Amê Souer escrita por Crixscully


Capítulo 47
Capítulo 2.10: A Marca


Notas iniciais do capítulo

Olá Gatinhos e Joaninhas !

Mais um capítulo pra vocês desfrutarem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805971/chapter/47

 

 

 

 

 

 

 

Adrien se olhava no espelho e sentiu o local onde acreditava que sua marca deveria surgir queimar.
Instantaneamente se lembrou da Marca da borboleta de sua mãe, e os acontecimentos daquela manhã vieram a sua mente.
Era uma manhã chuvosa na bela cidade de Paris, estavam sentados tomando café da manhã e Adrien estava fascinado pela Runa de sua mãe, não que ele nunca a tenha notado, mas não sabia explicar o porque mas estava chamando sua atenção. 
A marca era delicada, nítida e linda, ficava logo abaixo da linha da mandíbula, ao lado do pescoço.
Ao encarar muito a marca de sua mãe, Adrien sentiu o seu ombro esquerdo coçar, o incomodando e passou os dedos pela pele, notando imediatamente que aquele ponto específico estava quente, o que era estranho porque ele estava com frio.
Como de costume, após o café, ele e sua mãe seguiram para o subsolo.

No elevador estava um pouco inquieto o que não passou despercebido por sua mãe, mas ela não disse nada.

