? - Ele pergunta.
— Melissa Andrews! - Responde me olhando, desconfiada. — Pode me deixar na estação de metrô mais próxima! - Diz.
— Preciso passar em um lugar primeiro. - Informo e ela suspira, me parecendo assustada.
Melissa Andrews
O carro para em frente a um enorme e luxuoso prédio. O loiro abre a porta, descendo do mesmo e me encarando. — Vem comigo! - Ordena.
— Porque eu iria contigo? - Resmungo. — Olha, não te conheço e não confio em você!
Ele ri. — Então não deveria ter entrado em meu carro, não acha?! - Arregalo os olhos. — Não vou te fazer mal. Venha!
Reviro os olhos e desço do veículo. Passo os olhos pelo local e fico abismada com o tamanho do espaço. — Aonde estamos? - Pergunto enquanto o sigo para um elevador.
— Na minha empresa! - Responde apertando o botão do último andar. As portas se fecham e em minutos chegamos a um luxuoso escritório com paredes de vidro e visão de toda Nova York.
— Não sabia que tinha uma empresa. - Resmungo.
— Você nunca ouviu falar sobre mim na internet? - Ri me olhando abismado.
— Não tenho tempo para ficar em internet. - Respondo. — Isso não paga minhas contas. - Dou de ombros. — Mas, porque estamos aqui? - Olho ao redor.
— Queria que você conhecesse... - Ele se apoia na mesa gigante e cruza os braços me olhando. — O meio que você fará parte se aceitar minha proposta. - Completa.
Rio. — Porque está insistindo nisso? Você não me conhece, não sentimos nada um pelo outro. - Reviro os olhos.
— Exatamente. - Responde e eu franzo o cenho. — Não nos conhecemos e nem precisamos. O que já nos ajuda a manter uma relação estritamente profissional. E sobre não sentirmos nada... - Ele se aproxima. — Mais um ponto positivo! - Pisca. — Nos ajuda a não colocar nada a perder.
— Por que eu? - Pergunto.
— Porque você preenche os requisitos... - Sinto sua respiração em meu rosto. — Desconhecida do meio dos tabloides, totalmente diferente das mulheres que estou acostumado, o que me impede muito de me aproximar e me interessar... - Abro a boca ofendida. — E o principal, precisa muito de dinheiro.
— Você me chamou de desinteressante? - Bufo olhando-o nos olhos. Seu cheiro amadeirado causa tontura.
— Não me leve a mal. - Sorri. — Sei que deve haver alguém que te considere atraente. - Lambe os lábios. — Você só está fora do meu padrão preferido de mulheres.
— Não sabe como fico aliviada com isso. - Devolvo no mesmo tom. — Seria muito humilhante para você, eu ter que dar um fora. - Debocho fazendo careta.
— Então, o que me diz da proposta? - Sinto sua mão pegar em minha cintura e eu reviro os olhos. — Não tem nada a perder, somente a ganhar!
— Preciso de tempo. - Me afasto.
— Ok. - Ele bufa indo até a mesa, pegando uma caneta, rabiscando em um papel e me estendendo o mesmo. — Talvez isso te faça pensar com mais carinho. - Caminho até o mesmo e pego o papel nas mãos.
— Isso... - Engasgo. — Isso é muito! - Completo olhando para o cheque em minhas mãos.
— Pode haver mais desses se aceitar a proposta. - Pisca. — Nunca mais precisará trabalhar.
Olho-o abismada. — Porque precisa tanto fazer isso? - Ele morde o lábio e se senta na mesa.
— Consequências de más escolhas. - Responde coçando a testa. — Mais detalhes, apenas se aceitar o acordo. - Ele aproxima sua mão de um telefone e aperta uma tecla. — Meu motorista te levará aonde quiser ir. - Abre a tela do computador. — Tem meu número, caso pense com carinho.
***
O carro some assim que me deixa em frente à minha pequena casa. Respiro fundo e caminho para dentro da mesma. Assim que abro a porta, encontro tudo revirado na sala. Arregalo os olhos e fecho a porta silenciosamente. Jogo minha mochila no chão. Aproximo-me de um vaso de planta e pego o mesmo, utilizando-o como arma.
