No dia seguinte, Ariana encontrava-se na piscina de sua casa em LA, a festejar internamente a sua conquista. Sabia que se ia esforçar para conseguir perceber se Lucifer era realmente irmão de Raphael ou se apenas teria adotado essa persona. Mais tarde, apanharia o voo de regresso a Miami e trataria de transportar as suas coisas para LA. Iriam ser umas semanas preenchidas.

Lucifer entrou pela delegacia bem-disposto como sempre, talvez um pouco menos que o habitual por agora a Detetive estava numa relação com Marcus Pierce, aka, Caim, e caminhou até Dan e Ella que se encontravam a falar.

— Bom dia, Miss Lopez, bom dia Sir Douche. – Lucifer cumprimentou.

— Ei, Lucifer, tudo bem? – Ella perguntou com a sua típica boa disposição, Lucifer adorava isso nela.

— Há algo que vos tenho que contar. – Ele disse, no entanto, viu que Chloe se aproximava com ar de poucos amigos, recebera alguma má notícia.

— Que se passa, Chloe? – Ella perguntou.

— Acabei de descobrir que o Capitão vai deixar vir uma agente do FBI trabalhar connosco.

— Mas temos algum caso federal? – Dan perguntou atento.

— Não, ela será uma agente de ligação, pelos vistos está muito na moda agentes do FBI especialistas em profilers serem integradas em policias locais. Não estamos nós a fazer um bom trabalho? – Chloe respondeu.

— Ah Chloe, é uma ajuda extra. É sempre bom. – Ella respondeu otimista.

— É mas é uma espia, isso sim, temos que ter cuidado com ela, há de chegar daqui a um mês. Lucifer, tens que me prometer que não usas esse teu poder sobre ela, para ver se ela nunca fica ainda mais em cima de nós, entendido? E por favor nada de sexo com ela. Não sei como ela é, mas para conseguir convencer o capitão deve ter muita lábia. – A detetive falou.

— Eu prometo, Detetive. – O anjo respondeu prontamente. Era fácil fazer-lhe promessas. – Agora, deixa-me contar algo que aconteceu ontem à noite no Lux. Estava eu a fazer o que faço todas as noites…

— Orgias? – Dan interrompeu em jeito de pergunta, ao que Lucifer lhe lançou um olhar zangado por ser interrompido.

— Inveja é uma coisa muito feia, sabes? – Lucifer questionou. – Mas eu estava no Lux a beber com várias pessoas e vi uma mulher aproximar-se de mim, era uma mulher linda, talvez alguma atriz ou modelo europeia. – Chloe suspirou cansada, fartava-se de ouvir histórias de conquistas do colega. – Mas nem foi a beleza que me chamou a atenção, foram os olhos, eram azuis como se olhassem diretamente para dentro de mim, e a atitude dela, ela avançava tão confiante na minha direção, eu tinha a certeza de que ela me ia abordar, mas depois atendeu uma chamada e foi-se embora, não antes de me dar um sorriso. Ainda a tentei alcançar, mas não a encontrei e ninguém sabia quem era.

— E?... – Dan esperou a conclusão.

— E?... Isto nunca me aconteceu, quer dizer normalmente descubro as pessoas, sei quem elas são, mas ninguém me disse nada que ajudasse. Não paro de pensar naquele olhar. Um olhar que tinha todas as certezas do mundo. – Lucifer respondeu sentando-se na mesa da detetive. – Não a queria encontrar apenas para sexo, queria mesmo uma conversa genuína com ela, perguntar-lhe como tinha alcançado tanta certeza…

— Uau Lucifer, acho que nunca te vi assim.  – Ella falou divertida. – Queres ajuda para a encontrar?

— Não sei de nada para começarmos. – Ele respondeu. – Só queria mesmo partilhar isto com alguém, foi algo estranho.

— Muito bem. Agora vamos ao trabalho. – Chloe anunciou, fazendo o grupo dispersar.

Naquela noite, Ariana chegou a Miami e começou a fazer mais malas, dali a um mês estaria de caminho para um novo local e uma nova esperança, dentro de si, sabia que estava a fazer a escolha certa e com esse pensamento foi dormir.