Estavam cuidando dos casulos das borboletas que sua mãe cultivava com tanto carinho e dedicação  como se fossem plantas.
Ele novamente desviou o olhar para a marca de sua mãe que sorriu e num tom suave disse:
— O que está te incomodando querido ? 
Ele respirou fundo se enchendo de coragem e perguntou: 
— A sua marca demorou para aparecer?
— Então é isto!
Ele se concentrou na sua tarefa sem olhar diretamente para ela e apenas confirmou com a cabeça.
— Não se preocupe com isso, na hora certa irá aparecer!
— Não sei não, mãe...
— Não se preocupe querido, ela irá surgir no momento certo.
— Como pode ter tanta certeza? 
— Você é especial e está destinado a alguém tão especial quanto você!
— Como pode ter tanta certeza? 
— Porque eu tenho fé em você é sei que será um grande homem.
Seus pensamentos foram interrompidos quando seu irmão passou correndo por ele, se jogando em sua cama.
Adrien sorriu para o seu irmãozinho de cinco anos. Felix era totalmente imperativo, não conseguia ficar parado por mais de um minuto. 
E naquela noite o pequeno estava pilhado, não queria dormir de maneira nenhuma. Pulava na cama como se fosse um trampolim, cantando a música tema do filme Miraculous.
Adrien ria, sabendo que a única solução naquele caso era esperar o pequeno descarregar as baterias. Ai sim ele dormiria como uma pedra, esgotado de suas peripécias. 
Um movimento fez Adrien olhar para a porta, lá estava a sua mãe, apoiada no batente da porta. Ela ainda era linda, como se não houvesse envelhecido um ano sequer desde que Adrien era pequeno. 
A curva do sorriso dela demonstrava uma pontada de tristeza como se algo a incomodasse. Adrien não compreendia porque as vezes ela ficava assim, Felix a notou também e gritou:
— MAMÃE! - pulando da cama e indo aos pulos até a mãe. 
— Oi, meu pequeno - Emilie o pegou no colo. - Vejo que está dando trabalho ao seu irmão, hein.
— Que nada - Felix sorriu meio envergonhado. 
Ele era fofo. Parecia quase uma cópia de Adrien quando era criança. 
— E quando eu estiver viajando com o seu pai? Você  vai se comportar? Seu irmão é quem vai ser a autoridade na nossa ausência!
 Emilie diz, caminhando até a cama e se sentando ao lado de Adrien. 
— Vocês têm que ir mesmo? – Felix perguntou, manhoso.
— Nós já falamos sobre isso, não falamos? - Emilie diz, amavelmente. 
— Sim, mamãe – Felix diz, pulando do colo da mãe para o de Adrien. - Mas a gente vai poder comer sorvete, né?
Adrien disse, num tom de segredo:
— Claro, vamos assaltar a cozinha na alta madrugada, mas não conte a ninguém! 
Felix disse, sussurrando perto do ouvido de Adrien:
— Eu não conto. Eu juro! – e deu seu dedo mindinho no que seu irmão pegou com o seu. Emilie soltou uma risada.
— Ótimo, mocinho, agora já para a cama - ela disse. 
— Ah não, mãe, ainda tá cedo – Félix argumenta - Olha, ainda tem luz lá fora.
— A luz elétrica, não a luz do sol, espertinho - Emilie retruca. 
— Mas é a mesma coisa – Felix disse, como se os adultos fossem muito complicados.
— Deixa que eu cuido disso, Adrien, pode ir dormir ! -  Emilie disse ao filho mais velho.
Bagunçando o cabelo do irmão caçula e desejando boa noite para os dois, Adrien seguiu para seu quarto na enorme mansão. 
Entrando no próprio quarto, Adrien foi até a janela que dava vista para um parque. Abrindo uma fresta, ele aspirou o ar noturno. Suspirando, Adrien se apoiou na janela. Fechou os olhos e sorriu sentindo a brisa em seu rosto.
Lembranças de um tempo surgiram em sua mente como um sonho um flashback. Ele não sabia de onde vinham aquelas lembranças, mas ele amava a sensação de ser livre, por baixo daquela máscara ele podia correr pelos telhados, saltar e gritar na escuridão noturna, sentindo o manto escuro da noite o cobrir, dispersando os seus pensamentos e aguçando os seus sentidos.
Ao longe ele vê a silhueta de uma garota, ela vestia um traje vermelho com bolinhas pretas sua alma gêmea. 
Resmungando consigo mesmo e deixando seus devaneios de lado, Adrien se jogou em sua cama, abraçando seu travesseiro e sorrindo ao sonhar com uma linda garota de cabelos escuros como a noite e olhos azuis como uma flor. Ela retira o capacete.
Ela é a...Ladybug!?
Minha cabeça está girando, me sinto como se pudesse me afogar, mesmo estando respirando bem.
“Estou pronta” - ela diz insegura, parece minúscula. Frágil e tênue, quase não acredito no que ela diz.
Ela vai mesmo me dizer quem é?
Eu mal posso acreditar nisso.
Estou chocado, paralisado, meu coração erra uma batida.
Ela disse as palavras mágicas.
Ela desfaz a transformação, pisco, meu coração dispara e tenho a sensação de que vai sair pela boca.
A Ladybug é a Marinette.
E a Marinette é a Ladybug.
Esta é a garota da qual eu sempre sonhei em descobrir a sua identidade. Eu a amo desde que descobri o que era o amor.
Sua Lady... ERA A MARINETTE!?
Adrien despertou e se sentou, suando frio, olhando em volta para ver se o mundo ainda girava e a gravidade ainda funcionava. 
Esfregou a têmpora dolorida que sonho estranho, mas o mais estranho era aquela garota, essa sensação de que a conhece 
 Que sonho maluco foi esse? Quem era Marinette? Seria esse o nome sua alma gêmea?
Uma luz fraca emanava da janela, já era manhã. 
Sem entender o que estava dando em sua maldita cabeça, que agora doia como o inferno, Adrien decidiu que sairia para correr, assim quem sabe colocasse os seus pensamentos no lugar. 
Ao passar pela cozinha, ele viu pela janela que o seu irmão já estava acordando e, o pior, estava tentando escalar os cipós de hera que desciam pela parede da frente. 
Meio chocado e incrédulo, Adrien não sabia se ria ou se brigava com o irmão. Chegando perto da janela, ele bateu no vidro, os olhos castanho esverdeados de Felix brilharam ao ver seu irmão mais velho.
— Vamos correr? - Adrien perguntou, fazendo seu irmão abrir um imenso sorriso, soltar o cipó e cair no chão, de pé e sem nenhum ferimento. 
Aquele menino era realmente uma força da natureza. Ele lembrava a Adrien de alguém que também levava vários tombos monumentais e nunca se machucada, mas ele não conseguia lembrar quem. 
Decidido a deixar essas questões de lado vai correndo até a porta dos fundos, e logo ele encontrou seu irmão caçula, já se alongando. A criaturinha as vezes parecia gente grande. 
Sorrindo ele abriu o portão, e ambos saíram correndo para o Parque que ficava ali perto, talvez assim ele conseguisse drenar um pouco da hiperatividade do pequeno.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amê Souer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.