— Milena? Keneti? - Chamo e um silêncio paira. — Vocês estão aí? - Minha voz está tão trêmula que falha.
— Mel... - A voz baixa do Keneti soa nos fundos da casa e eu corro em sua direção. Ele está com o rosto machucado deitado na cozinha.
— Ai meu Deus! - Jogo o vaso no chão e agarro seu corpo no chão. — O que aconteceu?
— Ele está devendo dinheiro a agiota! - A voz de Milena soa atrás de nós e a olho. Ela parece assustada, mas não vejo ferimento.
Me levanto e corro até ela. — Você está bem? - Ela assente. — Graças a Deus! - Abraço-a.
— Me desculpe! - Keneti diz seguido por uma tosse seca. — Achei que conseguiria o dinheiro!
— Como se envolveu nisso? - Resmungo me reaproximando dele e ajudando-o a se levantar.
— Perdi o controle. - Responde.
— Milena, me ajude aqui! - Peço e ela corre ajudando-o apoiar em seu ombro enquanto eu apoio do outro lado e levamos para o sofá na sala.
— Não vamos pôde ficar mais aqui. - Milena diz nervosamente. — Eles ameaçaram voltar!
— Pegue o kit de primeiros socorros no banheiro. - Peço e ela bufa, obedecendo. — De quanto precisa?
— 500...
— Mil? - Arregalo os olhos e ele assente. — Para que você precisou desse dinheiro todo?
— Juros por demora no prazo de pagamento. - Responde e eu me levanto, passando as mãos pelos cabelos.
— Aqui está! - Milena volta com o kit nas mãos e nota meu nervosismo. — Mel? - Chama e eu a olho, segurando as lágrimas. — Conseguiremos dar um jeito, não é?
Suspiro e passo a mão pelo pescoço. — Farei meu melhor! - Respondo tentando tranquiliza-la.
— Desculpa! - Keneti diz.
— Tudo bem! - Pego a mochila novamente. — Milena, cuide dos ferimentos dele. - Ordeno.
— Aonde você vai? - Ela pergunta.
— Nos livrar disso! - Respondo sem dar tempo de reação e saindo da casa.
Justin Bieber
— Os acionistas querem uma resposta! - Scooter diz enquanto digito o discurso da próxima reunião no notebook.
— Digam para terem paciência! - Resmungo sem tirar os olhos da tela. — Não é fácil casar de um dia para noite.
— Bieber, não acha que deve procurar outras opções? - Pergunta. — Está preso a uma garota só.
— Braun, diga a eles que até o fim de semana, eles terão a resposta deles. - Bufo nervoso.
— Diga a eles que você já tem uma resposta! - Uma voz doce e trêmula soa atraindo meu olhar. A ruiva olha para nós dois, parecendo ofegante. — Eu aceito ser sua esposa.
Fecho a tela do notebook e me levanto, pasmo com sua aparição. — Não pensei que levaria tão pouco tempo. - Brinco.
— Sem gracinhas! - Se aproxima, desafiante. — Eu aceito com condições. - Faço sinal com a mão para que prossiga. — Primeiro, nada de contato físico, como beijos, abraços.
— Ninguém irá acreditar se não houver contato. - Scooter diz interrompendo-a. Ela revira os olhos.
— No máximo segurar não. - Responde e eu rio. — Segundo, meus irmãos irão morar comigo aonde eu for. - Dou de ombros. — Terceiro, isso permanecerá por apenas um ano. Nem mais, nem menos!
— Justo. - Caminho em sua direção. — Tenho uma regra a acrescentar... - Ela assente e eu lhe estendo a mão. — É proibido que se apaixone por mim! - Digo e ela gargalha.
— Você realmente não consegue ser modesto, não é? - Debocha e eu pisco, provocando-a. Ela balança a cabeça rindo e pega minha mão. — Eu jamais me apaixonaria por você. - Aperta.
— Fechado!
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Trailer - https://www.youtube.com/watch?v=RXhbmJ9lOvk