Dyanna estava arrumada para o casamento.

Faltava pouco para ela se tornar uma princesa.

Aos poucos aprenderiam a ter respeito e amor por ela, mesmo que ainda existisse preconceito contra Dorne.

Dyanna foi guiada pelo irmão mais velho até o altar.

A cerimônia mal foi registrada em sua mente, tamanha era sua emoção em casar com Maekar.

Dançando lentamente com o seu agora marido, Dyanna susurrou no ouvido dele:

—Estamos nos casando por dever mas isso não quer dizer que não podemos construir um amor.

Maekar ficou surpreso com a declaração dela.

—Vamos dar um ao outro uma chance de afeto, Maekar. Vamos nos conhecer, nos entender, saber o que cada um gosta e o que não gosta. 

—Você quer um casamento verdadeiro? Por amor?

—Eu acredito que podemos ter um, sim. Por que não poderíamos? O que impede? Ou você acha que não pode gostar de mim? Não me acha atraente?

Maekar gaguejou de nervosismo.

—Na-na-não é isso. Você é linda, é claro que te acho atraente.

Dyanna sorriu, presunçosa com o rosto vermelho de vergonha dele.

—Então... O que custa tentar? Já estamos casados.

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A Côrte de Porto Real foi abalada de imediato pelo novo casal.

Acostumados a Jena, Aelinor e Alys, o contraste entre elas e Dyanna era muito evidente.

Dyanna era toda vibrante e colorida, gostava de festas, de canto e de dança, e de poesia, enquanto as outras três eram discretas.

Aos poucos Dyanna foi sendo cada vez mais celebrada, conversando com facilidade desde a mais humilde criada até a lady mais alta.

Mesmo aquelas que eram de famílias ferrenhamente anti-Dornesas nada podiam falar contra Dyanna, que prestou atenção as recomendações de Myriah e não se deixou provocar ou tirar do sério com as farpas passivo-agressivas.

Myriah sorria para ela, satisfeita ao ver as respostas inteligentes e bem pensadas da esposa de seu quarto filho.

Dyanna era esperta e esse foi um dos fatores para ser escolhida como esposa de Maekar.

Myriah JAMAIS traria para uma côrte traiçoeira uma menina ingênua que seria facilmente engolida. Depois de anos lidando com pessoas que queriam a esmagar só por ser dornesa Myriah não deixaria que isso acontecesse com outra menina dornesa.

—Ela é a alegria de Maekar. -o rei Daeron comentou uma vez para Myriah, surpreso por Maekar ser conquistado com tanta facilidade.

—Nosso filho tão sisudo e sério realmente é outra pessoa com ela. -concordou a rainha.

Dyanna era o encanto da côrte, o que veio em boa hora com as notícias cada vez mais preocupantes de Daemon Blackfyre tendo filhos e mais filhos com Rohanne de Tyrosh enquanto a Casa Targaryen só tinha um bebê, Valarr, de Jena e Baelor, fato que estava sendo usado para tentar minar a corôa de Daeron.

E quando depois de apenas dois meses de casada, Dyanna anunciou sua gravidez, houve festa, comemoração e alegria.

Brynden Rivers foi pessoalmente ao castelo entregar um presente de Melissa Blackwood para o casal, uma linda banheira de bebê, com pequenos detalhes de preto e vermelho, um dragão vermelho com fundo preto esculpido no fundo dela.

—Eu simplesmente amei isso. -diz Dyanna, encantada.

—Minha mãe fez questão de grafar cada detalhe pessoalmente.

—Agradeço a ela, diga que eu achei lindo.

Daeron deu um tapinha nas costas de Brynden.

—Quando a Missy vai vir nos visitar? Faz tempo que ela não pisa em Porto Real.

Daeron gostava muito de Melissa. Ela e Naerys eram amigas e Melissa mandou vários cartas de apoio quando sua mãe faleceu.

—Ah, você sabe. Mamãe já não anda tão bem de saúde. 

—É uma pena. Talvez eu passe em Solar de Corvarbor para ver Melissa de novo.

—Você é muito bem vindo, mamãe sente saudades.

Daeron segurou carinhosamente o bebê no colo.

—Qual é o nome que escolheram para ele, filho.

Dyanna assentiu quando Maekar olhou para ela.

—Daeron. Vai se chamar Daeron.

O rei ficou surpreso e sorriu emocionado.

—Meu netinho, um Daeron. Eu me sinto honrado, meu filho. Obrigado aos dois por essa homenagem.

Quem olhasse a cena até pensaria que aquela felicidade é harmonia iria durar.