Penelope sorriu ao entrar em seu escritório. Digitando duas teclas, toda a visão do celular de Vance apareceu em sua tela e ela sorriu. Cada mensagem, cada foto e cada documento que ele tentou escondeu agora estavam com Penelope.

Sendo uma expert em computação, ela usou algumas informações falsas assim que falou com Vance apenas para clonar o telefone dele, sem que o próprio soubesse.

— Como estamos com a visão do celular? – Elisa entrou na sala e viu a impressora de Penelope imprimindo folha após folha. – Caramba, ele curte coisas pesadas.

— Nem me diga. – Ela se virou para a amiga. – Eu acho que já é hora de irmos ao juiz. Temos provas o suficiente para fazer isso.

— Sobre o atentado de Vance a Abby, Tim e Kate? – Elisa pegou uma folha de mensagens onde apareciam os planos de Vance. – Eu vou telefonar.

Enquanto isso, no escritório de Vance, o homem em questão começou a deletar uma centena de e-mails e mensagens, mas por algum motivo, elas voltavam. Pegando o computador, ele jogou do outro lado da sala, fazendo um grande barulho quando o laptop quebrou a porta de vidro.

Ele pegou uma arma de dentro de sua gaveta, pronto para um confronto final, mesmo que não saísse vivo. A secretária fugiu correndo, se abrigando no quarto andar, depois de perder os sapatos e praticamente voar escada abaixo.

— Preciso da polícia aqui! – Um dos outros secretários fechou a porta que dava acesso ao andar. – Temos uma emergência. Leon Vance endoidou.

Descendo os andares de escada, uma vez que os elevadores pararam de funcionar e as portas dos andares foram trancadas, ele saiu pelo prédio.

Ele atirou em duas agentes, que caíram no chão. Mirando em um dos guardas, ele apenas atirou no pescoço do homem, deixando um rastro de sangue.

Depois que os primeiros tiros foram ouvidos, toda a rua estava vazia. Os tiros eram altos e algumas pessoas se esconderam em lojas que fecharam os comércios.

— Leon Vance surtou de vez. – Hotch olhou para os agentes. – Temos que ir. Peguem seus coletes e a proteção de pescoço que Penelope criou.

Todos os agentes presentes pegaram suas proteções e armas e foram para o elevador.

Pen e Elisa vestiram suas proteções também e foram juntos, esperando que Vance caísse como jaca podre.

Pegando seu carro, Leon entrou nele e rumou direto para o FBI. Ele simplesmente entrou em parafuso.

— Talvez seja preciso calma. – Hotch olhou para a equipe e para Emily. – Esse cara é perigoso.

— Sabemos disso, Aaron. – Emily sorriu. – Você está muito determinado para um chefe de seção.

— Senti falta da ação. – Hotch sorriu quando o elevador chegou a garagem e eles entraram nos carros. – Aqui é o chefe de seção Aaron Hotchner em direção a captura de Leon Vance.

— Agente Hotchner, temos informações que o suspeito está rumo ao prédio federal. – A voz do policial disse. – Tenho certeza que o jogo final do senhor Vance é alguém na agencia.

— Ele pode até tentar. – Hotch deu ré no carro e Callen o seguiu, estacionando ao lado do SUV de Hotch.

Dando um cavalo de pau na estrada, Vance pegou sua espingarda e vacilou assim que viu todos os agentes, inclusive Timothy McGee apontando as armas.

A lembrança do acidente que ele, Abby e a pequena bebê recém-nascida passaram por causa de Vance ainda fresco na memória de Tim.

— Renda-se, Vance. – Elisa gritou. – Acabou para você.

— Eu não tenho certeza. – Ele ficou parado. – Você sabe, quando você achou que o fim seria doloroso para mim, você estava se preparando para me matar?

— Não precisa terminar em mais sangue. – Pen gritou. – Você pode ser preso e ficar a vida toda na cadeia.

— Ah, cale a boca, sua inútil. – Vance deu um tiro no carro e começou a correr dentro do mato que cercava a unidade em Quântico.

Todos os agentes entraram em busca de Vance. Correndo pelo mato, Callen acompanhou Elisa junto de Sam, Kensi, Deeks e Sam.

Pride, Rossi, Hotch, Gibbs e Jenny formaram a segunda equipe. Reid, Derek, Emily, JJ, Lewis e Simmons formaram a terceira equipe. Penelope, Tim, Tony, Ziva e Luke formaram a quarta equipe.

Vance corria pela mata, a arma em sua mão, fugindo do destino dele. Ele sabia que agora não haveria nenhuma forma de fugir de seu destino. Se ele se rendia, ele passaria a vida na prisão. Se ele continuasse a fugir, tinha uma boa chance de ele ser morto.

Penelope avistou movimentos em um pedaço de mata. Inspecionando em busca de algum sinal de Vance, ela sentiu um puxão grande e ser acertada na cabeça com uma arma.

— Seu idiota. – Penelope começou a brigar com Vance. – Você está cercado! Ponha a porra da arma no chão.

— Nunca, garotinha. – Vance se viu cercado por Luke, Callen e Elisa. – Vejo que a equipe está toda reunida aqui.

— Por que fazer tudo isso? – Elisa tinha um gravador em sua roupa. – Você poderia ter o que quisesse de um jeito justo.

— Coisas que vem fácil não servem de nada. – Vance olhou para Elisa e depois para Penelope. – Não sei como vocês duas conseguiram fazer tudo isso em um ano inteiro. Algumas pessoas levariam a vida toda para isso.

— A gente queria te colocar na cadeia e não em um caixão. – Elisa confessou. – Mas você fodeu com tudo quando decidiu tentar matar Grisha. E depois do que fez com Abby, Tim e a bebê deles, você decretou seu destino.

— Bem, nunca vamos saber disso. – Vance mirou em Elisa. – Adeus, sua vadia.

Vance atirou e Elisa caiu para trás, com Callen a pegando antes que ela caísse. Penelope ficou pistola e pegou a arma dela, cravejando Vance de balas até que a arma clicou e ele caiu para trás no penhasco onde só tinha pedras e água.

— Elisa, você está bem? – Callen a viu suspirar e tocar seu estomago. – Isso vai deixar marca.

— Com certeza vai. – Ela se levantou, olhando para Pen, o olhar desafiador nos olhos. – Pen?

A loira olhou para a amiga e deixou a arma vazia cair nas mãos de Luke. Ele entregou para Hotch que logo chegou e Luke a segurou em seus braços, sabendo que Pen ainda tinha um pouco de medo em atirar.

Mas dessa vez, Penelope sabia que tinha feito a melhor coisa. Elisa respirou um pouco, tentando aliviar a dor que a bala causou, quebrando a proteção do colete e deu dois passos em direção a amiga, a abraçando.

Penelope relaxou, vendo que Elisa estava bem e que Vance não havia conseguido acabar com eles.

Subindo no penhasco, Rossi pegou uma lanterna grande e iluminou no fundo do barranco. Ele captou a figura de Vance, caída no meio de duas pedras, totalmente crivado de balas, a cabeça quebrada em uma pedra e um olhar maníaco no olhar.

— Vamos chamar o CSI aqui. – Ele entregou a lanterna para Gibbs. – Eu não me importo com que aconteça agora.

Callen levou Elisa para o hospital, apenas para se certificar que a esposa estava bem.

Ele saiu com um certificado de saúde para esposa e um exame de gravidez positivo para Elisa.

Nada coroava mais uma vitória como um bebê a caminho.